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TOP 10 - Os Melhores de 2011

TOP 10
Os Melhores do Ano

Por Matheus Pereira

01 - Cisne Negro (dir.: Darren Aronofsky)

"Eu apenas quero ser perfeita!" - Nina Sayers

Darren Aronofsky dialoga sobre temas complexos e muitas vezes intocáveis. Ele vai onde outros cineastas jamais se atreveriam a ir, numa zona onde poucas coisas são palpáveis e muitas estão apenas no subconsciente. Réquiem para um Sonho, perturbador filme sobre drogas e os efeitos que esta causa em seus usuários, tratava de um tema polêmico com fibra e coragem, sem amenizar momento algum, entregando uma experiência sensorial irrepreensível, mas que de tão forte, deve ser assistida apenas uma vez. Uma única e marcante vez. Mas a parte "física" da fita não era o grande atrativo ou o grande choque. A degradação física chocava (Ellen Burstyn raquítica, Jared Leto com braços praticamente putrefatos devido injeções e uma Jennifer Connely chegando ao nível mais baixo que se pode imaginar), mas era a psicologia da coisa toda que deixava os sentidos à flor da pele. E é isso que o diretor buscava e sempre buscou durante sua incrível filmografia. Até mesmo o recente O Lutador, que para muitos parece apenas um filme sobre luta livre sem muito sentido, busca nas emoções de seu protagonista, uma forma de existir além do "simples Cinema". O ambicioso e subestimado Fonte da Vida ia além de tudo que o cineasta até então fizera. Viajava no tempo e espaço costurando uma narrativa filosófica e cheia de sentidos, cheia de simbolismos que nem mesmo seu criador consegue explicar. Em Cisne Negro o balé é apenas o pano de fundo para Aronofsky pintar mais um quadro perturbador e fascinante. Aqui, assim como nos demais exemplares, há a degradação física (unhas caindo, pedaços da pele sendo arrancados, espelhos quebrados sujos cacos perfuram a carne...), mas quando o longa mergulha na mente do cisne é que as dimensões tornam-se incomensuráveis. Cisne Negro é o tipo de filme que te transporta para fora da sala de cinema com uma dúvida, um diabinho, com um tridente vermelho e um par de chifres, que lhe indaga questões profundas, que te faz lembrar cada metáfora e simbolismo da obra recém assistida e faz o cérebro criar teorias e paralelos tentando montar o grande quebra-cabeças psicológico. É esse "diabinho" que provoca perguntando se você realmente entendeu o filme, fazendo-nos retornar e apreciar a obra mais uma vez. Não temos aqui várias camadas de sonhos e piões que não param de rodar, temos apenas uma bailarina, sua mente e sua busca pela perfeição.

02 - A Árvore da Vida (dir.: Terrence Malick)

"O único jeito de ser feliz é amando; se não amar, a vida apenas passará por você." - Mrs. O'Brien

Não clamemos Terrence Malick como um gênio. O recluso senhor concebe uma nova obra de anos em anos, e cada trabalho seu é realizado com esmero e paciência, mas nem por isso ele se torna um gênio. Sua filmografia é rica e acima da média? Com certeza. Até mesmo seus filmes menores, como Novo Mundo, por exemplo, são excelentes; mas a superestimação acerca da figura enigmática do cineasta é incabível. Dito isso, posso afirmar que não sou um cinéfilo que se curva para o diretor como muitos fazem, nem brado superlativos aos quatro cantos para descrever suas obras. Considero A Árvore da Vida fantástico, e a direção do longa é a melhor deste ano, mas tenho tal opinião pelo filme em si; não o elogio devido a elogiosa carreira de seu realizador, mas porque o filme, sozinho, merece tais regalos. A Árvore da Vida é, assim como Cisne Negro, uma obra sensorial; porém, na obra de Malick, os sentidos são ainda mais aguçados do que na de Aronofsky. O espetáculo de sons e imagens vai fundo na alma daqueles que compram a ideia da obra, mas perturbam aqueles que não conseguem aceitar as filosofias do diretor. Entende-se, afinal de contas, A Árvore da Vida toma algumas decisões de cunho filosófico e religioso um tanto pessoais e radicais, o que afasta aqueles de opiniões divergentes ou aqueles que não foram ao cinema ouvir a opinião dos outros. É um filme difícil, e compreende-se aqui, mais do que em qualquer outro exemplar lançado este ano, a reclusa de certos espectadores. E aqui, desviando das metáforas e filosofias da obra, faço um comentário: que mágico é o Cinema, não é mesmo? Capaz de tocar profundamente alguns, emocionando-os e fazendo-os refletir, e incomodando tantos outros, que saem durante a sessão. O Cinema é isso, é universal, é um livro em branco propício a receber em suas páginas linhas das mais diversas opiniões; nem que estas não sejam aceitas e ganham, em muitos casos, as vaias e as costas da plateia enraivecida. É uma pena, mas aceitável.

