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Papo Rápido
Lançamentos em DVD e Blu-Ray de Março

O Retorno de Johnny English



Rowan Atkinson é o típico artista que tem o dom do humor. Ainda que sua abordagem não seja nem um pouco sutil, basta fazer alguns movimentos, construir frases juntando monossílabas e pronto: a graça está feita. O eterno Mr. Bean, personagem que virou marca do ator, faz rir até hoje, mesmo estando um pouco ultrapassado. Mas, gostando ou não, admirando ou não, há de se deixar claro que a impressão que se tem com esse O Retorno de Johnny English é que o tempo passou e Atkinson não é mais o mesmo. Talvez esteja em busca de projetos que não lhe peçam muito, ou simplesmente em busca de dinheiro. Falta humor, falta vida, falta bom senso. Falta muita coisa para este filme.

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A Casa dos Sonhos



A Casa dos Sonhos é o tipo de filme que tenta ser mais inteligente do que realmente é. Com uma reviravolta boba no meio do caminho e outra mais boba ao fim, esta estranha fita de um deslocado Jim Sheridan não é ruim, só não encontra seu rumo, seu propósito. Clichê e ilógico, o roteiro tropeça na própria mitologia e se enreda no próprio fiapo de trama. Daniel Craig parece deprimido, Rachel Weisz demonstra a mesma antipatia de sempre, com total falta de carisma; já Naomi Watts parece ter entrado no barco errado. Perdida no tiroteio, a loira tenta fazer o que pode para salva, ao menos, sua parte. Não é um escândalo, ou o pior filme do ano, mas é difícil posicionar-se a favor de A Casa dos Sonhos.

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O Palhaço



Selton Mello é um ótimo diretor. Talvez seja mais competente nessa área do que na de atuação. O Palhaço, linda composição nacional sobre o que move um ser humano, suas angústias e lapsos de alegria é, na mais superficial das análises, a velha história do palhaço triste. É uma obra esteticamente irretocável: além da direção inspirada de Mello, a direção de arte merece destaque especial, tal qual a brilhante fotografia. É bem verdade, porém, que o roteiro pese a mão em certas decisões; nem tudo funciona no final. É uma fita cheia de simbolismos e rimas visuais, mas que se perde na concepção de certos personagens. Algumas participações de conhecidos atores funcionam, outras são descartáveis. É, no fim, um belo filme. Imperfeito, como qualquer um e qualquer coisa.

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Atividade Paranormal 3



Atividade Paranormal, o primeiro, de Oren Peli, é um engodo superestimado. Tem seus momentos de inspiração, daqueles que fazem a plateia pular e ficar na beira da poltrona, mas para cada susto, há intermináveis minutos de silêncio e vazio. Simplesmente nada. O segundo é um caos narrativo e visual que sai de lugar algum para chegar a outro igualmente inexistente. Já a última parte da franquia surpreende. Ambientada na década de oitenta, a fita acerta no ritmo e na abordagem visual; está calcada nos mesmos vícios dos antecessores, mas trás interessantes ideias ao gênero limitado. Todas as sequências envolvendo a câmera do ventilador elevam a tensão a níveis extremos. Não há roteiro ou sequer uma história estruturada, mas é um intrigante exercício de estilo.

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Meia-Noite em Paris



Woody Allen é conhecido pelos textos originais, sarcásticos e inteligentes, e pela abordagem visual simples, isenta de floreios estilísticos. A câmera é ligada e o elenco e o texto fazem o resto. Ele é um dos poucos diretores que conseguem tal feito. É importante que se diga que isso é uma proeza. É um dos artistas que colocam em xeque a velha dúvida sobre a autoria e sobre o que é importante em um filme: o roteiro ou a direção? A produção ou o elenco? Meia-Noite em Paris segue a mesma cartilha que Allen usa desde o princípio, e não decepciona. Owen Wilson é, de longe, um dos melhores alter egos do roteirista e esbanja carisma. Os coadjuvantes brilham cada um a sua maneira, e o clima da velha Paris, dia ou noite, ensolarada ou chuvosa, é uma das melhores coisas de toda a obra.

