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TOP 10 - Os Melhores de 2010

TOP 10
Os Melhores do Ano


Por Matheus Pereira

Em primeiro lugar quero agradecer a todos que acompanham o blog e desejo e todos um próspero 2011. Que os sonhos de cada um se realizem. As promessas e planos para o blog são os melhores!

Considero 2010 um ano excelente para o Cinema. Talvez ouso em dizer que 2010 se mostrou muito melhor que 2009 (que também fora um bom ano). Foi extremamente difícil compilar uma lista com os melhores do ano. Depois de muita dor de cabeça, escolhi os dez melhores filmes lançados nos cinemas brasileiros no ano que se finda.

Antes de partir para a lista, um aviso: não estranhe a falta de A Rede Social na lista, é que ainda não assisti o longa de David Fincher. Mas eu não queria perder o último dia do ano e tive que divulgar a lista. Então, quando assistir A Rede Social e considerá-lo merecedor de uma vaga no TOP 10 eu refaço a lista e posto novamente aqui no blog.

Vamos à lista:

10 – Scott Pilgrim Contra o Mundo

Scott Pilgrim Contra o Mundo é, sem dúvida alguma, o filme nerd do ano. Impossível não se apaixonar pela história simples, mas muito bem contada, do último filme de Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto e Chumbo Grosso, ambos excelentes, principalmente o primeiro). Adaptado da HQ de mesmo nome, Scott Pilgrim Contra o Mundo conta a história do rapaz que dá nome ao filme. Um nerd, que toca baixo em uma banda, namora uma colegial (ela tem dezessete; ele, vinte e oito, o que ocasiona indignação nos amigos), mas nunca sequer ficaram de mãos dadas. De repente, Pilgrim se apaixona pela “diferente” Ramona. A garota, cujo cabelo muda de cor toda a semana, alerta o jovem e aparentemente frágil Pilgrim, que se ele quiser seguir o relacionamento à diante, deverá lutar com seus sete ex-namorados malignos. O que vem a seguir são um show de cores, sons e referências ao mundo pop. Detalhes e passagens que só quem viveu e vive nesse meio vai reconhecer. Scott Pilgrim é original e pop. Delicioso de se assistir, Scott Pilgrim é uma divertida história muito bem contada.

09 – Enterrado Vivo

Enterrado Vivo é um filme poderoso. Forte, sufocante. É Cinema de verdade. É feito com as entranhas e para ser visto com estas. Como o próprio diretor Rodrigo Cortés diz, é feito para ser sentido. Com a carne, com a alma. Não é um filme para ser apenas assistido. É o típico filme em sofremos junto com o personagem; que vibramos; que achamos que é verdade. Enterrado Vivo passa mais de noventa minutos dentro de uma caixa. Durante todo o tempo só vemos Ryan Reynolds (numa atuação surpreendente e condizente à obra: visceral, poderosa) telefonando e atravessando a linha que separa a razão da loucura, que inicia o insuportável, que vai ao limite do que é ser humano. Confesso que poucas vezes assisti a um filme tão intenso, tão tenso, tão sufocante. O aviso no cartaz: “Não respire” não é mero marketing, é o mais literal e verdadeiro dos slogans. Rodrigo Cortés concebeu sem dúvidas uma das melhores direções do ano. Seus planos e quadros são perfeitos e aliado a uma montagem excepcional Cortés faz um trabalho notável. O final é o mais tenso e angustiante do ano. As últimas palavras são desesperadoras e a cena final, a derradeira, é daquelas que fica na memória e de lá não sai.

08 – Atração Perigosa

Muito se falou em 2010 que Bem Affleck sempre foi um ator limitado. Não culpo. Com todo o jeito de canastra, Affleck só teve no currículo atuações medianas em obras duvidosas. Armageddon? O filme era do/com Bruce Willis. Pearl Harbor (sim, eu gosto deste filme)? O filme é legal, mas a atuação dele é patética. Enfim, a atuação nunca foi o campo de Affleck. Tinha feito um trabalho correto em Gênio Indomável, mas nada que justificasse os fiascos posteriores. Ele já até ganhou um Oscar, vejam só! Como roteirista, não como ator. Affleck, então, depois de levar muito na cabeça (mas se sair muito bem como protagonista em Hollywoodland), decidiu aventurar-se na direção. Dirigiu Medo da Verdade, suspense elogiado que mostrou que Affleck realmente deveria ficar em qualquer lado da câmera, menos na frente dela. Em 2010 (depois de ter uma boa atuação em Intrigas de Estado) Affleck lança Atração Perigosa, fita de ação/suspense/thriller e tudo mais. Cotado para uma indicação ao Oscar de Melhor Filme, a última obra de Affleck na cadeira de diretor lhe garantiu respeito. Os constantes erros na época de canastrão ficaram um pouco ofuscados (mas não apagados, afinal, como esquecer Demolidor ou aquele filme com a Jennifer Lopes? Contrato de Risco era o nome, não?) e os caminhos ficaram mais claros. Affleck mereceu todos os elogios e merece ver sua obra indicada ao Oscar. Atração Perigosa é uma fita forte, divertida e esperta.

