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TOP 10
Os Melhores Filmes do Ano

10 - Dois Dias, Uma Noite


O naturalismo dos irmãos Dardenne está impresso em cada frame de Dois Dias, Uma Noite, um daqueles dramas com trama simples, mas que escondem um mundo de emoções e significados sob a superfície. Na história, acompanhamos Sandra, uma mulher que, afastada do trabalho por uma forte depressão, descobre que foi trocada pelos colegas por um bônus salarial. A escolha era simples: cada trabalhador deveria escolher entre manter Sandra na empresa ou demiti-la e receber o dinheiro. Ao descobrir quem votou contra ela, Sandra parte em uma odisseia particular durante dois dias e uma noite tentando mudar a opinião e o voto daqueles que optaram pelo dinheiro ao invés da colega. Marion Cotillard, uma das melhores atrizes da atualidade, mais uma vez entrega uma atuação irrepreensível, entregando-se ao complexo personagem criado pelos Dardenne que, na parte que lhes toca, faz o espectador pensar e colocar-se no lugar de cada pessoa vista nesta belíssima obra.

9 - Star Wars - Episódio VII: O Despertar da Força


O sétimo capítulo da saga Star Wars é uma espécie de irmão gêmeo de Uma Nova Esperança, quarto episódio da franquia. Os reflexos são evidentes; as rimas, as homenagens. O Despertar da Força olha em frente, mas respeita o passado em cada segundo, algo que os episódios I, II e III não faziam. George Lucas errou ao tentar atualizar a saga e conquistar novos seguidores a todo custo. O novo exemplar, comandado por J.J. Abrams consegue o que todo reboot sonha e poucos conseguem: agradar os velhos fãs e angariar novos. No quadro geral, o diretor e seus roteiristas se dão bem ao não se render à seriedade excessiva nem ao humor rasteiro. Assim, Despertar acaba sendo uma curiosa mistura entre Esperança, Império e Retorno, o que comprova a paixão e o respeito saudosista de todos os envolvidos. Se os próximos filmes seguirem esta linha, teremos uma trilogia para rivalizar com a clássica. 

8 - Corrente do Mal


Muitos teimam em dizer que o horror está morto. Que os bons sustos, o frio na espinha e a tensão sufocante ficaram para traz, em algum pontos dos anos 80. É uma afirmação vazia e tola, que ignora o desenvolvimento de um dos gêneros mais fascinantes do cinema. O horror/terror (há diferença entre os termos, veja o que Stephen King diz sobre isso) é um dos segmentos da Sétima Arte que mais mexem com nossos sentimentos, com nossas percepções. Um filme de horror bem feito pode chegar a pontos de nossa mente que poucos dramas se atrevem a ir. Assim, criticar o gênero é ignorar pequenas joias como A Bruxa de Blair, Martyrs ou os recentes Lake Mungo e The Den. Uma das maiores provas de que o gênero está vivo e vai bem é Corrente do Mal. Brilhantemente dirigido por David Robert Mitchell, a fita nos apresenta um novo tipo de ameaça; sem rosto, sem forma, a coisa apenas segue suas vítimas até alcançá-las. Além da direção, o longa chama atenção pela trilha sonora e pela direção de arte, competente ao não situar a história em nenhuma época específica. Corrente do Mal reverencia o passado, é verdade, mas prova que o presente é ótimo e o futuro promissor. 

7 - Divertida Mente


Depois de um tempo sem oferecer uma obra-prima (feito que se tornara recorrente por mais de uma década), a Pixar volta ao topo com um de seus filmes mais inventivos e emocionantes. Mestres na criação de mundos e personagens apaixonantes, os diretores e roteiristas da Pixar visitam, desta vez, a mente de uma garotinha e tentam descobrir como as emoções e sentimentos funcionam. E quanto digo diretores e roteiristas no plural, quero ressaltar, justamente, a notável criação conjunta que é Divertida Mente. Dando rostos, vozes e formas para sentimentos como Alegria, Tristeza e Raiva, Inside Out acaba sendo um exercício lúdico e absurdamente criativo sem, contudo, tratar seu público com desrespeito. Afinal, um dos maiores acertos da produtora é confiar em sua audiência e, melhor, saber que as crianças são mais inteligentes do que suponhamos. Assim, Divertida Mente não tem medo ao investir em piadas envolvendo arte abstrata e referências à Chinatown, de Roman Polanski. Além disso, ao visitar as mentes de adultos e até mesmo de animais, a Pixar prova, mais uma vez, que suas histórias são para todos, sem exceções. 

