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Saiu hoje o novo trailer de Os Vingadores.

A reunião dos herois da Marvel, dirigida por Joss Whedon, estreia em 27 de abril. Confira a prévia, cheia de ação e melhor que a anterior, abaixo.

Extra! Extra!

Novo trailer de John Carter

John Carter - Entre Dois Mundos é baseado na história "A Princesa de Marte", fala sobre um veterano da Guerra Civil que acorda inexplicavelmente em Marte e encontra o planeta em crise, devastado, com escassez em todos os setores primordiais para sobrevivência, não muito diferente da Terra na época de sua deserção. Uma fantasia do estilo Avatar que promete fazer bom uso de CGI. Dirigido por Andrew Stanton, na sua estreia em live-action, esta ficção deverá trazer diversão e bom entretenimento aos seus espectadores.
John Carter - Entre Dois Mundos estreia 9 de março.
Assista abaixo o trailer de John Carter - Entre Dois Mundos:




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Pôster de Os Vingadores com todo elenco:


Em Os Vingadores acontecerá a tão aguardada união dos heróis da Marvel: Thor, Homem de Ferro,Gavião Arqueiro, Viúva Negra e Hulk; Capitão América - primeiro convocado - é o líder. Dirigido por Joss Whedon, a fita promete compilar de maneira interessante a participação desses personagens, talvez até destacando alguns menos lembrados. Apesar de na trama o Capitão América ser o "chefão", duvido muito que Downey Jr. e seu Homem de Ferro não acabarão roubando a cena na maior parte da projeção.
Os Vingadores estreia em 27 de abril.
Em breve sairá na rede o primeiro trailer do filme.
Veja o pôster de Os Vingadores abaixo:



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Comercial de G.I. Joe 2: Retaliação

G.I. Joe 2 : Retaliação - a continuação de G.I. Joe 2 : A Origem da Cobra - promete seguir os passos do longa antecessor, uma fita incoerente, que valoriza mais CGI do que o desenvolvimento e o estudo de personagens. O longa anterior que contava com elenco fraco - com algumas ressalvas - e diretor mais medíocre ainda, não pode ser levado muito a sério, trata-se de uma experiência para momentos de escapismo e não é aconselhado a pessoas que no momento da projeção estejam com enxaqueca ou algum tipo de dor de cabeça, pois os efeitos especiais exagerados e o excesso de barulho predominarão. Quem gosta de Transformers talvez goste dessa continuação, pois Transformers nada mais é do que a representação de um filme com roteiro fraco, incoerente, atores ruins ou que mesmo com muito esforço não conseguem compensar a má elaboração de seus personagens, muita ação, diversão (depende do gosto de cada) e mulheres bonitas para distrair o público masculino.
Esperamos uma considerável melhora dessa fita em relação a sua antecessora.
G.I. Joe 2 : Retaliação estreia 3 de agosto no Brasil.
Assista abaixo o comercial de G.I. Joe 2 : Retaliação:




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Comercial de Valente - A nova animação da Pixar



A nova animação da Pixar, Brave, no Brasil, Valente, retrata a história de uma menina de descendência nobre, uma princesa, que rejeita o mundo do "bonitinho" e clichê dos contos de fadas em troca de um mundo de aventuras como arqueira. Entre suas aventuras acaba colocando sua vida e de todos à sua volta - Reino - em perigo, tendo que arcar com as consequências e evitar que seus atos ganhassem grandes proporções.Sua idealização, um tanto feminista, acabou por definir o longa como primeiro da Pixar direcionado a tal público.
Dirigido pelo estreante Mark Andrews e Brenda Chapman (Príncipe do Egito), o longa tem data de estreia prevista para 22 de junho de 2012.
Assista o primeiro comercial de Valente:



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Últimas fotos de Fúria dos Titãs 2


A continuação de Fúria dos Titãs: "É um desfile de gigantes, monstros de todos os tipos, animais fantásticos que não acabam. O primeiro longa foi divertido, ao menos, e o segundo deve seguir a mesma linha. Nada para pensar, apenas curtir as imagens, ficar com dor de cabeça pelos barulhos e esquecer logo que as luzes da sala acendem." Matt
A trama se passa dez anos após o primeiro filme, mostra a batalha entre Deuses e Titãs , um mundo onde a existência dos Deuses está ameaçada pela descrença dos humanos, enquanto Perseu retorna a sua vida pacata - onde sua verdadeira face de semideus fica deixada de lado - , vivendo como pescador e criando seu filho.
Fúria de Titãs 2 estreia em 30 de março de 2012.
Veja as fotos abaixo:












Papo Rápido
Lançamentos em DVD e Blu-Ray de Fevereiro
Parte 1


Premonição 5



Premonição 5 é idêntico ao primeiro e segundo filme da franquia. E isso até certo ponto é bom. Melhor que o péssimo episódio três e muito melhor que a indescritível parte quatro, esse novo exemplar da série retoma o início mediano e apresenta-se, ao menos, divertido em alguns pontos. Destaque para o incidente na ponte. O resto é mais do mesmo. Com um orçamento mais inflado e alguém menos incompetente na direção, Premonição 5 é superior aos seus antecessores em técnica, mas copia sem vergonha o roteiro de todos eles. Algumas auto-referências aqui e ali e mortes tolas permeiam a fita.