03 - Bravura Indômita (dir.: Joel Coen e Ethan Coen)

"Você deve pagar por tudo neste mundo, de uma forma ou outra. Não há nada de graça, exceto a graça de Deus." - Mattie Ross

Joel e Ethan Coen entregam, mais uma vez, um roteiro magnífico em que os personagens são definidos em poucos segundos. Com algumas palavras e gestos, os perfis de cada um são traçados com elegância e perícia. Cogburn, por exemplo, poderia ser um clichê ambulante, um câncer maligno em toda a trama, mas o roteiro o trata como um homem surrado pelo tempo e pela vida, uma caixa velha cheia de segredos que, diferentes do que muitos pensam, tem medo de muita coisa. Valente e desprovido de muitas emoções, Cogburn em hipótese alguma deve ser considerado herói. Anti-herói, talvez, mas nunca um homem cujos atos devem ser seguidos. Cogburn não é um exemplo, apenas um homem que vive e tira vidas por dinheiro. E o carisma infindável de Bridges faz com que torçamos por um sujeito de características tão reprováveis. Não fosse a sutileza da atuação magnífica do veterano agraciado com um Oscar no ano passado, sentiríamos nojo, desprezo e não nos importaríamos com o destino do mercenário, mas o que acontece é a clara percepção de que o sujeito tem um bom coração; um homem que, mesmo corrompido pelo efeito do tempo e das coisas, pode surpreender com atos de pura bravura. Uma "Bravura Indômita". Mas quem detém o poder da "Bravura Indômita" do título? Todos os personagens são bravos, indômitos. Talvez sejam os Coen; os caras que puseram o western de volta no mapa cinematográfico.

04 - Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 (dir.: David Yates)

"Até o fim!" - Sirius Black

"Olhe para mim... Você tem os olhos da sua mãe." - Severus Snape

Há uma magia na série Harry Potter que fez com que esta durasse dez anos. Não a magia vista nos filmes, com pinturas que se mexem; carros que voam; salgueiros que lutam; mas sim, uma magia pura, simples e inestimável. Algo que ninguém - nem mesmo os responsáveis pela série - pode explicar. A magia a qual me refiro é aquela que moveu uma legião de fãs durante anos e anos; aquela que incentivou crianças a lerem e a escreverem; aquela que apresentou a fantasia e ativou a imaginação na mente de várias pessoas, de diversas idades; aquela incomparável magia que hoje faz com que várias pessoas derramem lágrimas sinceras durante o último e derradeiro filme da maior saga cinematográfica de todos os tempos. A triste despedida já passou. Foi difícil. O que ficou foi um imenso vazio. Foi triste ver aquelas figuras, que acompanhamos por tantos anos, ficarem para trás. Foi um estranho misto de tristeza e alegria ouvir o tema da saga ecoando nos créditos finais. Não posso afirmar, pois o tempo é remoto e imprevisível, mas duvido, realmente, que algo como Harry Potter surja novamente nos cinemas e na literatura. Tenho orgulho de dizer, com uma tristeza inimaginável no coração: eu cresci com Harry Potter.

