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_____Os Melhores da Década_____
Os 10 Maiores e Melhores Personagens



10 - Juno Macguff

(Ellen Page em Juno)

As únicas coisas realmente boas em Juno são o texto de Diablo Cody e a personagem principal interpretada por Ellen Page: Juno. Sem esses dois elementos, Juno não chegaria aonde chegou, nem seria a personificação da superestimação que é hoje. O roteiro de Cody é original e por, tem tiradas ácidas e inteligentes. Coube a Page proferir tais tiradas. A adolescente grávida pode não ser um retrato fiel das garotas de hoje em dias, e não era pra ser mesmo. Juno é diferente, é independente. Juno é a forma física, humana do próprio filme. Indie, levemente cool, inteligente à seu modo, diferente, com defeitos, livre. Jason Reitman (diretor que não gosto muito) nem precisou fazer muita coisa, afinal, o filme é de Page/Juno. Ela rouba todas as cenas, todo o filme. Não é à toa que a obra leva seu nome.


9 - Harry Potter

(Daniel Radcliffe em Harry Potter e a Pedra Filosofal, A Câmara Secreta, O Prisioneiro de Azkaban, O Cálice de Fogo, A Ordem da Fênix, O Enigma do Príncipe e As Relíquias da Morte)

Nada irá se comparar a Harry Potter. Podem surgir milhares de Edwards e Jacobs, mas jamais surgirá outro Harry Potter. O bruxinho é o personagem de uma geração inteira. Uma geração que pode se orgulhar em dizer que é fã e viveu na época de Potter, diferente da geração de hoje que cresce junto com a saga Crepúsculo. Daniel Radcliffe cresceu junto com o personagem, Potter cresceu junto com os fãs. Os medos, as ansiedades, a vida, tudo muda, tudo evolui. Potter e os amigos eram um espelho não só para as crianças, mas para todos que gostavam de uma boa história e que ainda tinham certa fantasia, uma ingenuidade dentro de si. Nenhum filme vai ter a magia que Harry Potter tinha; dificilmente alguém irá igualar o fenômeno criado por J.K. Rowling. O jovem bruxo meio sem jeito que é o heroi de seu tempo estará para sempre na memória de todos.

8 - Tony Stark/Homem de Ferro

(Robert Downey Jr. em Homem de Ferro 1 e 2)

Quem não quer ser Tony Stark? O cara é bilionário, tem as mulheres que quer, tem boa aparência, é inteligente e para completar é o Homem de Ferro. A malandragem e a esperteza de Stark incrivelmente não afastam o espectador, pelo contrário, atraem. Ficamos interessados pelas piadinhas do ricaço e acabamos torcendo por ele. Apesar de ser um pouco irritante e levemente mimado em alguns momentos, Stark é humano. Egocêntrico e tudo mais, mas é um bom sujeito. Alguém que vê a realidade após se tornar o Homem de Ferro. O que fez Stark/Homem de Ferro se tornar um dos heróis mais queridos de todos é o fato de que ele é humano acima de tudo. Ele sangra, ele chora, ele tem defeitos (e são vários), ele tem medo. Isso o aproxima da realidade, do que os espectadores são. Não queremos ver um homem praticamente invencível que só fica vulnerável perto de uma coisinha verde encontrada apenas em outro planeta. Stark é bobinho, mas é um dos personagens mais legais da década.

7 - A Noiva

(Uma Thurman em Kill Bill vol. 1 e 2)

Quentin Tarantino é o cara. A maioria (se não todos) dos personagens criados por ele é sensacionais. De Cães de Aluguel a Bastardos Inglórios. Seus personagens são marcantes, únicos. A Noiva é a mulher que rouba a cena no meio de todos os homens. Mas não se engane. Ela tem a mesma força que um homem, luta melhor que muitos e é persistente. A história é simples: a Noiva só que se vingar de quem a deixou em uma situação lamentável. Escapando do hospital imóvel da cintura para baixo, a Noiva fica horas tentando mexer o dedão e recobrar os movimentos. Para o azar dos bandidos, a Noiva consegue mexer o dedão e sai em busca de vingança. De moto, com uma espada e vestindo uma roupa bem discreta, a Noiva sai derramando litros de sangue. Tarantino dá uma aula de direção com seus fantásticos planos-sequência. Sem falar que Uma Thurman nasceu para ser a Noiva.

6 - Wall-e
Negrito
(...Wall-e em... Wall-e)

Wall-e é o centro, a alma, o coração de Wall-e, o melhor filme da Pixar. O robozinho mais fofo de todos os tempos roubou a cena e ficou famoso no mundo inteiro. Foi o artista de seu ano. Virou boneco e só faltou ser indicado ao Oscar. Wall-e é mais humano que muitos personagens feitos de carne e osso. Wall-e emocionou mais e foi mais verdadeiro que muitos atores por aí. Pronunciando meia-dúzia de palavras, Wall-e roubou o coração de todos. Quem não caiu em suas graças quando ele emitia "Waaaaaaal-eee" ou "Eeeeeeeeeeeeeeevaaaaaaa", ou então pisava na baratinha de estimação e ficava apavorado, não tem coração ou é de outro planeta. O romance entre o pequeno robô que junta lixo e a sofisticada robô encarregada de buscar vida na Terra é atípico e o mais emocionante a surgir nos últimos dez anos. Um romance que pode se equiparar fácil com o de Jack e Rose, por exemplo. De uma coisa não há dúvidas: Wall-e é o "cara" mais carismático da década.

5 - Hans Landa

(Christopher Waltz em Bastardos Inglórios)

Que Bastardos Inglórios é excelente, ninguém duvida. Outra certeza que se tem é que a atuação de Christopher Waltz como Hans Landa é impecável. Landa é simplesmente um dos vilões mais carismáticos da história. Paradoxos à parte, Landa é malvado, manipulador, mas tem seu charme e é muito inteligente. Não há quem não caia em sua lábia. Falando vários idiomas, Landa se faz de bonzinho e depois mostra as garras. Além de tudo, Waltz conseguiu algo inédito. Fez com que nos interessássemos por um nazista (!), a ponto de torcermos por ele em alguns momentos, tamanha a imbecilidade de alguns mocinhos. Prova disso, é que caímos no papo do nazista. Assim como noventa por cento dos personagens foram enganados, nós também fomos. É claro que Tarantino ajudou na força do personagem com seu roteiro original e inteligente e sua direção perfeita, mas a alma de Landa é, sem dúvidas, seu intérprete ganhador do Oscar. Não há espaço pra nada. Quando Waltz/Landa está em cena nada se destaca mais do que ele. Destacar-se em um filme de Tarantino, que sempre tem muitos atrativos, já é um bingo...

