Quem diria que a maior pérola do vampirismo da sétima arte seria um filme sueco. Não é que eu seja preconceituoso, é ser realista, afinal, qual o último filme de terror sueco que você assistiu, ou melhor, qual último filme sueco de qualquer gênero que você assistiu? A premissa do filme é simples e parece (apenas parece)ser clichê: um menino retrógrado e extremamente solitário chamado Oskar, 12 anos, vive apanhando dos colegas da escola. Certo dia chegam no apartamento ao lado do dele um homem e uma menina. Junto a eles, estranhos assassinatos chegam na cidade. Oskar acaba virando amigo da também envergonhada e solitária menina chamada Eli, também tem 12 anos, porém, a grande diferença é que Oskar tem 12 anos há alguns meses, semana e dias (o menino conta cada dia de seu ano, desde seu aniversário)já Eli tem 12 anos há uns dois séculos. Por quê? É simples: ela é uma vampira. Aos poucos, os dois se encontram (sempre a noite) e se divertem, do jeito deles, mas se divertem. Aos poucos, também, Oskar nutri uma estranha paixão por Eli. De um jeito muito estranho e com a maior calma do mundo Oskar demonstra isso, e mesmo sabendo um tempo depois, que sua amada é na verdade uma vampira, o garoto segue apaixonado por ela. E é aí que o filme é mais do que os outros exemplares do gênero: Thomas Alfredson leva tudo com uma leveza e com uma sensibilidade impressionantes. Sua sensibilidade é tão grande que sua câmera nunca treme, está sempre estática, tanto nas cenas de horror, assassinatos quanto nas mais lentas. Tudo é mostrado diretamente, sem medo, nada fica escondido. Enquanto cineastas como Michel Bay filmam suas cenas com constantes e confusos cortes, Alfredson mantém tudo na maior calma. Merece ser dito também, que a direção de Alfredson é perfeita e uma das melhores do ano. Sua direção técnica (quadros, planos, ângulos) é perfeita. Planos sequência (o plano sequência na piscina é perfeito é já entrou pra história) e enquadramentos perfeitos chamam atenção e levam "Deixa ela Entrar" a outro patamar: ao patamar da perfeição narrativa e da perfeição técnica. Alfredson não se preocupa em esmiuçar tudo para o espectador, muito pelo contrário, Alfredson deixa várias pontas soltas, que no final, mereciam ficar soltas, pois nos possibilitam inúmeras discussões e interpretações. Uma delas é a sexualidade de Eli. A já polêmica cena de nudez da menina deixa uma dúvida cruel no ar, pois uma cicatriz perto do órgão sexual da menina dá-nos a possibilidade de Eli na verdade ser um menino castrado. Não, não se preocupe, não contei nada de mais, afinal, desde o início da projeção Eli diz que não é uma menina, o que já nos deixa na dúvida, porém, acho que quando ele diz que não é menina ela se refere a não ser humana, e sim vampira, ela não é nem menino nem menina, ela não é um ser humano normal. Outra possibilidade é que vampiros não possuem diferenças entre os sexos, ou seja, todos são iguais. Tudo são interpretações, e no livro (escrito pelo roteirista do filme) esta parte da história é explicada de maneira mais profunda, mas que não funcionaria nas telas de cinema. [O trecho a seguir pode revelar uma parte interessante do filme, não é comprometedora, ou seja, não irá estragar a apreciação do filme, mas leia por sua conta e risco]: Outra grande metáfora (use outro nome, se achar conveniente) é direcionada ao homem que acompanha Eli: o homem não é confirmado como pai de Eli, ele parece mais um servo da vampira, pois ele mata pessoas e tira-lhes o sangue para levar e alimentar a menina, e é aí que está o segredo: o homem possivelmente é um "tipo" de Oskar, ou seja, o homem provavelmente era um menino que conheceu Eli, teve um tipo de caso ou afeição com a menina, e a acompanhou durante anos. Eli, talvez, nem gostasse tanto de Oskar, talvez só estivesse afim de que ele fosse seu novo servo. Mas isto é apenas a pontinha do iceberg. Muitas metáforas (umas claras, outras escondias) estão em "Deixa Ela Entrar", e estas, juntamente com o filme, permanecem impreguinadas em sua mente horas e hora após o término do filme. Você não consegue esquecer, todo momento você lembra do filme e tenta entender suas inúmeras metáforas.