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A Pele que Habito



Nunca fui fã de Almodóvar. Que me perdoem os adoradores do cineasta, mas o estilo do sujeito nunca me convenceu. Devo reconhecer, claro, suas várias qualidades, dentre elas o total domínio narrativo, mas não posso ignorar um simples fato sem explicação: empatia. Às vezes funciona, outras não. Abraços Partidos, por exemplo, é um dos piores filmes de 2009. A Pele que Habito poderia ser outro exemplar a não funcionar, já que trás todo o pesado estilo, vícios e abordagens visuais e narrativas do diretor/roteirista. O fato é que Almodóvar se sobressai e cria um suspense poderoso, cheio de significados e indagações. É preciso entrar na mente dos personagens para tirar algumas coisas da obra como um todo. O resultado não decepciona. Optando por uma narrativa não linear e deixando a metalinguagem de fora, este é o melhor filme de Almdóvar dos últimos anos.

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Contágio



Steven Soderbergh geralmente convoca grandes atores para compor o elenco de seus filmes, e a ironia é que, mesmo com grandes estrelas, muitas vezes as obras não funcionam. A trilogia Ocean's, à exceção do primeiro, sempre ficou aquém das expectativas. O Desinformante tem graves problemas de ritmo, assim como Solaris, que contava com George Clooney como protagonista. O fato é que o diretor talvez reúna tanta gente boa para maquiar seus defeitos como autor. Mas o profissionalismo do sujeito, por ora, não está em jogo. Contágio tem uma vasta e estrelada galeria de artistas; muitos deles mal aparecem, sem tempo para brilhar, sendo subaproveitados, uns parecem estar apenas cumprindo tabela. No limiar, Contágio é um bom filme, mas não desenvolve os personagens devidamente e a história é simplista. É muita gente pra pouco espaço.

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Os Muppets



Os atemporais bonecos de pano estão de volta. Ressuscitados com vitalidade em Os Muppets, os carismáticos "bichinhos" ganham uma sobrevida notável e prometem seguir nas telonas. E merecem. Cheio de autorreferências, homenagens e piadas metalinguísticas, a fita resgata a ingenuidade das histórias infantis com uma historinha simples, até mesmo bobinha, mas longe de ser vazia. Pode ser considerada a melhor comédia do ano passado.


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Inquietos



Gus Van Sant, que mostrou total domínio técnico e narrativo em obras como Elefante tem, em Inquietos, um dos piores momentos de sua carreira. Diretor conhecido por adentrar a mente jovem e transpô-la às telas com inteligência, Sant tropeça no melodrama barato e em personagens fracos, isentos de carisma, ao contar a história de um jovem casal cuja morte os espreita: o rapaz é amigo de um "fantasma" kamikaze, a moça está morrendo. É um depressivo clichê que se debruça em ideias de outros livros e filmes que foram muito mais satisfatórios no assunto. Muito pouco se salva - talvez apenas a fotografia que, ainda assim, não é nada original -; o casal protagonista é um fiasco: Mia Wasikowska vem treinando a falta de talento e expressividade desde Alice e Henry Hopper, filho de Dennis Hopper, talvez tenha assinado sua sentença dentro do Cinema. Como podem ser "inquietos" se são o casal mais chato em anos?

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Sobrenatural

A crítica de Sobrenatural pode ser lida aqui.

Trailer completo de Prometheus

Mais cedo, o teaser/trailer voltado para o IMAX foi postado aqui no Pipoca Net. Na ocasião, comentei que o trailer oficial e completo ainda não fora divulgado. Pois bem, eis que a prévia está na rede.

O vídeo, de dois minutos e trinta e dois segundos, trás inúmeras cenas inéditas. A campanha de Prometheus está se mostrando inteligentíssima com prévias inéditas que aguçam o espectador. Nada de uma reformulação do primeiro vídeo com alguns trechos novos ou uma narração diferente. O que se vê agora é uma nova abordagem: mais história, mas personagens e mais cenas fantásticas e enlouquecedoras. 

Prometheus, de Ridley Scott, chega aos cinemas americanos em 8 de junho deste ano, e é, ao lado de O Hobbit e The Dark Knight Rises, o filme mais esperado do ano.