6 - Ponte dos Espiões


É sabido que existem dois diretores dentro de Steven Spielberg: o divertido e o sério. O primeiro é o mais conhecido e já nos brindou com obras como Tubarão, Indiana Jones, E.T. e os recentes Guerra dos Mundos e As Aventuras de Tintim. O segundo não possui tamanha abrangência, mas é igualmente talentoso; representando este seu lado, Munique talvez seja o melhor exemplo, ao lado de A Lista de Schindler, A Cor Púrpura e Império do Sol. Mas às vezes os dois cineastas se fundem e formam uma criatura diferente. E Spielberg se sai igualmente bem nessa mistura, como bem nos mostram filmes como Minority Report, O Resgate do Soldado Ryan e Inteligência Artificial. Todos são filmes que abordam assuntos sérios ou têm perfis sérios, mas que também apostam em grandiosas cenas de ação e aventura. O que nos traz a Ponte dos Espiões, longa-metragem localizado mais ou menos entre estes dois polos. Ao passo que revela seu discurso sério, regado à verborragia desenfreada, Spielberg também diverte com cenas bem humoradas e um ritmo envolvente. É como se Steven tivesse achado o jeito de ser adulto sem ser chato e autoindulgente. 

5 - Sicário


Denis Villeneuve é um dos diretores mais interessantes do cinema atual. Canadense que começou com filmes independentes e cáusticos, Villeneuve logo chamou atenção da indústria hollywoodiana. Sem se vender, porém, o diretor emendou filme atrás de filme. Sua primeira inclusão (e também seu melhor filme até hoje), Os Suspeitos, abriu as portas para especialidades ainda mais únicas como O Homem Duplicado. Agora, Villeneuve continua sua trajetória impecável com Sicário, suspense claustrofóbico que vem para consolidar ainda mais seu estilo. Sem perder a identidade, o cineasta continuou fazendo os filme que queria, sem apelar para o caminho mais comum tomado por estrangeiros que são seduzidos à meca do cinema hollywoodiano. Sicário representa muito bem o seu cinema: crítico, incisivo, poderoso, mas envolvente e, de certa forma, divertido. Sicário, aliás, é um dos filmes mais completos do ano. Além da direção irretocável, o longa-metragem ainda conta com uma fotografia belíssima do mestre Roger Deakins e uma trilha sonora fantástica de Jóhann Jóhannsson. Para completar, Emily Blunt é outro ótimo exemplo de que o cinema em 2015 foi mesmo das mulheres.

4 - O Ano Mais Violento


Tentar fazer previsões, ver além do que está claro agora, é um exercício fútil e muitas vezes se mostra equivocado. Ainda assim, acredito que O Ano Mais Violento será considerado um clássico em alguns anos. O maior elogio que posso dar ao filme é que ele me fez lembrar O Poderoso Chefão em diversos momentos. Não é uma cópia ou uma referência, mas sim a prova de que J.C. Chandor (outro que está entres os cineastas mais interessantes de hoje em dia) aprendeu com as melhores fontes. Da fotografia carregada em sépia às alegorias envolvendo os Estados Unidos e a violência, O Ano Mais Violento é daqueles que já nascem clássicos, assim como Sangue Negro e Onde os Fracos não Têm Vez. Cada frame parece no lugar certo, cada fala é bem empregada e cada ator parece dedicado a transformar a obra em algo inesquecível e relevante. De David Oyelowo em um papel pequeno, passando por Jessica Chastain em uma de suas melhores atuações e chegando a Oscar Isaac, o drama de Chandor exala elegância em cada quadro, em cada composição. Isaac, aliás, encarna Al Pacino e Michael Corleone e faz de seu Abel Morales um dos personagens mais fascinantes que o cinema entregou este ano.

3 - Mad Max: Estrada da Fúria


Mad Max: Estrada da Fúria
explica de forma bem clara os porquês do cinema ter sido inventado. O porquê da tela grande e do som elevado. Fury Road não se encaixa em nenhuma categoria criada até então; é um monstro totalmente novo. Ao sermos atropelados na sala de cinema pelo épico de George Miller, percebemos que não estamos testemunhando uma evolução de algo estabelecido, mas sim a criação de algo totalmente novo. Mad Max: Estrada da Fúria é pura energia cinematográfica, explodindo na tela, nos relembrando o poder das imagens. O roteiro é um fiapo, absurdamente simples. O que vale é o espetáculo bem orquestrado de Miller, com enormes sequências de ação intercaladas por atuações elogiáveis, com destaque para Charlize Theron, a verdadeira protagonista deste que será o filme do qual todos falarão quando lembrarem de 2015.