John Ajvide Lindqvist é autor do livro e roteirista do filme. É claro que ficou mais fácil para ele, criador, decidir o que ficava e o que saía do roteiro final. O resultado é um roteiro profundo, cheio de nuances e praticamente isento de erros. A fotografia, que opta pelas paisagens geladas para passar o tom de solidão do filme, merece aplausos. Até mesmo os efeitos especiais merecem destaque (o ataque dos gatos e a morte de um vampiro que queima à luz do sol são impressionantes). O filme é extremamente detalhista, e vale lembrar que o filme se passa, mais ou menos, na década de setenta, e isso é claro devido a pequenos detalhes espalhados pelo filme.
Enfim, Deixa Ela Entrar pega, dobra (ou rasga em pedacinhos) e coloca no bolso (ou pisa) qualquer filme sobre vampiros desde Entrevista Com o Vampiro, e é um dos melhores exemplares do terror da década, apesar de não se ater apenas ao horror, podendo se encaixar como um drama ou romance, dependendo do ponto de vista. É um dos melhores filmes do ano, e dificilmente sua refilmagem (já programada e dirigida por Matt Reves, de Cloverfield) será melhor. Enquanto alguns destroem a cultura dos vampiros, transformando-os em idiotas afeminados sem qualquer vestígio de cultura vampiresca, Alfredson e sua equipe cultivam a verdadeira origem dos sangue-sugas (só entram na residência se forem convidados, que dá nome ao filme, não resistem à luz do sol, animais tem aversão a espécie, entre outras características já conhecidas) dando a estas uma nova versão sem fugir das raízes. É interessante constatar que o melhor exemplar é um simples e completo filme sueco, e não um descerebrado filme norte-americano.
Nota: 10 / 10
A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou Travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o Festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão(samhain significa literalmente "fim do verão" ).
A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:
Origem Pagã
A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam início ao ano novo celta. A “festa dos mortos” era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para nós seriam “o céu e a terra” (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrada com ritos presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como “médiuns” entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.
Origem Católica
Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar “Todos os Mártires”. Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (panteão) num templo cristão e o dedicou a “Todos os Santos”, a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra do Todos os Santos inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e “All Hallow Een” até chegar à palavra atual “Halloween”.
Bem, agora que você já conhece um pouco sobre a origem do Halloween, é interessante dizer, que hoje, os conceitos do Halloween são bem diferentes do original. O que antes era um ritual, uma comemoração, hoje é dita como diversão, embora se comemore, o Halloween mais diverte do que faz pensar. A imagem do medo do terror é praticamente errônea, os filmes de terror lançados constantemente usam o "dia dos mortos" para poder fazer sucesso, ou seja, com o passar do tempo é que o Halloween foi incorporando esta imagem sobrenatural, devido a comemoração ser voltada principalmente para os mortos.Mas como o nosso assunto é cinema, vamos ver os cinco filmes que merecem ser assisitidos nesse Halloween:
1 - O Exorcista
Quer sentir medo? Quer sentir seu coração bater tenso e apertado? Quer tremer a cada ruído? Quer fechar os olhos e se esconder a cada cena? Quer tampar os ouvidos para não escutar a voz gutural da menina possuída? O Exorcista é o filme certo. Na minha opinião, este é o filme mais assustador de todos os tempos. Em 2001 o filme fora relançado com onze minutos de cenas inéditas. O resultado? O filme fora, novamente, um sucesso, e mesmo quase trinta anos depois o filme gelou a espinha dos espectadores. Dentre as cenas mais notáveis, a pobre Regan, possuída, desce as escadaria de sua casa como uma aranha, jorrando sangue pela boca, e fazendo uns ruídos assustadores. O filme vencera os Oscar de Roteiro Adaptado e Edição de Som, e fora o primeiro e único filme de horror indicado ao prêmio de Melhor Filme. Um feito até hoje insuperável. A cena do exorcismo final entrou para a história do cinema, as longa cena do ato religioso é tensa e inesquecível. Assista se tiver coragem.