Abraham Lincoln - Vampire Hunter conta a saga do presidente Abraham Lincoln como matador de vampiros. Os sugadores de sangue que, segundo a trama, foram os reais motivos por trás da Guerra de Secessão são uma praga que precisa ser dizimada.  
Elenco conta com Benjamin Walker, como Abraham, Dominic Cooper, Anthony Mackie, Rufus Sewell.
A fita dirigida por por Timur Bekmambetov (Guardiões da Noite Guardiões do DiaO Procurado) é adaptação da obra de mesmo título Abraham Lincoln: Vampire Hunter, de Seth Grahame-Smith, autor de Orgulho e Preconceito e Zumbis, um escritor que gosta dessas excêntricas combinações.
O novo trailer deixa claro que será um filme que abusará da C.G.I. com eficiência, um longa divertido. Ao final, uma frase paira no ar: "Only the living can kill the dead", em uma tradução literal "Somente a vida pode matar os mortos".  Se não for pedir demais desta premissa um tanto fora dos padrões, seria bem interessante ver uma boa trama desses Thriller de dentes afiados.

Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros estreia em 3 de agosto, com cópias em 2D e 3D.

Assista abaixo o trailer de Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros



Novo trailer de Prometheus

O novo trailer de Prometheus foi divulgado. A prévia, voltada para o IMAX, está cheia de cenas inéditas e empolgantes. Esse segundo vídeo é superior ao primeiro, conta um pouco mais da história e trás sequências mais eletrizantes e reveladoras. Repleto de ação e, principalmente, suspense, o aguardado trailer veio, ao contrário do anterior, de mansinho, e acabou surpreendendo mais.

Vale lembrar, porém, que o tal "trailer oficial", que recebeu até mesmo um "teaser de trailer", como o primeiro, ainda não foi lançado. Muitos tem tratado esse segundo vídeo como um teaser; de qualquer forma, curta abaixo.

A fita promete muita filosofia e testes físicos e psicológicos. A história, ainda misteriosa, acompanha uma equipe de exploradores e cientistas em uma jornada espacial. A obra de Ridley Scott estreia em 8 de junho nos EUA. 

Trailer de Dark Shadows

Dark Shadows ou no Brasil, Sombras da Noite;  dirigido pelo exagerado e um tanto mirabolante Tim Burton, pode vir a resgatar a origem dos contos vampirescos. Envolvido por um clima sessentista, o filme é uma adaptação do seriado - de mesmo nome - Dark Shadows.

Conta com grande elenco: Johnny Deep, como este se ausentaria de um filme de Tim Burton?; Helena Bonham Carter - a ilustríssima, excêntrica e talentosa, esposa de Tim Burton; Eva Green e Michelle Pfeiffer.
O filme protagonizado por Johnny Deep - "grande novidade" -, conta a história de Barnabas, vampiro que desperta de seu caixão e passa a fazer parte da vida da família Collins, familiares dele, mas que nem suspeitam que ele é um dos seus antepassados, um vampiro de 175 anos... O trailer é bem engraçado, filme parecer ser uma comédia à la Tim Burton, um tanto excêntrica; as atuações de Deep e de Carter merecem destaque por suas excelentes caras e bocas durante o trailer.

Dark Shadows estreia 22 de junho no Brasil.


Assista o trailer de Dark Shadows abaixo:

Crítica
A Invenção de Hugo Cabret



As piadas mais recorrentes acerca de A Invenção de Hugo Cabret, novo trabalho de Martin Scorsese, abordam o fato de o diretor de filmes violentos e polêmicos comandar agora uma aventura infantil. Mas o que deve ficar claro para o espectador é que Hugo não é, necessariamente, uma obra infantil. Se for considerar realmente como uma fita criada para os pequenos, esta deve ser a pior ou a mais sem graça do gênero, já que trás poucos elementos que possam fazer as crianças se interessarem. Logo, A Invenção de Hugo Cabret surge como uma espécie de “filme sem gênero” ou público alvo específico. É difícil de acreditar, por exemplo, que a geração infantil vá se interessar ou se sentir atraída por toda a subtrama
Ben Kingsley, que tem uma das melhores atuações do ano, e Asa Butterfield
envolvendo Georges Méliès, a criação e importância do Cinema e a conservação das antigas obras da Sétima Arte. E é aqui, justamente na maior força de Hugo, que se encontra sua maior falha, seu calcanhar de Aquiles.

