O blog ensaia um retorno e para começar aqui vai a lista das melhores séries que assisti em 2013.
1º
Convencionou-se
neste final de ano listar as melhores séries do ano depois de Breaking Bad. Em
vários lugares podemos ver frases como “As Melhores Séries do ano... depois de
Breaking Bad”. O fato inquestionável é que realmente a última temporada de
Breaking Bad talvez seja a melhor coisa do mundo das séries da última década. E
não é exagero. Crítica e público exaltam o ano derradeiro da série criada por
Vince Gilligan. E todo elogio é merecido.
2º
House of
Cards traz a técnica e a sobriedade de A Rede Social e o apuro narrativo
político de Tudo Pelo Poder, crias, respectivamente, de David Fincher e Beau
Willimon. Kevin Spacey tem atuação impecável e o elenco é excelente. Tem cara
de Cinema, conta com vários profissionais do Cinema – à frente e atrás das
câmeras – e é muito melhor do que a maioria que se viu na Tela Grande em 2013.
3º
Masters of Sex começou sem muito alarde. A criadora
não era muito conhecida, o tema era polêmico e o marketing discreto. A carta na
manga era o elenco. Apostou-se no elenco, liderado por Michael Sheen –
excelente ator subestimado -, e aos poucos a série foi mostrando suas grandes
qualidades. Qualidade narrativa e esmero na direção dos episódios são alguns
dos pontos fortes.
4º
Todos lembrarão
a Terceira temporada pelo nono episódio, que narra o fatídico Casamento
Vermelho. E é realmente um grande motivo para ser lembrado, mas o terceiro ano
de Game of Thrones também foi um dos mais regulares da série até agora. Depois
de uma fraca segunda temporada, Game of Thrones traz uma narrativa mais enxuta,
bem menos prolixa, com mais ação e reviravoltas. O já citado nono episódio é o
ápice de um grande ano de uma série que pode ser ainda melhor.
5º
Broadchurch
foge do lugar comum onde a maioria das séries de mistério envolvendo
assassinatos e investigações reside. Ao tratar os personagens com mais cuidado
e construir a relação entre eles com calma, revelando segredos aos poucos e
mantendo tudo a uma distância considerável (nada é muito claro para os
investigadores e para o espectador), Broadchurch prende e, dependendo, pode
surpreender no final.
6º
Luther chega
ao fim antes do esperado, mas termina, felizmente, muito bem. Idris Elba
continua excelente e o roteiro envolvente. É uma pena que a série tenha
temporadas tão curtas. Tudo se resolveu em apenas quatro episódios e ainda que
satisfatórios, não parecem como uma despedida. O final é excelente, mas não
parece um series finale, mas sim um season finale. A notícia do cancelamento
veio depois do término da série, o que tornou a despedida ainda mais
inapropriada. Ainda assim, Luther segue
como um grande exemplo de boa televisão.
7º
Rectify é
uma série difícil, e sua permanência na TV não deixa de ser uma surpresa, já
que aborda questões delicadas e nem sempre chega a conclusões acessíveis. O
final da fantástica primeira temporada, por exemplo, pode afastar aqueles que
esperavam alguma resolução mais satisfatória ou preferem pacotes mais redondos
de histórias e séries. Rectify tem um roteiro primoroso e um elenco impecável,
começando pelo protagonista, cheio de amargura e segredos.
8º
Orphan
Black foi uma surpresa. Lançada em conjunto pelo canal Space Canadá e BBC
América, a ficção científica tomou crítica e público de assalto. A trama
elaborada e a atuação surpreendente da desconhecida Tatiana Maslany são os
pontos que chamam atenção. O tratamento dado ao principal tema – a clonagem – é
diferenciado, original. Vale a conferida ao menos no piloto.
9º
Spartacus
é uma espécie de guilty pleasure; alguns
efeitos são toscos, algumas atuações não fazem sentido e muita coisa não
presta, mas a história é boa e a ação também. Desde o início os roteiristas
sempre foram coerentes e entregaram aquilo que o público queria. A crítica
custou para se acostumar, mas o público parece ter comprado a sangria sem fim
do programa. É uma série curta – três temporadas e uma minissérie – e acelerada.
Os finais de cada temporada são ótimos, mas o derradeiro é um dos melhores
episódios deste ano.
10º
Mais uma
série britânica figura nesta lista, mas esta talvez seja a mais desconhecida
delas. Com visual arrojado e uma trama intricada, Utopia tem uma mitologia
forte que mistura HQ, experimentos governamentais, assassinos profissionais,
uma doença misteriosa e uma fotografia e um trabalho de direção de encher os
olhos. Coisa de Cinema.
Menções:
Fringe, Black Mirror, Ripper Street, Banshee, Downton
Abbey, Hannibal, Bates Motel, The Crazy Ones, Brooklyn Nine-Nine, entre outras.
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Aqui vc esbanja muito mais conhecimento de causa do que eu.Não vi "Broadchurch", "Recitify", "Orphan Black" e "Utopia", mas difícil imaginar mesmo que qualquer uma das outras (todas assistidas por mim) superasse o brilhante ano, ou mesmo o conjunto da obra, de "Breaking bad".
Grande abraço!
Reinaldo Glioche disse...
31 de dezembro de 2013 às 15:44