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Sua Alteza



Há um grande diferença entre humor adulto, cheio de palavrões e situações constrangedoras, mas que funcionam e não ferem/atingem o espectador de maneira profunda (o primeiro Se Beber não Case, por exemplo), e o humor baixo, puramente chulo e sem sentido. Que é o caso de Sua Alteza. Buscando nos níveis mais baixos do bom senso uma maneira de fazer rir, Sua Alteza acaba envergonhando os atores e equipe envolvida e os espectadores que sobrevivem à sua projeção até o fim. É uma sucessão de momentos
constrangedoras, ideias estapafúrdias e técnica de gosto duvidoso. O único que parece estar ali por gosto é o fraco Danny McBride, os outros parecem participar para ajudar algum amigo, seja ele o diretor, roteirista ou até mesmo o protagonista. Dói ver atores recém indicados ao Oscar - James Franco e Natalie Portman, sendo que ela venceu em sua categoria - emprestando seus talentos a uma coisa dessas.

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Os Especialistas



É tão triste ver dois monstros do Cinema como Al Pacino e Robert De Niro se tornaram mercenários. Pacino está em cartaz com Cada um Tem a Gêmea que Merece, ao lado de Adam Sandler, e De Niro nesse Os Especialistas. O caso de Robert ainda é mais sério, já que Pacino recentemente lançou o ótimo Você não Conhece Jack; De Niro não lança um filme realmente bom desde 2006, quando O Bom Pastor chegou aos Cinemas. Mas não se engane, o caso de ambos é preocupante. Lamentável. Em Os Especialistas, o veterano é subaproveitado e está mais canastrão do que nunca. Jason Stathan, ainda que bom no que faz, não consegue salvar a fita do fracasso. O único que se diverte é o sempre ótimo Clive Owen, num papel caricato. Salvo por algumas cenas, como a luta entre Owen e Stathan e um momento chave, que reúne os três astros. Para encerrar, torcemos que tudo dê certo para os antigos Corleone, já que em breve estarão juntos ao lado de Joe Pesci em The Irishman, a volta de Martin Scorsese à máfia.

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Toda Forma de Amor



Toda Forma de Amor é o típico filme independente, com roteiro esperto com passagens estranhas e direção um tanto fora do convencional. Mas é um filme lindo. Ewan McGregor está fantástico no papel de Oliver, filho de Hal (Christopher Plummer, em atuação magistral), idoso que se declara gay após ficar viúvo. Suas vidas viram quando Hal descobre ter câncer. A positividade do personagem de Plummer e a abordagem do diretor e roteirista Mike Mills são notáveis. É um tocante retrato que versa sobre a intimidade de pai e filho, sobre os segredos que os cercam e sobre o destino que os abate. Destaques para Mélanie Laurent e Arthur, o cachorro.


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Apollo 18



Apollo 18 sofre do mesmo problema que assola a maioria dos filmes do estilo. Quando o "found footage" encontra um bom diretor, boas coisas saem daí. Cloverfield e Rec são os melhores exemplos. O problema de Apollo 18 é que recicla tudo que já foi explorado de maneira capenga. Até mesmo o trabalho de som realizado aqui é "baseado" em outro serviço. A condução narrativa é pífia, fazendo com que nem mereça comentários. Simplesmente não há uma estrutura narrativa; há um início (remetendo diretamente a Distrito 9) um desenvolvimento fraco e não tem fim propriamente dito, como a maioria dos filmes dessa leva não tem. Restava, então, uma boa condução técnica, com planos elegantes e sequência longas, sem cortes; mas isso também não acontece. Gonzalo López-Gallego concebe cenas escuras e desfocadas, sequências mal orquestradas, totalmente confusas, câmera na mão e uma edição vergonhosa. Dispensável.

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Gigantes de Aço



Gigantes de Aço pega emprestado várias ideias de diversos filmes. Une um homem sem basicamente nada na vida ao seu passado; relação turbulenta entre pai e filho; um esporte atualmente em alta; robôs que lutam entre si; treinamento à moda Karatê Kid e um sem fim de detalhes originários de outras obras. O resultado é uma fita divertida e bem conduzida. Com efeitos especiais muito bem realizados e Hugh Jackman esbanjando carisma, Gigantes de Aço é o filme ideal para passar o tempo. É clichê e possui um final um tanto mal elaborado e anticlimático, mas é, em suma, um bom filme.

Matheus Pereira

Na euforia e no clima do Oscar, ninguém se importou com o Independent Spirit Awards. Uma pena. A festa do Cinema independente não teve surpresas em sua lista de vencedores, mas prova sua maturidade entre as demais premiações. A cerimônia foi comandada por Seth Rogen; despojado, carismático e boca suja, o comediante fez piadas com o máximo de artistas que pôde, nem Lars Von Trier escapou ("Trier não veio hoje. Depois do que ele fez em Cannes, dizem que fugiu pra Argentina!).

