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Ainda é cedo para qualquer análise acerca dos indicados ao Oscar. Os indicados ao Globo de Ouro, por exemplo, serão revelados apenas no dia 13, e os nomeados ao Oscar só em janeiro. De qualquer forma, a corrida já começou e as apostas devem se alinhar e os nomes a aparecer. Sites voltados para apostas já apontam seus favoritos. Especialistas lançam suas listas e os críticos já liberam suas críticas mais entusiasmadas. É a temporada de prêmios, e ao que tudo indica, só saberemos os verdadeiros favoritos apenas algumas semanas antes do Oscar. Até então está tudo muito vago. Filmes ainda serão lançados (O Hobbit - Uma Jornada Inesperada e Les Misérables, por exemplo, chegam apenas na metade de dezembro) e nenhum nome foi apontado como certeza absoluta. 

De início, o Pipoca Net comenta as possíveis indicadas para Melhor Atriz Coadjuvante. Até lá, tudo pode mudar. Pessoas entram e saem, campanhas ficam mais acirradas e até janeiro as favoritas de hoje podem ser esquecidas amanhã. Assim, sem mais delongas, vamos às apostas:

Um dos nomes mais seguros neste início de temporada - e que dificilmente perderá força até o final - é o de Anne Hathaway. Ainda que poucos tenham visto Les Misérables, os comentários apontam uma provável indicação e, quem sabe, uma vitória. O que mais se tem dito é que mesmo que a atriz não tenha muito tempo na tela, sua personagem é vital para a história e sua atuação é certeira. Hathaway vem em um ótimo ritmo. Depois de protagonizar a boa comédia romântica Amor e Outras Drogas, o ótimo Um Dia e ser a Mulher-Gato de Christopher Nolan em Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, a atriz parece ter chegado em ponto notável de sua carreira. É preciso ter em mente, contudo, que toda a ansiedade que permeia Les Misérables se dá pelo nome do diretor - superestimado cedo demais - e pelo grande elenco. Além disso, parece um musical legítimo, com visual arrojado e coragem suficiente para conquistas os críticos em sua maioria. 

Outra atriz que tem sua vaga praticamente garantida é Helen Hunt. Há um bom tempo The Sessions, filme pelo qual concorre, vem arrancado elogios efusivos da crítica. Tanto ela quanto John Hawkes são apostar seguras para o Oscar. Chances de vitória? É muito cedo para isso. Hunt e Hawkes parecem ter candidaturas fortes, mas os demais candidatos parecem mais fortes. Hunt venceu seu último Oscar em 1998, ano que Titanic levou onze estatuetas para casa, por seu trabalho em Melhor é Impossível. Está na hora desta talentosa atriz voltar ao centro das atenções e ter seu espaço entre as cinco melhores do ano. The Sessions é um longa simpático, independente e não deve vencer em categorias majoritárias, assim, a campanha da atriz daqui para frente pode garantir o único prêmio do longa. É, ao menos por hora, a categoria em que a fita tem mais chances.

Amy Adams é queridinha da Academia e suas chances são grandes. The Master perdeu muita força de Cannes até aqui; o que era certeza há alguns meses agora se torna dúvida. O filme de Paul Thomas Anderson é a prova concreta de que o sucesso em dado momento não garante uma indicação no momento posterior. De todo modo, são quase certas as presenças de Joaquin Phoenix e Paul Thomas Anderson. PTA também tem chances consideráveis como roteirista e diretor. Amy Adams pode não ser uma aposta concreta, mas sua candidatura está forte. É uma jovem atriz talentosa com uma filmografia invejosa. É o tipo de atriz que a Academia aprova: bonita, talentosa, educada, se envolve em projetos bons e relevantes. Jessica Chastain é um outro exemplo deste tipo de artista.

Sally Field tem mostrado uma sólida candidatura, e seu nome entre as cinco indicadas parece certo. Steven Spielberg vem com seu "filme de Oscar" definitivo dos últimos anos. Se Cavalo de Guerra foi apenas uma nomeação, uma lembrança, Lincoln vem com sérias chances de vitória em diversas categorias. É o filme que Spielberg precisava para pôr seu nome de volta na lista de indicados e vencedores da Academia. Field é veterana, representa um filme elogiadíssimo e tradicional e tem vários fãs acadêmicos. Sua indicação é quase certa e seria uma pena caso outra atriz de Lés Misérables fosse indicada em seu lugar. Field já foi nomeada duas vezes ao Oscar, se sagrando vencedora em ambas as ocasiões: Melhor Atriz em 1980 por Norma Rae e Melhor Atriz em 1985 por Um Lugar no Coração. É pouco provável que vença (Meryl Streep acabou de vencer seu terceiro Oscar, que demorou para chegar e quase não veio. E estamos falando de Meryl Streep!), mas uma indicação seria perfeitamente apropriada.

Maggie Smith não precisa de indicações ao Oscar para provar que é uma grande atriz. Mas parece que a Academia lhe relegará mais uma pequena homenagem. Foi nestes últimos dias que sua candidatura realmente tomou força. Antes não se falava muito em sua indicação, mas agora surge como o principal nome de O Exótico Hotel Marigold. Muito se deve pelo bom momento que a atriz passa. Não que ela andasse em um mau momento, mas sua atuação na série de TV britânica Downton Abbey já lhe rendeu dois Emmy, e o Oscar pode querer seguir esse caminho de homenagens e prêmios e apontar a veterana como uma das cinco melhores atrizes coadjuvantes do ano. Outros nomes ainda não se mostraram tão fortes, mas é possível que mais alguma atriz de Les Misérables ganhe força até o momento em que os acadêmicos preencham as cédulas de votação.

Os principais sites americanos especializados apontam as mesmas atrizes. O GoldDerby aponta dez nomes que trazem, além dos cinco já citados, Samantha Barks, Helena Bonham Carter e Amanda Seyfried, todas por Les Misérables, Kelly Reilly por O Voo e Jackie Weaver por Silver Linings Playbook. Vale lembrar que Weaver foi indicada nesta mesma categoria em 2011 por um filme bem menos badalado, o ótimo Reino Animal; assim, portanto, suas chances podem aumentar.

Assim, as primeiras apostas para a temporada e para o Oscar são:

Anne Hathaway por Les Misérables
Helen Hunt por The Sessions
Sally Field por Lincoln
Amy Adams por The Master
Maggie Smith por The Best Exotic Marigold Hotel