4 - Daniel Plainview

(Daniel Day-Lewis em Sangue Negro)

Sangue Negro é um filme perfeito. Em todos os aspectos, que fique registrado. Mas uma das coisas que mais chama atenção nessa obra-prima de Paul Thomas Anderson é a atuação de Daniel Day-Lewis. Seu obsessivo e inescrupuloso Daniel Plainview espanta. O homem passa por cima de tudo e de todos (até mesmo seu filho, se necessário) para conseguir o que quer. Submete-se à coisas impensáveis (o batismo; algo que ele nunca faria se não fosse por um duto). Mas o mais espantoso disso tudo é que não sentimos raiva dele, aversão. Por mais que não concordemos com algumas atitudes, Plainview nunca deixa de ser misterioso, alguém cheio de segredos e interessante. Talvez o público goste de Plainview porque ache algo com que se identificar; a ganância, a obsessão. Afinal, parafraseando outro personagem, a ganância é boa.


3 - Gandalf

(Iam McKellen em O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei)

Se há um símbolo de sabedoria no Cinema desta última década, este é Gandalf. Alguns dão o crédito ao bruxo Dubledore, e não posso condenar, pois também admiro o personagem, mas o diretor de Hogwarts tem um retrato de Gandalf em sua sala, e isso torna o mago poderoso de O Senhor dos Anéis do maior de todos os bruxos, magos e seres místicos. Gandalf exala inteligência, sabedoria. Paciente, forte e justo, Gandalf é respeitado por todos na Terra Média. Todos louvam o mago. Quando tinha o subtítulo "O Cinzento", Gandalf já era idolatrado por muitos, mas após tornar-se "O Branco", o mago ultrapassou as barreiras da fantasia, do Cinema e se tornou um dos mais fantásticos personagens do Cinema contemporâneo. Muito se deve a Iam McKellen, que, indubitavelmente, nasceu para o papel.

2 - Jack Sparrow

(Johnny Depp em Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra, O Baú da Morte e No Fim do Mundo)

Eu poderia citar todos os personagens de Johnny Depp, pois todos são fantásticos. Até mesmo nos filmes menores, Depp sempre constroi um personagem fascinante. Seja dublando, seja coberto de maquiagem, seja ao lado de Tim Burton, seja "brincando" em qualquer outra obra, Depp sempre concebe personagens, no mínimo, interessantes. O beberrão, esperto e levemente afeminado (ele é heterossexual, mas seu caminhar é duvidoso) Capitão Jack Sparrow talvez seja seu personagem mais engraçado e notável. O ator que já viveu Edward Mãos-de-Tesoura, um barbeiro demoníaco chamado Sweeney Todd, o Chapeleiro Maluco, um pobre noivo que "dá" a aliança para um cadáver (reparem que todos os personagens citados veem do universo de Tim Burton) e muitos outros conquistou o público de vez com o carismático pirata e, vejam só, até mesmo os votantes da Academia caíram nas graças do capitão e presentearam o ator com uma merecida indicação ao Oscar. Bebendo muito, fugindo de outros piratas e escondendo segredos, Jack Sparrow fez história, e por mais que os filmes falhem uma vez ou outra, Depp/Sparrow roubam o espaço e garantem a diversão.

1 -Coringa

(Heath Ledger em Batman - O Cavaleiro das Trevas)

Dizer que o Coringa foi o melhor personagem desta década e que a atuação de Heath Ledger é simplesmente magistral, é chover no molhado. Mas nunca cansamos de dizer e ouvir: o Coringa de Ledger virou um ícone, uma marca eterna na história do cinema. Um personagem que ficou ainda mais trágico com a morte do ator pouco depois do término das filmagens. Coringa é um agente do Caos. Mas não é um simples lunático que gosta de matar as pessoas. Seus planos envolvem uma profunda filosofia, envolvem a natureza do homem e de seus atos. Vilão ou não, assassino ou não, o Coringa fez pensar, e se tornou o mais interessante personagem destes últimos dez anos. Poucos foram os personagens que fincaram bordões como Coringa fez. Assisti-lo era um evento. Para todo o lado viam-se cartazes e notícias, fotos e propagandas, o Coringa dominara o mundo. Um exemplo perfeito de quando um personagem se torna maior que o filme. As pessoas saíam de suas casas, iam ao cinema para ver o Coringa, não o Batman. Ninguém queria ver o mocinho com uma fantasia de morcego, todos queriam o palhaço do caos, da desordem. No fim das contas, era isso que Ledger/Coringa queria: voltar os olhos de todos para ele, acender nossos pensamentos para o caos e para nossos instintos mais profundos e obscuros. Ele conseguiu.

Matheus Pereira

Especial - Harry Potter

___Especial___
Harry Potter


Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban


Sinopse: No terceiro ano em Hogwarts, Harry Potter e seus amigos correm perigo: um bruxo-assassino, conhecido como Sirius Black, foragido da prisão de Azkaban está à solta e pelo seu passado pretende terminar um serviço e matar Potter. Com isso, a escola passa a ser vigiada pelos guardas da prisão, os dementadores, seres gélidos, soturnos que podem roubar as lembranças boas das pessoas. Remo Lupin é o novo professor de Defesa contra Artes das Trevas e ajuda Harry a conjurar o feitiço do Patrono, para se defender dos dementadores. Porém, o professor é também um risco aos alunos, visto que é um lobisomem. Hagrid começa a dar aulas de Trato de Criaturas Mágicas e traz à aula um hipogrifo. Na aula de adivinhação, a professora Sibila Trelawney é motivo de chacota, pois os alunos acham que ela é louca ao prever sempre tragédias, principalmente, com Potter. Mas, Sibila tem a seu favor uma profecia antiga que liga os destinos de Potter e Voldemort. Harry passa a seguir os movimentos de todos em Hogwarts com o Mapa do Maroto. Hermione dá um soco em Draco após ele conseguir que o Ministério da Magia sacrifique o hipogrifo. O rato de Rony também ganha importância ao descobrir que ele é um animago que traiu os pais de Potter, Pedro Pettigrew. Uma história onde a figura de Voldemort não aparece, mas sua presença é sempre sentida.