2 - Halloween - A Noite do Terror
O filme de John Carpenter trás a alma do Halloween tão forte, que seu poder está até no nome. Em 1978 o pscicopata Michael Myers estreava no cinema para fazer história. O ano é de 1963, Michael Myers, uma criança de 6 anos, ataca a própria irmã, Judith Myers com uma faca e é trancado no Instituto Psiquiátrico Smith´s Grove, onde fica sob os cuidados de Dr. Sam Loomis, e 15 anos mais tarde, o maníaco escapa do manicômio e passa a perseguir três jovens: Laurie Strode, Annie e Lynda. O Maníaco torna uma obsessão para o psiquiatra Dr. Loomis, que passa a seguir os passos do seu paciente serial killer. Um detalhe: Myers foge no dia de Halloween. O filme custou 325 mil, arrecadou 47 milhões só nos EUA e gerou sequências e recentemente uma refilmagem. Na época das gravações, devido ao baixo orçamento, não fora contratado um figurinista, o que fez com que os atores viessem com as roupas que usavam no dia a dia.
3 - A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
Ok, ok! Sei que este nem é um filme de horror, mas é bem obscuro e remete diretamente ao Halloween. Esta ótima obra de Tim Burton diverte e tem cérebro. A lenda do cavaleiro que perdera a cabeça e voltara anos depois para se vingar é puro Halloween. Tem tudo a ver. Até porque, no Halloween, rezam as lendas, que o cavaleiro volta com uma abóbora (um dos símbolos da dara comemorativa) no lugar da cabeça que fora arrancada. Tudo remete a Halloween: as abóboras estão lá, a obscuridade está lá, a lenda está lá, e até mesmo o nome da cidade (Sleepy Hallow) remete ao nome HALLOWeen. Logo, não poderia ficar de fora desta pequena lista. Burton usa os bons atores e a excelente cenografia, juntamente com a excelente direção de arte, para compor uma história emocionante, divertida e até mesmo aterrorizante. Um ótimo programa para o Halloween, ou cá para nós latinos: Dia das Bruxas.
4 - A Hora do Pesadelo
Não podia faltar, não é mesmo? Wes Craven lançara em 1984 um dos maiores ícones do horror: Freddy Krueger. Todos ficaram reciosos de dormir, e acabar "sonhando" com Krueger. Caven conta a história do molestador de crianças que é assassinado pelos pais de suas vítimas e volta para se vingar das pessoas envolvidas e suas famílias. Não é um primor de originalidade, mas há algo no filme que faz com que várias pessoas o admirem. Talvez sejam as mortes, talvez seja o "carisma" do vilão. Vieram seis (!) sequências, e uma refilmagem está chegando. É realmente um grande feito e um grande programa para o Halloween.
5 - Drácula de Bram Stoker
Uma aula de cinema na minha opinião. As trucagens, os efeitos, o figurino, a direção de arte, o roteiro, o clima teatral do filme, as atuações, e é claro, a direção mejestosa de Fracis Copolla. Tudo em perfeita sintonia. O tom humano dado ao Drácula é o melhor do filme, é o que surpreende. A edição de luxo no DVD é imperdível para cinéfilos! Lá, Copola e toda a produção explicam como fizeram as trucagens, os figurinos e os ensaios! Uma verdadeira aula de cinema! Imperdível! Os vampiros não podiam faltar! Halloween sem vampiro é Natal sem Papai Noel. É claro que existem outros filmes sobre vampiros melhores que este, mas este me conquistou, e como cinema é um primor, e já que o assunto aqui é cinema, este tem lugar reservado.
Enfim, Halloween sempre movimenta os cinemas, as escolas, as redes televisivas e outros meios, e quem ganha somos nós, quando algum filme realmente bom é lançado. Alugue, veja algum filme na TV ou se fores um medroso, fique dormindo ou leia um bom livro de horror. Halloween é uma data comemorativa especialmente norte americana, mas nós, aqui no sul, vamos no vácuo, vamos no embalo desta data tão aterrorizante. No final, o importante é se divertir e, é claro, assistir bons filmes.