2 - Whiplash


É possível que alguém já tenha feito a referência, mas Whiplash é uma espécie de releitura de Nascido Para Matar em outro cenário e personagens. Não é preciso se esforçar, portanto, para relacionar Fletcher com o Sargento Hartman. Whiplash já mereceria qualquer menção apenas por seu clímax, um crescendo de imagem e som que ressalta a brilhante edição de Tom Cross. Miles Teller, umas das revelações mais promissoras, carrega bem a trama como protagonista, mas não há brilho que ofusque J.K. Simmons, um monstro (em vários sentidos) em cena. A qualidade de sua atuação é percebida quando finalmente entendemos que seu personagem é mais do que gritos e xingamentos; ao levantar questões importantes como educação, arte e a busca pela perfeição e pelo sucesso, Fletcher e, consequentemente, Whiplash, saem do terreno seguro para tentar a sorte em um discurso relevante. Como não há palavras mais danosas do que "bom trabalho", deixamos os elogios por aqui e apenas torcemos de Damien Chazelle comprove o talento visto aqui.

1 - Birdman


Quando elaboro estas listas ao fim de cada ano, sempre encontro dificuldades para escrever sobre o primeiro colocado. Sempre. Foi assim com A Origem, Django Livre, Boyhood, e outros filmes ao decorrer dos anos. Desta vez não é diferente. Os filmes, séries, livros e músicas favoritas geralmente significam muito para cada um de nós, e temos tanto a falar que, no fim, há pouco a ser dito de verdade. De todo modo, é possível afirmar que Birdman tem o melhor elenco do ano. Encabeçado por Michael Keaton, o grupo ainda conta com Edward Norton e Emma Stone em atuações inspiradas. Ainda assim, a dupla mais interessante é formada por Naomi Watts e Zach Galifianakis, surpreendente em um papel mais sério. Nada é mais elogiável, contudo, que a direção inspirada de Alejandro G. Iñárritu, cineasta de talento inquestionável que atingiu o ápice de sua carreira com uma obra engraçada, emocionante, pulsante e irretocável.

O Melhor da TV - 2015


O Melhor da TV
2015

The Knick
já mereceria o topo da lista só por ser uma das séries mais regulares da TV. Depois de uma primeira temporada impecável, a criação de Jack Amiel e Michael Begler chega ao segundo ano e não deixa a qualidade cair. A impressão é que não houve hiato de alguns meses entre uma temporada e outra, e que estamos assistindo a um longo filme milimetricamente escrito e filmado. Muito dessa regularidade se deve à competência de Steven Soderbergh, diretor de todos os episódios. Os capítulos são tão bem dirigidos que não há concorrência, este ano, para o brilhante trabalho de Soderbergh. À frente de tudo, Clive Owen garante seu posto como um dos melhores atores da telinha. O episódio final, coroado por uma importante e chocante decisão, apenas comprova a coragem e a originalidade de The Knick.

Os que criticam a terceira temporada de House of Cards dizendo que esta decaiu vertiginosamente não percebem o belíssimo arco desenvolvido por Beau Willimon e seus roteiristas. É aceitável que se reclame o fato de que o terceiro ano recicla algumas ideias da temporada anterior, mas alegar queda de qualidade é inaceitável. A série encabeçada por Kevin Spacey e Robin Wright avança sem parar e sem olhar para trás, assim como os personagens centrais. Há sempre algo acontecendo e uma surpresa espreitando a cada minuto. No roteiro ágil e no elenco afiado, House of Cards segue como um dos dramas mais alinhados da atualidade.

Confesso que já critiquei, e muito, Mad Men. Em outros tempos, quando as três primeiras temporadas foram lançadas, considerava a série de Matthew Weiner arrítmica. A impressão que tinha, era que nada acontecia. Episódios após episódio e os personagens pareciam não sair do lugar; as tramas pareciam não avançar. É bem verdade que exagerei nas críticas, mas é igualmente verídico o fato de que Mad Men, em suas primeiras temporadas, sofria de uma excessiva lentidão. A partir do quarto ano a coisa mudou, e o que se viu desde então foi um arco narrativo tão belo que os tropeços iniciais foram completamente perdoados. Além disso, analisando toda a história, tudo parece em seu devido lugar, em seu devido ritmo. Assim, Mad Men chegou ao seu filme praticamente da mesma forma que sempre levou suas tramas: sem exageros, sem explosões, sem grandes reviravoltas. Apenas um texto impecável e atores comprometidos. Assim, person to person, cara a cara, pessoa para pessoa.