Crítica de Fernando Fonseca: Enfim, um filme digno da saga de Harry Potter. A saída de Chris Columbus e a presença de Alfonso Cuarón na direção, foi extremamente importante para a mudança de clima na série: sai de cena o ar de aventura infantil para uma fantasia sombria e juvenil com muito ritmo e equilíbrio em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. O trio de jovens atores (Radcliffe, Watson e Grint) tem sua melhor participação até agora. A presença de Thompson e Oldman dão um brilho especial em seus papéis. É como se tudo aumentasse em escala e Harry Potter entrasse decididamente no mundo adulto. Novamente, detalhes técnicos como fotografia, cenários e figurinos dão um show à parte e a trilha sonora ajuda a compor a atmosfera fabulística dessa nova fase na história dos personagens. De longe, é o melhor filme da saga, uma tarefa difícil pois o livro é muito bom, mas com muitas histórias paralelas que Cuarón soube dirigir com habilidade e precisão para não cair na pieguice. Além de uma bela cena de quadribol na chuva. O fato de tirar os negros sobretudos dos uniformes escolares e deixarem os alunos à vontade com roupas joviais deu mais mobilidade e fluência às cenas. Um grande filme que elevou Harry Potter a um novo patamar.

-Nota: 9,5

Crítica de Matheus Pereira: Os dois primeiros filmes da série serviram como um ensaio, uma preparação para o que estava por vir. Com a lançamento de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, os dois longas dirigidos por Chris Columbus acabaram se tornando a promessa do que a série seria. Sai Columbus, entra Alfonso Cuarón (que já dirigira o infantil A Princesinha). O cineasta (que logo depois dirigiu a obra-prima Filhos da Esperança) deu uma nova cara para a série do bruxinho. Um estilo mais obscuro, um ar mais adulto. O estilo do diretor agradou tanto que todos os filmes sucessores seguiram a mesma cartilha. "Prisioneiro de Azkaban" é o mais adorado pela crítica especializada. Também pudera. Os personagens são mais explorados, a história tem um cuidado extra e a dependência do roteiro com relação à obra original é bem menos evidente. Perto das duas obras anteriores, este foge bastante do texto original. Muitas tramas paralelas foram postas de lado (o qudribol não tem o mesmo enfoque do livro). O roteirista também toma ótimas liberdades com o roteiro, desde os pequenos detalhes até reviravoltas mais importantes. Enfim a obra cinematográfica se soltou da literária. Harry Potter alcançou o patamar de "Cinemão", de verdadeiro blockbuster. A infantilidade cai por terra de uma vez por todas, e o perigo fica mais evidente. E convenhamos, Cuarón dá uma aula de direção a Columbus. Os quadros, os planos inventivos chamam atenção (com destaque para os movimentos em que a câmera "entra" nos espelhos e a cena se torna definitiva, concreta, e não reflexo). Apresentando os assustadores Dementadores e o interessantíssimo Sirius Black (interpretado pelo ótimo Gary Oldman), "Prisioneiro" flerta com viagens no tempo e comprova toda a força e a magia de Harry Potter.

-Nota: 8,5

Média: 9,0

Curiosidades

- Depois de dirigir os dois primeiros filmes, Chris Columbus preferiu não fazer o mesmo no terceiro, alegando querer passar mais tempo com sua família. Ele preferiu participar como produtor e se colocou à disposição da Warner para dirigir o longa seguinte, mas Mike Newell foi escolhido para a função.

- Outros diretores cogitados para este filme foram Callie Khouri (Divinos Segredos) e Kenneth Branagh (Hamlet).

- Depois da morte de Richard Harris, vários atores foram cogitados para o papel do Professor Dumbledore. Christopher Lee foi mencionado por algum tempo e os jornais apontavam Ian McKellen. Michael Gambon foi o escolhido.

- O nome de Ewan McGregor foi sugerido para viver o Professor Lupin.

- Foram gastos seis meses para a equipe de efeitos criar os Dementadores.

- No cenário de Dedosdemel, havia caveiras mexicanas feitas de açúcar. Para evitar que o elenco comesse os doces entre as tomadas, inventou-se que eles eram revestidos por um esmalte.

- O ilusionista Paul Kieve serviu como consultor e ensinou mágica a vários membros do elenco, além de trabalhar na elaboração de efeitos visuais físicos. Ele também fez uma participação, na cena do bar Três Vassouras.

- As filmagens tiveram que ser interrompidas depois que o trem usado como Expresso de Hogwarts foi vandalizado.

- O cenário de Dedosdemel foi usado também no primeiro filme, para a loja do Sr. Olivaras.

- David Thewlis foi cogitado inicialmente para viver o Professor Quirrell em Harry Potter e a Pedra Filosofal. Aqui, ele interpreta o Professor Lupin.

- O filme foi oferecido ao diretor Guillermo del Toro, mas ele recusou para comandar Hellboy.

- Emma Thompson aceitou interpretar a Professora Trelawney para impressionar sua filha de quatro anos, Gaia.

- Gary Oldman diz ter aceitado o papel de Sirius Black porque precisava de emprego. Ele estava sem atuar há mais de um ano. Seu último trabalho foi Sin, de 2003, mas que foi rodado em 2002.

- Em uma cena em que Daniel Radcliffe deveria parecer maravilhado, o diretor Alfonso Cuarón brincou recomendando que o garoto imaginasse Cameron Diaz de fio-dental.

- Uma cláusula no contrato do diretor o proibia de falar palavrões na frente das crianças.

- Ian Brown, ex-vocalista da banda Stone Roses, havia sido convidado para interpretar o dono do bar, mas a cena acabou cortada por falta de tempo. Por isso, ele aparece brevemente no início do filme lendo Uma Breve História do Tempo.

- O produtor Chris Columbus convidou Alfonso Cuarón após assistir a outro trabalho do diretor, A Princesinha.

- Quando vemos o Mapa do Maroto pela primeira vez, o nome Newt Scamander pode ser visto. No universo de Harry Potter, ele é o autor de Animais Fantásticos e Onde Encontrá-los.

- Alfonso Cuarón recusou a direção do filme seguinte da série, O Cálice de Fogo, para poder se dedicar à pós-produção deste.

- A subsidiária alemã da Warner Bros. tentou cortar o filme para que ele fosse recomendável a maiores de seis anos de idade, mas nenhuma versão foi aprovada pela censura. Acabou ficando para maiores de 12 anos.

- Sabendo do gosto de Daniel Radcliffe por música, Gary Oldman lhe presenteou com um baixo ao conhecê-lo.

- Para conhecer melhor os personagens, Cuarón pediu aos três protagonistas que escrevessem uma pequena redação sobre eles. Emma Watson entregou um texto de 11 páginas, Daniel Radcliffe escreveu apenas uma e Rupert Grint nem chegou a entregar nada.