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Em DVD - Crítica - Transformers - A Vingança dos Derrotados
3 comentários Postado por Matheus Pereira às 12:47Tudo, realmente tudo, apresenta problemas em Transformers 2. Da direção repetitiva de Michael Bay até a montagem irresponsável. Do roteiro capenga até as péssimas e irritantes atuações. Até mesmo os efeitos especiais, que eram para ser os grandes atrativos do filme, pecam.
Michael Bay, diretor de filmes apenas divertidos, como Armageddon, o primeiro Transformers e Pearl Harbor, não está dando a mínima para o roteiro. Ele só está preocupado com a bilheteria e em dar dor de cabeça nos espectadores, devido às constantes explosões. Travellings usados em exaustão e pouquíssima criatividade irritam. Várias vezes, um reflexo de cor azul aparece no meio da tela, devido à fotografia capenga, que deixou passar vários erros de iluminação, deixando reflexos aparecerem em vários momentos. Bay não se preocupa com detalhes de roteiro nem de direção, apenas coloca todas suas forças nas cenas de ação. Uma coisa que o crítico Pablo Villaça escreveu em sua crítica e que eu também havia notado, foi no momento em que cinco Decepticons (robôs do mal) descem no fundo do mar para salvar seu líder que lá estavam. Enquanto estes cinco robôs descem, um homem vê no radar do navio, cinco pontos desconhecidos descendo rapidamente ao fundo. E logo após estes cinco robôs salvarem o líder e subirem, todos juntos, o homem diz que agora seis pontos estão subindo. Bem, até tudo está certo, não é mesmo? Não, não está, porque um dos cinco robôs que desceram foi sacrificado para que o líder pudesse ressuscitar, logo, cinco robôs desceram e cinco subiram, um deles ficara no fundo. Um erro tão, mas tão grande que dá vontade de levantar e parar de assistir o filme. Outra parte de uma burrice enorme, é na cena em que um dos personagens leva um choque para ficar quieto, e uns trinta segundos depois está em pé, conversando e rindo como se nada tivesse acontecido.
A montagem usada de maneira errônea, entrecortada, chega a assustar por ser tão, digamos, amadora. Por incrível que pareça, o filme torna-se chato devido a montagem ruim e a uma duração maior do que deveria. Os atores que interpretam os pais do personagem principal pagam mico em cenas que forçam ser engraçadas e acabam apenas irritando. Megan Fox só está no filme para mostrar o corpo e correr em câmera lenta. O que se sai é Shia LaBeouf, que consegue salvar algumas cenas devido ao carisma. John Turturro é esnobado. O pobre coitado passa vergonha, por situações ridículas.
Até mesmo os efeitos especiais, que deveriam ser o grande atrativo do filme, apresentam falhas. Por mais que os robôs do bem sejam diferentes dos robôs mal, nas cenas de luta é muito difícil saber quem é quem, pois além da direção abusar dos cortes rápidos e da montagem capenga, várias vezes confundimos os amontoados de lata e parafusos. Muitas vezes nem sabemos que está apanhando em quem está ganhando. A transformação acontece (um erro herdado do primeiro) de maneira muito rápida, não é possível ver onde as portas do carro normal ficam no corpo do robô já transformado, por exemplo. A única parte do carro que percebemos claramente, são as rodas, de resto, tudo são latas, ferros, parafusos e peças que eu nem sabia que existia em um carro, e afinal, como um carro normal transforma-se num robô daquele tamanho? E por que quando eles voltam ao normal (forma de carro) os carros nunca estão sujos ou danificados, e sim limpos e perfeitos? São detalhes pequenos, que juntos, formam uma enorme bola de neve. Tudo acontece rápido com muitos cortes. O espectador não tem tempo de apreciar nada, não consegue fixar-se em nada, e talvez por isso que os efeitos apresentem problemas.