A junção entre a saga do menino Hugo e o ostracismo de Méliès aliado a toda a história do Cinema antigo nunca surge de forma orgânica. Ainda que funcione para os cinéfilos e amantes do Cinema, para o suposto público alvo do filme não há graça alguma, e aí entra a pessoalidade de cada um: como adorador da Sétima Arte é impossível não se apaixonar por Hugo e entrar na sua mensagem e na sua alma, mas não posso ser hipócrita e dizer que a obra funciona para o grande público. É fato, portanto, e não há meios termos para isso, que o novo trabalho de Scorsese não encontra uma identidade única. Enquanto abordam toda uma subtrama desnecessária envolvendo um casal no metrô cujo relacionamento é atrapalhado por um pequeno cachorro, o cineasta e o roteirista John Logan (do ótimo Gangues de Nova York e do apenas bom Gladiador) resolvem mesclar com isso uma seriedade surpreendente ao abordar o passado de Méliès, aproveitando, claro, para dialogar sobre a importância da preservação dos antigos filmes. São, basicamente, dois filmes em um. Reitero: funciona para um cinéfilo e para aqueles que compram a ideia, mas acaba se mostrando um projeto sem identidade para aqueles que esperavam uma história mais regular ou comum.

Scorsese e sua melhor amiga, a câmera
Depois do último parágrafo é preciso deixar explícito nessas linhas que adorei o filme. Saí da sala de Cinema maravilhado com o mundo que Scorsese havia mostrado. A começar pela direção de arte. Não é preciso dizer que Dante Ferretti estabeleceu-se como um dos maiores diretores de arte do Cinema atual, afinal, ele já provara tal capacidade antes de Hugo. Basta assistir filmes como Gangues de Nova York, O Aviador e Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet para comprovar tal fato. Conhecido pela abordagem grandiosa, cenários ricos e detalhes e em escala real, Ferretti faz aqui o que possivelmente é o seu melhor trabalho (o que não é pouco, já que estamos falando do mesmo profissional responsável pela arte de Drácula, de Francis Ford Coppola). A estação, cenário principal da obra, é um show à parte, que aliada à fotografia espetacular de Robert Richardson, é o símbolo da nostalgia que a obra retrata. Igualmente belíssimas são as – poucas – cenas externas. Com neve sempre caindo, Richardson acerta ao não usar a predominância branca das ruas para criar um clima opressor, mas sim contrapor o calor e as cores quentes da estação, abrigo do menino e lugar, em tese, mais seguro para ele, com o frio e a paleta dessaturada da complexa e inóspita Paris, que só aparece iluminada e realmente viva quando contemplada por Hugo de longe dentro da estação, ou quando a luz do trem (que remete, claro, à estação) alumia as vias da cidade. 

A direção de Scorsese merece atenção extra, como em qualquer outro trabalho do cineasta. Utilizando longas sequências para apresentar seus cenários e conduzindo as cenas de ação com inteligência, Scorsese mostra que ainda é um dos maiores diretores de Cinema vivos, o que não deixa de surpreender dada a longa filmografia do sujeito e sua idade. O cineasta ainda tem a mesma vivacidade e apuro técnico e narrativo que apresentou em trabalhos anteriores, e em A Invenção de Hugo Cabret merece ainda mais o nosso respeito, já que se trata de um terreno ainda inexplorado por ele. Atente para os dois belos planos sequência, um que apresenta o herói Hugo e a estação em que vive e o outro que encerra a produção. Scorsese peca, naquilo que talvez nem seja realmente sua culpa, ao reservar um bom tempo ao relacionamento do capataz e a florista ou mesmo aquele já citado nesse texto, com direito a cachorros temperamentais e tudo. Mas são pecadilhos perto de tudo que Hugo constrói.

Com atuação primorosa de Ben Kingsley – que inexplicavelmente ficou de fora da temporada de prêmios -, A Invenção de Hugo Cabret é uma tocante homenagem ao Cinema e aqueles que o fizeram e o fazem até hoje. Mostra que ainda que o tempo seja indelével, nada pode apagar o que o Cinema escreveu.

Crítica - O Pacto

Crítica 
O Pacto



Depois de vários fracassos seguidos e poucos acertos (Presságio e Vicio Frenético talvez sejam os únicos que salvem a década do ator), criou-se certa marcação sobre Nicolas Cage. Todo trabalho que o sujeito anuncia e participa é visto com outros olhos pelo público; seus filmes são criticados e rotulados como fracassos antes mesmo do lançamento. Ainda que obras como O Sacrifício, Perigo em Bangkok, Motoqueiro Fantasma, O Aprendiz de Feiticeiro e Fúria sobre Rodas sejam investidas lamentáveis, parece ter virado moda criticá-lo. O Pacto é apenas mais um na filmografia do ator a receber unanimemente comentários negativos, o que até certo ponto, é injusto, já que se trata de um filme, pelo menos, divertido.