Confira abaixo os vencedores:


Melhor Filme
The Artist

Melho Direção
Michel Hazanavicius por The Artist

Melhor Primeiro Filme
Margin Call

Melhor Ator
Jean Dujardin em The Artist

Melhor Atriz
Michelle Williams em My Week with Marilyn

Melhor Ator Coadjuvante
Christopher Plummer em Beginners

Melhor Atriz Coadjuvante
Shaileen Woodley em The Descendants

Prémio John Cassavetes
Pariah

Melhor Documentário
The Interrupters

Melhor Filme Estrangeiro
A Separation (Irã)

Melhor Roteiro
Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash por The Descendants

Melhor Primeiro Roteiro
Will Reiser por 50/50

Melhor Fotografia
Gui-omme Shiffman por The Artist
  
Prémio Mais Real Que a Ficção
Heather Courtney por "Where Soldiers Come From"

Prémio Piaget Para a Melhor Produção
Sophia Lin por "Take Shelter"

Prémio Someone to Watch
Mark Jackson por "Without"

Prémio Robert Altman
Margin Call
 

Hoje cedo, quando visitei diversos sites e blogs e li sobre as primeiras impressões acerca da cerimônia do Oscar, vi que a maioria - se não todos - comentava o quão arrastada, monótona havia sido. Creio que todas essas críticas já se tornaram comuns entre os cinéfilos, já virou costume; parece que ninguém quis prestar atenção em nada e resolveram criticar antes mesmo da festa começar. O que se viu nessa 84ª edição do Oscar foram mudanças. Primeiro, nunca se viu um Kodak tão bonito como este ano; toda a decoração do palco e do teatro em si estava impecável. Remetendo aos teatros e cinemas antigos, o palco do teatro trazia imponentes cortinas vermelhas e telas que subiam e desciam a todo o tempo. Na categoria de figurino, por exemplo, três lindas telas desceram para mostrar os indicados e o vencedor. Para melhor Trilha e Canção, um imenso livro de partituras surgiu. O cuidado estético este ano foi notável. Claramente mais inspirados, talvez por um tema bem definido, os responsáveis pelo evento viraram os olhos para o passado e celebraram o Cinema à moda antiga.

Mas as mudanças não param por aí: a cada intervalo, músicos, divididos entre dois camarotes, tocavam e quebravam um pouco a rigidez da cerimônia; enquanto isso, moças passavam pelos corredores distribuindo pipocas e doces. Tudo bem que acreditar que tais guloseimas eram reais é difícil, mas é uma ideia brilhante. E o que dizer do espetacular número do Cirque du Soleil? Ainda que um rapaz ao fundo tenha errado seu ponto de queda e caído, o especial fora impecável. Pessoas voando acima da plateia, danças com poltronas, contorcionismo... Um espetáculo que parece ter passado em branco. Não condeno que tenham achado a premiação chata, afinal, o Oscar não é emocionante e todos sabem disso, mas ninguém comentou sobre essas novidades, ninguém elogiou os artistas do Cirque, que nada tem a ver com a Academia.

Os clipes a cada categoria também merecem atenção. Novamente o cuidado técnico merece reconhecimento. Todas as categorias tiveram clipes, com cenas dos trabalhos, bastidores e afins. Em alguns anos, nem isso teve! Em algumas edições não houve nem clipes para as atuações. Enquanto trechos das obras iam passando, alguns dos envolvidos davam depoimentos acerca do trabalho realizado e seus respectivos responsáveis. Um trabalho muito bonito que só foi lembrado para ser criticado. Os vídeos que mostravam as estrelas dando entrevistas sobre o Cinema e suas vertentes às vezes eram um pouco irregulares, mas em geral eram interessantes dentro do que se propuseram.

O Oscar 2012 foi bom, também, por ser justo. A Academia esse ano quebrou certos tabus, como a mania de não premiar um artista recém premiado. Ano passado, por exemplo, os montadores de A Rede Social venceram, esse ano também puderam comemorar a estatueta, por Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres. E o que falar de Meryl Streep vencendo seu terceiro Oscar? Mas esse assunto merece destaque maior, aguarde. O que se viu na noite da ontem foi uma premiação de certa forma pulverizada: cinco prêmios para O Artista, cinco para A Invenção de Hugo Cabret, dois para A Dama de Ferro, um para Millenium, um para Histórias Cruzadas, um para Toda Forma de Amor. Muitos podem apontar certa monopolização para as fitas de Michel Hazanavicius e Martin Scorsese, mas se analisarmos a edição como um todo veremos que todos saíram felizes e premiados, os merecedores foram lembrados, o que, no fim, é o que vale. Hugo venceu em todas as categorias que merecia. O longa de David Fincher também se deu bem na categoria que mais merecia.

Mas a maior justiça de todas foi o terceiro prêmio de Meryl Streep. Não canso de dizer que ela é, atualmente, a maior atriz viva. Não há o que se explicar. Ela é um fenômeno e não discussão. Não à toa venceu seu terceiro careca dourado. Apenas por vencer, já estava feliz. Mas Streep não se deu por satisfeita e fez aquele que foi, de longe, o melhor discurso da noite. Agradecendo em primeiro lugar o marido, pois se o deixasse para o final a música iria tocar convidando-a para se retirar e impedindo que terminasse seu texto, Meryl emocionou não só os presentes no Kodak, mas todos os cinéfilos e seus fãs. "Vou agradecer a todos, pois sei que nunca estarei aqui novamente", disse emocionada. Pode não subir ao palco para ganhar mais um, mas será indicada mais e mais vezes até que para de atuar. Um discurso simples, mas sincero; a atriz agradeceu aos amigos, dedicou o prêmio aos que se foram e lembrou da felicidade de fazer filmes. Foi a justificativa para a resposta, ela simplesmente provou porque merecia mais um.

