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Top 20
Os Melhores da Década

14º - Desejo e Reparação (2008)


Direção: Jon Wright
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: James McAvoy, Saoirse Ronan, Keira Knightley, Vanessa Redgrave
País de Origem: Inglaterra
Gênero: Drama/Romance
Duração: ?

Desejo e Reparação talvez seja o melhor representante dos romances clássicos da última década. Além de ser um filme de época, trás também a vitalidade e as características dos filmes mais antigos. Daqueles romances profundos, que permeiam a alcunha de "saga". Aqueles romances clássicos em que o mocinho sofre para ficar com a bela e adorável jovem. Desejo e Reparação, porém, não tem o mesmo otimismo. É bem pesado e triste. Seu final é vago. Será que foi um final feliz, ou triste? Será que foi o melhor? Desejo e Reparação é quase metalinguístico, afinal, ensina a fazer cinema. Ensina, principalmente, adaptar uma difícil obra literária. Ensina a criar personagens bem estruturados e importantes vínculos. Ensina a enganar o espectador, que é um dos feitos mais notáveis desta arte. O romance dirigido por Jon Wright conta a história de Briony (Saoirse Ronan, perfeita), menina de onze anos apaixonada por um rapaz (James McAvoy) que, por sua vez, é apaixonado por sua irmã mais velha (Keira Knightley). Ao ler uma carta enviada pelo rapaz para a pretendente, Briony resolve mentir e entregar o casal para os pais, por ciúmes, impede que os dois se vejam. Começa aí a trágica história do casal e da garota, que depois cresce e se arrepende do que fez. Com perfeccionismo técnico e um dos planos sequência mais brilhantes e geniais da década, Desejo e Reparação acaba e deixa dúvidas: o amor pode ser eterno? E um erro?

Matheus Pereira

The Pacific - Episódio 1


The Pacific é um minissérie, dividida em dez episódios, produzida pela HBO, Seven Network Australia e DreamWorks. A minissérie de produção de Steven Spielberg, Tom Hanks e Gary Goetzman. Depois do sucesso de Band of Brothers, que contava a história da Easy Company e seus pára-quedistas, não espanta a criação de The Pacific, que por sua vez, conta a história dos fuzileiros navais e suas operações no Pacífico.
Mas não vá tecendo pré-julgamentos. A única coisa que The Pacific divide com Band of Brothers é o pano de fundo (a 2ª Guerra Mundial) e os produtores. O estilo é outro. Se na minissérie de 2001 o tom era escuro, opaco, cru como o de O Resgate do Soldado Ryan, The Pacific está mais para Além da Linha Vermelha, ao menos o seu primeiro episódio. O tom é mais claro, violento do mesmo jeito, mas diferente. Aqui vemos uma praia, digamos tropical. Árvores, calor. É outro cenário.
Assim como em Band of Brothers, The Pacifc foca, principalmente, na vida de certos personagens. Três, mais especificamente. Bob Leckie, Eugene Sledge e John Basilone. Aos poucos vamos conhecendo mais e mais sobre a vida, sobre o caráter de tais personagens e, incrivelmente, já é possível criar um forte vínculo com os soldados já no primeiro episódio.
A minissérie é uma das mais caras já produzidas e já recebeu uma indicação ao prêmio de Melhor Minissérie no Emmy deste ano.
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The Pacific - Episódio 1
Direção: Tim Van Patten

O que é mais notável na estreia de The Pacific é a naturalidade com que apresenta seus personagens. Em pouquíssimo tempo já gravamos seus nomes, um pouco do caráter de cada um e podemos criar um vínculo. Antes da metade do episódio eu já estava interessado pelos personagens. Intrigado. Queria conhecê-los um pouco mais. Queria acompanhá-los. Os personagens principais são Leckie, Sledge e Basilone. O primeiro episódio é focado na breve apresentação dos mesmos e no desembarque de Leckie. Pode-se dizer que o primeiro capítulo é de Leckie. Ele é o foco principal. Enquanto acompanhava o dia cansativo do soldado, estava pensando o que estava acontecendo com os outros personagens. E constatar isso logo na estreia é muito bom. E raro. Criar um vínculo com os personagens tão rápido prova a qualidade da produção. Pude definir os personagens mais interessantes e aqueles que não merecem tanto espaço. Sledge, por exemplo, parece o menos interessante, mas ainda é cedo para afirmar, tendo em vista que assisti apenas o primeiro episódio.

