Crítica - "Invasão do Mundo: A Batalha de Los Angeles"
Já escrevi várias vezes aqui no blog e em vários lugares que quando um filme cumpre o que havia prometido, não há como criticá-lo. Não podemos ignorar os erros evidentes, é claro, mas temos de ser complacentes e entender que aquilo nada mais é do que a confirmação do que já sabíamos e do que era prometido desde o início de sua produção. Já no primeiro trailer de "Invasão do Mundo: Batalha de L.A." podíamos ter certeza que ali estava mais um filmes sobre invasões alienígenas com muita ação, explosões, tiros e patriotismo. Não temos o presidente que reza na frente das câmeras ou faz discursos edificantes que em nada ajudam na hora do caos. Porém temos os soldados que são parceiros, que deixam mulheres grávidas para trás e que nunca desistem. Há, obviamente, aquele que vai se casar e antes do matrimônio parte para a batalha. Há o estrangeiro com nomes inventivos e nunca vistos numa fita do gênero (como Martinez, Santos ou qualquer outro nome latino que surge facilmente na cabeça de alguém). Mas também há aquela adrenalina e aquela ação que todos esperavam. É sabido que muitos esperavam que "Invasão do Mundo" estivesse mais para "Distrito 9" do que para "Independece Day", mas a maioria sabia que o que seria visto pulsando na tela era mais um "Transformers" ou um "Falcão Negro em Perigo" com ETs.
Filmes como "IdM" são feitos seguidamente para cumprirem o papel que este cumpriu: divertir por um tempo, mas não render debates numa mesa com os amigos, ou teorias interessantes acerca de metáforas e segredos escondidos (como, por exemplo, o próprio "Distrito 9" e o ótimo "Cloverfield"). O longa dirigido por Jonathan Liebesman (do ruim "O Massacre da Serra Elétrica - O Início" e do apenas "assistível" "Darkness Falls") é pacote fechado sobre as aventuras de um grupo de soldados, pacote este que poderia ser distribuído para os jovens para que estes ingressem no exército, na aeronáutica ou na marinha. Em outras palavras, um panfleto que exalta as glórias e o poder de um homem com armas na mão.
A história é simples: alienígenas chegam a Terra e acabam com meio mundo para conseguir água (se os ETs de M. Night Shyamalan fugiam da água em "Sinais", aqui, segundo "especialistas", os visitantes indesejáveis queriam nosso bem mais precioso). É isso. O núcleo da trama é sobre alguns soldados que mergulham na batalha para resgatar civís e fazer alguma coisa que preste. O roteiro de Christopher Bertolini (responsável pelo texto de "A Filha do General") tem vários clichês. Além dos já citados no primeiro parágrafo deste texto, algumas frases típicas deste tipo de obra estão lá. Aquelas que você certamente conhece e já viu várias vezes em vários filmes por aí. O roteirista, como era de se esperar, encara seu público como se fosse um bando de dementes: ao ver certo acontecimento no ato final da história, um personagem repete a cena em palavras, para ter certeza de que seus companheiros, e consequentemente os espectadores, entenderam o que acabara de acontecer.
O elenco encabeçado por Aaron Eckhart (agradável em qualquer situação) não foge das regras básicas da atuação. Cada uma faz o seu papel, caminham - ou correm - até suas marcações e pronto. No início os vários nomes que surgem na tela podem confundir, mas não se preocupe, não se importe em guardar os nomes, pois mais tarde alguns personagens serão jogados para qualquer lado e esquecidos, voltando a aparecer no final ou quando são chamados aos berros pelos colegas. A direção é convencional e aposta no estilo semi-documental para dar realismo às cenas. Muita câmera na mão para dar a verossimilhança que tanto apetece produções do tipo.
Bons efeitos e produção caprichada completam o pacote, e mesmo que tenha apontado vários pontos negativos em meu texto, confesso que gostei de "Invasão do Mundo". Talvez não seja o filme que eu indique para os amigos, mas certamente não será aquele que previno as pessoas antes de assisti-lo. Se quiser cenas de ação e correira, é um bom prato. Se não quiser pensar muito e só querer curtir as imagens, é uma ótima refeição.