Em outros textos, havia apontado que Hugo se uniria a Gangues de Nova York tornando-se um dos maiores perdedores da história do Oscar. Estava enganado. A fita de Scorsese levou mais prêmios do que o esperado e ficou, ao lado de O Artista, como maior campeão - em números, claro - da noite. Por falar no artista, o longa mudo e em preto e branco venceu onde era esperado: Filme, Direção, Figurino, Trilha Sonora e o merecido prêmio de Ator. Jean Dujardin, que já fizera discursos melhores na temporada, agradeceu emocionado ao mesmo pessoal que sempre lembrou. Não repetiu a brincadeira do Globo de Ouro, em que encerrava o discurso apenas mexendo os lábios sem pronunciar palavra alguma, mas finalizou sua aceitação em francês. Sapateou, as luzes voltaram a acender para mostrar seu pequeno número musical, o sujeito, meio perdido, meio nervoso, quis voltar para o microfone, que já se encontrava desligado; mudo também ficou o músico no camarote, que tentou cantar mas foi boicotado pela direção do evento, que esqueceu de ligar seu microfone; uma pequena gafe...

A única grande pisada na bola da Academia foi não ter dado o prêmio de Melhor Fotografia para A Árvore da Vida. Entende-se e concorda-se que a fotografia de Hugo é espetacular, mas Emmanuel Lubezki precisava de um Oscar. Um homem que conta com Filhos da Esperança e A Árvore da Vida, precisa de um prêmio! Enfim, das vinte e quatro categorias, acertei dezessete, uma média de 70,83%.

Confira abaixo os vencedores:

Filme
O Artista

Atriz
Meryl Streep por A Dama de Ferro

Ator
Jean Dujardin por O Artista

Direção
Michel Hazanavicius por O Artista

Curta de animação
The Fantastic Flying Books of Mr. Lessmore

Curta documentário
Saving Face

Curta
The Shore

Roteiro Original
Meia-Noite em Paris

Roteiro Adaptado
Os Descendentes

Canção
"Man or Muppet" - Os Muppets

Trilha Sonora
O Artista

Ator Coadjuvante
Christopher Plummer por Toda Forma de Amor

Efeitos Especiais
A Invenção de Hugo Cabret

Animação
Rango

Documentário
Undefeated

Mixagem de Som
A Invenção de Hugo Cabret

Edição de Som
A Invenção de Hugo Cabret

Edição
Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Atriz Coadjuvante
Octavia Spencer por Histórias Cruzadas

Filme Estrangeiro
A Separação

Maquiagem
A Dama de Ferro

Figurino
O Artista

Direção de Arte
A Invenção de Hugo Cabret

Fotografia
A Invenção de Hugo Cabret

Oscar 2012
Apostas Finais 


Melhor Filme

Vence: O Artista
Deveria ganhar: Não assisti todos; dos que vi: A Árvore da Vida
Fez falta: Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres e Tudo pelo Poder
Não merece: Histórias Cruzadas

Melhor Direção

Vence: Michel Hazanavicius por O Artista
Deveria ganhar: Terrence Malick por A Árvore da Vida
Fez falta: David Fincher por Millenium
Não merece: Todos os indicados são ótimos, mas a direção de Woody Allen não oferece nada demais.

Melhor Ator

Vence: Jean Dujardin por O Artista
Deveria ganhar: Gosto de todos, mas prefiro Gary Oldman por O Espião que Sabia Demais
Fez falta: Os indicados são tão bons que não sinto falta de ninguém. Michael Fassbender, talvez.
Não merece: Ninguém chega a esse ponto...

Melhor Atriz

Vence: Meryl Streep por A Dama de Ferro
Deveria ganhar: Meryl Streep por A Dama de Ferro
Fez falta: Tilda Swinton por Precisamos Falar Sobre o Kevin; uma atuação daquelas não pode - não pode! - ser esquecida.
Não merece: Todas que não são Streep.

Ator Coadjuvante

Vence: Christopher Plummer por Toda Forma de Amor
Deveria ganhar: Plummer ou Nick Nolte por Guerreiro
Fez falta: Albert Brooks por Drive
Não merece: Jonah Hill por Moneyball

Atriz Coadjuvante

Vence: Octavia Spencer por Histórias Cruzadas
Deveria ganhar: Bérénice Bejo por O Artista
Fez falta: Não senti falta de ninguém
Não merece: Octavia Spencer...

Roteiro Original

Vence: Meia-Noite em Paris
Deveria ganhar: Meia-Noite em Paris
Fez falta: Ganhar ou Ganhar
Não merece: Missão: Madrinha de Casamento

Roteiro Adaptado

Vence: Os Descendentes
Deveria ganhar: Categoria excelente; na dúvida entre O Espião que Sabia Demais e Tudo pelo Poder
Fez falta: Não sinto falta alguma. Precisamos Falar sobre o Kevin, talvez
Não merece: Todos são ótimos

Edição

Vence: O Artista
Deveria ganhar: Millenium
Fez falta: Cavalo de Guerra
Não merece: Bons candidatos

Fotografia

Vence: A Árvore da Vida
Deveria ganhar: Idem
Fez falta: Com A Árvore da Vida concorrendo, ninguém...
Não merece: Todos que não sejam A Árvore da Vida

Arte

Vence: Hugo
Deveria ganhar: Hugo
Fez falta: A Árvore da Vida
Não merece:Todos são muito bons

Figurino

Vence: O Artista
Deveria ganhar: Anonymous
Fez falta: Ninguém
Não merece:São bons candidatos

Maquiagem

Vence: Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
Deveria ganhar: Idem
Fez falta: Nenhum
Não merece: São bons indicados

Trilha Sonora

Vence: O Artista
Deveria ganhar: Harry Potter... Não foi indicado... A Árvore da Vida... Não foi indicado... O Artista, então
Fez falta: Os dois citados acima
Não merece: Cavalo de Guerra

Canção

Vence: Os Muppets
Deveria ganhar: Pff...
Fez falta: A canção de Ganhar ou Ganhar
Não merece:Pff... Acabem com a categoria se for para indicar duas canções medianas...