-No fim dos créditos, ouvimos Daniel Radcliffe dizer: “Mischief managed”, e depois: “Nox”, o que faz a tela escurecer. Um som familiar ainda pode ser ouvido antes do filme finalmente acabar.


Especial - Harry Potter

___Especial___
Harry Potter


Em 2002, a saga de Harry Potter chegava ao seu segundo capítulo nos cinemas com Harry Potter e a Câmara Secreta. Após, o estrondoso sucesso do primeiro filme, a continuação veio rapidamente para matar a curiosidade dos fãs por todo mundo por mais aventuras em Hogwarts.

Harry Potter e a Câmara Secreta


Sinopse: As férias de Harry não são as melhores na casa dos tios: é mantido trancado, escondido e não pode usar magia! Então, recebe a visita de um ser estranho, um elfo doméstico chamado Dobby, que faz de tudo para impedir o retorno do jovem bruxo para Hogwarts. Potter é salvo da casa dos tios Válter e Petúnia pelos irmãos Weasley num carro voador. Na compra dos materiais escolares no Beco Diagonal, Harry tem o primeiro encontro com Gilderoy Lockhart (novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas) e Lucius Malfoy (pai de Draco, ex-Comensal da Morte). Na escola, algumas coisas obscuras começam a acontecer, ameaças nas paredes e pessoas petrificadas. A Câmara Secreta de Salazar Sonserina foi reaberta por seu herdeiro e pretende livrar o mundo dos bruxos dos "sangues-ruins" (bruxos de origem trouxa). Tudo não passa de mais uma armadilha de Lord Voldemort para voltar ao mundo dos vivos, utilizando um diário de sua juventude em Hogwarts, expulsar Alvo Dumblodore e Hagrid da escola e matar Harry Potter. Entre carros voadores, salgueiros brigões, clube de duelos, aranhas gigantes, um basilisco (um cobra gigante que mata somente com o olhar) e poção polissuco, Harry, Rony e Hermione enfrentam desafios para tentar se salvar e salvar toda escola.

Crítica Fernando Fonseca: Após ter me decepcionado com o primeiro filme, resolvi assistir o segundo somente em DVD. Confesso, que achei mais simpático. Saiu a angústia de ter que traduzir linha por linha o livro para o cinema e fizeram uma aventura mais interessante, apesar de ser a película mais longa da série. Os mistérios e acontecimentos tornam a história mais instigante. Sem a necessidade de muitas apresentações ao universo fantástico, tudo se torna mais familiar, apesar de excessivamente longo em algumas cenas que poderiam se encurtadas que causariam a mesma sensação e não alterariam o conteúdo do filme. Enfim, um filme melhor que o primeiro em muitos aspectos, incluindo o quarteto mirim (Harry, Rony, Hermione e Draco) que aparece mais desenvolto. Mas, as duas horas e quarenta minutos de duração chega a tornar-se enfadonha, se levarmos em consideração que o público-alvo principal (as crianças) não tem muita paciência para ficar tanto tempo sentado vendo filme e alguns personagens subaproveitados (não há tanta dinâmica com os professores como Severo Snape, que ficam renegados a um terceiro plano). De modo geral, é um filme que me ajudou a ter novamente gosto para assistir e acompanhar a série nos cinemas que, ainda assim, poderia ter sido bem melhor.

-Nota: 7,5

Crítica Matheus Pereira: Pode-se considerar Harry Potter e a Câmara Secreta um relevante salto na série cinematográfica. Tudo amadureceu. Da direção de Chris Columbus, a tal infantilidade que tanto atrapalhava o primeiro filme. É claro que A Câmara Secreta não é um filme para adultos, ou cem por cento maduro. Ainda é um filme voltado para as crianças, mas um pouco mais inteligente, menos ingênuo. O roteiro, infelizmente, ainda é milimetricamente baseado no livro de J.K. Rowling. A adaptação segue fidelíssima à obra literária, o que é um problema. Notem, por exemplo, o amadurecimento e o despreendimento do roteirista Steve Kloves com o passar dos anos: o primeiro e o segundo livros são os menores de toda a série, e renderam os filmes de maior duração, principalmente o segundo (161 minutos, o maior de toda a série até agora). Já O Cálice de Fogo e A Ordem da Fênix (os maiores livros) renderam filmes mais curtos com relação à obra original, principalmente o último, cujo longa teve "apenas" 138 minutos. Esse equilíbrio prova que o roteirista entrou mais no clima dos livros e soube adaptar, retirar passagens com facilidade e dar um jeito próprio para a série nos cinemas. Voltando os olhos para Câmara Secreta novamente, temos um elenco mais firme, com destaque para o trio principal e para o ótimo Kenneth Branagh, e um clima de urgência e perigo levemente mais denso. Com uma história bem mais interessante, e uma técnica perfeita como sempre, A Câmara Secreta, hoje, pode ter alguns efeitos especiais pedestres, mas segue tendo a mesma poderosa magia. Melhor que o antecessor, o segundo filme ainda era uma promessa do que estava por vir.

-Nota: 7,5

Média: 7,5

Curiosidades:

- Daniel Radcliffe disse que Harry Potter e a Câmara Secreta é seu livro favorito.

- Hugh Grant estava escalado para viver Gilderoy Lockhart, mas teve que desistir na última hora devido a outros compromissos. Alan Cumming também foi considerado para o papel.

- Muitos fãs de Harry Potter foram assistir a Scooby-Doo apenas para conferirem o trailer de A Câmara Secreta.

- Para o papel de Tom Riddle, foram abertos testes para encontrar um ator entre 15 e 17 anos. O escolhido foi Christian Coulson, de 23 anos.

- Foram destruídos 14 carros da Ford para que se gravasse a cena na qual Harry e Ron batem no Salgueiro Lutador.

- Enquanto Hagrid leva Harry para longe da Travessa do Tranco, eles passam em frente à várias vitrines. Em uma delas, podem ser vistos vários livros da série.

- O diálogo entre Daniel Radcliffe e Jason Isaacs com a fala, “Esperemos que o Sr. Potter esteja sempre por perto para salvar o dia”, foi totalmente improvisado pelos atores.

- Durante as filmagens, Dobby era “interpretado” por uma bola alaranjada enfiada em um taco.

- Quando Harry entra no escritório do Professor Dumbledore, há um retrato de Gandalf, o Cinzento (de O Senhor dos Anéis), na coleção de pinturas dos grandes magos.

- As filmagens deste longa começaram três dias após a estréia de Harry Potter e a Pedra Filosofal.