Quando uma série é cancelada logo em sua primeira temporada, diversos questionamentos e teorias surgem. Afinal, o projeto teria chances de melhorar ou apresentar novas ideias em uma segunda oportunidade? Muitos torceram o nariz para o primeiro ano de The Leftovers, abandonando a produção ainda em seus primeiros capítulos. É bem verdade que o início da série não empolga, mas logo o programa já envolve e entrega belíssimos episódios. A grande questão, porém, é que se a HBO cancelasse o show e não apostasse nos criadores, nós não teríamos presenciado a impecável segunda temporada de The Leftovers. Literalmente renovada, a série de Damon Lindelof e Tom Perrotta mudou de locação, limou diversos nomes do elenco e trouxe tramas completamente novas, nunca esquecendo a mitologia, claro. O resultado são dez episódios irrepreensíveis, regados a metáforas, simbolismos e muita criatividade. Pouco se viu na televisão tanta coragem, tanta originalidade. The Lefotvers tem sua forma única de contar histórias, e isso a torna única.

Quem esperava por uma nova versão de Breaking Bad, se decepcionou. E não foram poucos aqueles que não aprovaram o derivado do sucesso da AMC. O fato é que Vince Gilligan e Peter Gould, os criadores, nunca disseram que Better Call Saul seria uma continuação de Breaking Bad. Não teria propósito, aliás, perder tempo e dinheiro em uma releitura, uma cópia com diferentes personagens. Assim, a série já mergulha no bom humor logo no primeiro capítulo. Nada daquele perigo constante, da tensão sufocante de Breaking Bad. Saul não é Walter, muito menos Heisenberg, e isso é ótimo. Ao focar na persona do advogado, Gilligan, Gould e os demais brilhantes roteiristas criam uma história única, completamente independente do programa de origem. O ritmo é outro, a abordagem é outra, tudo é diferente. O universo, porém, é o mesmo. E isso já bastaria para tornar esta uma das melhores séries do ano.

Fargo chega ao fim de sua segunda temporada de forma irrepreensível. Quando lançada em 2014, o show foi muito associado a outra antologia: True Detective. As duas produções não eram ligadas por serem parecidas, dividirem temas ou atores, mas sim porque eram dois programas excelentes que oxigenavam a televisão com personagens originais e tramas complexas, pouco trabalhadas na TV. True Detective trazia a filosofia, Fargo vinha com o humor negro. O ano passou e ambas retornaram para suas segundas temporadas. O problema é que Detective decepcionou, mas Fargo confirmou o que já se suspeitava anteriormente: esta é, realmente, uma das melhores coisas dos últimos anos na televisão. Do elenco afiado, passando pela direção absurdamente inteligente e chegando ao texto impecável de Noah Hawley e seus roteiristas, Fargo atingiu em dois anos o que algumas séries levam quase uma década para atingir: a perfeição.

Flesh and Bone
chegou de mansinho. Produzida pelo Starz, canal americano a cabo que não possui o mesmo prestígio e audiência que uma HBO ou AMC, a produção recebeu um tratamento pouco cuidadoso por parte do canal. Para começar, o projeto surgiu como série, mas em seguida foi tratada como minissérie, já que o canal considerou a história pouco abrangente, o que impossibilitaria a produção de várias temporadas. Além disso, os oito episódios produzidos foram disponibilizados integralmente na internet no dia da estreia do piloto na televisão. O resultado: Flesh and Bone é, indubitavelmente, uma das melhores coisas da TV em 2015. Passados os oito excelentes capítulos produzidos, a impressão que fica é que a produção renderia, pelo menos, mais duas temporadas.


UnREAL
é aquilo que grande parte da crítica tem considerado como a melhor estreia da summer season. E talvez seja. Em um período relativamente produtivo (Sense8, Wayward Pines, Deutschland 83, etc.), a série do canal Lifetime é, no mínimo, a mais surpreendente. Começando com um piloto que é tudo que um bom primeiro episódio deve ser, UnREAL conquista a audiência de cara com doses cavalares de sarcasmo e intrigas. O tom novelesco não atrapalha, ao contrário, torna a narrativa bem construída ainda mais envolvente. Assim, UnREAL entrega dez ótimos episódios e se revela a grande surpresa da summer season. Quem busca por sarcasmo, roteiro esperto, boas e constantes reviravoltas e a boa e velha busca pelo poder e pela vitória, terá um prato cheio.

Depois de uma segunda temporada sólida e bem delineada, Masters of Sex tinha uma missão: seguir a qualidade de primeira linha e ampliar os horizontes. A relação profissional e pessoal de Bill e Virgínia já estava muito bem firmada e a caminhada rumo ao reconhecimento já passara de sua fase inicial. O terceiro ano começou, portanto, no anseio de intensificar as relações entre os personagens e tornar as tramas mais sérias, aumentando o escopo: se antes a dupla lutava para publicar o livro, agora precisa vendê-lo, e mais: reafirmá-lo frente a sociedade conservadora dos anos 60. A temporada se desenvolve bem, com um notável crescimento dos personagens e reviravoltas que remontam todo o tabuleiro, deixando o futuro incerto. No último capítulo, o show tropeça, mas não compromete o belíssimo terceiro ano.


