-Nota: 9,5
Crítica de Matheus Pereira: Os dois primeiros filmes da série serviram como um ensaio, uma preparação para o que estava por vir. Com a lançamento de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, os dois longas dirigidos por Chris Columbus acabaram se tornando a promessa do que a série seria. Sai Columbus, entra Alfonso Cuarón (que já dirigira o infantil A Princesinha). O cineasta (que logo depois dirigiu a obra-prima Filhos da Esperança) deu uma nova cara para a série do bruxinho. Um estilo mais obscuro, um ar mais adulto. O estilo do diretor agradou tanto que todos os filmes sucessores seguiram a mesma cartilha. "Prisioneiro de Azkaban" é o mais adorado pela crítica especializada. Também pudera. Os personagens são mais explorados, a história tem um cuidado extra e a dependência do roteiro com relação à obra original é bem menos evidente. Perto das duas obras anteriores, este foge bastante do texto original. Muitas tramas paralelas foram postas de lado (o qudribol não tem o mesmo enfoque do livro). O roteirista também toma ótimas liberdades com o roteiro, desde os pequenos detalhes até reviravoltas mais importantes. Enfim a obra cinematográfica se soltou da literária. Harry Potter alcançou o patamar de "Cinemão", de verdadeiro blockbuster. A infantilidade cai por terra de uma vez por todas, e o perigo fica mais evidente. E convenhamos, Cuarón dá uma aula de direção a Columbus. Os quadros, os planos inventivos chamam atenção (com destaque para os movimentos em que a câmera "entra" nos espelhos e a cena se torna definitiva, concreta, e não reflexo). Apresentando os assustadores Dementadores e o interessantíssimo Sirius Black (interpretado pelo ótimo Gary Oldman), "Prisioneiro" flerta com viagens no tempo e comprova toda a força e a magia de Harry Potter.
-Nota: 8,5
Média: 9,0
Curiosidades
- Depois de dirigir os dois primeiros filmes, Chris Columbus preferiu não fazer o mesmo no terceiro, alegando querer passar mais tempo com sua família. Ele preferiu participar como produtor e se colocou à disposição da Warner para dirigir o longa seguinte, mas Mike Newell foi escolhido para a função.
- Outros diretores cogitados para este filme foram Callie Khouri (Divinos Segredos) e Kenneth Branagh (Hamlet).
- Depois da morte de Richard Harris, vários atores foram cogitados para o papel do Professor Dumbledore. Christopher Lee foi mencionado por algum tempo e os jornais apontavam Ian McKellen. Michael Gambon foi o escolhido.
- O nome de Ewan McGregor foi sugerido para viver o Professor Lupin.
- Foram gastos seis meses para a equipe de efeitos criar os Dementadores.
- No cenário de Dedosdemel, havia caveiras mexicanas feitas de açúcar. Para evitar que o elenco comesse os doces entre as tomadas, inventou-se que eles eram revestidos por um esmalte.
- O ilusionista Paul Kieve serviu como consultor e ensinou mágica a vários membros do elenco, além de trabalhar na elaboração de efeitos visuais físicos. Ele também fez uma participação, na cena do bar Três Vassouras.
- As filmagens tiveram que ser interrompidas depois que o trem usado como Expresso de Hogwarts foi vandalizado.
- O cenário de Dedosdemel foi usado também no primeiro filme, para a loja do Sr. Olivaras.
- David Thewlis foi cogitado inicialmente para viver o Professor Quirrell em Harry Potter e a Pedra Filosofal. Aqui, ele interpreta o Professor Lupin.
- O filme foi oferecido ao diretor Guillermo del Toro, mas ele recusou para comandar Hellboy.
- Emma Thompson aceitou interpretar a Professora Trelawney para impressionar sua filha de quatro anos, Gaia.
- Gary Oldman diz ter aceitado o papel de Sirius Black porque precisava de emprego. Ele estava sem atuar há mais de um ano. Seu último trabalho foi Sin, de 2003, mas que foi rodado em 2002.
- Em uma cena em que Daniel Radcliffe deveria parecer maravilhado, o diretor Alfonso Cuarón brincou recomendando que o garoto imaginasse Cameron Diaz de fio-dental.
- Uma cláusula no contrato do diretor o proibia de falar palavrões na frente das crianças.
- Ian Brown, ex-vocalista da banda Stone Roses, havia sido convidado para interpretar o dono do bar, mas a cena acabou cortada por falta de tempo. Por isso, ele aparece brevemente no início do filme lendo Uma Breve História do Tempo.
- O produtor Chris Columbus convidou Alfonso Cuarón após assistir a outro trabalho do diretor, A Princesinha.
- Quando vemos o Mapa do Maroto pela primeira vez, o nome Newt Scamander pode ser visto. No universo de Harry Potter, ele é o autor de Animais Fantásticos e Onde Encontrá-los.
- Alfonso Cuarón recusou a direção do filme seguinte da série, O Cálice de Fogo, para poder se dedicar à pós-produção deste.
- A subsidiária alemã da Warner Bros. tentou cortar o filme para que ele fosse recomendável a maiores de seis anos de idade, mas nenhuma versão foi aprovada pela censura. Acabou ficando para maiores de 12 anos.
- Sabendo do gosto de Daniel Radcliffe por música, Gary Oldman lhe presenteou com um baixo ao conhecê-lo.
- Para conhecer melhor os personagens, Cuarón pediu aos três protagonistas que escrevessem uma pequena redação sobre eles. Emma Watson entregou um texto de 11 páginas, Daniel Radcliffe escreveu apenas uma e Rupert Grint nem chegou a entregar nada.
-No fim dos créditos, ouvimos Daniel Radcliffe dizer: “Mischief managed”, e depois: “Nox”, o que faz a tela escurecer. Um som familiar ainda pode ser ouvido antes do filme finalmente acabar.
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