E eu juro que esperava um "ALISTE-SE, JÁ" aparecer na tela assim que o filme terminou.
Filmes como "IdM" são feitos seguidamente para cumprirem o papel que este cumpriu: divertir por um tempo, mas não render debates numa mesa com os amigos, ou teorias interessantes acerca de metáforas e segredos escondidos (como, por exemplo, o próprio "Distrito 9" e o ótimo "Cloverfield"). O longa dirigido por Jonathan Liebesman (do ruim "O Massacre da Serra Elétrica - O Início" e do apenas "assistível" "Darkness Falls") é pacote fechado sobre as aventuras de um grupo de soldados, pacote este que poderia ser distribuído para os jovens para que estes ingressem no exército, na aeronáutica ou na marinha. Em outras palavras, um panfleto que exalta as glórias e o poder de um homem com armas na mão.
A história é simples: alienígenas chegam a Terra e acabam com meio mundo para conseguir água (se os ETs de M. Night Shyamalan fugiam da água em "Sinais", aqui, segundo "especialistas", os visitantes indesejáveis queriam nosso bem mais precioso). É isso. O núcleo da trama é sobre alguns soldados que mergulham na batalha para resgatar civís e fazer alguma coisa que preste. O roteiro de Christopher Bertolini (responsável pelo texto de "A Filha do General") tem vários clichês. Além dos já citados no primeiro parágrafo deste texto, algumas frases típicas deste tipo de obra estão lá. Aquelas que você certamente conhece e já viu várias vezes em vários filmes por aí. O roteirista, como era de se esperar, encara seu público como se fosse um bando de dementes: ao ver certo acontecimento no ato final da história, um personagem repete a cena em palavras, para ter certeza de que seus companheiros, e consequentemente os espectadores, entenderam o que acabara de acontecer.
O elenco encabeçado por Aaron Eckhart (agradável em qualquer situação) não foge das regras básicas da atuação. Cada uma faz o seu papel, caminham - ou correm - até suas marcações e pronto. No início os vários nomes que surgem na tela podem confundir, mas não se preocupe, não se importe em guardar os nomes, pois mais tarde alguns personagens serão jogados para qualquer lado e esquecidos, voltando a aparecer no final ou quando são chamados aos berros pelos colegas. A direção é convencional e aposta no estilo semi-documental para dar realismo às cenas. Muita câmera na mão para dar a verossimilhança que tanto apetece produções do tipo.
Bons efeitos e produção caprichada completam o pacote, e mesmo que tenha apontado vários pontos negativos em meu texto, confesso que gostei de "Invasão do Mundo". Talvez não seja o filme que eu indique para os amigos, mas certamente não será aquele que previno as pessoas antes de assisti-lo. Se quiser cenas de ação e correira, é um bom prato. Se não quiser pensar muito e só querer curtir as imagens, é uma ótima refeição.
E eu juro que esperava um "ALISTE-SE, JÁ" aparecer na tela assim que o filme terminou.
Matheus Pereira
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Eu também não irei prevenir ninguém de ver esse filme, mas certamente as advertirei que é difícil entender muita coisa, ou, melhor, compreender visualmente as situações, com uma montagem no pior estilo ARMAGEDDON. Não fosse só isso, que já torna o filme insuportável, ele não tem inspiração alguma, criatividade alguma, tensão alguma. Não tem nada, não é nada. Dizer que cumpre o que promete seria demais para BATALHA DE LOS ANGELES. Ele pouco promete, e nada cumpre. Dei 1/10, e inclusive escrevi sobre ele.
Mateus Denardin disse...
26 de março de 2011 às 23:25
Invasão do Mundo é um filme para ser aplaudido de pé! Sensacional nos efeitos, atores, produção e direção de muito estilo. Desde "Independence Day" estava esperando um filme desses com pontos de vistas mais realísticos e sem conversas enfadonhas. Tropa de Elite da ficção científica!!!
Anônimo disse...
8 de janeiro de 2012 às 01:27