Edição de Som

Vence: Cavalo de Guerra
Deveria ganhar: Cavalo de Guerra
Fez falta: Nenhum
Não merece: São todos bons

Mixagem de Som

Vence: Hugo
Deveria ganhar: Hugo
Fez falta: Super 8
Não merece: São todos bons

Efeitos Especiais

Vence: Planeta dos Macacos - A Origem
Deveria ganhar: Idem
Fez falta: Nenhum
Não merece: Transformers

Documentário

Vence: Paradise Lost 3, mas não se surpreenda se Pina vencer...
Deveria ganhar: Paradise Lost 3, por todo o trabalho de seus responsáveis até aqui
Fez falta: Project Nim
Não merece: Prefiro não opinar aqui...

Filme Estrangeiro

Vence: A Separação
Deveria ganhar: Idem
Fez falta: A Pele que Habito, talvez...
Não merece: Não assisti todos...

Animação

Vence: Rango
Deveria ganhar: Rango
Fez falta: Rio, afinal, sou brasileiro...
Não merece: Gato de Botas

Curta-Documentário

Vence: Saving Face
Deveria ganhar: Aquele que marquei nos bolões...
Fez falta: Prefiro não opinar
Não merece: Todos aqueles que não coloquei nos bolões...

Curta

Vence: Raju ou Tuba Atlantic
Deveria ganhar: Enfim, aquele que marquei nos bolões...
Fez falta: Nhé...
Não merece: Então, você sabe...

Curta-Animação

Vence: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore
Deveria ganhar: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore, porque além de ser uma animação linda, votei nela nos bolões...
Fez falta: Nhé
Não merece: Então...

Abraços e muito obrigado a todos aqueles que acompanharam o longo especial sobre o Oscar 2012 aqui do Pipoca Net. Foi bom. Foi ótimo!

Matheus Pereira

Ator


Jean Dujardin por O Artista

Premiar um ator em seu primeiro grande trabalho é muito perigoso. Ninguém sabe como o artista reagirá futuramente, os passos que dará, os filmes que participará. Ao longo da história, encontram-se atores e atrizes que foram premiados precocemente, protagonizaram fitas de gosto duvidoso após a consagração e levaram consigo, para sempre, o subtítulo de "vencedor do Oscar". Porém, há casos como o de Jean Dujardin, em que um Oscar é quase obrigatório. Não há meios termos ou politicagem. Não tem como escapar. O francês pode levar uma estatueta para casa e nunca mais entregar uma atuação digna de nomeações; o fato é que, no momento, nas atuais circunstâncias, não há como abraçar o futuro. O jeito é aceitar o presente e fazer o que é certo. Vencedor do prêmio de Melhor Ator em Cannes, é bem verdade que Dujardin derrapou e enfraqueceu em certo momento da longa temporada de premiações. Nesse meio tempo, George Clooney, o único que pode derrotá-lo, era o favorito. Mas as coisas mudaram e os ventos ficaram a favor do sujeito. Espere um discurso bem humorado e emocionado do ator (alguns dos melhores discursos da temporada são dele), e provavelmente a repetição da piada do agradecimento mudo, em que ele apenas mexe os lábios, não pronuncia uma palavra sequer, remetendo obviamente à obra em preto e branco e muda que encabeça.



George Clooney por Os Descendentes

Não fosse por Dujardin, Clooney seria uma das barbadas da noite. Com atuação primorosa no fabuloso longa de Alexander Payne, o ator prova ser um profissional completo: direção e roteiro impecáveis em Tudo pelo Poder, atuação brilhante em Os Descendentes. É uma pena ver alguém tão versátil e competente sair de mãos vazias da cerimônia, mas é o que vai acontecer. Se em 2006, quando foi indicado por Boa Noite e Boa Sorte e Syriana, Clooney levou uma estatueta - Ator Coadjuvante pelo longa sobre petróleo - mais pelo conjunto da obra no ano do que pela atuação propriamente dita e comentou em seu discurso que como estava vencendo na categoria de coadjuvante, não teria chance em outra área: "isso quer dizer que não serei o melhor diretor da noite". Em 2012 não tem consolação, não tem homenagem. Clooney certamente será indicado inúmeras vezes em diversas categorias diferentes nos próximos anos, certamente vencerá mais Oscar até a aposentadoria ou morte (até mesmo prêmios de Direção e Roteiro, onde o galã se sai muitíssimo bem) e não é preciso contemplá-lo agora, ainda mais com um careca dourado tão recente na estante.



Gary Oldman por O Espião que Sabia Demais

Gary Oldman é um dos melhores atores da atualidade. Tachado como ator cheio de floreios e exagerado muitas vezes, Oldman prova em O Espião que Sabia Demais que pode, quando quer, ser contido e introspectivo. A maior prova de que seu trabalho na fita de Thomas Alfredson é brilhante, é que Oldman não precisa pronunciar uma palavra sequer para roubar a cena toda para si; o ator não precisa também de longos monólogos ou cenas emocionalmente complexas para se fazer entender e surpreender. Óculos de lentes grandes no rosto, sobretudo bege e mãos no bolso. George Smiley não grita, fala sempre num mesmo tom de voz. É o tipo de atuação que Colin Firth concebeu em Direito de Amar. Ambos os trabalhos são cheios de nuances e detalhes quase imperceptíveis, com olhares e gestos minúsculos; duas interpretações que mereciam todos os prêmios do mundo. O empecilho no caminho de Gary é simples: o filme que representa não é unanimidade crítica; para os acadêmicos e críticos em geral, não é a melhor atuação do ano; não tem o mesmo hype que Dujardin e Clooney possuem.