- Para ter uma idéia do quanto seu personagem teria que ser asqueroso, Jason Isaacs teve que assistir ao primeiro filme para conferir a interpretação de Tom Felton, que seria seu filho.

- Um gerente de cinema norueguês contou que seus clientes mais novos estavam vomitando na sessão do filme. As crianças estavam comendo muitos doces e pipoca e, ao verem Ron vomitando lesmas gigantes, acompanhavam o personagem.

- Alguns dos retratos em Hogwarts mostram o designer de produção, Stuart Craig, e o produtor executivo, Mark Radcliffe.

- Apesar do sobrenome em comum, o produtor executivo, Mark Radcliffe, e o protagonista, Daniel Radcliffe, não são parentes.

- O roteiro original previa que Hermione iria abraçar Ron e Harry na cena final. Mas Emma Watson ficou com vergonha de abraçá-los na frente do elenco inteiro e Chris Columbus mudou seus planos. Hermione abraça Harry e, quando começa a fazer o mesmo com Ron, eles ficam envergonhados e apertam as mãos.

- O título usado pela equipe para disfarçar a produção, impresso até nas claquetes, era Incident on 57th Street, nome de uma canção de Bruce Springsteen, de 1973.

- Todos os quatro filhos do diretor aparecem no filme. Eleanor Columbus vive Susan Bones (repetindo o papel do primeiro filme), Brendan Columbus é um garoto na sala de estudo, Violet Columbus é a garotinha com flores e Isabella Columbus está na livraria.

- Quando Ron e Harry chegam ao dormitório que acabou de ser roubado, pode-se ver, na pilha de livros, o Volume 4 da Enciclopédia Mágica, da segunda edição de Dungeon and Dragons.

- No Reino Unido, este foi o primeiro filme a atingir 1 milhão de cópias vendidas no primeiro final de semana de lançamento em DVD.

- O carro dos Weasleys, o Ford Anglia, era usado pela própria J.K. Rowling quando mais jovem, e ela o colocou no livro.

- A saudação feita por Harry e Draco no Clube de Duelo é uma variação da saudação usada em esgrima.

- Como a rede inglesa Odeon vende ingressos antecipados, mais de 200 mil foram vendidos no Reino Unido antes da estréia do filme, o equivalente a quase US$ 2 milhões. Outros US$ 15 milhões foram arrecadados nas pré-estréias de lá.

- Os créditos finais duram 10 minutos e terminam com uma cena adicional, na qual descobrimos o destino de um dos personagens principais.

Saiu o trailer internacional de Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1 dublado.

Confira abaixo:

Depois de muita conversa, polêmica, confusão e tudo de ruim que pode acontecer na pré-produção de algum filme, foi confirmado que Peter Jackson será o diretor de O Hobbit. O cineasta também assume o cargo de produtor e co-roteirista. Anteriormente, o diretor seria Guillermo Del Toro, mas o mexicano se desligou do projeto, deixando a cadeira do diretor vazia. Muito se especulou, nomes foram citados, mas Peter Jackson sempre foi o favorito. Não só dos fãs, mas do mundo inteiro. Todos queriam que Jackson (que fez um trabalho não menos que perfeito na trilogia do Anel) assumisse o cargo da direção.
Muita coisa ainda pode acontecer, é claro, mas torçamos que Jackson não saia do cargo de diretor.

A divulgação de Harry Potter e as Relíquias da Morte -Parte 1 está se mostrando uma das melhores do ano e de toda a série. Belos cartazes, banners e trailers excelentes. A primeira parte, o início do fim, promete ser emocionante. Confira um novo cartaz (estampado por Dobby) e um banner de Voldemort e os Comensais da Morte contra "os 7 Potter".




Clique nas imagens para vê-las ampliadas.

Top 20
Os Melhores da Década

10º - Closer - Perto Demais (2004)


Direção: Mike Nichols
Roteiro: Patrick Marber
Elenco: Julia Roberts, Clive Owen, Natalie Portman, Jude Law.
País de Origem: EUA
Gênero: Drama

Poucos filmes falaram de amor de maneira tão profunda e verdadeira como Closer - Perto Demais. Não o amor superficial, aquele que beira a simples paixão, mas sim, aquele profundo, que move as pessoas, que dita as regras, que nos define. Amor, traição, sexo e fidelidade. Quatro coisas que dão vida à obra de Mike Nichols. Quatro personagens (interpretados por Julia Roberts, Clive Owen, Natalie Portman e Jude Law) se relacionam entre si, num vai e vem em que os sentimentos mais profundos, mais densos tomam conta da racionalidade. Os diálogos são perfeitos. Nenhum filme, nesta última década, se equiparou aos excelentes diálogos de Closer. Ouvir certo personagem dizer "Eu não te amo mais", é triste e assustador. Ou então: "Por que o sexo é tão importante?", a resposta: "Porque eu sou um homem das cavernas!". São palavras "simples", diretas e verdadeiras que fazem de Closer o retrato mais fiel do amor e das pessoas que o carregam. Poderia ficar horas e horas citando os diálogos inesquecíveis e as melhores cenas (e são muitas), mas faço melhor: se não assistiu, assista. Se já assistiu, corra e assista de novo. São obras como as de Nichols que merecem infinitas visitas e interpretações. A discussão entre Anna (Roberts) e Larry (Owen) antes de se separarem devido a traição dela, entrou para história. Uma história única de amor e suas feridas.

Matheus Pereira

A divulgação de Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1 realmente começou, e não está decepcionando. Mais cinco cartazes foram lançados. Confira abaixo:







Top 20
Os Melhores da Década

11º - 21 Gramas (2003)


Direção: Alejandro González Iñárritu
Roteiro: Gullermo Arriaga
Elenco: Naomi Watts, Sean Penn, Benício Del Toro, Charlotte Gainsbourg, Melissa Leo
País de Origem: EUA
Gênero: Drama