O roteiro dispensa críticas ou análises. Cheio de furos e um emaranhado de clichês, o roteiro de Transformers 2 nos faz sentir vergonha por eles. Com explicações absurdas e uma falta de profissionalismo, por vezes, o filme lembra Indiana Jones ou O Código da Vinci, pelo fato do personagem principal viajar para outro país em busca de artefatos e tudo mais.
O filme é tudo o que um adolescente sem nada na cabeça quer: ação, explosões, robôs, faculdade e suas aventuras, cenas engraçadas para quebrar o clima de "opressão" (Nossa!!), Megan Fox sendo usada como material erótico, garotas lindas arrebitando o traseiro enquanto um rabo metálico sai de suas costas com uma língua (!!!!!!) na ponta. Enfim, o filme fora um estrondosa bilheteria, o que mostra que o povo está cada vez mais preocupado em deixar o cérebro fritar com explosões do que colocar o mesmo para pensar. E enquanto as pessoas derem dinheiro para pessoas como Bay, e companhia ilimitada, mais filmes como esse serão lançados, infelizmente.
Nota: 4/10
Há alguns dias, a versão "pirata" do trailer, gravado numa sala de cinema, vazou na internet, mas é claro que esta versão não veio parar aqui. Resolvemos esperar pela versão em alta definição para você poder assistir da melhor maneira, aqui só as coisas boas aparecem, não as ruins e capengas.
'Avatar' nos conduz por um mundo espetacular além da imaginação, onde um herói relutante embarca numa jornada de redenção, descobertas e amor inesperado, ao liderar uma batalha heróica para salvar a civilização.
O trailer abaixo tem três minutos de duração (!) e o filme estréia dia 18 de dezembro.
Maravilhosos Filmes Ruins
É isso gente! Cinema é tão bom, mas tão bom, que até quando é ruim é bom! Quem de nós não tem seus clássicos trash preferidos, daqueles que provocam riso involuntário e ainda nos deixam curiosos em saber por que diabos aqueles atores se envolveram em tamanho abacaxi? Eu, com certeza, troco qualquer filme morno, sem graça e de realização mediana por um desses clássicos que constam da lista de premiados com o Framboesa de Ouro (prêmio entregue na véspera do Oscar aos piores do ano, escolhidos pelo público que vota pela Internet).
Glitter – Mariah Carrey brilha muito nessa história da pobre menina boazinha e de grande talento, que não conhece sua mãe, ambiciona ser cantora e se envolve em um romance trágico. Atuações deliciosamente constrangedoras, acompanhadas por diálogos que parecem escritos por um time de roteiristas cuja média de idade é de 6 anos. Definitivamente antológica a cena em que, após sair do show que a consagrou, a pobre menina boazinha vai encontrar sua mãe em uma casinha no meio do mato usando a mesma roupa do show, um vestido longo e justíssimo. Ao se encontrarem, como Mariah não consegue nem andar com o tal vestido, dá só dois passinhos de gueixa e a mãe corre para abraçá-la, numa das cenas mais engraçadas envolvendo figurinos embaraçosos da história do cinema.
Eu Sei Quem Me Matou – Lindsey Lohan, em papel duplo que lhe rendeu duas Framboesas de Ouro de pior atriz, dá show nesse thriller indescritível, cujo roteiro abilolado e lisérgico reserva várias surpresas. Destaque para a cena em que Lohan, antes de subir ao palco para realizar um strip, costura de volta o próprio dedo que acabara de cair. Para quem acha que já viu tudo em matéria de cinema.
Destino Insólito – Esse eu faço questão de recomendar para aqueles que odeiam a Madonna. É uma oportunidade única de ver a diva pagando um mico indescritível. Apanha, passa o diabo e ainda por cima está mal fotografada! Talvez vingança do marido, o usualmente bom Guy Ritchie, que foi convencido por ela a dirigir este abacaxi. Impossível destacar uma cena só, pois todas são de altíssima qualidade, no gênero quanto pior, melhor. De todos os indicados nessa lista é o que mais provoca sentimento de “vergonha pela pessoa”, ainda mais porque a pessoa em questão é ninguém menos que a poderosa Madonna!
Descubra seus clássicos. Nada de preconceito! Garanto que você vai rir e chorar ou, para ser precisa, chorar de rir!