05 - Meia-Noite em Paris (dir.: Woody Allen)

"Eu sou um sujeito ciumento e confiante. É uma dissonância cognitiva." - Gil

É estranho quando um filme de Woody Allen faz o sucesso que Meia-Noite em Paris fez. Os filmes de Allen são, em geral, semelhantes na sua abordagem visual e todos se debruçam basicamente em um roteiro esperto e original. Digo que o sucesso é estranho pelo fato de que Meia-Noite é aquilo que o diretor está acostumado a fazer; segue a regra do apelo visual simples e do roteiro afiado aliado a um elenco soberbo. Várias outras obras do cineasta, também fabulosas, não ganharam os louros que este ganhou. Talvez a "grande" diferença seja um "pequeno" detalhe. Talvez seja a cidade-personagem da vez, Paris, bela em qualquer enquadramento. Talvez seja o carisma de Owen Wilson - num dos melhores papéis de sua carreira - ou talvez seja a originalidade/inteligência de Allen em alta, ainda mais perceptível do que nos outros filmes. É um filme de Woody, nota-se a sua assinatura em cada diálogo, em cada cena, mas este tem algum segredinho, algum pontinho que o difere dos demais. Tem aquela analogia a sua própria filmografia, aquela volta ao passado deliciosa. Tem Paris e Allen ao mesmo tempo... Ei, aí está o segredo!

06 - Super 8 (dir.: J.J. Abrams)

"Coisas ruins acontecem..." - Joe Lamb

O que há de mais belo em Super 8 é a homenagem de um fã a seu ídolo e à época em que cresceu. J.J. Abrams pega os saudosistas pela mão e os leva de volta à década de oitenta, ao estilo que Steven Spielberg, seu mestre, ajudou a construir. O resultado é uma ode ao inconfundível período que trouxe Os Goonies, ET - O Extraterrestre, Conta Comigo, entre outros, e que marcou Spielberg não só como uma eterna criança, mas como o criador do que hoje conhecemos como "blockbuster". Um grupo de amigos - garotos em sua maioria, com uma garota e outra para equilibrar a coisa toda - e uma situação anormal, uma aventura. Um tesouro, um alienígena cujo peito brilhava, a ponta do dedo acendia e que vivia falando "ET; fone; minha casa" ou o cadáver de um menino eram pretextos para aventuras e descobertas. Na época eram aventuras simples, diversões de uma tarde no cinema, hoje ganham contornos mais complexos. Hoje, cada obra é um portal, uma nostalgia. Hoje são clássicos, exemplos, manuais de como fazer um bom e divertido filme. Foi lendo e relendo estes manuais que Abrams concebeu Super 8. Aqui temos um trem que descarrila e libera de seu âmago de aço uma estranha e perigosa criatura alienígena. Abrams une as características oitentistas com uma abordagem mais atual e pop; o resultado é um longa divertido e emocionante - o final, tocante, é de partir o coração de qualquer nostálgico -, uma obra que, além de tudo, ainda presta uma homenagem ao Cinema em si, revelando-se levemente metalinguístico com os meninos que querem completar seu pequeno filme a qualquer custo, remetendo ao próprio Abrams, a Spielberg, a qualquer diretor ou cinéfilo que, quando jovem, já tentou realizar o seu próprio filme. Há como não se render a uma obra dessas?

07 - Tudo pelo Poder (dir.: George Clooney)

"Você pode começar uma guerra, quebrar o país, mas nunca, nunca durma com a estagiária. Eles te pegarão por isso!" - Stephen Meyers