07 – Um Homem Sério

Não é surpresa que os irmãos Coen apareçam em toda lista de “melhores do ano” e em todas as premiações. Imãs para aplausos do público e louros da crítica, os irmãos lançam obras espetaculares a todo o momento, uma atrás do outra. Depois do pouco superestimado Onde os Fracos Não Têm Vez, os Joel e Ethan lançaram o ótimo Queime Depois de Ler, mas a conquista – ao menos do meu respeito definitivo – veio com o subestimado Um Homem Sério. Obra menos ousada na filmografia dos irmãos, Um Homem Sério conta a história de um professor de física que busca explicações para sua vida nos lugares mais incomuns, e as respostas que acha são das mais estranhas. Subordinado até mesmo por um aluno, o professor judeu (interpretado por Mark Stuhlbarg, numa das melhores atuações do ano) leva uma vida nada agradável e a galeria de personagens e acontecimentos estranhos, característica dos irmãos, passa por nossos olhos deixando-nos com uma boa sensação. Apesar de não levar a caminhos fáceis ou mais leves, a sensação após o término de Um Homem Sério é de profunda satisfação, afinal, acabara de assistir uma obra notável.

06 – A Fita Branca

É muito mais fácil criticar negativamente A Fita Branca do que positivamente. É fácil falar que é um filme chato, apelativo e inconclusivo. Mas dizer isso é pura heresia. A Fita Branca pode não ter conclusão “palpável”, mas isso nunca é um defeito, e mais, A Fita Branca não é chato (!). Apesar das longas sequências de silêncio em que o diretor faz o espectador contemplar o vazio ou a escuridão, a obra de Michael Haneke nunca se torna monótona (e atenção: a fita tem 142 minutos!). Haneke não poupa o espectador de situações onde palavras não existem para descrevê-las (a cena em que o filho mais novo flagra – mesmo sem entender ao certo a situação – o pai molestando a filha mais velha é chocante). Haneke mostra suas personagens sendo humilhadas sem dó, sem poupar ninguém. Vemos um homem mutilar a mulher que o ama com palavras, um pai que se parece mais com um ditador entre outros. O cineasta tenta explicar até mesmo as causas da guerra analisando a pequena aldeia alemã. Ali está o que poderia retratar com exatidão – ou não – o que aconteceu com o país anos depois. Ali, naquela aldeia, estava uma geração humilhada, estuprada pela geração anterior. A Fita Branca pode ser considerado um retrato pequeno, um pequeno exemplo de algo maior. Não tenta explicar, amenizar ou glorificar os acontecimentos. Apenas mostra o que deve e deixa que o espectador tire suas próprias conclusões. A verdade nunca é dada, nós devemos decidir quem é culpado ou não, e aqui, nesta obra, naquela aldeia, qualquer um poderia ser o vilão. Das crianças aos adultos. Ninguém fica de fora, todos são suspeitos. A Fita Branca é profundo; é o tipo de história que só o cinema pode contar, e só alguém pessimista como Michael Haneke poderia mostrar. O preto e branco dá o tom de uma vida amarga, sem cor. Uma vida de dor, morte e erros quase desumanos.

05 – Um Olhar do Paraíso

Sempre é muito triste quando vemos um filme que gostamos ser massacrado pela crítica e não ter a devida atenção do público (Scott Pilgrim Contra o Mundo – que também faz parte dessa lista –, por exemplo, foi bem recebido pela crítica, mas o público simplesmente o ignorou). Um Olhar do Paraíso, de Peter Jackson, recebeu as mais radicais críticas e foi completamente esquecido em premiações (com exceção de Stanley Tucci que teve merecidamente, sua atuação indicada a alguns prêmios). Triste, mas ao mesmo tempo belo, Um Olhar do Paraíso conta a história de Susie Salmon, adolescente que é violentada e morta pelo vizinho (interpretado por Tucci). A partir daí, vemos Susie em um lugar que antecede o céu (ou paraíso), e é deste lugar que Susie acompanha a vida de sua família e de seu algoz. A obra é belíssima (Jackson “pinta” quadros magníficos) e o roteiro (bastante criticado pelo mundo afora) cuida bem de seus personagens. Tucci está simplesmente perfeito no papel do assassino e Saoirse Ronan mostra mais uma vez o seu talento. Um Olhar do Paraíso talvez seja o filme mais injustiçado do ano.