Wayward Pines
é uma das melhores estreias do ano. Mergulhada em um universo sombrio, cheio de mistérios, a série foi recebida com certa desconfiança pelo público. Primeiro porque M. Night Shyamalan, roteirista/diretor que não tem se saído muito bem nos últimos anos, era um dos responsáveis pela adaptação e segundo porque o programa parecia mais um suspense convencional que mais pergunta do que responde. Quem duvidou teve de se contentar com uma série inventiva com ótimo elenco e ambientação impecável. Boatos afirmam que Blake Crouch, criador dos romances originais, planeja novos livros relacionados. Todos os envolvidos já afirmaram que, caso uma boa história seja criada, mais episódios serão feitos e todos desejam retornar. A Fox ouviu os pedidos e acabou renovando o show que, a principio, seria apenas uma minissérie. Não será má ideia revisitar Wayward de vez em quando.




O Ano Mais Violento
Birdman
Corrente do Mal
Divertida Mente
Dois Dias, Uma Noite
Mad Max – Estrada da Fúria
Ponte dos Espiões
Sicário
Star Wars: O Despertar da Força
Whiplash
J.C. Chandor por O Ano Mais Violento
Alejandro G. Iñárritu por Birdman
David Robert Mitchell por CORRENTE DO MAL
George Miller por Mad Max – Estrada da Fúria
Steven Spielberg por Ponte dos Espiões

Michael Keaton por Birdman

Steve Carrel por Foxcatcher

Benedict Cumberbatch por O Jogo da Imitação
David Oyelowo por Selma
Joaquin Phoenix por Vício Inerente

Marion Cotillard por Dois Dias, Uma Noite
Julianne Moore por Para Sempre Alice
Charlize Theron por Mad Max – Estrada da Fúria
Regina Casé por Que Horas Ela Volta?
Emily Blunt por Sicário


Idris Elba por Beasts of no Nation
Edward Norton por Birdman
Kevin Bacon por Cop Car

Mark Rylance por Ponte dos Espiões
Benício Del Toro por Sicário
J.K. Simmons por Whiplash


Kristen Stewart por Acima das Nuvens
Jessica Chastain por O Ano Mais Violento
Emma Stone por Birdman
Hilary Swank por Dívida de Honra
Alicia Winkander por Ex-Machina
 
O Ano Mais Violento
Birdman
Divertida Mente
Dois Dias, Uma Noite
Sicário

Frank
Perdido em Marte
Predestinado
Vício Inerente
Whiplash

Birdman
O Jogo da Imitação
Selma
Sicário
Vício Inerente

O Ano Mais Violento
Birdman
Mad Max: Estrada da Fúria
Ponte dos Espiões
Sicário

O Ano Mais Violento
Birdman
Mad Max: Estrada da Fúria
Sicário
Whiplash

O Ano Mais Violento
Corrente do Mal
Mad Max: Estrada da Fúria
No Coração do Mar
Star Wars: O Despertar da Força

Corrente do Mal
Divertida Mente
Mad Max: Estrada da Fúria
Sicário
Star Wars: O Despertar da Força

Jurassic World
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
Star Wars: O Despertar da Força
A Travessia

Caminhos da Floresta
Cinderela
A Colina Escarlate
Star Wars: O Despertar da Força
Vício Inerente

Apenas um Show: O Filme
O Conto da Princesa Kaguya
Divertida Mente
Os Pinguins de Madagascar
Shaun: O Carneiro - O Filme

Especial Oscar 2015 - Palpites

Especial Oscar 2015
Palpites
Melhor Filme

Vence: Boyhood. Mas Birdman, claro, pode vencer.

Merece: Boyhood ou Birdman. Ambos igualmente brilhantes.

Não merece de modo algum: A Teoria de Tudo. Não seria bom nem se fosse um telefilme da BBC, pois os filmes e séries do canal são ótimos.

Ficou de fora da disputa: Garota Exemplar merecia reconhecimento aqui e em diversas outras categorias. A Most Violent Year, que é um dos melhores do ano e foi completamente esnobado. O Abutre. Foxcatcher.

Melhor Direção

Vence: Alejandro González Iñárritu por Birdman.

Merece: Alejandro González Iñárritu por Birdman. O trabalho de direção de Iñárritu é o melhor do ano e depois de ser reconhecido pelo DGA, um ótimo termômetro para o Oscar, merece vencer o prêmio da Academia. Birdman pode perder na categoria principal, mas o prêmio de Direção deve ser seu.

