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Especial Oscar 2015 - Atriz Coadjuvante

 Especial Oscar 2015
Atriz Coadjuvante

Patricia Arquette não é uma atriz muito talentosa. A série que estrelou por anos na TV, Medium, é de qualidade duvidosa. Além disso, poucos de seus filmes ganharam grande atenção. Em Boyhood, a atriz fica no limite entre uma performance controlada e a total entrega ao dramalhão regado a gritos. É por ter o controle sobre o papel, não ultrapassar esse limite e ter cenas excelentes durante o filme que Arquette merece o Oscar. Seu passado agora não conta; o que vale é sua atuação exclusivamente em Boyhood, e esta merece reconhecimento. Além da boa atuação, Arquette tem papel importante dentro da trama, sendo parte vital de todo o projeto.

Melhor momento em cena: emocionada, sua personagem afirma que esperava mais da vida.


Birdman teve a atriz errada indicada nessa categoria. Emma Stone está excelente no papel da filha de Michael Keaton, é verdade, mas Naomi Watts está muito melhor e surpreendente como a atriz insegura que busca finalmente crescer na carreira. De qualquer forma, Stone representa bem as ótimas atrizes do elenco. É claro que não vencerá o prêmio, mas ela pode ficar tranquila: sua estatueta virá mais cedo ou mais tarde.

Melhor momento em cena: em um breve monólogo, sua personagem diz umas duras verdades para o pai. Aqui, os olhos gigantes da atriz parecem sair das órbitas.


Keira Knightley esgotou seus créditos de péssima atuação com Um Método Perigoso. Agora, que não é mais possível entregar performance pior que aquela, a atriz volta ao eixos e é novamente indicada ao Oscar (a primeira nomeação veio por Orgulho e Preconceito). Sua atuação em O Jogo da Imitação é a síntese do filme em si: correto, com algumas surpresas eventuais, mas, no geral, apenas dentro do normal. A favor da atriz está o fato de não ser ofuscada pela bela performance de Benedict Cumberbatch.

Melhor momento em cena:
quando finalmente resolve ser sincera com Alan, que parece estar alheio a tudo ao seu redor.


Meryl Streep é, sim, uma lenda. Ponto. Ela merecia uma indicação por Caminhos da Floresta? Nem tanto. Sua atuação no musical de Rob Marshall é boa, mas não o suficiente para receber uma indicação ao Oscar. Além disso, Caminhos da Floresta está longe de ser um bom filme. Com tantas outras atrizes que mereciam a vaga, a indicação para Streep soa burocrática, pouco original.

Melhor momento em cena: ao soltar a voz e ao revelar os reais motivos para tudo que fez até o momento.


O que falar sobre a indicação de Laura Dern? Eis duas coisas: Livre não é um bom filme e Dern aparece muito pouco, e quando aparece, não impressiona. Em um ano de Tilda Swinton em Expresso do Amanhã e Jessica Chastain no ótimo, mas completamente esnobado, A Most Violent Year, Dern aparece completamente deslocada. Não a toa a atriz fora quase que completamente esquecida em premiações anteriores ao Oscar. De qualquer forma, ela foi nomeada e muito provavelmente verá Arquette subindo e fazendo seus agradecimentos - enquanto lê um pedaço de papel, como lhe é de costume.

Melhor momento em cena: sua reação estranha ao ouvir uma notícia ruim.

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