04 – Ilha do Medo

A parceria entre Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio até agora rendeu bons frutos. Gangues de Nova York é um excelente drama de época, O Aviador também é um drama de época, mas não é excelente (é bom, claro, mas um tanto chato). Os Infiltrados é um ótimo suspense policial bem no estilo do cineasta. Mas a melhor pareceria até agora é a mais recente: Ilha do Medo. Baseado no livro de Dennis Lehane, o filme conta a história de um policial que não tem nada a perder e vaia até uma ilha isolada do mundo, onde loucos são feito prisioneiros devido a crimes cometidos. O clima tenso do filme é envolvente e apesar do mistério poder ser resolvido bem antes do término da projeção, o que vale é o desenrolar da história e o desenvolvimento dos personagens. DiCaprio, em seu melhor ano, tem nas mãos um personagem complicado, complexo. Mark Ruffalo mais uma vez comprova o seu subestimado talento. Scorsese concebe um filme belo, com belos quadros, composições. O roteiro de engana em vários detalhes e o final é ambíguo. Tire a conclusão que quiser, interprete da maneira que mais lhe for conveniente, mas de uma coisa pode-se ter certeza: Ilha do Medo é uma obra forte e profunda.

03 – O Segredo dos Seus Olhos

O cinema argentino vem mostrando sua força nos últimos meses, e diferente do cinema brasileiro (que lança obras de gosto duvidoso apenas para ganhar dinheiro), o cinema dos “hermanos” é sério, trás assuntos polêmicos e histórias profundas e ousadas. O melhor exemplo é o grande O Segredo dos Seus Olhos, de Juan José Campanella. É difícil escrever uma sinopse para O Segredo dos Seus Olhos, pois a obra fala de muitas coisas, entre elas, amor e tempo. Posso dizer que Benjamin Espósito (Ricardo Darín) é um homem que trabalhou no Tribunal Penal e agora está aposentado. Com tempo livre, Espósito resolve escrever um livro sobre a investigação de um violento assassinato que ocorrera em 1974. Só que a história não é apenas sobre o assassinato, mas todos os acontecimentos que se seguiram durante e após as investigações. Foi nesse período que Espósito estreita seu relacionamento com Irene (Soledad Villamil) e muitos segredos vêm à tona. Mistura equilibrada entre romance, policial, suspense e drama, O Segredo dos Seus Olhos é emocionante e inesquecível. Além de tudo, o já famoso plano-sequência é um dos melhores dos últimos anos.

02 – Toy Story 3

É difícil dizer o melhor filme da Pixar. Mais difícil ainda é escrever algum texto sobre qualquer filme da produtora. Não há o que se possa escrever que já não tenha sido dito. Os herois estão de volta. Agora, Andy, o dono dos bonecos, cresceu e vai para a universidade. Os brinquedos, é claro, ficam loucos, desesperados com a notícia, afinal, seu “dono” já não brinca mais com eles e agora, indo embora, qualquer fiapo de esperança caiu por terra. Os brinquedos então devem ir para o sótão; porém, por acidente, os brinquedos são levados para fora, como lixo. Daí eles “caem” na caixa de doações e vão para a creche Sunnyside. Lá conhecem vários outros brinquedos, entre eles, Lotso, o ursinho com cheiro de morango. Lotso é o líder dos bonecos da creche e aos poucos vai mostrando sua verdadeira identidade. Personagem profundo (espanta um ser digital passar tanta verdade e ser tão profundo), Lotso já fora um bom brinquedo, mas depois de ser esquecido (tema principal da obra) fica de mal com a vida e com o mundo e se revela um assustador vilão. Os brinquedos então armam um engenhoso plano de fuga e assim a aventura fica cada segundo mais emocionante. Emoção, por sinal, é extremamente recorrente em Toy Story 3 (as cenas finais são de cortar o coração). Emoção em todos os sentidos, de todos os modos. Triste mesmo é saber que não veremos nossos amigos novamente em um longa metragem. É confirmado um curta-metragem que antecede a sequência de Carros, assim poderemos matar a saudade por menos de dez minutos.

01 – A Origem

Falar sobre o melhor filme do ano sempre é mais difícil. Requer palavras e adjetivos que ainda não foram usados. Mas no caso de A Origem não há o que falar. O mundo já falou tudo. Christopher Nolan ultrapassou as barreiras do Cinema, do inimaginável, do impossível. Amnésia, O Grande Truque e até mesmo O Cavaleiro das Trevas (filmes inteligentes e ousados) foram apenas um ensaio para a perfeição, para a obra-prima de Nolan, para a obra-prima do Cinema mundial.

***


Eles quase entraram na lista:

11 - Kick-Ass
12 - A Estrada
13 - Direito de Amar
14 - O Escritor Fantasma
15 - Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1

***
Confira aqui o TOP 10 de 2009:
http://pipocanet.blogspot.com/2009/12/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html

Matheus Pereira

2º Pipoca de Ouro - Enquetes

2º Pipoca de Ouro
Enquetes

Enquetes!

