Jessica Chastain foi um dos maiores estouros do Cinema dos
últimos anos. Poucas vezes se viu uma atriz ficar em evidência tão rápido e
forte como ela. É curioso, portanto, que sua maior concorrente, Jennifer
Lawrence, também seja uma das surpresas mais notáveis da atualidade. Chastain
tem em A Hora mais Escura um papel
forte, difícil, e pode se beneficiar por representar um filme dramático, com relevância
política e ter mais idade que Lawrence. A simpatia da atriz e a promessa de que
sua carreira pode seguir um ótimo caminho (diferente de Halle Berry que venceu
um Oscar e perdeu o controle da carreira) contam a favor. Há, porém, o fato de
que a atriz pode vencer mais Oscar no futuro, e premiá-la agora pode ser muito
cedo.
Jennifer Lawrence já tem uma indicação ao Oscar pelo ótimo Inverno da Alma. O Lado Bom da Vida pode
lhe garantir sua segunda indicação em praticamente dois anos. Nada mal para a
jovem atriz que nasceu em 1990. A vitória é incerta – é muito jovem para o
prêmio –, mas a indicação é inquestionável. A briga deste ano não será tão
forte quanto a do ano passado, onde Meryl Streep e Viola Davis disputaram o
prêmio, mas será interessante acompanhar Chastain versus Lawrence.
Se Marion Cotillard não tivesse um Oscar por Piaf, provavelmente seria a favorita ao
prêmio este ano por Ferrugem e Osso.
A francesa de 37 anos não está totalmente fora da disputa pela estatueta, mas
parece que a indicação será suficiente. Ferrugem
e Osso não foi um grande sucesso entre os críticos e é conhecido pelo grande
público graças à presença da atriz. Este fato, que mostra Cotillard sendo maior
que o próprio filme, ajuda.
Naomi Watts faz um ótimo trabalho em O Impossível (um dos melhores filmes do ano passado), mas talvez
seja pouco para uma indicação ao Oscar. Não que sua atuação seja fraca, longe
disso; o fato é que Watts aparece relativamente pouco em cena para concorrer
por um Oscar na categoria principal. Ewan McGregor e Tom Holland, por exemplo,
aparecem tanto ou mais que a atriz. Mas como a discussão aqui não tem o tempo
em tela como foco, resta palpitar acerca das chances de indicação, e isso Watts
tem de sobra.
Emmanuelle Riva e Amour
podem surpreender no Oscar. O filme de Michael Haneke pode figurar nas
categorias de Direção, Roteiro Original e, claro, atriz (além da óbvia
indicação para Filme Estrangeiro). Riva tem chances e merece. Vencedora de
prêmios da crítica, a atriz pode ser agraciada com uma indicação por seu
tocante papel em Amour. O filme de
Haneke, é bem verdade, não facilita para o público. É um filme difícil,
realista e sincero. Toda essa crueza e sinceridade podem afastar os votantes,
que podem preferir Helen Mirren e seu filme mais acadêmico.
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