The Pacific é daquelas séries torturantes. No bom sentido, claro. É uma tortura ter que esperar para assistir o próximo episódio. Nota-se pela minha resenha que a minissérie começa bem envolvente. Não possui mistérios, segredos, ursos, monstros de fumaça e coisas do tipo para prender o espectador e fazer com que se importe com o futuro dos personagens e da história. Escrita com cuidado, The Pacific nutre um claro elo entre os personagens, e não se perde no meio de tantos personagens e acontecimentos. Quando os pouco mais de cinquenta minutos se passaram, tive a impressão de que já conhecia aquelas pessoas há muito tempo ou, ao menos, de que já assistira algum filme, alguma série com aqueles personagens.

Mas além de cuidar de seus personagens com extremo cuidado, The Pacific também investe na ação, e já no episódio de estreia somos brindados com uma sufocante sequência de guerra. Pouco enxergamos na cena, e isso é o que há de melhor na sequência. Assim como os soldados, enxergamos apenas as balas cortando o vento, os riscos de luz passando de um lado para o outro. Diferente de Band of Brothers, que reservou seu episódio de estreia apenas às apresentações, The Pacific vai direto para a guerra. É nítido o gasto da minissérie. Os milhões de dólares saltam aos olhos com belas cenas e efeitos especiais.

Com um primeiro capítulo promissor, The Pacific parece querer marcar. Dificilmente alcançará a obra-prima que é Band of Brothers, mas conseguindo chegar a uns oitenta por cento da perfeição daquela minissérie, já é grande coisa.

Nota: 9,0

Parceiro. Irmão.

É com muito orgulho e felicidade que anuncio oficialmente a parceria com Fernando Fonseca. Hoje, dia 21 de julho, foi firmada a parceria com esse grande amigo e irmão. A partir de agora, Fernando será colaborador do blog. Regularmente irá escrever para o Pipoca Net.
Fernando tem um blog, o Blog do Fonseca. Seus textos são sempre elogiadíssimos e bem escritos. Jornalista recém formado, o palmeirense vem acrecentar qualidade e experiência ao blog.
Tenho certeza que você que não o conhece, irá adorar os textos do rapaz. Simples e direto, Fernando faz sucesso por onde divulga seu blog.
Então, porque não nos unirmos? Foi isso que fizemos. Tendo em vista que somos grandes amigos e que o cara escreve mutíssimo bem, o convidei para fazer parte dessa família, a família Pipoca.
Assim como eu, Fernando tem inúmeras ideias para o blog. E quem ganha, como sempre, é você que nos acompanha.

Então, prepare-se.

E seja bem-vindo, irmão!

Matheus Pereira
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Blog do Fonseca
http://fdefonseca.blogspot.com/

Os últimos...

Os últimos! Esta nova seção abrange os últimos filmes assistidos. As críticas são curtas e mais diretas, são breves comentários sobre os últimos filmes assistidos. Comentarei sobre vários filmes, de diferentes épocas. Não irei parar com as críticas completas, é que ás vezes uma crítica completa para determinado filme fica inviável, seja por merecimento (existem filmes que nem merecem comentários), seja porque o tempo é curto ou a analise profunda, ás vezes, torna-se complicada. Então, vamos lá.
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Toy Story 3


É incrível como personagens criados digitalmente possam emocionar tanto. É incrível como os olhos de um boneco possam passar tanta verdade, tanto amor. É incrível, também, como a Pixar é tão perfeita. Não tenho medo de usar essa palavra, afinal, não há outra que possa definir tão bem o estúdio. Depois de fortes emoções nos dois primeiros capítulos da saga, chega agora o capítulo final dessa história que já entrou para história do cinema. Original e capaz de renovar-se a cada momento, Toy Story arranca gargalhadas e lágrimas na mesma medida. Tecnicamente excelente (como sempre) e com um roteiro digno de eufóricos aplausos, Toy Story 3 não só é o melhor da trilogia como um dos melhores filmes da Pixar, o que o leva diretamente a ser uma das melhores animações da história.