Da trilogia dirigida por Alejandro González Iñárritu e escrita por Guillermo Arriaga, o melhor filme é 21 Gramas. Os três filmes são perfeitos e dizer qual é o melhor é muito complicado. Cada um tem seu momento, suas indiscutíveis qualidades e, como todo filme, seus defeitos. Defeitos estes muito pequenos perto de todos os pontos positivos, defeitos pequenos perto do complexo roteiro que une vidas e ideias de uma só vez. Os três filmes são trágicos. Cada um tem sua parcela de tragédias e contam a desolação humana de uma forma crua, seca. Amores Brutos, por exemplo, é o tipo de filme para ser assistido uma vez apenas. É indiscutivelmente um ótimo filme, mas é muito profundo, fala de tristeza, de sonhos interrompidos, é um filme que te deixa mal, te deixa quieto, pensando. Babel é o mais criticado, mas também é muito bom. O erro mais apontado diz respeito à superfluidade de alguns personagens. Personagens que não funcionavam para nada, nem como "Deus ex-machina". Mas como disse no início, o melhor dos três é 21 Gramas. Tem aquela tristeza e a profundidade de Amores Brutos, e está isento dos problemas de Babel. 21 Gramas une o melhor dos três. Tudo de bom que havia no projeto, está em 21 Gramas. A edição é uma das melhores que vi nesta década. O roteiro, bem cuidado e inteligentíssimo, vai ao fundo da alma e deixa uma marca. A direção é inesquecível. As atuações, em perfeita sintonia, são dignas de aplausos efusivos. Sean Penn concebe um personagem profundo e trágico, a cara do filme. Naomi Watts foi a perfeição personificada. Benício Del Toro comprova de uma vez por todas que é um excelente ator. Uma confluência de fatores que tornam 21 Gramas um filme intenso e inesquecível.

Matheus Pereira

Nos últimos dias, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I ganhou nove interessantes cartazes. Cada personagem tem seu cartaz, o clima de perigo e urgência estão estampados em cada um.

Confira:









Papo Rápido

Papo Rápido

_____A Hora do Pesadelo_____


Refilmar obras dos anos oitenta é pura burrice. Burrice maior ainda, é refilmar algo tão pop como A Hora do Pesadelo. Talvez "burrice" seja pouca para a ideia de dar outro ponto de vista para um dos vilões mais sensacionais da história do cinema: Freddy Krueger. Existem coisas que, de tão boas, não merecem uma revisita, um novo fôlego, já foram imortalizadas, e cutucá-las novamente é desnecessário, suas refilmagens nunca chegam perto da obra original e tudo parece uma fraca cópia. Até onde sei, quando há de se copiar algo, que se copie muito bem, sem muitas alterações. No máximo um toque pessoal para não gastar tempo e dinheiro à toa copiando fielmente o original, mas sem esquecer a alma central de tudo. O novo A Hora do Pesadelo é uma cópia mal feita do original. Com gana de ser o primeiro de mais uma série de seis ou sete filmes (algo que não vai acontecer), os responsáveis pela obra tentaram dar um novo fôlego. Um ar mais atual e, vejam só, mais sério. Se em algumas obras a seriedade é bem vinda, em A Hora do Pesadelo ela é totalmente desnecessária, é o maior erro do filme. Uma das melhores coisas do clássico de Wes Craven era a ironia, o sarcasmo do vilão. As falas afiadas e as brincadeiras sádicas faziam de Krueger um vilão extremamente interessante. Aqui Krueger perde toda aquela ironia, e adere a uma seriedade besta, algo que o torna um simples matador, chato e nada criativo. E o pior de tudo: Freddy Krueger é coadjuvante em seu próprio filme. O vilão está em segundo plano, é como se fosse um vilão descartável em uma história qualquer. O excelente Jack Earle Halley concebe um Freddy monótono e desinteressante. Mas A Hora do Pesadelo tem bons momentos. Uma mortezinha aqui e ali e alguma ideia interessante posta fora. No fim das contas, Freddy Kruger se tornou um velho muito chato e sério.

Nota: 5,5

_____Os Mercenários_____


É muito astro para pouco céu. Cito apenas uma cena: em uma igreja Stallone, Willis e Schwarzenneger discutem uma missão. A tela é muito pequena para eles. Cada um tem seu respeito, cada um tem um lugarzinho especial reservado em algum lugar da nossa memória e da nossa vida, pena é que o trio tenha se reunido num filme tão medíocre como este, numa cena tão pífia como esta. Faço uma pergunta simples e direta para você que gostou do filme e está querendo pular no meu pescoço: se a obra não fosse com Stallone, Statham, Li, Willis e companhia, você iria gostar? Você iria engolir aquela ceninha do avião, ou alguma cena de confronto físico? Não venha me dizer que tudo é uma homenagem aos anos oitenta e tudo mais. O filme foi feito na década atual e se fosse tão oitentista assim não teria Statham no elenco nem algumas decisões bem atuais em seu roteiro. É um filme de ação fraco que se preocupa com a aparição dos conhecidos atores e com piadinhas totalmente infames. Ganha nota por proporcionar uma reunião entre os melhores astros de ação do cinema. Mas ora, vejam só: era só esperar um deles morrer e vê-los todos reunidos no velório. Tendo em vista a idade dos atores, isso não iria demorar muito, e assim como o filme, o evento seria triste, chato, rápido, iria marcar por ser uma coisa ruim e decepcionante.

Nota: 4,0

Matheus Pereira

Especial - Harry Potter

___Especial___
Harry Potter


Em breve, uma das maiores sagas do cinema atual começará a dar adeus ao seu público. Dia 19 de novembro, quando a luz acender para Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1, um fenômeno mundial estará dando seu passo final. Após seis filmes, recordes de público, quase 6 bilhões de dólares arrecadados ao redor do mundo somente nos cinemas, a saga do bruxinho órfão baseado na bilionária série de livros da escritora J.K. Rowling chegará ao fim. E o Pipoca Net vai acompanhar esse evento fazendo uma retrospectiva filme a filme, até chegar no ápice com a estreia da primeira parte do capítulo final.

Harry Potter e a Pedra Filosofal


A história: Harry Potter é órfão, seus pais morreram quando tinha 1 ano e foi criado pelos tios Válter e Petúnia, vivendo atormentado pelo prima Duda, um gorducho folgado e comilão. Harry sempre foi bastante maltratado, morando no armário sob a escada, um lugar minúsculo e empoeirado. Até que, no aniversário de 11 anos ele começa a receber cartas misteriosas de um lugar que nunca ouviu falar, mas sempre seus tios não deixavam abri-las. Eis, que surge no dia do aniversário um homem gigante chamado Hagrid, que conta a verdade para Harry: ele é um bruxo, que seus pais Tiago e Lilian morreram para defendê-lo do maior bruxo das trevas, Lord Voldemort. Apesar da relutância dos tios, Harry embarca com Hagrid para um mundo fantástico: Hogwarts, a escola de magia. Após comprar excêntricos materiais escolares, como caldeirões, livros que mordem, uma coruja e uma varinha, ele embarca no Expresso de Hogwarts, um trem numa plataforma de número estranho em Londres para a Escola de Magia. Lá, faz diversas amizades, entre eles Rony Weasley, Hermione Granger e Neville Longbotton. Conhece os professores mais diferentes, com matérias absurdas, como Defesa contra Arte das Trevas. E faz inimigos, como o fedelho Draco Malfoy. Divididos em casas, os alunos novatos são selecionados por um chapéu mágico falante. Harry, Rony, Hermioe e Neville vão para Grifinória, casa de grandes magos. Draco vai para Sonserina, casa de famosos magos das trevas. As outras casas são Lufa-lufa e Corvinal. Harry e seus amigos passam por diversas aventuras, como: jogos de quadribol (esporte de bruxo em vassouras); enfrentam um trasgo no banheiro; passam por um cachorro de três cabeças; jogam xadrez de bruxo e; Potter enfrenta Voldemort que tenta voltar à forma física e matar o menino, utilizando o corpo do professor Quirrell. Além disso, há as provas da escola e a tormenta de ao final do ano letivo, voltar à casa dos tios Válter e Petúnia.