Os links para cada enquete de cada categoria estão abaixo:

Melhor Filme:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292769031&pid=1536963532

Melhor Direção:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292768880&pid=53870212

Melhor Ator:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292768798&pid=513596188

Melhor Atriz:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292768675&pid=1912994724

Melhor Ator Coadjuvante:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292768595&pid=2009416924

Melhor Atriz Coadjuvante:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292768507&pid=1152311580


Melhor Roteiro Original:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292768425&pid=190029844

Melhor Roteiro Adaptado:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292768268&pid=1157307380

Melhor Edição:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292768040&pid=2126050852

Melhor Animação:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292767965&pid=976910732

Melhor Fotografia:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollVote?cmm=92382958&pct=1292767866&pid=1474073428


Melhor Direção de Arte:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollResults?cmm=92382958&pid=1224519804&pct=1292767424

Melhor Figurino:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollResults?cmm=92382958&pid=1389040548&pct=1292767134

Melhor Trilha Sonora:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollResults?cmm=92382958&pid=1316327524&pct=1292766869

Melhor Efeitos Especiais:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollResults?cmm=92382958&pid=1175902636&pct=1292766710


Melhor Cena:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollResults?cmm=92382958&pid=2056388068&pct=1292766611

Melhor Vilão:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollResults?cmm=92382958&pid=345814316&pct=1292766339

Melhor Personagem:

http://www.orkut.com.br/Main#CommPollResults?cmm=92382958&pid=2044605844&pct=1292766119



Os links te levam diretamente para as enquetes criadas na comunidade da revista PREVIEW. Não é preciso ser membro da comunidade para votar. Sejam todos bem vindos e votem!

2º Pipoca de Ouro - Indicados

2º Pipoca de Ouro
Indicados


Melhor Filme
A Rede Social
A Origem
Ilha do Medo
Toy Story 3
Atração Perigosa
Tropa de Elite 2
Amor Sem Escalas

Melhor Direção

David Fincher por A Rede Social
Christopher Nolan por A Origem
Martin Scorsese por Ilha do Medo
José Padilha por Tropa de Elite 2
Peter Jackson por Um Olhar do Paraíso

Melhor Ator

Jesse Eisenberg por A Rede Social
Colin Firth por Direito de Amar
Leonardo DiCaprio por Ilha do Medo
George Clooney por Amor Sem Escalas
Wagner Moura por Tropa de Elite 2

Melhor Atriz

Sandra Bullock por Um Sonho Possível
Gabourey Sidibe por Preciosa
Carey Mulligan por Educação
Annette Bening por Minhas Mães e Meu Pai
Meryl Streep por Simplesmente Complicado

Melhor Ator Coadjuvante

Andrew Garfield por A Rede Social
Matt Damon por Invictus
Stanley Tucci por Um Olhar do Paraíso
Jeremy Renner por Atração Perigosa
Mark Ruffalo por Minhas Mães e Meu Pai

Melhor Atriz Coadjuvante

Mo'Nique por Preciosa
Marion Cotillard por A Origem
Vera Farmiga por Amor Sem Escalas
Juliane Moore por Direito de Amar
Rebecca Hall por Atração Perigosa

Melhor Roteiro Original

A Origem
Minhas Mães e Meu Pai
Simplesmente Complicado
O Mensageiro
Um Homem Sério

Melhor Roteiro Adaptado

A Rede Social
Toy Story 3
Ilha do Medo
Atração Perigosa
Direito de Amar

Melhor Edição

A Rede Social
A Origem
Tropa de Elite 2
Ilha do Medo
Atração Perigosa

Melhor Animação

Toy Story 3
Como Treinar o Seu Dragão
Megamente
Ponyo
A Lenda dos Guardiões

Melhor Fotografia

A Rede Social
A Origem
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Ilha do Medo
Um Olhar do Paraíso

Melhor Direção de Arte

A Origem
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Ilha do Medo
Direito de Amar

Melhor Figurino

Nine
Sherlock Holmes
O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus
Alice no País das Maravilhas
Ilha do Medo

Melhor Trilha Sonora

A Rede Social
A Origem
Harry Potter e as Rellíquias da Morte - Parte 1
Direito de Amar
Atração Perigosa

Melhores Efeitos Especiais

A Origem
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte
Homem de Ferro 2
Scott Pilgrim Contra o Mundo

Melhor Cena

Paris se dobra - A Origem
Os brinquedos dão as mãos - Toy Story 3
A Morte de Dobby - Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Abertura - A Rede Social
Luta sem gravidade - A Origem

Melhor Vilão

Chicote Negro - Homem de Ferro 2
Lotso - Toy Story 3
Lord Voldemort - Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Rainha de Copas - Alice no País das Maravilhas
Major Rocha - Tropa de Elite 2

Melhor Casal

Steven Russel e Philip Morris - O Golpista do Ano
Barney Ross e Lee Christmas - Os Mercenários
Dom Cobb e Mal - A Origem
Jack Adler e Jane - Simplismente Complicado
Scott Pilgrim e Ramona - Scott Pilgrim Contra o Mundo

Melhor Personagem

Tedd Daniels - Ilha do Medo
Harry Potter - Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Scott Pilgrim - Scott Pilgrim Contra o Mundo
Mark Zuckerberg - A Rede Social
Capitão Nascimento - Tropa de Elite 2

Trailer - Thor

Foi divulgado o trailer de Thor. E o material é excelente!

Confesso que não levava muita fé na produção, mas depois do trailer parece que Thor é, ao menos, uma diversão de primeira.