Nota: 10,0

Kick-Ass

Todos os anos um filme deliciosamente original e diferente estreia. Um filme bem humorado, ousado e sem medo. O filme torna-se ainda melhor quando une violência, palavrões e cérebro. Kick-Ass é um desses filmes. E quando o chamo de diferente ou ousado, estou chamando de ousado mesmo. Afinal, colocar um menininha de dez anos levando tiros no peito, falando sete palavrões a cada dez palavras, arrancando membros e apanhando de marmanjo não é muito comum. A história do rapaz que decide comprar uma roupa ridícula e ser o heroi da vida real sem ter poderes ou treinamento algum é sensacional e nutre uma forte identificação com o público. Unindo realidade e absurdos com inteligência, Kick-Ass impressiona, diverte, faz rir, faz vibrar, faz pensar e acima de tudo faz lembrar que nem tudo está perdido, e volta e meia alguém inteligente faz alguma coisa que presta.

Nota: 9,0







A Caixa

Richard Kelly era uma promessa. Foi lançado à categoria cult rapidamente. Foi do estrelato ao fundo do posso com apenas dois (!) filmes! Algo parecido aconteceu com M. Night Shyamalan, só que o indiano levou uns sete filmes para se afundar. Toda a fama cult e a originalidade de Kelly caíram por terra com o confuso e ridículo Southland Tales. Kelly até que ganhou (ao menos comigo) um pouquinho do respeito com o razoável A Caixa. Filme estrelado por Cameron Diaz e com ótima premissa: um homem assustador aparece de repente na vida de um casal e lhes dá uma caixa. Em tal caixa há um botão vermelho. A proposta: se você apertar tal botão, alguém que você não conhece irá morrer e você ganhará um milhão de dólares. Mas não para por aí. Kelly investe em várias subtramas e em mistérios de doer a cabeça, mas no final, tudo se resolve. Ainda que tudo não se explique muito bem, vale pela história, pela premissa, pelo interessante ciclo. Faltou apenas um roteiro mais cuidado. Potencial tinha.

Obs.: O filme se baseia em um episódio da série Além da Imaginação, que por sua vez, foi escrito pelo gênio Richard Matheson.

Nota: 7,0


[REC] 2

Quando uma ideia dá muito certo, sinto felicidade e tristeza na mesma medida. Felicidade por presenciar uma boa ideia na tela, e tristeza por saber que aquela ótima ideia vai ser "violentada" em incontáveis continuações. Mas ás vezes isso não acontece, e vejam só, o espanhol REC é a exceção da regra. [REC] 2 investe em novas e ousadas ideias e repete o suspense/terror claustrofóbico do primeiro. Esta continuação prova, definitivamente, que a melhor fonte de horror é mesmo, fora dos Estados Unidos. Os melhores exemplares do gênero chegam dos orientais, dos espanhois, mas dificilmente estão chegando dos americanos, que ultimamente só copiam. Aqui temos um explicação mais concreta do que aconteceu no prédio. Muitos podem achar uma bobagem, um absurdo, e até achar que a história perdeu a graça depois da explicação, mas pra mim, nada disso aconteceu. O filme ficou ainda mais assustador depois a explicação. Prepare-se para muita diversão e bons sustos. Prepare-se, também, para mais duas continuações já encomendadas. Tomara que não estraguem a ideia agora, depois de dois ótimos filmes.

Nota: 8,5


Tim Burton é um gênio louco e talentoso. Mas é daqueles que cria/dirige para duas fontes, dois modos. Uma é a fonte emocional. Aquela que ele faz por gosto. Ele escreve, ele produz, ele dirige, ele faz tudo. Faz porque gosta, não porque mandaram. Já a segunda fonte/modo é o lucro. É o "piloto-automático". Os estúdios mandam, ele faz. Os poderosos ditam as regras e ele as segue. É triste constatar isso, afinal, uma pessoa com tanto talento se vendendo assim é um absurdo. Foi assim, se vendendo e trabalhando para os outros que nasceram seus filmes mais irregulares: Planeta dos Macacos e este Alice no País das Marailhas. Não que os filmes sejam ruins (gosto bastante de "Planeta", e "Alice" me deixou bem feliz), mas a criatividade de Burton parece presa, ou controlada. Sua genialidade está lá. É impossível deixá-la de fora, mas a falta de respeito e a visão de lucro é tanta que o resultado final fica comprometido.

Podemos ver já no primeiro segundo que trata-se de um filme de Burton graças a inconfundível trilha sonora (única, perfeita, trilha sempre característica de seus filmes), mas podemos constatar de cara que também é um filme de estúdio quando o logo da Disney aparece na tela (afinal, qual foi o último filme distribuído pela Disney que não tenha uma forte influência do estúdio? Só os da PIXAR...) e quando, nos créditos finais, surge uma "música encomendada". Nota-se que é um filme de Burton graças a incrível direção de arte, ao estilo inconfundível. O mundo de "Alice", criado por Lewis Carrol, casa perfeitamente com o estilo de Burton. É como unir sinônimos. O universo ora sombrio, ora alegre, mas sempre surreal de "Alice" é um parque de diversões para Burton e sua equipe de arte/figurino/fotografia. E que equipe!