Brad Pitt por O Homem que Mudou o Jogo

Brad Pitt se sai muito melhor quando está introspectivo, contido em suas abordagens. Seu Jesse James em O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford, talvez seja a melhor atuação de sua carreira, e a fita nem é toda dele. Em O Homem que Mudou o Jogo, Pitt entrega outro trabalho do tipo, e não é a toa que recebeu uma indicação ao Oscar. Está longe de uma vitória, todos sabemos, mas é ótimo ver um excelente ator como ele receber certo reconhecimento. O galã de Entrevista com o Vampiro e Tróia sempre buscou papeis importantes e relevantes para sua carreira, fracassou algumas vezes, claro, mas sempre levantou e seguiu em frente. É o tipo de ator que nunca se ouviu comentar sobre um fracasso ou uma polêmica. Pitt tem muitos anos pela frente e certamente levará um Oscar no futuro (a não ser que se aposente ainda jovem, o que acho improvável), assim, pode esperar mais um pouco. O único erro de Pitt foi largar Jennifer Aniston. Imperdoável, caro leitor; imperdoável!





Demián Bichir por A Better Life

Demián Bichir não chega a ser uma surpresa. Indicado ao SAG - que exerce grande influência na temporada e nos prêmios posteriores - e alavancado por boa campanha, o mexicano está curtindo o momento. Ele mesmo já falou, em entrevista, não acreditar no que aconteceu e que não esperava uma indicação. Está, em suma, curtindo as festas, os ensaios fotográficos e os inevitáveis convites que chegam. O filme pelo qual concorre não é unanimidade e o fato de ser uma obra praticamente desconhecida contará e muito no final. Não que isso fosse fazer diferença, já que de qualquer forma ele seria derrotado, o problema é que alguns votantes não devem ter assistido ao filme de Chris Weitz e isso fará com que perca ainda mais votos. É, de todos, o azarão. Gary Oldman deve angariar mais votos que ele, por exemplo. Além disso, é um ator desconhecido cuja filmografia futura pode ser muito irregular; a Academia não quer apostar as fichas em alguém que pode não aguentar o próprio título de "grande vencedor do Oscar", esse adendo irá para Jean Dujardin, que parece ter bem mais capacidade para tal e está à frente do filme do ano.




Vence: Jean Dujardin por O Artista
Pode vencer: George Clooney por Os Descendentes
Meu favorito: Gary Oldman... Jean Dujardin... George Clooney... Tá bem, tá bem: Gary Oldman

Atriz

Meryl Streep por A Dama de Ferro

Meryl Streep é a maior atriz viva do Cinema. Não há discussões. Quem não gosta dela? Quem não a considera um poço de talento, simpática, elegante; uma dama nata. É uma atriz perfeita: são poucos os filmes com ela que não deram certo, e até mesmo estes têm seus fãs; esses mesmos filmes que não deram certo contam com atuação magistral de sua protagonista (o caso de A Dama de Ferro, inclusive); a maioria de seus filmes conta com uma equipe competente e um escopo abrangente; os que não contam com tais adjetivos são divertidos ou emocionantes; todos querem trabalhar com Streep; ela é protagonista pura, o diretor ou produtor que der um papel coadjuvante para essa mulher deve ser preso; um roteirista ou diretor mediano deve ter Streep no elenco, será meio caminho andado e garantirá, ao menos, elogios à sua atriz principal. E novamente caímos em A Dama de Ferro. Phylidda Lloyd, a diretora do projeto, é limitada e pouco talentosa, teve na capacidade de sua amiga Meryl Streep e de sua equipe uma forma de ser vista e lembrada. Os méritos são todos da veterana intérprete. O que pode contar contra a vitória dela? Meryl é indicada a praticamente todos os filmes que participa, é presença constante no Oscar; quando um projeto seu é anunciado, os apostadores e blogueiros já colocam seu nome como pré-candidata ao prêmio, e sempre acertam; ela será indicada várias vezes no futuro, até mesmo no ano que vem, talvez; todas as atuações que ele entregar nos anos vindouros merecerão nomeações e prêmios. Streep acabou por se tornar mobília da Academia, imóvel. Deixe-a ali, quieta. Ela estará aqui na próxima edição, e na próxima. Até que o tempo a leve e em seu lugar fique um imenso vazio. 


 Viola Davis por Histórias Cruzadas

Viola Davis é um assombro. Uma das maiores revelações femininas da década passada é favorita ao prêmio de Melhor Atriz em 2012. Davis é tão boa, que em 2009 fora indicada na categoria de atrizes coadjuvantes por sua participação em Dúvida; o fato é que a atriz tem, basicamente, uma cena durante toda a projeção. Mas é das cenas mais impactantes que o Cinema proporcionou naquele ano. Uma segunda indicação seria inevitável. O curioso é que Davis geralmente trabalha como coadjuvante, um projeto nunca é inteiramente seu, como é o caso de Streep em A Dama de Ferro, e isso pode atrapalhá-la no final. Até em Histórias Cruzadas, pelo qual concorre a Atriz principal, Viola é quase uma secundária; até mesmo Octavia Spencer parece ter mais atenção do público nessa temporada. Outra ironia é que as duas maiores concorrentes estão à frente de filmes criticados por boa parte dos especialistas, o que pode pesar, levando a atriz mais experiente à vitória. Outro fator atenuante: Davis será indicada no futuro e provavelmente vencerá, o que pode roubar alguns votos nas atuais circunstâncias.