A trama acompanha Will Gerard (Cage), que após ter sua esposa estuprada recebe uma proposta irrecusável: vingança sem ter que sujar as mãos. Quem oferece tal ajuda é Simon (Guy Pearce, sempre ótimo), misterioso homem de terno. A oferta é simples: Simon e seu grupo farão justiça, porém, Will terá que pagar a dívida de alguma forma no futuro, um pagamento simples, segundo o homem ("quebrar uma câmera, entregar um envelope, talvez", diz o ofertante). A melhor parte do frágil roteiro escrito por Robert Tannen se encontra na primeira parte da fita: desenvolvendo os fatos de maneira simples e convencional, mas intrigante, o aparente ciclo de vingança elaborado pela equipe de Simon convence e, ainda que absurdo, não deixa de ser interessante. A coisa perde força quando o protagonista deve quitar a dívida, e uma enxurrada de clichês é jogada na tela; a obviedade dos fatos também incomoda: é possível prever praticamente todos os desfechos das subtramas e sequências do longa. O roteiro peca também pela superficialidade com que trata seus personagens. A esposa de Gerard (interpretada pela sempre péssima January Jones) é uma criação risível, cujo papel é apenas ser o ponto de partida para o restante da história. Simon também não recebe a atenção que merecia, surgindo apenas como um mero vilão, daqueles que conversam muito antes de atirar e finalizar o serviço e daqueles que mandam os capangas correrem atrás de seu alvo, enquanto ele mesmo sabe que é capaz e que vai encontrar o mesmo a qualquer momento. Igualmente mal concebido é o personagem central que, ainda que tenha mais tempo em cena, é totalmente inconstante, partindo de um mero professor a um ladrão articulador e meticuloso notável.

Jones e Cage: quem é o mais canastra? A briga, acredite, é feia.

Cage segue com suas conhecidas muletas de interpretação. Muitas vezes caricato, o ator parece, ao menos, se divertir no papel. O que o salva de um fracasso é seu carisma e sua própria figura. É inegável que, mesmo lançando bombas todos os anos, nós torcemos por Cage, queremos vê-lo num bom filme. O Pacto prova uma coisa: não devemos enxergar o ator como um artista, e sim como um mercenário. Se esperarmos muitos pelos seus trabalhos ou aguardarmos uma ressurreição surpreendente, é bem provável que nos decepcionemos. A fita em questão não promete absolutamente nada, apenas mantém Cage num terreno em que ele já se encontrava. O elenco reduzido, pouco ou nada pode fazer; à exceção de Guy Pearce, nada chama atenção nesse quesito. Todos os personagens que surgem na trama são subaproveitados, e o pior de tudo é que, quando aparecem, pronunciam diálogos inacreditáveis, risíveis e expositivos. A frase de efeito principal do longa é dita a todo o momento e por várias pessoas, provando o total despreparo do roteirista.

Mas a grande falha que resume O Pacto é sua simplicidade; é uma fita de ação genérica. Da direção convencional e pouco inspirada até a edição atrapalhada, todos os quesitos da obra são comuns e não trazem nada novo ao Cinema ou ao espectador. As ideias são aproveitadas de outros projetos e a execução em nada se difere dos inúmeros filmes de ação lançados todo o mês. Mas O Pacto não é o lixo que muitos alardeiam: intrigando e mantendo o espectador atento mesmo que superficialmente, a obra é um bom passatempo, e mesmo que o final, óbvio e praticamente anti climático, destrua os poucos pontos positivos que antecederam tal desfecho, com boa vontade é possível relevar tal falha. Está longe de um "Vício Frenético", mas também não é nenhum "Sacrifício" assisti-lo.

Ok, ok. Eu poderia ter encerrado sem essa última frase.