2º Pipoca de Ouro

2º Pipoca de Ouro

Em 2009 surgia uma nova "premiação": o Pipoca de Ouro. Uma brincadeira que nós do Pipoca Net organizamos para todos que acompanham o blog escolherem os melhores do ano. Um "prêmio" nosso, com os nossos indicados e com nossos próprios vencedores. Nada de outros escolherem os vencedores por nós.

Há quase um ano, os indicados foram lançados. Sete indicados a Melhor Filme e cinco nas demais categorias. O vencedor daquele ano foi Avatar. A superprodução levou oito prêmios incluindo Melhor Filme e Melhor Direção. Guerra ao Terror, o vencedor do Oscar, não levou nenhum prêmio e Bastardos Inglórios (que tinha - e tem - fãs fervorosos) levou os prêmios de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Roteiro Original. Uma das maiores críticas ao Pipoca de Ouro, por sinal, foi a exclusão de Quentin Tarantino na categoria de Melhor Direção.

Devido ao "sucesso" que o Pipoca de Ouro fez em 2009, nós do Pipoca Net vamos organizar novamente o prêmio. Só que a segunda edição do Pipoca de Ouro trás algumas mudanças.

A categoria de Melhor Filme segue com sete indicados e as demais com cinco, porém, as categorias de Melhor Som e Melhor Maquiagem foram limadas e outras quatro categorias foram inseridas: Melhor Cena, Melhor Vilão, Melhor Casal e Melhor Personagem. Essas categorias foram inseridas para deixar a premiação menos séria, mas descontraída e, logo, com menos cara de Oscar.

Outra mudança, que anunciamos com orgulho é a parceria com Reinaldo Glioche do blog Claquete Cultural. Ele irá nos ajudar na organização e na escolha dos indicados.

Os indicados do 2º Pipoca de Ouro serão divulgados no próximo domingo, dia 19/12; e os vencedores no domingo, dia 09/01.

Então, não perca. A partir do próximo domingo escolha os melhores de 2010 aqui no blog - através dos comentários - ou através das enquetes que serão criadas na comunidade da Revista PREVIEW e linkadas aqui.

A seguir um resumo de como funcionará o Pipoca de Ouro:

1º - Os indicados são escolhidos através de uma votação entre os membros do blog. Nessa avaliação, são analisados não apenas o gosto pessoal por cada filme, mas também, a recepção que o filme teve de público e crítica. Nós escolhemos os indicados e vocês votam nos melhores.

2º - Os votantes são vocês, leitores e admiradores. São sete indicados na categoria de Melhor Filme, e cinco indicados nas demais categorias. Vocês poderão votar aqui mesmo no blog ou na comunidade no orkut da Revista Preview - Oficial através das enquetes intituladas "Pipoca de Ouro - Melhor____" ou através de comentários aqui no blog, identificando-se ou no tópico da premiação a ser criado ainda essa semana. No tópico exclusivo da premiação vocês poderão comentar sobre a premiação e votar, postando a lista completa dos votos.

3º - Os indicados serão revelados domingo, dia 19 de dezembro de 2010, e os vencedores domingo, dia 09 de janeiro de 2011. Neste período vocês poderão votar e comentar.

4º - Poderá votar apenas uma vez.

5º - Nós do blog votaremos depois, somos quatro e nossos votos valem por dois, não porque somos mais importantes ou por sermos os organizadores do prêmio, é porque só assim os empates desaparecerão, pois se dois filmes estiverem empatados, com nossos votos acontecerão os desempates.

6º - Justiça acima de tudo: nós faremos a contagem de votos, revelaremos os vencedores e horas depois postaremos o nº de votos para que vocês confiram se tudo está de acordo com as enquetes e comentários.

7º - Votem e comentem, é essencial.

8º - Participem, mas se respeitem.

9º - Qualquer reclamação ou opinião, entre em contato através de comentários nos posts relacionados à premiação.

10º - Votem, não custa nada, é rápido e fácil.


Contamos com todos vocês.

Equipe Pipoca Net

Especial - David Fincher

___Especial___
David Fincher


O Gênio de uma nova geração

David Leo Fincher é cria dos videoclipes. Sua ascensão começou aí e seus amigos mais influentes o conheceram aí. Tendo tanta gente famosa a sua volta e dirigindo tantos clipes de boa qualidade e bem famosos, era questão de tempo até ele migrar para o cinema. Dentre os astros e estrelas que trabalhou na época dos clipes, estão: Michael Jackson, Rolling Stones, Aerosmith e Madonna. Talento com pitadas de sorte e pesadas doses de perfeccionismo catapultaram Fincher para a tela grande.

David Fincher nasceu em Denver, Colorado, EUA, em 1962. Alguns dizem que Fincher era amigo íntimo da câmera desde os oito anos de idade, e já fazia pequenos filmes. Alguns dizem, também, que a vida de Fincher mudou quando, em 1980, ele assistiu O Império Contra-Ataca, de George Lucas. Foi depois dessa experiência que Fincher decidiu o que queria fazer e, de certa forma, escolheu o seu estilo. Começou a trabalhar numa empresa de animação, e com 18 aninhos foi para a Industrial Light and Magic - ILM, de George Lucas, onde ficou vários anos. Foi nesse período que Fincher pode trabalhar em nada menos que O Retorno de Jedi e Indiana Jones e o Templo da Perdição. Depois, saiu da ILM e fez publicidade. Fez comerciais e os já citados clipes. Alguns deles estão entre os 100 melhores clipes do século.