Marcadores: Framboesa de Ouro

O tempo todo analogias são forçadas, em um didatismo irritante como se fôssemos incapazes de compreender uma situação que, sejamos francos, é do conhecimento de qualquer adulto minimamente bem informado. Chega a ser ofensiva tamanha exposição de humanitarismo fast food, fazendo pouco caso da inteligência da platéia. O tão elogiado personagem central Wikus, não desperta simpatia alguma, por mais familiarizada que eu esteja com o conceito de anti herói. Burocrata burro, que não enxerga um palmo diante do nariz, só resolve reagir e encarar a óbvia verdade, quando a coisa piora a níveis absurdos para o seu lado e não lhe resta outro recurso a não ser buscar ajuda entre aqueles que até então oprimia. Isso faz com que sua redenção movida pelo interesse e embalada por uma musiquinha étnica e melosa de dar nos nervos perca toda a força, coisa que o roteirista parece não perceber.
Personagens estereotipados, de maldade desmedida e comportamento previsível, dignos de qualquer filmezinho B e que tiram qualquer credibilidade de um filme que se assuma como sério também estão presentes, como o sogro de Wikus e o líder das tropas de ataque aos aliens. Também não faltam situações clichês como aquela em que o alien descobre todas as maldades realizadas contra seus semelhantes, entra em crise e em meio a balas zunindo por todos os lados é convencido por seu amigo humano e interesseiro a pensar em seu filho e continuar lutando por sua vida. Ao retratar a situação do Distrito 9, sempre recorrendo a rasas metáforas, o filme consegue mais reforçar preconceitos do que combatê-los. O tom caricatural dos personagens e das cenas, faz com que qualquer boa intenção ideológica se dilua e seja perdida em meio a um festival histérico de sangue, violência e efeitos especiais. A cena final em que o lagostão alienígena carinhosamente confecciona uma florzinha com suas próprias garras em meio a um lixão é desde já, um dos mais ideais exemplos de humor involuntário de que se tem notícia. Ao pretender ser tocante e obviamente obter uma resposta emocional da platéia, consegue apenas ser engraçado pelo absurdo da situação.
A idéia central do filme, que era interessante, apresentava o desafio de uma abordagem menos panfletária, mais austera e comedida. Infelizmente, um conjunto de escolhas erradas fez com que uma boa idéia fosse desperdiçada. A boa bilheteria e o final em aberto prometem uma segunda parte. Boa sorte a todos os envolvidos. Desta vez, manterei distância.
Nota 5/10
Marcadores: Distrito 9
Por Matheus Pereira
E as lembranças ainda borbulham em minha memória. Lapsos de nostalgia fazem meus olhos se fecharem automaticamente enquanto lembro de cada filme. Espero que toda essa nostalgia e essa emoção andem lado a lado com as palavras de meu texto. Segue abaixo a segunda parte dessa matéria a qual considero como "a que mais estou gostando de escrever" de todas.

O Pianista - Imagine que você, que agora está aí sentado lendo estas palavras, no conforto do lar (ou de uma lan house, ou na casa do amigo), é um judeu perdido em plena Segunda Guerra Mundial? Passando por várias necessidades, dentre as quais, mergulhar a cabeça dentro de um balde de dejetos para poder se alimentar. Imagine, você, que provavelmente é um sedentário, como mais de noventa por cento da população é, andando por uma rua em que corpos deterioram pelas sarjetas, em que mães choram a morte de seus filhos e em que o mundo desmorona. Poucos filmes causam o que esta obra-prima de Roman Polanski causou. Poucos atores conseguem o que Adrien Brody conseguiu: seu trabalho é rico em detalhes. Com uma história tão profunda e cheia de nuances, O Pianista é um dos melhores filmes da década. A cena em que o personagem de Brody anda de um lado para outro sem largar um lata de ervilhas é engraçada, mas ao mesmo tempo triste, a cena em que é revelado o motivo de uma mulher não parar de chorar, fica na memória.