Crítica Fernando Fonseca: Harry Potter e a Pedra Filosofal eu vi no cinema e talvez o maior erro que tenha cometido foi, vê-lo após O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel, sim fui ver o filme do bruxinho somente dois meses após a estreia. De primeiro momento, achei um filme chato, infantilóide, com um visual bonito e nada mais. Então, li o livro e passei a achar o filme ainda pior. Tempos depois, revisitando a obra em DVD, achei legal. O conceito passou a subir. Bastava encará-lo como um filme feito para crianças, com uma história bacaninha e efeitos excepcionais (na época eu já estava com 18 anos). Em 2004, adquiri o filme num box com os três primeiros filmes da saga e passei a nutrir simpatia por essa primeira aventura. O filme é uma transposição fiel do livro, talvez nisso esteja seu maior defeito! Não há alterações, está tudo como no livro, ou seja, é um livro-filmado feito estritamente para as crianças. O elenco adulto (com destaque para Alan Rickman, como professor Snape) está muito bem, a direção de arte e os figurinos são espetaculares. A trilha sonora de John Williams é magistral e tem um tema principal poderoso, que marcou a série. Somente, o trio principal de crianças, encabeçados por Daniel Radcliffe não estava tão bem, mas deu pra criar simpatia pelo personagem.

-Nota: 7,5

Crítica Matheus Pereira: Há algo em Harry Potter e a Pedra Filosofal que destoa de todo o restante da série, destoa até mesmo de seu sucessor direto: Harry Potter e a Câmara Secreta, dirigido, assim como o primeiro, por Chris Columbus. Há uma densa aura de infantilidade, uma doce e bem-vinda ingenuidade que o difere de todos os outros. O roteiro é extremamente fiel ao livro, das descrições de cena até os personagens, milimetricamente "copiados" das páginas escritas por J.K. Rowling. Tanta fidelidade trouxe a tal infantilidade; afinal, o primeiro livro é o mais ingênuo e simples de toda a série literária. Grande parte da produção parece estar um degrau abaixo dos filmes sucessores: a direção de Columbus é convencional e não investe no rico texto que tinha em mãos; o roteiro quase não faz alterações no texto original, e claro, prejudica a produção cinematográfica; o elenco ainda não está em total sintonia com os personagens, principalmente o jovem trio central, e hoje, comparar o Dubledore do falecido Richard Harris com o de Michael Gambom, acaba ofuscando o primeiro. Gambom nasceu para o personagem, diferente de Harris que parecia não passar a segurança e a ternura necessárias. A parte técnica, porém, é perfeita desde este primeiro exemplar. Da direção de arte, indicada ao Oscar, à competentíssima fotografia. Dos figurinos que beiram o luxo aos efeitos especiais impressionantes. A Pedra Filosofal está longe de ser ruim é, apenas, uma estrela menos brilhante.

-Nota: 7,0

Média: 7, 25

Curiosidades:


-Recebeu 3 indicações ao Oscar: Melhor Direção de Arte, Figurino e Trilha Sonora

- A autora do livro Harry Potter e a Pedra Filosofal, J.K. Rowling, insistiu para que o elenco do filme fosse composto apenas por atores britânicos. Seu pedido foi quase atendido, pois houve algumas exceções: Richard Harris é irlandês; Zoë Wanamaker (Madame Hooch), Eleanor Columbus (Susan Bones) e Verne Troyer (Griphook) são norte-americanos.

- Por causa dessa exigência de J.K Rowling quanto ao elenco, Steven Spielberg recusou ser o diretor do filme. Ele queria que Haley Joel Osment interpretasse Harry Potter.

- Outros diretores cogitados para comandar o filme foram Jonathan Demme, Brad Silberling e Terry Gilliam. Gilliam, aliás, era o favorito de J.K. Rowling, mas a Warner preferiu trabalhar com Chris Columbus, devido a sua experiência com atores mirins. Columbus disse que sua filha também insistiu muito para ele fazer o filme e decidiu aceitar depois de ler o livro.

- Richard Harris só aceitou o papel do Professor Dumbledore depois que sua neta de 11 anos de idade ameaçou nunca mais falar com ele.

- Tim Roth era um dos principais candidatos ao papel do Professor Snape. No entanto, ele preferiu viver o General Thade na refilmagem de O Planeta dos Macacos. Alan Rickman assumiu o papel, sendo especialmente escolhido por J.K. Rowling.

- Nos Estados Unidos, o filme foi lançado como Harry Potter and the Sorcerer’s Stone, ou seja “A Pedra do Bruxo”. Em função dessa mudança, todas as cenas em que um personagem dizia “Pedra Filosofal” tiveram que ser filmadas duas vezes.

- O filme não foi classificado como “censura livre” nos Estados Unidos devido ao uso de algumas palavras: “bloody” (“maldito”) aparece seis vezes; “blasted” (“maldição”), duas; e “arse” (“canalha”) e “bugger” (“vagabundo”), uma vez cada.

- Nicholas Flamel, citado como o criador da Pedra Filosofal, foi um alquimista de verdade. Muitas pessoas acreditavam que ele de fato produziu uma Pedra Filosofal. Sua morte foi misteriosa e existem rumores de que ele ainda está vivo. Se for verdade, ele estaria com a mesma idade dita no livro e no filme.

- Hedwig foi interpretada por três corujas diferentes.

- Nos créditos finais, há uma troca de nomes: Will Theakston aparece no papel de Marcus Flint, quando, na verdade, ele interpreta Terence Higgs. Já este personagem aparece na frente do nome de Scott Fearn, que é o verdadeiro intérprete de Marcus Flint.