Não merece de modo algum: Morten Tyldum por O Jogo da Imitação. O longa é ótimo, mas quem disse que a direção de Tyldum merecia uma indicação ao Oscar? O academicismo do trabalho talvez tenha garantido a vaga,

Ficou de fora da disputa: David Fincher por Garota Exemplar, mais uma vez esnobado pela Academia. Clint Eastwood por Sniper Americano. Damien Chazelle por Whiplash. J.C. Chandor por A Most Violent Year e Ava DuVernay por Selma.

Melhor Ator

Vence: Eddie Redmayne por A Teoria de Tudo

Merece: David Oyelowo, por Selma, que sequer foi indicado. Neste caso, Michael Keaton, por Birdman, merecia vencer.

Não merece de modo algum: Eddie Redmayne, por dois motivos: primeiro porque o filme pelo qual está concorrendo é muito fraco. Segundo porque não simpatizo com o ator. Simples. Não o considero talentoso como vários acham. Além disso, a categoria está muito forte e pelo menos três atores mereciam o Oscar mais que ele: Carrel, Cooper e, claro, Keaton.

Ficou de fora da disputa: Jake Gyllenhaal, por O Abutre; Ralph Fiennes, por O Grande Hotel Budapeste; e, principalmente, David Oyelowo, por Selma.

Melhor Atriz

Vence: Julianne Moore por Para Sempre Alice

Merece: Julianne Moore por Para Sempre Alice. Rosamund Pike está excelente em Garota Exemplar, mas Moore merece o Oscar há um bom tempo, além de realmente ter uma atuação brilhante no bom Para Sempre Alice.

Não merece de modo algum: Todas são boas candidatas, até Felicity Jones e Reese Witherspoon, que concorrem por filmes de qualidade duvidosa.

Ficou de fora da disputa: Amy Adams por Grandes Olhos.

Melhor Ator Coadjuvante

Vence: J.K. Simmons por Whiplash.

Merece: Edward Norton está fantástico em Birdman, mas ninguém bate J.K. Simmons.

Não merece de modo algum: Apesar de Robert Duvall ser, de longe, o menos merecedor, é impossível dizer que o veterano não merece um Oscar. Caso vença - o que não vai acontecer - pelo menos é um grande ator.

Ficou de fora da disputa: Josh Brolin por Vício Inerente.

Melhor Atriz Coadjuvante

Vence: Patricia Arquette por Boyhood.

Merece: Patricia Arquette por Boyhood.

Não merece de modo algum: Laura Dern por Livre, que é uma ótima atriz e está bem no filme. O problema é que Livre é decepcionante e a atriz aparece muito pouco para validar qualquer prêmio.

Ficou de fora da disputa: Jessica Chastain, ótima no ótimo A Most Violent Year. Rene Russo também merecia uma vaga, principalmente aquela que foi para Meryl Streep e o fraquíssimo Caminhos da Floresta.

Melhor Roteiro Original

Vence: O Grande Hotel Budapeste

Merece: O Grande Hotel Budapeste. Linklater vence como produtor, Iñárritu como diretor e Anderson também merece ganhar alguma coisa. Assim, vence como roteirista.

Não merece de modo algum: São todos bons indicados.

Ficou de fora da disputa: Selma.

Melhor Roteiro Adaptado

Vence: Whiplash. O Jogo da Imitação tem chances (e pode vencer com facilidade), mas se qualidade foi levada em conta, Whiplash se consagra aqui.

Merece: Whiplash.

Não merece de modo algum: A Teoria de Tudo. Roteiro maniqueísta e tolo.

Ficou de fora da disputa: Garota Exemplar, claro.

Melhor Filme Estrangeiro

Vence: Ida

Merece: Dois Dias, Uma Noite, que sequer foi indicado. Neste caso, Relatos Selvagens, que é ótimo, mas não a obra-prima que muitos andam afirmando.

Não merece de modo algum: Ida é o que menos me agrada dentre os indicados.

Ficou de fora da disputa: Dois Dias, Uma Noite

Melhor Animação

Vence: Como Treinar o Seu Dragão 2

Merece: Operação Big Hero

Melhor Documentário

Vence: Citizenfour

Merece: Não assisti todos os indicados.

Melhor Edição

Vence: Boyhood.

Merece: Whiplash. A edição de Boyhood é fantástica, mas a de Whiplash é hipnotizante.

Não merece de modo algum: O Jogo da Imitação, por ser acadêmico demais, redondinho de mais, certinho e bem sem graça.

Ficou de fora da disputa: Birdman. É compreensível a ausência de Birdman, que não tem uma edição convencional; não muda o fato de que o trabalho merecia reconhecimento.

Melhor Fotografia

Vence: Birdman.

Merece: Birdman.

Não merece de modo algum: São todos bons indicados.

Ficou de fora da disputa: Selma e A Most Violent Year, que tem a melhor fotografia do ano. Ambos, inclusive, possuem o mesmo diretor de fotografia.