Gangues de Nova York - Muitos não gostam deste filme de Martin Scorsese. Eu gosto muito. Têm erros em seu roteiro, mas a sua técnica e a diversão que o filme proporciona apagam todos os erros que aparecem de vez em quando. Com uma trilha sonora que envolve até mesmo U2, uma direção de arte que recria com perfeição a Nova Iorque de outrora, com figurinos ricos em detalhes (notem o envelhecimento de alguns), com efeitos especiais que de tão bons passam desapercebidos (afinal, é esse o objetivo dos efeitos: parecerem reais), com uma direção que dispensa comentários (é Scorsese, oras! O que mais queriam?), um ótimo elenco (com Daniel D. Lewis no meio, qualquer elenco fica bom e qualquer ator é ofuscado, as vezes em grande, as vezes em pequena escala) e um roteiro, que apesar dos erros, consegue ser bem bolado, apesar de clichê em alguns momentos. No texto sobre Gladiador (na primeira parte desta matéria), falei que havia algo em sua receita que fazia com que gostasse dele. Aqui, a mesma coisa acontece: alguma coisa escondida na poeira de suas batalhas sangrentas faz com que eu goste deste filme. A batalha final e a original e inteligente tomada que encerra o filme, em que mostra a evolução de Nova Iorque no transcorrer dos anos são excelentes.


Extermínio - Gosto muito de Danny Boyle. Além de ótimo diretor, acho-o um sujeito simpático. Seu último filme, o superestimado Quem Quer Ser Um Milionário?, recebeu inacreditáveis oito (pausa para a exclamação: !)Oscar, um deles fora para Boyle, que fizera filmes melhores. Um dos diretores mais ecléticos que eu já vi, Boyle fez de aventura (o bom e divertido A Praia) a filmes infanto-juvenis (Caiu do Céu). E o diretor aventurou-se até mesmo pelo suspense/horror. E olhe só: o resultado foi um filme forte, inteligente e muito divertido. O vírus dissipa-se e aniquila a cidade em 28 dias (28 Days Latter, título original), alguns sobreviveram e lutam para continuar deste jeito. É claro que hoje, essa história parece extremamente clichê, mas creio, que todos eles se basearam no filme de Boyle. Ver Cilian Murph caminhar por uma cidade deserta e devastada é chocante. Filmado de forma documental, o filme consegue ser o mais realista possível, e por ser estrangeiro (o filme é britânico) o filme não teve o devido espaço. Uma sequência surgiu a pouco tempo, não é ruim, mas não chega nem aos pés da obra original. A cena em que o personagem principal sai do hospital e descobre que a cidade fora evacuada, como eu já dissera, é chocante.
Sinais - M. Night Shyamalan está aqui de novo. E acho que vai aparecer de novo apenas mais uma vez. O diretor viciado em seres extraordinário e fantásticos e finais surpreendente, lançara o filme Sinais, que falava sobre estranhos sinais que apareciam nas plantações do mundo inteiro. No início não se sabia do que se tratava, aos poucos, a família de Mel Gibson foi descobrindo a verdade da pior maneira: sentindo na pele o medo que os alienígenas impuseram. Muito divertido e com uma boa premissa, Sinais é muito bom de ser assistido, eu mesmo já assisti umas cinco vezes e nunca me canso. E o melhor: o filme é cheio de metáforas, a começar pela água que a menina bebe e posteriormente diz que não quer mais, pois o gosto é ruim: acredita-se, que esta água tornava-se santa/benta, após a menina bebê-la, ou seja, a menina tinha poderes, que viriam a ajudá-los contra os invasores, por isso a menina não gostava da água, pois após bebê-la a água não era mais "comum". Enfim, Sinais é entretenimento e um bom exercício metafórico. A cena em que um alienígena aparece no telhado de um tipo de casa ou galpão, e a cena em que aparece caminhando durante um festa de aniversário, são arrepiantes.