- Warnick Davis, que interpreta o Professor Flitwick e o primeiro duende do Banco de Gringotes, também dublou o duende Griphook, interpretado por Verne Troyer.

- No tratamento original do roteiro, Drew Barrymore, fã assumida dos livros de Harry Potter, tinha uma ponta prevista no filme. Robbin Williams e Rosie O’Donnell também teriam participações especiais, pois se ofereceram para aparecer, mesmo sem receberem por isso. No entanto, Chris Columbus preferiu não utilizar os atores.

- John Williams compôs uma música especificamente para o trailer de Harry Potter e a Pedra Filosofal. Mais tarde, ela foi aproveitada na trilha sonora, na faixa “The Prologue”. Williams havia feito isso apenas uma vez antes, para Hook – A Volta do Capitão Gancho.

- As cenas de flashback que mostram Voldermort matando os pais de Harry Potter foram escritas por J.K. Rowling. Os produtores decidiram chamá-la para essa tarefa, pois tinham consciência de que somente a autora sabia o que realmente aconteceu.

Papo Rápido

Papo Rápido

_____The Killer Inside Me_____


O grande trunfo do último filme de Michael Winterbottom (Caminho Para Guantánamo, Código 46, entre outros), The Killer Inside Me, está na atuação poderosa de Casey Affleck, no bom elenco coadjuvante e em um roteiro conciso e sufocante. O longa perde o ritmo algumas vezes, perdendo o fôlego e fazendo com que o espectador sinta-se levemente perdido no meio da história, mas o conjunto da obra é tão certinho, tão organizado, que o filme acaba sendo bom, e os problemas de ritmo são, por hora, esquecidos. O talentoso irmão de Ben Affleck concebe um personagem denso, de múltiplas personalidades e passado nebuloso. Aparentemente frágil (do físico à voz), o xerife Lou Ford esconde uma medonha personalidade assassina. Se por um lado parece querer ajudar a todos, e ser adorado por cada habitante de sua cidadezinha, por outro, tem prazer de esfacelar o rosto de uma mulher e queimar a mão de um bêbado com um charuto e, depois, dar um irônico sorriso. Mas Ford não é um mero assassino, ele tem princípios, ele é trágico, e toda a sua alma é retratada com inteligência e muita competência por Affleck. A história é simples: Ford recebe do chefe a ordem de ir até a casa de uma prostituta (Jessica Alba) e mandá-la sair da cidade, parar de se prostituir nos arredores. Ford faz tal pedido, mas acaba se envolvendo com a prostituta, e tecendo alguns planos com ela. Porém, o filho do "dono" da cidade também está envolvido com a garota, e o poderoso pai do rapaz também está afim que ela saia da cidade e deixe seu filho para trás. Para isso, dá dez mil dólares para a garota ir embora. A partir daí, uma série de fatores, idealizados por Ford, muda o rumo das coisas. É triste ver a decadência de Ford e sua capacidade de acabar com todos aqueles que ama. De uma forma ou outra, sempre acaba matando alguém que gosta profundamente. Seja por consequência de um plano paralelo, seja por que a pessoa faz parte do plano diretamente ou simplesmente porque Ford sente necessidade de matar aqueles que ama. No meu ponto de vista, Ford mata as pessoas ao seu redor para não ser decepcionado mais tarde, para não ser ferido. Antes que as pessoas lhe magoem, ele as mata. Ele não quer amor, afinal, amor machuca. Ele quer ficar sozinho, mas não consegue. Sempre há alguém por perto, sempre há alguém que goste dele. Matar é a única forma de se livrar de tal afeto. Violento (Affleck arrebenta o rosto de Alba sem dó nem piedade, a cena dura alguns minutos, e ao final, vemos o rosto completamente deformado), seco e cru, The Killer Inside Me é extremamente realista. Da direção de arte aos figurinos (dois pontos fortíssimos da obra), até os mínimos detalhes. Tudo é tão bem cuidado, que jamais duvidamos dos lugares ou dos fatos representados. Com direção firme de Winterbottom, The Killer Inside Me não é pra qualquer um.

Nota: 8,0

_____O Último Exorcismo_____


O Último Exorcismo é um filme atípico. Atípico por ser simplesmente um emaranhado de clichês e apresentar ideias interessantes, que são deixadas de lado. Atípico, pois fica bem em cima da tênue linha que separa o bom do ruim. O que é este filme, afinal? O primeiro ato do filme é muito interessante, o roteiro nos engana, nos fazendo pensar que os personagens terão o devido cuidado. E tem ao menos neste primeiro ato, em que o personagem principal fala sobre si mesmo. E quando digo "fala", não me refiro a umas quinze ou vinte palavras, o falatório é desmedido. É através dessa porção de palavras ditas diretamente à câmera que o personagem Cotton apresenta suas ideias sobre igreja, fé, Deus, demônios e exorcismos. Cotton Marcus é um reverendo que segue a trilha religiosa desde muito cedo, aprendeu com um velho exorcista os macetes do ato, até um tempo atrás, Cotton acreditava no exorcismo, mas hoje, depois de uma pessoa morrer durante um exorcismo, o reverendo já não vê tudo isso com os mesmo olhos. Pra ele, tudo é uma farsa, e ele vai provar isso na frente de uma câmera que segue seus passos. A partir daí, acompanhamos o último "exorcismo" do reverendo, que se mostra um completo charlatão. Munido de sons falsos e aparelhagens que balançam camas e libera fumaça, Cotton engana o "possuído" e os familiares. No final, pega seu dinheiro e vai embora. Esta é uma das melhores sacadas do filme. Esse sopro de originalidade impede que o filme se torne péssimo. Outra ótima sacada do filme, que põe à prova todas as crenças com relação a exorcismos, é a questão de que os possuídos precisem de um exorcismo simplesmente para achar que estão libertos, ou seja, tudo é psicológico. O padre vai, faz uma encenação, faz com que o possuído acredite nela e, posteriormente, ache que está liberto de todo o mal. Mas não é surpresa pra ninguém que a garota está possuída de verdade, e o reverendo, até então descrente, terá que repensar sua fé e encarar este mal. O estilo semi-documental é usado de maneira pífia, o roteiro investe em absurdos e não os explica. Suspeitas de incesto, uma duvidosa gravidez da adolescente, um vai e vem desnecessário e um final tosco. Quando você acha que algo vai ser explicado ou, ao menos, uma opinião será exposta, a conversa é cortada por um acontecimento. Bem típico de filmes do gênero. Não perde em muita coisa pro chato Atividade Paranormal.

Nota: 5,5

Matheus Pereira

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