Tudo pelo Poder tem o melhor - e em maior sintonia - elenco do ano. George Clooney - também diretor da fita -, Ryan Gosling (ótimo, mais uma vez), Philip Seymour Hoffman (numa das melhores atuações coadjuvantes do ano), Paul Giamatti (como o vilão - aparentemente - mais simpático) e Evan Rachel Wood (que se revela o centro da trama a certa altura). Tudo pelo Poder já merece créditos simplesmente pelo fato de não ser um filme político metido a intelectual que complica sua trama e a vida do espectador com diálogos absurdos e traminhas complexas que agradam apenas aqueles que realmente adoram a política; merece elogios também por escapar da armadilha do tédio, fugindo de diálogos massivos, longos e puramente políticos. Com um roteiro coeso e inteligente, o filme caminha com perfeita fluidez, apresentando personagens e situações totalmente críveis, jamais sendo previsível. Clooney, ainda que apresente uma direção convencional, conduz sua obra com firmeza e economia, deixando o elenco e o texto, praticamente sozinhos, fazerem o trabalho. Ninguém é santo e todos estão susceptíveis à corrupção, aos caminhos escusos do poder.

08 - Não me Abandone Jamais (dir.: Mark Romaneke)

"Nunca me ocorreu que nossas vidas, tão intimamente entrelaçadas, poderiam se desmanchar com tal velocidade..." - Kathy

Não me Abandone Jamais poderia muito bem ser uma aventura futurística cheia de efeitos visuais, cenas de ação e clichês do gênero. Poderia se passar numa realidade paralela cheia de mistérios e segredos mirabolantes. A base da trama ajuda. Mas não é isso que acontece. O filme dirigido por Mark Romanek (do bom Retratos de uma Obsessão) é um drama intimista repleto de questões filosóficas. É, também, um romance que foge das convenções do gênero e emociona genuinamente. Melancólico, Não me Abandone Jamais é um filme difícil. Trás personagens tristes afogados num mundo igualmente triste. Da trilha sonora a fotografia, tudo remete a uma tristeza que parece nunca acabar. É uma obra que certamente não irá agradar quem busca histórias de amor e redenção com finais felizes e reconfortantes. Romanek guia o brilhante texto de Alex Garland (o mesmo roteirista do ótimo Extermínio) - baseado na obra de Kazuo Ishiguro - com firmeza. Sem revelar as surpresas da trama antes do tempo e criando um clima opressor e melancólico com sabedoria, o cineasta não se rende a exercícios de estilo ou devaneios tolos, seu objetivo é mostrar a vida e as questões que movem as ações dos personagens. O roteiro de Garland, aliás, desenvolve os personagens com cuidado, revelando detalhes mínimos no decorrer da trama que tornam as pessoas vistas na fita em seres críveis e multifacetados. Não muito rebuscado do ponto de vista técnico, mas profundo se analisarmos sua narrativa, Não me Abandone Jamais é cult sem forçar. Não obriga ninguém a considerá-lo assim. Apenas é. É um drama "simples" que passa sua mensagem sem apelar a sentimentalismos baratos e a clichês desnecessários. Uma obra para ser apreciada e guardada com gosto.

09 - Planeta dos Macacos - A Origem (dir.: Rupert Wyatt)

"Caesar is home." - Caesar

Mas são três pontos que elevam Planeta: a direção de Rupert Wyatt; os efeitos especiais que beiram a perfeição e a atuação cheia de humanidade de Andy Serkis. A direção de Wyatt (e aqui temos um ponto realmente surpreendente) é o pilar do filme: conduzindo com inteligência e talento as cenas de ação e com cuidado e calma as cenas mais dramáticas, Wyatt, que é um estreante nesse tipo de produção, mostra fibra e criatividade durante todo o tempo. Os planos abertos que revelam a cidade ou os closes que focam as mais sutis reações/emoções de Cesar, merecem atenção. E isto nos trás aos efeitos especiais do longa: com realismo impressionante, os símios de Planeta parecem reais. Os pêlos, os movimentos, os olhos; tudo é perfeito e detalhado. E isso ajuda na construção dos personagens e dão aos atores total liberdade. E assim chegamos ao terceiro item: a atuação de Serkis. Perito nesse tipo de projeto, Serkis já interpretou o lendário Gollum, em O Senhor dos Anéis, o King Kong e em dezembro chega aos cinemas em As Aventuras de Tintim, também vestindo os trajes da captura de movimento. Aqui, Serkis prova mais uma vez o seu talento interpretando não apenas um chimpanzé, mas sim, um ser dotado de inteligência e emoções, e cada olhar do ator e movimento, denotam o estudo aprofundado do mesmo com relação ao personagem e ao animal que ele teve de interpretar. É possível ver Serkis ali; podemos ver alguns traços de seu rosto em Cesar, o que dá ainda mais veracidade à atuação do ator. A obra trás também pontos interessantes da própria metalinguagem cinematográfica: até que ponto torcemos pelo "mocinho"? Quem representa o bem e o mal aqui? Tais questões podem soar maniqueístas, mas se tornam interessantes quando percebemos que os humanos são seres desprezíveis - e sabemos disso - e passamos a torcer pelo símio que, sem falar, nos agarra e nos faz pensar como e com ele. E isso é um grande feito dos roteiristas, do diretor, de Serkins e do filme como um todo.