Impossível não se encantar com todas as cores. Cada detalhe, cada flor, cada criatura. Os figurinos são excelentes (mas ás vezes pensei estar vendo um desfile de moda, pois Alice coloca um vestido, depois tira e coloca outro mais bonito, aí ela cresce ou diminui e tem que trocar...) e a fotografia é algo digno de nota. Desde as primeiras cenas na festa até a chegada no mundo subterrâneo, tudo é muito bem cuidado. Mas "Alice" tem sim seus problemas técnicos, e estes envolvem seus efeitos especiais e sua maquiagem. Muitas vezes o excesso de efeitos aproxima o filme de um longa de animação e o torna muito irreal. Às vezes as criaturas não passam a veracidade necessária e o "País das Maravilhas" parece um jogo de video-game. Não posso criticar o 3D, pois não assisti o longa neste formato, mas posso afirmar que muitas vezes o 3D é usado de modo convencional (volta e meia os personagens jogam coisas na direção do espectador). Há também problemas com as perspectivas. Quase tudo no mundo subterrâneo tem tamanho alterado, nada é, simplesmente, normal. Só que isso dificultou a vida da equipe e falhou em alguns momentos. Note, por exemplo, quando o personagem de Crispin Glover, o Valete de Copas, se aproxima da Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter). Ele, alto demais, perto dela, cabeçuda demais, proporciona uma estranha cena, que poderia sim, ter um melhor acabamento. A maquiagem exagerada de Johnny Depp (eu sei que o exagero faz parte do personagem, mas exagero demais não cai bem...) também causa um sensação estranha.

O roteiro fica só na superfície. Alice fica sempre escondida, nunca mostra ser a Alice que todos esperavam que ela fosse, até mesmo depois que ela resolve se "libertar", fazendo com que nós, os espectadores, assim como todos no "País das Maravilhas", duvidemos: "Será essa, a verdadeira Alice?". O roteiro não tem grandes defeitos, só é simples e frágil. Não se aprofunda em seus personagens e se preocupa apenas com a diversão. Burton faz o que pode e dirige com competência, porém sempre é claramente barrado pelas "regras" do estúdio.

No final, fica claro que Alice no País das Maravilhas foi feito para os olhos, não para a mente. É, como tantos outros, um produto. Basta ver as bolsas, acessórios e todas as bobagens feitas e baseadas no filme. É uma pena que Burton não esteja "cem por cento" nesta obra, seria inesquecível se estivesse. Mas ainda com todos os problemas, Alice ainda encanta pela beleza e é divertido, mesmo sendo um legítimo poduto.

Ou você já viu bolsas do Sweeney Todd ou do Beetlejuice por aí?


Nota: 7,0


Gostar de Um Sonho Possível, para a minha surpresa, não é tão impossível. Está muito longe disso por sinal. Confesso que antes de assisti-lo sempre o enxerguei como um drama barato que fez sucesso graças ao momento mundial e não devido as suas qualidades. Estava enganado. Um Sonho Possível é um linda história de superação. E, vejam só, não é piegas. Tem, vez ou outra, algum pequeno detalhe que poderia ficar de fora, mas nada que comprometa o resultado final.

O filme, em primeiro lugar, é uma ótima mescla de drama sobre superação, preconceito, amor e boas doses de humor. Sim, humor. Volta e meia estamos rindo por alguma coisa. Não chega a emocionar, ao ponto de arrancar lágrimas, e isso é um bom sinal, pois se fizesse o público chorar facilmente, seria um sinal de melodrama. E o filme chega a poucos passos do tal melodrama. É um filme simples, mas bem cuidado. Espanta, até certo ponto, a bilheteria considerável e sua indicação ao Oscar de Melhor Filme, afinal, é um filme sem grandes pretensões e sem muita originalidade. Debruça-se no carisma e no talento de Sandra Bullock e nas fórmulas de um filme desse tipo. Um Sonho Possível tem todas as características de um filme feito pra TV, daqueles produzidos pela HBO que acabam sendo lançados em DVD e são indicados ao Globo de Ouro e/ou Emmy, mas isso não o torna inferior. Só evidencia sua simplicidade.