Melhor Direção de Arte

Vence: O Grande Hotel Budapeste

Merece: O Grande Hotel Budapeste

Não merece de modo algum: Caminhos da Floresta, porque é um filme ruim. Simples. Ok, ok. Ser ruim não quer dizer que a Direção de Arte também seja, mas, no desempate, a qualidade do filme conta.

Melhor Figurino

Vence: O Grande Hotel Budapeste

Merece: O Grande Hotel Budapeste

Melhor Trilha Sonora

Vence: A Teoria de Tudo

Merece: Interestelar

Não merece de modo algum: São bons indicados, embora as trilhas de A Teoria de Tudo e O Jogo da Imitação não me agradem muito.

Ficou de fora da disputa: Birdman.

Melhor Canção Original

Vence: Glory, Selma.

Merece: Glory, Selma.

Não merece de modo algum: Qualquer uma que não seja Glory ou Lost Stars, de Mesmo se nada der certo. Sim, até a canção de The Lego Movie é ruim.

Ficou de fora da disputa: Last Goodbye, de A Batalha dos Cinco Exércitos.

Melhor Maquiagem

Vence: O Grande Hotel Budapeste

Merece: O Grande Hotel Budapeste

Melhor Edição de Som

Vence: Sniper Americano

Merece: Sniper Americano

Melhor Mixagem de Som

Vence: Birdman. Por ter vencido o prêmio do sindicato.

Merece: Whiplash ou Birdman.

Melhores Efeitos Visuais

Vence: Interestelar

Merece: Interestelar

Melhor Curta-metragem

Vence: The Phone Call

Melhor Animação em curta-metragem

Vence: O Banquete

Melhor Documentário em curta-metragem

Vence: Crisis Hotline: Veterans Press 1


Este post faz parte do Bolão do Oscar 2015 do DVD, Sofá e Pipoca.

Especial Oscar 2015
Melhor Direção

Depois de completar a bem sucedida trilogia formada por Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, e lançar Biutiful (seu pior filme), Alejandro González Iñárritu se redime e entrega aquele que é o seu melhor longa-metragem. Até então, Alfonso Cuarón era o mexicano conhecido pelos belos planos sequência. Agora, Iñárritu surpreende com um trabalho tecnicamente irrepreensível. Assim como Cuarón, Iñárritu adota os longos takes e conta sua história com um trabalho de câmera simplesmente genial. Mas não só: Alejandro também se sai muito bem na direção de atores. Não há um ator ou atriz que não tenha uma atuação elogiável durante o filme. Com Birdman, Iñárritu fez um trabalho tão ousado quanto o de Richard Linklater e seus doze anos de filmagem.

O melhor filme de Iñárritu até aqui: Birdman

Richard Linklater é um diretor minimalista. Não há floreios de câmera ou exercícios de estilo em seus filmes. Linklater liga a câmera e deixa seus atores fazerem o resto. Assim, seu talento encontra-se principalmente na direção de atores e na condução das narrativas (geralmente escritas por ele mesmo). Seu trabalho em Boyhood chama mais atenção pela abordagem de filmagens: elenco e equipe filmaram o longa no decorrer de doze anos. É um projeto elogiável e notadamente complexo; Linklater soube manter um padrão narrativo e visual durante todo o tempo, sabendo como lidar com a passagem do tempo e com o próprio crescimento dos atores. É possível que vença o Oscar - e será merecido caso aconteça -, mas Iñárritu parece favorito.

O melhor filme de Linklater até aqui: Antes da Meia-Noite

O Cinema de Wes Anderson é incomparável, e O Grande Hotel Budapeste é a síntese de seu estilo. A razão de aspecto, a fotografia, os figurinos, os enquadramentos e as cores. Além, claro, de Bill Murray. Budapeste reúne tudo que há de bom no estilo de Anderson. Além da parte técnica impecável (cada enquadramento parece uma pintura), Anderson dirigiu aquela que é uma das melhores atuações de Ralph Fiennes. O Oscar talvez nunca premie o talento alternativo de Anderson, o que é uma pena, já que o sujeito é um dos mais interessantes da atualidade.

O melhor filme de Anderson até aqui:
O Grande Hotel Budapeste
 

É bem evidente que a Academia prestigia Bennett Miller. Capote conseguiu merecidas indicações a Melhor Filme e Direção, e Moneyball também apareceu como uma das melhores produções de seu ano de lançamento. Agora, Foxcatcher surge com cinco indicações ao prêmio. Ainda que tenha ficado de fora da categoria principal, Miller aparece como Melhor Diretor, o que é completamente aceitável. Primeiro porque Miller é um diretor que sabe criar uma atmosfera densa e pesada; além disso, sua câmera calma parece sempre esconder diversos pontos importantes dos olhos do espectador; para finalizar, Miller consegue arrancar atuações memoráveis de seus atores. Foi assim como Philip Seymour Hoffman, Brad Pitt e Jonah Hill e agora com Channing Tatum, Mark Ruffalo e, principalmente, Steve Carrel. A direção de Miller em Foxcatcher reúne aquilo que Academia tem prestigiado nos últimos anos. Assim, sua nomeação surge não como surpresa, mas como puro merecimento.