Então Fincher vai para o cinema, e sua primeira experiência é com Alien 3 (1992). Deve ser de conhecimento geral, que o cineasta passou maus bocados na produção deste filme. Os maiores problemas foram entre Fincher e a 20th Century Fox, para fechar o pacote, o longa foi bastante criticado e o público não aprovou.

Com o resultado, Fincher recuou para a publicidade e para os clipes.


Foi então, no ano de 1995, que a sorte sorriu para Fincher. Com base no argumento de Andrew Kevin Walker, Fincher fez Seven, com Brad Pitt e Morgan Freeman. O filme foi um sucesso de público e crítica, e é referência no gênero até hoje. Em 1997 David Fincher lançou Vidas em Jogo com Michael Douglas, filme que não fez o sucesso que Seven fizera, mas manteve a boa imagem do diretor.

Em 1999 veio a obra máxima. Clube da Luta, a obra-prima, chegou aos cinemas gerando muitas controvérsias e não foi um sucesso de bilheteria, porém, o filme foi um sucesso absoluto em VHS e DVD. Como toda obra-prima, o filme recebeu algumas críticas negativas em seu lançamento, mas com o passar dos anos foi ganhando o status merecido, hoje Clube da Luta é referência não só do gênero, mas do cinema moderno, e está em oito de dez listas dos melhores filmes do século. Hoje, no site Rotten Tomatoes, Clube da Luta tem 81% de aceitação da crítica, uma média de 7,3/10 e 95% de audiência. Números altos no parâmetro do site.

Em 2002, Fincher preferiu algo "menor", menos polêmico. Com Jodie Foster o cineasta lança O Quarto do Pânico, suspense inteligente e claustrofóbico. Fincher mantém seus vícios técnicos e agrada o público e a crítica, ainda que mais contido. 2006 foi o ano de Zodíaco. Suspense que conta a história do serial-killer Zodíaco. Fincher foi ousado ou fazer um filme sem um final "certinho". Não é dúvida pra ninguém que o assassino nunca foi pego. Mas o que vale aqui é o desenrolar da história, e não o seu fim. Mais uma vez, o cineasta foi injustamente esquecido pela Academia.

Em 2008, David chega ao ápice da ousadia. O Curioso Caso de Benjamin Button era tido como "infilmável", mas Fincher conseguiu a proeza de filmar e acima de tudo, lançar um excelente filme. Aqui o perfeccionismo do diretor fica ainda mais evidente. Dizem que o cineasta fazia com que sua equipe trabalhasse horas a fio até conseguir a perfeição. Se alguém dissesse que alguma coisa não era possível, ele mandava a pessoa tentar mais uma vez. O resultado é o que se vê na tela. Um filme tecnicamente perfeito.

Em dezembro, David Fincher lança "A Rede Social", filme sobre a história do Facebock que já é um sucesso e pode dar, finalmente, a estatueta dourada para um dos melhores (se não o melhor) diretor de sua geração.

Os Filmes de David Fincher

Alien 3

David Fincher faz a estreia como diretor nos cinemas com a terceira parte da série Alien. O clipeiro e publicitário faz um filme burocrático sob as rédeas curtas da Fox puxando seu cabresto. O resultado foi um filme de ação sem ação, que se sustenta pelo nome da franquia e carisma de Sigourney Weaver, novamente, no papel da tenente Ellen Ripley. O roteiro requenta os ápices dos filmes anteriores e temos uma obra sem muito brilho. A nave de Ripley sofre uma pane e cai num planeta-prisão, o acidente na realidade foi causado por um alien infiltrado. Ela se une a população local, incluindo ex-criminosos que praticam estranhos cultos religiosos para tentar acabar com o alien. Entretanto, o invasor alienígena não é o único vilão e todos correm contra o tempo para salvar suas vidas. Com essa história picareta é considerado o mais fraco da série e a estreia de Fincher como diretor de cinema não é das melhores, fez um filme onde tudo é pretexto apenas para mortes e mais mortes e nada mais diverte ou empolga em mais de duas horas de projeção. O filme de 1992 teve indicação ao Oscar de efeitos visuais.