 


Rooney Mara por Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Ainda que muitos alardeiem Rooney Mara como protagonista de Millenium, há de se concordar que a fita de David Fincher possui outros atrativos. Não é um filme só dela. E isso pode pesar. Mara é também jovem. É seu primeiro grande papel no Cinema e sua carreira é incerta. Outro "detalhe" é que, caso Fincher resolva dirigir as duas continuações de Millenium, Mara retornará, entregando outras duas interpretações que podem ser indicadas. Mara, em resumo, terá chances em outros filmes e até mesmo pela mesma personagem. Não há o que explicar ou entender, o prêmio da Rooney está guardado em algum lugar do futuro.








 Michelle Williams por Sete Dias com Marilyn

Promissora jovem atriz, Michelle Williams parece tão envergonhada, tímida nas premiações, mas é um estrondo quando deve atuar. Recentemente Williams fora indicada nessa mesma categoria por Namorados para Sempre, onde, ao lado de Ryan Gosling, entrega uma atuação soberba e poderosa, desvendando as faces de um relacionamento em crise. Em 2012 a frágil Michelle concorre à estatueta por sua interpretação de Marilyn Monroe em Sete Dias com Marilyn, não é pouco para uma atriz tão jovem. Com considerável filmografia, esta é sua terceira indicação ao Oscar (a primeira foi como coadjuvante, por O Segredo de Brokeback Mountain), e muitas ainda virão. O filme que representa não recebeu críticas muito positivas, e isso, nesse caso, conta contra, afinal, Williams ainda não é uma Streep para estar num filme ruim e ganhar um Oscar. Enfim, as atenções estão voltadas para Streep e Davis, são elas as estrelas da noite.




 
  Glenn Close por Albert Nobbs

Há um bom tempo longe da tela grande, Glenn Close volta ao Cinema e ao Oscar com categoria. É outro fenômeno que pode participar de uma fita mediana e se destacar. Albert Nobbs, como todos sabem, foi duramente criticado, abrindo um espaço ainda maior para a interpretação de Close. Ainda assim, ela não merece um prêmio. Antes de a obra ser lançada, Glenn era tida, ao lado de Streep, como favorita absoluta ao Oscar, após o lançamento do filme e as reações mornas, tudo mudou; hoje, Close é apenas uma figurante entre as finalistas. Sua nomeação esse ano deve abrir as portas para lembranças futuras, já que sua última indicação foi em 1988, por Ligações Perigosas. Caso o hype em torno das favoritas não fosse tão grande e Albert Nobbs fosse um bom filme, Close certamente estaria na corrida pelo prêmio, já que nunca venceu um Oscar e merece, e muito, tal consideração. 






Vence: Meryl Streep por A Dama de Ferro
Pode vencer: Viola Davis por Histórias Cruzadas
Minha favorita: Adoro Viola Davis, mas não pelo filme o qual concorre e não contra Meryl Streep. Streep é única.

Matheus Pereira

Bolão: Oscar 2012 - Apostas




Pelo segundo ano consecutivo, sou convidado a participar do bolão do Oscar organizado pelas blogueiras do DVD, sofá e pipoca. Ano passado, fiquei em segundo lugar na classificação geral, veremos se esse ano consigo o primeiro. Se não conseguir, tudo bem; entre os cinéfilos, o bom é participar e apostar.


 

Filme: O Artista
Direção: Michel Hazanavicius por O Artista
Ator: Jean Dujardin por O Artista
Atriz: Meryl Streep por A Dama de Ferro
Ator Coadjuvante: Christopher Plummer por Toda Forma de Amor
Atriz Coadjuvante: Octavia Spencer por Histórias Cruzadas
Roteiro Original: Meia-Noite em Paris
Roteiro Adaptado: Os Descendentes
Edição: O Artista
Fotografia: A Árvore da Vida
Arte: A Invenção de Hugo Cabret
Figurino: O Artista
Trilha Sonora: O Artista
Animação: Rango
Filme Estrangeiro: A Separação
Maquiagem: Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
Canção: Os Muppets
Edição de Som: Cavalo de Guerra
Mixagem de Som: A Invenção de Hugo Cabret
Efeitos Especiais: Planeta dos Macacos - A Origem
Documentário: Paradise Lost 3 - Purgatory
Curta Documentário: Saving Face
Curta: Tuba Atlantic
Curta animação: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore

Matheus Pereira



 Ator Coadjuvante

Christopher Plummer por Toda Forma de Amor

A atuação de Christopher Plummer é a única, dentre os indicados, que melhora consideravelmente com o retrocesso, com a lembrança. Cada vez que lembro ou vejo um vídeo de sua performance, me dou conta que o veterano ator merece os elogios e prêmios que vem recebendo. Sua atuação é simples, apegada em detalhes e não em exageros - Plummer interpreta um idoso que, após a morte da esposa, resolve se declarar gay, além disso, o simpático senhor descobre ter câncer. Nas mãos de outro ator menos experiente, tal material poderia ser um baú cheio de oportunidade de exageros interpretativos, nas de Christopher tem-se um personagem crível e emocionante. Nos últimos anos a categoria de Melhor Ator Coadjuvante sempre tem mostrado um favorito absoluto, o que na maioria das vezes não acontece nas categorias principais de atuação (esse ano mesmo há dois favoritos a Ator e duas para Atriz, mas apostas certas para os coadjuvantes); Javier Bardem, Heath Ledger, Christopher Waltz e Christian Bale são exemplos recentes que comprovam esse padrão dentre os atores secundários. Não há praticamente nada contra a consagração de Plummer; com vasta filmografia e apenas uma indicação - recente e tardia: 2010, também como coadjuvante em A Última Estação - é sentida a hora em que o ator irá subir ao palco e agradecer emocionado um prêmio que já poderia estar há anos em sua estante.


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Nick Nolte por Guerreiro

Guerreiro é um filme ótimo que merecia muito mais atenção do que recebeu. Comentei, inclusive, aqui no Pipoca Net o fato de a fita ser negligenciada devido ao lançamento recente de O Vencedor, cuja temática é bem parecida com a de Guerreiro. Arrisco ao dizer, a propósito, que caso o fraco longa de David O'Russel não existisse, a obra de Gavin O'Connor seria uma boa aposta para as indicações ao Oscar. Essa pequena jóia, que possui alguns defeitos, claro, foi lançada na hora errada, apenas. Nick Nolte está hipnótico na pele de um pai arrependido e ex-alcoólatra, tipo de papel que a Academia idolatra. É um veterano voltando às luzes dos holofotes. Ainda assim, com os ventos a favor, Nolte deve assistir outro senhor subindo ao palco e segurando a estatueta dourada. Seria um tanto precoce premiá-lo? Talvez, já que o ator pode voltar a fazer filmes medianos e cair no esquecimento novamente. O jeito é esperar o passar dos anos para ver se será merecedor de um Oscar.

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Max Von Sydow por Tão Forte e Tão Perto

Caso desse a louca na Academia e a vaca tossisse, Von Sydow seria a segunda opção depois de Christopher Plummer. Como o virtual vencedor, Sydow tem 82 anos, ainda que aparente ter bem mais, e é um veterano com filmografia vistosa. O grande público deve lembrar-se dele como o inesquecível e incomparável Padre Merrin, de O Exorcista, mas o ator já foi parceiro fiel de Ingmar Bergman, passeou pelo cinema independente e puramente cult e visitou uma grande produção recentemente em Ilha do Medo, do amigo Martin Scorsese. É irônico perceber que em O Exorcista o esguio senhor de cabelos grisalhos já aparentava ter seus setenta e poucos anos e que quase trinta e nove anos depois parece ter mantido as mesmas feições; em Tão Forte e Tão Perto Max não precisa pronunciar uma palavra sequer para provar o grande profissional que é. Caso vencesse, seria a melhor surpresa de todas.


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Kenneth Branagh por Sete Dias com Marilyn

Kenneth Branagh é um sujeito bacana. Do tipo boa praça, o britânico chega em 2012 à sua quarta indicação - segunda na área da atuação. Conhecido por ser um dos maiores "representantes" de Shakespeare no Cinema, o ator e diretor tem uma veia teatral notável. Recentemente lançou, na cadeira de diretor, Thor. Ninguém imaginaria que meses depois o responsável pelo longa do deus do trovão seria indicado a prêmios como melhor coadjuvante do ano. Não irá vencer, e isso é fato. Eis alguns motivos: o filme pelo qual concorre não é unanimidade e não foi assistido por muita gente; o ator tem chances de ser indicado a diversas categorias no futuro, e tende-se, esse ano, ao menos, dar chance para aqueles que podem não tê-la no futuro; não é a melhor atuação do ano; Branagh notadamente não dá tanta atenção ao Oscar e ao próprio ofício da atuação, procurando se dividir em diversas áreas. 

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Jonah Hill por O Homem que Mudou o Jogo

A melhor atuação de Jonah Hill até hoje talvez seja a que o rapaz concebeu em Cyrus, subestimada comédia dramática em que dividia a cena com Marisa Tomei e o sempre ótimo John C. Reilly. Antes - e depois - disso, o simpático ator que sempre será lembrado como "o gordinho do Superbad" não havia mostrado ser um ator digno de indicações a prêmios, muito menos o Oscar. E a ironia é que até hoje não fez isso, nem em O Homem que Mudou o Jogo. A fita de Bennett Miller é fabulosa e a atuação de Hill é ótima, mas não justifica todo o hype acerca dela. Notadamente o azarão da categoria, o novato parece não entender sua própria indicação. Beneficiado puramente por estar no filme certo e na hora certa, ele está curtindo o momento, já que provavelmente irá demorar a vir outra nomeação. É fútil ranquear aqui os motivos que comprovam a inevitável derrota de Hill, espere apenas sorrisos e aplausos dele e dos outros três quando "And Oscar goes to... Christopher Plummer" ecoar pelo Kodak. Ah, espere ele, e toda a plateia, aplaudir o veterano de pé.


Vence: Christopher Plummer por Toda Forma de Amor
Pode vencer: Max Von Sydow. É quase impossível, but...
Meu favorito: Christopher Plummer, apesar de adorar o trabalho de Nolte em Guerreiro.

Matheus Pereira



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