O melhor filme de Miller até aqui:
Capote

É fácil entender o que a Academia viu de especial na direção de Morten Tyldum, embora não consigamos enxergar a mesma qualidade. O trabalho do diretor em O Jogo da Imitação é burocrático, acadêmico ao extremo. Ainda que tenha extraído ótimas atuações de seu elenco, Tyldum não faz muito para merecer uma indicação. As ótimas atuações, aliás, se devem muito mais ao talento de cada ator e atriz do que à condução de Tyldum. No fim, é lamentável que a Academia tenha deixado David Fincher (mais uma vez) de fora para dar espaço a Morten Tyldum. Damien Chazelle (Whiplash), J.C. Chandor (A Most Violent Year), Clint Eastwood (Sniper Americano) e, principalmente, Ava DuVernay (Selma) mereciam muito mais a vaga que os votantes jogaram fora ao nomear um trabalho básico como o visto de O Jogo da Imitação.

O melhor filme de Tyldum até aqui: O Jogo da Imitação

Especial Oscar 2015
Melhor Atriz

Para Sempre Alice é um bom filme. Competente na mensagem que deseja passar, o drama entretém o público, faz algumas questões interessantes, mas não exige demais do espectador. É um drama comum cuja maior e melhor qualidade é a performance impecável da protagonista. Julianne Moore, que já merece o Oscar há muito tempo, chega com o pé na porta para deixar qualquer concorrente para trás. Será uma das maiores - e mais aceitáveis - barbadas da noite.

Melhor momento em cena: Alice caminha e se perde em sua própria casa enquanto busca chegar em um local específico. 

David Fincher já mostrou que gosta de dirigir personagens femininas fortes. Em Garota Exemplar, Fincher e Rosmund Pike surpreendem ao trazer um personagem absolutamente complexo, cheio de camadas. Pike alterna sua abordagem, e consequentemente sua atuação, conforme a trama progride. Num emaranhado de reviravoltas e de um ótimo suspense, Pike é uma das melhores coisas de um filme brilhante que, infelizmente, ficou de fora das principais categorias do Oscar.

Melhor momento em cena: A "garota exemplar" faz algo na cama que surpreende o sujeito que a acompanha e o espectador, que fica perplexo.

Marion Cotillard É o filme que protagoniza. Dois Dias, Uma Noite é um excelente drama naturalista dos irmãos Dardenne que traz a atriz em uma atuação hipnotizante. Vencendo a própria vulnerabilidade para reverter uma situação aparentemente irreversível, sua personagem emociona e surpreende pela determinação. Sua atuação sintetiza o próprio projeto dos irmãos Dardenne: aparentemente simples, filme e atuação escondem infinitas leituras e detalhes. Depois de um ano brilhante (a atriz também aparece em Era um vez em Nova York), Cotillard conquista uma merecida indicação ao Oscar.

Melhor momento em cena: ao receber um telefonema, vimos a reação de sua personagem enquanto esta ouve más notícias vindas do outro lado da linha.

Reese Whiterspoon tenta, mas não consegue salvar Livre do fracasso. A atriz, que já venceu o Oscar, não precisa provar para mais ninguém o seu talento. O problema é que, por mais que brilhe sozinha, o projeto não acompanha a qualidade de seu trabalho. Livre é um projeto cheio de equívocos que acabam por prejudicar a atriz. Sua atuação não deixa de ser merecida, mas é uma pena que tenha sido por um filme como este. 

Melhor momento em cena: sozinha em um quatro de hotel, sua personagem tenta levantar e carregar uma mochila.

Felicity Jones é, ao lado da trilha sonora, a única coisa que realmente funciona em A Teoria de Tudo. No papel da esposa dedicada, Jones praticamente rouba o filme para si. Sem contar com o artifício da deficiência física, Jones realmente emociona. Ainda assim, sua indicação não é justificada; A Teoria de Tudo é um filme fraco e outras atrizes mereciam uma indicação. Amy Adams, por exemplo, está ótima em Grandes Olhos, o melhor live-action de Tim Burton em muito tempo.

Melhor momento em cena: [SPOILER] com pouquíssimas palavras e basicamente através do olhar - e por ter anos de convivência com Stephen -, Jane percebe o fim de uma longa história.

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