Harry Potter
Em breve, uma das maiores sagas do cinema atual começará a dar adeus ao seu público. Dia 19 de novembro, quando a luz acender para Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1, um fenômeno mundial estará dando seu passo final. Após seis filmes, recordes de público, quase 6 bilhões de dólares arrecadados ao redor do mundo somente nos cinemas, a saga do bruxinho órfão baseado na bilionária série de livros da escritora J.K. Rowling chegará ao fim. E o Pipoca Net vai acompanhar esse evento fazendo uma retrospectiva filme a filme, até chegar no ápice com a estreia da primeira parte do capítulo final.
Crítica Fernando Fonseca: Harry Potter e a Pedra Filosofal eu vi no cinema e talvez o maior erro que tenha cometido foi, vê-lo após O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel, sim fui ver o filme do bruxinho somente dois meses após a estreia. De primeiro momento, achei um filme chato, infantilóide, com um visual bonito e nada mais. Então, li o livro e passei a achar o filme ainda pior. Tempos depois, revisitando a obra em DVD, achei legal. O conceito passou a subir. Bastava encará-lo como um filme feito para crianças, com uma história bacaninha e efeitos excepcionais (na época eu já estava com 18 anos). Em 2004, adquiri o filme num box com os três primeiros filmes da saga e passei a nutrir simpatia por essa primeira aventura. O filme é uma transposição fiel do livro, talvez nisso esteja seu maior defeito! Não há alterações, está tudo como no livro, ou seja, é um livro-filmado feito estritamente para as crianças. O elenco adulto (com destaque para Alan Rickman, como professor Snape) está muito bem, a direção de arte e os figurinos são espetaculares. A trilha sonora de John Williams é magistral e tem um tema principal poderoso, que marcou a série. Somente, o trio principal de crianças, encabeçados por Daniel Radcliffe não estava tão bem, mas deu pra criar simpatia pelo personagem.
-Nota: 7,5
Crítica Matheus Pereira: Há algo em Harry Potter e a Pedra Filosofal que destoa de todo o restante da série, destoa até mesmo de seu sucessor direto: Harry Potter e a Câmara Secreta, dirigido, assim como o primeiro, por Chris Columbus. Há uma densa aura de infantilidade, uma doce e bem-vinda ingenuidade que o difere de todos os outros. O roteiro é extremamente fiel ao livro, das descrições de cena até os personagens, milimetricamente "copiados" das páginas escritas por J.K. Rowling. Tanta fidelidade trouxe a tal infantilidade; afinal, o primeiro livro é o mais ingênuo e simples de toda a série literária. Grande parte da produção parece estar um degrau abaixo dos filmes sucessores: a direção de Columbus é convencional e não investe no rico texto que tinha em mãos; o roteiro quase não faz alterações no texto original, e claro, prejudica a produção cinematográfica; o elenco ainda não está em total sintonia com os personagens, principalmente o jovem trio central, e hoje, comparar o Dubledore do falecido Richard Harris com o de Michael Gambom, acaba ofuscando o primeiro. Gambom nasceu para o personagem, diferente de Harris que parecia não passar a segurança e a ternura necessárias. A parte técnica, porém, é perfeita desde este primeiro exemplar. Da direção de arte, indicada ao Oscar, à competentíssima fotografia. Dos figurinos que beiram o luxo aos efeitos especiais impressionantes. A Pedra Filosofal está longe de ser ruim é, apenas, uma estrela menos brilhante.
-Nota: 7,0
Média: 7, 25
Curiosidades:
-Recebeu 3 indicações ao Oscar: Melhor Direção de Arte, Figurino e Trilha Sonora
- A autora do livro Harry Potter e a Pedra Filosofal, J.K. Rowling, insistiu para que o elenco do filme fosse composto apenas por atores britânicos. Seu pedido foi quase atendido, pois houve algumas exceções: Richard Harris é irlandês; Zoë Wanamaker (Madame Hooch), Eleanor Columbus (Susan Bones) e Verne Troyer (Griphook) são norte-americanos.
- Por causa dessa exigência de J.K Rowling quanto ao elenco, Steven Spielberg recusou ser o diretor do filme. Ele queria que Haley Joel Osment interpretasse Harry Potter.
- Outros diretores cogitados para comandar o filme foram Jonathan Demme, Brad Silberling e Terry Gilliam. Gilliam, aliás, era o favorito de J.K. Rowling, mas a Warner preferiu trabalhar com Chris Columbus, devido a sua experiência com atores mirins. Columbus disse que sua filha também insistiu muito para ele fazer o filme e decidiu aceitar depois de ler o livro.
- Richard Harris só aceitou o papel do Professor Dumbledore depois que sua neta de 11 anos de idade ameaçou nunca mais falar com ele.
- Tim Roth era um dos principais candidatos ao papel do Professor Snape. No entanto, ele preferiu viver o General Thade na refilmagem de O Planeta dos Macacos. Alan Rickman assumiu o papel, sendo especialmente escolhido por J.K. Rowling.
- Nos Estados Unidos, o filme foi lançado como Harry Potter and the Sorcerer’s Stone, ou seja “A Pedra do Bruxo”. Em função dessa mudança, todas as cenas em que um personagem dizia “Pedra Filosofal” tiveram que ser filmadas duas vezes.- O filme não foi classificado como “censura livre” nos Estados Unidos devido ao uso de algumas palavras: “bloody” (“maldito”) aparece seis vezes; “blasted” (“maldição”), duas; e “arse” (“canalha”) e “bugger” (“vagabundo”), uma vez cada.
- Nicholas Flamel, citado como o criador da Pedra Filosofal, foi um alquimista de verdade. Muitas pessoas acreditavam que ele de fato produziu uma Pedra Filosofal. Sua morte foi misteriosa e existem rumores de que ele ainda está vivo. Se for verdade, ele estaria com a mesma idade dita no livro e no filme.
- Hedwig foi interpretada por três corujas diferentes.- Nos créditos finais, há uma troca de nomes: Will Theakston aparece no papel de Marcus Flint, quando, na verdade, ele interpreta Terence Higgs. Já este personagem aparece na frente do nome de Scott Fearn, que é o verdadeiro intérprete de Marcus Flint.
- Warnick Davis, que interpreta o Professor Flitwick e o primeiro duende do Banco de Gringotes, também dublou o duende Griphook, interpretado por Verne Troyer.
- No tratamento original do roteiro, Drew Barrymore, fã assumida dos livros de Harry Potter, tinha uma ponta prevista no filme. Robbin Williams e Rosie O’Donnell também teriam participações especiais, pois se ofereceram para aparecer, mesmo sem receberem por isso. No entanto, Chris Columbus preferiu não utilizar os atores.
- John Williams compôs uma música especificamente para o trailer de Harry Potter e a Pedra Filosofal. Mais tarde, ela foi aproveitada na trilha sonora, na faixa “The Prologue”. Williams havia feito isso apenas uma vez antes, para Hook – A Volta do Capitão Gancho.
- As cenas de flashback que mostram Voldermort matando os pais de Harry Potter foram escritas por J.K. Rowling. Os produtores decidiram chamá-la para essa tarefa, pois tinham consciência de que somente a autora sabia o que realmente aconteceu.
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
0 comentários:
Postar um comentário