Seven

Depois de ter sérios problemas no set de Alien 3 e perder um pouco da esperança no cinema, David Fincher recebeu o argumento de Andrew Kevin Walker. A história de um serial-killer que assassinava pessoas que cometiam um dos sete pecados capitais parecia simples, mas os detalhes foram aparecendo e Seven se tornou muito mais que um simples filme sobre um assassino. Havia toda uma questão metafórica por trás das mortes, toda uma ideia, um esquema que tornava o caso interessantíssimo para o espectador e enlouquecedor para os policias David Mills (Brad Pitt) e William "Smiley" Somerset (Morgan Freeman). Fincher, conhecido pelos vícios técnicos e perfeccionismo, já deixava suas marcas e mostrava seu estilo. É incrível o que Fincher pôde fazer com um orçamento baixo. Além de ter um roteiro excelente, o filme é muito bem feito; um exemplo disso são os famosos créditos iniciais e a violência gráfica. Brad Pitt (que parecia não estar afetado pela fama total) concebem um personagem forte, mas frágil. Jovem e imaturo, seu personagem passara cinco anos na divisão de homicídios, e um caso como o retratado no filme talvez não fosse o ideal. Morgan Freeman concebe um personagem cheio de nuances; maduro, inteligente e, acima de tudo, experiente, "Smiley" completa Mills, assim como Freeman completa Pitt e vice versa. A participação de Kevin Spacey no final é excepcional e o desfecho perturba. Depois de Seven os filmes do gênero mudaram, todos queriam ser iguais ou superá-lo.

Vidas em Jogo

O terceiro longa-metragem de Fincher reúne Michael Douglas e Sean Penn, como Nicholas e Conrad Van Orton, respectivamente. Nicholas acorda estranho, é seu aniversário de 48 anos, mesma idade em que o pai se suicidou. O milionário recebe um presente do irmão Conrad: um vale-diversão de uma empresa chamada Serviço de Recreação ao Consumidor. O jogo começa. E parece que o objetivo é matar Nicholas e acabar com sua fortuna. Fincher manipula um jogo de gato e rato com tremendo calculismo, que algumas cenas são emoção zero! Mas, com a qualidade dos atores principais, temos um filme competente e que empolga. Nicholas vai à polícia e descobre que a empresa nunca existiu, então segue a paranóia que qualquer um à sua volta é um assassino em potencial e tem que se virar sozinho para salvar a própria pele. O conjunto da obra leva a um resultado final satisfatório, mas aquém vindo de um cara que dois anos antes entregou Seven.


Clube da Luta

É incomensurável a importância de Clube da Luta. Tanto para o cinema quanto para a sociedade atual. Uma crítica incisiva a sociedade consumista de hoje. Um filme que veio na hora certa. 1999, ano em que o consumismo estava definitivamente começando a mostrar as garras, acabando com a identidade das pessoas (não é a toa que um dos temas de Clube da Luta é a identidade trocada e confusa). A tela do cinema virou um espelho. Um retrato fiel do que a sociedade e as pessoas estavam se tornando. O quadro pintado por David Fincher incomodou muita gente. Gerou polêmica. Fez pensar. Clube da Luta é tão bom, que o autor do livro que inspirou o filme confessou que a obra cinematográfica é melhor e mais inteligente que a sua. Clube da Luta é explosivo, é perfeito em todos os aspectos, tanto técnico (os efeitos especiais aliados a quadros e planos inventivos) quanto narrativo. Fincher prova que sabe fazer um filme bem feito e com cérebro, prova que os efeitos podem servir à história e não desmerecê-la. Muita gente acha que a importância de Clube da Luta foi uma causalidade, algo que ganhou força com o tempo, que nada foi pensado. Eu só digo uma coisa: não duvide da capacidade e da inteligência de David Fincher.

O Quarto do Pânico

Com elenco e cenários reduzidos, Fincher faz um filme claustrofóbico e angustiante em O Quarto do Pânico (nome de um cômodo de segurança máxima dentro de uma residência). Meg (Jodie Foster) e Sarah (Kristen Stewart) se mudam para um casarão, que é invadida por ladrões. Elas se escondem no "quarto do pânico", de onde monitoram toda a movimentação dos bandidos por meio de um circuito de televisão interna. Meg descobre que o objeto de procura dos ladrões está exatamente no quarto onde estão refugiadas e para complicar a situação: Sarah tem um problema de saúde e necessita de medicamentos que estão em outro cômodo, então a mãe tem que sair do quarto. Fincher se mostra um virtuoso no comando da câmera, intercalando movimentos rápidos e lentos, faz aumentar a cada quadro a sensação de aflição, suspense e medo. A história é boa e o time de atores segura as pontas, até a jovem Kristen Stewart se sai bem, mostrando talento que não se vê em outro filme recente dela que faz muito sucesso entre os adolescentes. E a abertura é cheia de estilo e apesar de tudo ser estático, já conseguimos compreender o ritmo do filme graças à trilha de Howard Shore.

