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Crítica - Up Altas Aventuras

Sabe, eu não queria estar na pele desses caras da Pixar. Essa coisa da genialidade constante, da expectativa que se cria a partir do anúncio de uma nova produção deles... Deve ser estressante!

Chegar ao topo é bem mais fácil do que permanecer nele, mas os gênios da Pixar conseguiram de novo. Com um punhado de balões coloridos, na companhia de um velho septuagenário mal humorado e de um escoteiro gorducho de 8 anos bem humorado até demais, mantiveram-se lá em cima!

Nos primeiros 15 minutos de Up – Altas Aventuras, você fica sabendo como Carl, um garotinho tímido e retraído conhece Ellie, uma garotinha extrovertida e aventureira que se transforma em sua companheira de brincadeiras, futura esposa e grande amor de sua vida. Acompanhamos o relacionamento do casal, sempre unido e amoroso, porém constantemente às voltas com problemas do cotidiano, que impedem que Ellie realize seu desejo de conhecer na América do Sul, um lugar chamado Cachoeira do Paraíso.

Presenciamos a tristeza do casal por não poder ter filhos, seu envelhecimento e a morte de Ellie antes que Carl pudesse proporcionar a ela a realização de sua tão sonhada aventura. Lenços de papel ao alcance da mão são recomendáveis nesse ponto, pois a solidão de Carl é mesmo de partir o coração.

Sorte nossa que a Pixar parece seguir o conselho de Walt Disney de que para cada lágrima deve haver uma risada. Para evitar sua internação num asilo e como forma de honrar a memória de Ellie, Carl resolve viver a aventura dos sonhos de sua amada. Parte rumo à cachoeira do Paraíso, à bordo de sua própria casa erguida aos ares por milhares de balões e leva junto sem querer, Russel, o tal escoteiro gorducho.

Daí pra frente, os dois vivem aventuras dignas de um Indiana Jones. Encontram uma simpaticíssima ave rara, cachorros falantes e um aventureiro idoso e enlouquecido com o qual Carl travará uma das lutas mais engraçadas de que se tem notícia, entre ranger de ossos reumáticos e arremessos de dentadura.

Margeado por temas sérios e incomuns em um filme de animação e embalado por uma lindíssima trilha sonora, Up nos lembra de que simplesmente viver, é a maior de todas as aventuras. Nada mau Pixar... Nada mau mesmo!

Não fique triste se não puder assisti-lo em 3D. Ele é tão bom, que isso não fará a menor diferença! E prepare-se para conhecer no curta que precede o filme, a versão da Pixar de como nascem os bebês.


Nota: 10/10

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