Como dito, o filme não é tão original. O roteiro do próprio John Lee Hancock (O Álamo) é, como todo o filme, simples. Baseado no livro de Michael Lewis, o roteiro de Hancock é direcionado a ascenção de Michael Oher, ou melhor, antes disso. Suas dificuldades, sua entrada na família Touhy, sua nova vida, as habilidades e, principalmente, às mudanças que Michael causa na vida de Leigh (Bullock). O filme é, em tese, sobre Oher, mas temos que fazer de conta que o filme é sobre ele, pois a personagem principal dessa obra é, sem dúvida, a interpretada por Bullock. Todos os holofotes estão virados para ela. Embora Quinton Aaron faça um surpreendente trabalho, é Bullock quem rouba a cena. Um problema do roteiro de Hancock é a velocidade com que as coisas acontecem. Tudo muito rápido. Ele está na rua, é acolhido, de repente ganha um quarto, é chamado de filho, ganha um carro, é adotado legalmente, joga futebol, recebe altas propostas e muitos outros acontecimentos. Em duas horas tudo acontece. Por um lado, tal velocidade é boa, pois impede a monotonia, por outro, é ruim pois impede o completo compreendimento dos fatos. Outro problema do roteiro (o mesmo de Amor Sem Escalas, também indicado ao Oscar) é não alçar grandes voos, não ousar. Ficar sempre na simplicidade, na normalidade.

Como dito, é Bullock a estrela máxima desta obra. Sua atuação não é tão digna de Oscar como tantos falam, mas é muito boa e até merece (a concorrência este ano estava fraca). Sua atuação é sutil. Cheia de detalhes. Sei que, se você não gostou do filme, é difícil ver tais detalhes. Mas eles estão lá. Tão sutis que ás vezes são imperceptíveis. Além de que sua beleza e carisma também ajudam. Quinton Aaron fez um trabalho notável. Nunca permite que seu personagem se torne um débil mental ou mero objeto. Ele tem sentimentos e ninguém tira da minha cabeça que ele e John Coffey (sim, o grandão de À Espera de Um Milagre) são primos.

Um Sonho Possível não é - como muitos dizem - um filme para americano ver. Tem sim toda a glorificação bairrista e as críticas ao "estado". É, em grande parte, um espelho da sociedade americana e seus costumes, mas acima de tudo, é uma história de superação, amor, bondade e tudo aquilo que nos dá gás, que nos faz ir para frente. É uma história mundial, que todos deveriam ver e aprender.

Nota: 8,0

Retornando

Antes que o Pipoca Net seja esquecido num canto obscuro da sua memória, resolvi retornar. Aos poucos eu e o pessoal vamos voltando. Foram meses turbulentos. De muitas mudanças. Mudanças estas que permeiam até hoje. Eu estou de férias, o que significa que tenho tempo para escrever, logo, tenho tempo pro blog. O Richar voltou de suas longas férias, não posso lhe dizer ao certo se vai voltar pro blog, espero que sim, ela faz falta por aqui. A Ana, também não sei se volta. Falta tempo e tudo mais. Espero que volte, ela também faz uma falta homérica neste blog. Não posso garantir parcerias. Posso garantir que estou cheio de ideias, mas não sei se tais vão tornar-se realidade. Quero convidar algumas pessoas de cacife para parcerias, e você, claro, não vai se decepcionar se tais pessoas aceitarem o convite.

Em agosto o blog completa um ano de vida. Meu Deus! Parece que já faz cinco anos que criamos este blog. Quanta coisa aconteceu aqui e nas nossas vidas. Estou cheio de ideias para tal data. Quero mudanças. Não quero ficar nas velhas promessas. Quero voltar para ficar, não para visitar. O Pipoca Net não é um típico blog de fim de ano, daqueles que só funcionam de outubro a fevereiro, mais ou menos. O "Pipoca" tem que sobreviver. Sei que os números ultimamente têm sido vergonhosos, mas temos que continuar.

Todas as boas ideias (ou as que deram certo) permanecerão. Irei continuar com os Melhores Momentos da Década, com as críticas, tentarei voltar com a coluna, continuarei com as prometidas Maratonas, vamos fazer a segunda edição do Pipoca de Ouro no fim do ano, e mudaremos. Faremos mudanças.

Resta esperar. Vamos ver o que acontece nos próximos dias, e nunca, nunca deixe de passar por aqui.

Abraços!
Matheus Pereira







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