Zodíaco

Como todo gênio, David Fincher gosta de entrar na mente das pessoas analisando a mente de outras. Faz parte de seus vícios investigar a natureza dos atos humanos e de suas escolhas. Se olhar com afinco, verá que todos os seus filmes trazem personagens bem estudados e estruturados. Até no menos ousado Quarto do Pânico os personagens recebiam um bom tratamento. Em Zodíaco Fincher mergulha na história do serial-killer conhecido como Zodíaco que matava suas vítimas e deixava enigmas, textos escritos através de códigos o que tornava tudo mais intrigante. Fincher não entra na mente do assassino e, sim, na mente dos investigadores. Sejam eles, profissionais ou curiosos, Fincher explora a mudança e o caos que o caso de Zodíaco causou na mente das pessoas relacionadas. A obsessão por respostas, a busca pela verdade e pela justiça moviam os personagens. Em Zodíaco tem espaço pra tudo: exercícios de estilo, roteiro afiado e atuações excelentes. É nítida a entrega dos atores. Jack Gyllenhaal prova, definitivamente, que não era apenas um sorriso e um rosto bonito, entregando um personagem falho, cheio de nuances. Robert Downey Jr. rouba a cena cada vez que aparece e Mark Ruffalo mais uma vez mostra seu subestimado talento. Talvez este seja o trabalho mais ousado, arriscado de David Fincher; afinal, como todos sabem, o assassino não é pego, o caso fica em aberto e o público pode sair com certa frustração. Bobagem, pois o que vale em Zodíaco - e no cinema de Fincher - o que vale é o desenvolvimento, o desenrolar da história e os acontecimentos que levam seus personagens aos mais diversos caminhos, e não o final. O final é apenas uma consequência.

O Curioso Caso de Benjamin Button

Podem chamar O Curioso Caso de Benjamin Button de melodramático, maniqueísta e tudo mais; afinal, a estranha história de Benjamin talvez não seja para qualquer um. A ideia do pobre bebê que nasce velho (sua saúde e sua aparência são de um heptagenário) e rejuvenesce com o passar do tempo pode soar absurda, e talvez seja. David Fincher usa e abusa dos seus vícios. Aqui, todos os exercícios de estilo são explorados. Mas Fincher é inteligente e usa seus devaneios a serviço da história. Os efeitos especiais perfeitos encantam. Fincher prova que sabe cuidar de tudo: roteiro, atores, cenários, efeitos, entre outros pontos fundamentais. O filme, que tem mais de cento e sessenta minutos de duração, só é chato para aqueles que não apreciam uma bela história de amor, uma fábula sobre o tempo. David, sempre ousado, falar sobre coisas perigosas: amor, tempo, vida e morte. Quatro constantes na vida de um ser humano. Todas com seu devido sentido, com seu devido questionamento e com sua devida resposta. Se pararmos e analisarmos, veremos que as quatro constantes estão ligadas, uma leva a outra das maneiras mais diferentes e emocionantes. Benjamin experimenta cada detalhe da vida, cada passagem do tempo e cada sensação do amor de uma maneira peculiar: de trás para frente. A vida cheia de surpresas, o amor improvável (como se relacionar com alguém sabendo que ela envelhece e você fica cada dia mais jovem, e pior, como criar um filho?), o tempo indelével e desordenado. Apenas uma coisa é igual para todos, a foz de todos os caminhos: a morte. Fincher aborda esses assuntos delicados com maestria e entrega um filme profundo, completo. Aquilo que eu chamo de obra-prima, de clássico.

A Rede Social

Um nerd sem tato social, para ele o contato físico é desnecessário, fala como tudo fosse um conjunto de combinações binárias e códigos digitais, assim é Mark Zuckerberg apresentado no início do filme, um garoto escondido por trás de sua inteligência, timidez e arrogância. Tudo que ele queria é ser descolado e reconhecido dentro da "estratificação social" dos clubes de estudantes de Harvard. Assim, leva essa disputa para seu domínio: a internet! Primeiro mostra toda sua sutileza ao debochar da ex no blog pessoal e depois cria uma disputa das garotas mais bonitas da universidade via internet. Então, com ajuda financeira e matemática do amigo Eduardo Saverin e "roubando" a ideia de um trio de mauricinhos populares do local, cria um site que em pouco tempo se torna um fenômeno: o Facebook. A história é narrada com flashbacks e flashfowards entre a vida na universidade, a criação do site e os dois processos no qual Mark está envolvido. Um do trio descolado por roubarem a ideia do site e outra de Eduardo, o melhor amigo traído. A falta de personalidade de Mark vem à tona quando ele conhecer Sean Parker, um dos fundadores do Napster e fica obcecado pelo ídolo. Justin Timberlake fica bem à vontade no papel. Mas é no confronto de caráter e emoções de Mark (Jesse Eisenberg, o nerd perfeito e anti-social) e Eduardo (Andrew Garfield, o novo Homem-Aranha fazendo o brasileiro sonhador) que temos um show de interpretação da nova geração de atores de Hollywood. A cena da prova de remo era pra ser tudo aquilo que sempre nos acostumamos de Fincher: plasticidade, beleza e só, mas ao final temos um dos momentos cruciais da trama e de forma natural e explosiva. Um filme que marca uma geração e se coloca entre os melhores da década, mostrando toda a grandeza deste excepcional diretor.
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Textos:

Matheus Pereira: O Gênio de uma nova geração, Seven, Clube da Luta, Zodíaco e O Curioso Caso de Benjamin Button.

Fernando Fonseca: Alien 3, Vidas em Jogo, O Quarto do Pânico e A Rede Social.

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