Matheus Pereira

Crítica - Drive

Crítica
Drive




Quando o mundo e a indústria se encontram na mediocridade artística e cultural na qual nos encontramos atualmente, é natural que nos tornemos nostálgicos. Que passemos a encarar o passado e todo o clima que ele encerra. Assim podemos explicar porque festas temáticas dos anos oitenta façam tanto sucesso, ou porque filmes e as demais mídias, quando voltam os olhos e incorporam décadas passadas, recebam tanta atenção. Drive, dirigido por Nicolas Winding Refn (vencedor do prêmio de Melhor Direção no último festival de Cannes), evoca esta aura, esse clima oitentista que, quando bem abordado, dá bons resultados. Com Ryan Gosling à frente de um elenco que ainda conta com Carey Mulligan (não muito diferente dos outros papéis que apresentou até aqui) e o ótimo Bryan Cranston (da magnífica série de TV Breaking Bad), Drive é um filme simples, mas refinado. Com direção caprichada (Refn ganhou o prêmio em Cannes, afinal) e um ótimo estudo de personagem, o filme se mantém em poucos, mas importantes pilares: direção, atuação e clima. O clima, juntamente aos outros dois pontos recém citados, é o cerne da fita, que exala elegância e consistência. Gosling, carismático e arrebatador, entrega aqui aquela que talvez seja sua melhor atuação neste ano, e carrega a obra com firmeza e segurança. Alternando algumas cenas mais intensas com outras mais intimistas, Drive mistura ação e drama e é certamente um filme diferente, original. Ainda que tenha um esqueleto comum, é a gordura, os detalhes e a abordagem, que fazem de Drive único e um dos melhores do ano.

Obs.: Essa crítica fora anteriormente publicada em 12/10/2011, numa sessão Papo Rápido, por isso seu tamanho reduzido.

Matheus Pereira

Extra! Extra

Trailer de On the Road

O título do filme já sugere a trama da fita, trata-se de uma aventura sobre rodas, mas não essas cheias de eletrizantes acontecimentos e efeitos especiais, nos insere em uma jornada pelo autoconhecimento de dois recentes amigos, um homem comum e um "nômade" de grande personalidade.
A fita dirigida por Walter Salles Jr., conta com elenco de peso: Steve Buscemi, Kirsten Dunst, Viggo Mortensen e a brasileira Alice Braga.
Outro filme que terá première em Cannes durante o festival em maio.

On the Road estreia 8 de junho no Brasil.

Veja o trailer de On the Road abaixo:


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Pôster de Moonrise Kingdon

Wes Anderson - diretor do ótimo O Fantástico Sr. Raposo - teve pôster do seu filme Moonrise Kingdon divulgado.
A trama conta a história de um casal apaixonado que decide fugir, todos passam acreditar que estes foram sequestrados e passam a procurá-los.
Com a ótima Tilda Swinton (Precisamos Falar Sobre Kevin) no elenco, o diretor da fita e por ser um filme presente em Cannes, promete ser um excelente filme.

Moorise Kingdon terá sua première em Cannes no dia 16 de maio, mas estreia nos Estados Unidos 25 de maio.

Veja o pôster abaixo:


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The Lone Ranger - Primeiras Fotos

A nova fita de Gore Verbinski deixa claro que o diretor gostou de sua experiência Western com sua recente e ótima animação Rango. Em mais uma parceria com Johnny Deep, contém a trama sobre um homem da lei que após ter quase passado desta para uma melhor é curado pelo Índio Tonto (Deep) torna-se o Cavaleiro Solitário em busca de justiça e fim aos maus elementos. Também conta com Helena Bonham Carter (O Discurso do Rei) no elenco.

The Lone Ranger estreia 31 de março de 2013.

Veja abaixo as primeiras fotos de The Longe Ranger:





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O Que Esperar Quando Você Está Esperando - Trailer

A nova comédia romântica americana que abordará a vida de cinco casais diferentes em situações semelhantes - no estilo do fraco Idas e Vindas do Amor e do excelente Simplesmente Amor - terá como um dos casais protagonistas o brasileiro Rodrigo Santoro e a bela Jennifer Lopez, os personagens vivem na trama momentos intensos relacionados a gravidez e a paternidade. Conta com elenco bem conhecido: Chris Rock (Gente Grande), Anna Kendrick (Amor sem escalas), Cameron Diaz (Jogo de Amor em Las Vegas) e os citados anteriormente.

Dirigida por Kirk Jones, a fita estreia 18 de maio no Brasil.

Veja trailer de What to Expect When You're Expecting abaixo:




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Novas fotos de Fúria dos Titãs 2


A trama se passa dez anos após o primeiro filme, mostra a batalha entre Deuses e Titãs , um mundo onde a existência dos Deuses está ameaçada pela descrença dos humanos, enquanto Perseu retorna a sua vida pacata - onde sua verdadeira face de semideus fica deixada de lado - , vivendo como pescador e criando seu filho.

Fúria de Titãs 2 estreia em 30 de março de 2012.
Veja as fotos abaixo:






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