10 - Rango (dir.: Gore Verbinski)

"Socooooooooorro! Abram a porta! Ok; plano B!" - Rango

Ainda que a animação abra inúmeras portas e proporcionem altos voos aos realizadores, deve ser muito difícil escolher um tema para transformar em filme. Tendo em mente que o processo de criação de uma animação é muito longo e complicado, é preciso saber com total certeza o que se deseja fazer. É algo que envolve riscos, talvez seja a área do cinema mais perigosa. Fazer um filme sobre pinguins que dançam é algo muito arriscado. Criar uma obra que conte a história de um robô solitário que não fala é algo perigoso e que pode dar errado; investir anos de trabalho na história de um rato que é cozinheiro também é um feito que pode não ser reconhecido. Assim, chegamos a Rango. É importante que se diga, que, mesmo sabendo que a imaginação das crianças "aceite" bastante coisa, é complicado ter como personagens principais um camaleão solitário e magricelo e uma porção de personagens atípicos que fogem completamente do "desenho bonitinho". São animaizinhos que, mesmo tornando-se fofinhos com o passar do tempo, são esquisitos e podem afundar uma boa ideia. Afinal, ainda que os pequenos "aceitem" bastante coisa, eles são bem exigentes. Rango merece atenção só por isso. Investir em personagens atípicos, estranhos e que tenham algo a dizer. Em resumo, Rango é a melhor animação do ano. E o segundo melhor western, logo atrás de Bravura Indômita.

10 - Win Win (dir.: Thomas McCarthy)

"Merda" - (Quase) Todos os personagens

Juro que quebrei a cabeça pensando em como colocar Win Win na lista de melhores do ano. Eu realmente não queria retirar nenhum outro filme, mas também não gostaria de deixar esta encantadora obra de Thomas McCarthy de fora. Assim, resolvi colocá-lo em décimo lugar empatado com Rango. Você pode considerar isso injusto ou contraditório, já que o TOP 10 passa de uma forma ou outra, para um TOP 11. Têm-se dez posições para onze filmes. De qualquer forma, tive que abrir um pequeno espaço e encaixar essa pequena jóia independente aqui. Estrelado por Paul Giamatti - um dos meus atores favoritos -, Win Win (Ganhar ou Ganhar - A Vida é um Jogo, aqui no Brasil) não é o tipo de filme independente que aposta em personagens tolos e atípicos para contar uma história. Cada personagem aqui é real, crível. As situações aqui retratadas - ainda que absurdas num contexto geral - são perfeitamente aceitáveis, e as resoluções fogem do óbvio ou do maniqueísmo. Esta obra é a típica representação artística simples, mas que rouba nossa atenção pelas suas nuances e camadas. Um bom roteiro, um bom elenco. Um bom filme.

***

Eles quase entraram na lista (em ordem de preferência):

-Namorados para Sempre
-Um Novo Despertar
-Reino Animal
-Em um Mundo Melhor
-Deixe-me Entrar
-Inverno da Alma
-Biutiful
-Reencontrando a Felicidade
-127 Horas
-O Discurso do Rei

Matheus Pereira

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