Prenda-me Se For Capaz - Eis Steven Spielberg aqui, novamente! Muito, mas muito divertido, este filme com Tom Hanks (excelente) e Leonardo DiCaprio (em ótima forma) é inteligente muito divertido, outra prova do que eu dissera no texto sobre Minority Report: Spielberg sabe misturar estilos, inteligência, diversão e emoção como ninguém. Spielberg é mestre! Baseado em uma história real, o filme conta a história de um jovem falsificador que aproveita a vida como ninguém: gasta e ganha muito dinheiro e faz sucesso com as mulheres. Tudo seria perfeito se Tom Hanks não ficasse em seu encalço. Spielberg ainda aparecerá aqui mais e mais vezes, afinal, este é um dos meus (e de várias pessoas) cineastas favoritos e um dos mais competentes, pois passe o tempo que tiver que passar, Spielberg nunca perde a forma, e quando esta forma ameaça balançar, ele lança ou uma obra-prima ou um arrasa quarteirões. Prenda-me Se for capaz pode não ser nenhum deles, mas é um grande e divertido filme. Seu melhores momentos talvez sejam as conversas entre Hanks e DiCaprio.
Estrada Para Perdição - Sam Mendes pela segunda vez, e Tom Hanks pela... bem deixa pra lá. Aqui nesta adaptação de uma HQ, Mendes viaja pelo mundo obscuro dos gângsters e leva um menino (filho de Hanks que é um gângster) pela estrada da perdição. Violento, inteligente, adulto, "Estrada" parece ser tudo, menos um adaptação de HQ. O elenco excelente e um roteiro cuidadoso, fazem de "Estrada" um filme para poucos, pois são poucos que realmente gostam. A fotografia merecedora do Oscar é perfeita e detalhista. Hanks, como sempre, está ótimo, e Mendes tem um estilo que me instiga, não descobri qual é, mas este me facina. A cena em que Hanks mata um outro personagem enquanto uma forte chuva cai, é excelente, amparada é claro, pela brilhante fotografia.
Ainda esta semana, postarei a terceira parte, espero que tenham gostado...
...e comentem...
Um dos filmes mais surpreendentes descobertos em DVD. Em JCVD, Jean-Claude Van Damme diz sobre si mesmo tudo o que há de mais deletério e cruel.
Críticos interessados em achincalhar Jean-Claude Van Damme sob qualquer prisma – como ator, celebridade, até como pai ou homem – ficam avisados de que perderam o bonde: não há nada de cruel ou deletério que possam dizer sobre o baixinho belga (inclusive isso, que ele é baixinho) que o próprio não diga, com franqueza brutal, em um filme surpreendente lançado diretamente em DVD. Em JCVD, Van Damme, astro decadente da pancadaria, interpreta – quem haveria de ser – Van Damme, astro decadente da pancadaria. Na sequência inicial, ele arfa e geme para dar conta de chutar e golpear um punhado de vilões; "tenho 47 anos", justifica ao diretor do filme que está rodando, que o olha com desprezo indisfarçável. Desesperado para achar algo melhor para fazer, pressionado moral e financeiramente em um humilhante processo pela guarda conjunta de sua filha (a menina diz ao juiz que não quer ficar com o pai porque, cada vez que um de seus filmes passa na televisão, ela tem de aguentar zombarias na escola) e há várias noites sem dormir, Van Damme, de passagem por sua Bruxelas natal, ganha uma descompostura de uma motorista de táxi: quem ele acha que é, diz ela, para se recusar a bater papo. Tenta tirar dinheiro de um caixa automático, e seu cartão é recusado. Vai ao banco, e não querem lhe entregar a quantia pedida – porque o banco, na verdade, está sob assalto. E os assaltantes têm a brilhante ideia de fazer parecer que é Van Damme o ladrão. O mais triste: ninguém, da polícia à imprensa e curiosos que se aglomeram na rua, duvida que ele possa ter chegado a esse ponto. Nem os pais dele (interpretados por atores), que perguntam, chorosos: "Como isso foi acontecer, meu filho?".
JCVD é, de ponta a ponta, uma ficção – exceto no que realmente interessa ao seu protagonista e também produtor executivo: o mecanismo da espiral descendente que não raro engole os astros desse gênero, e a amargura avassaladora que ela pode provocar. Há oito anos um filme de Van Damme não chega aos cinemas brasileiros. Ele é, hoje, estritamente uma celebridade de videolocadora. A chave para tal decadência não está apenas nas limitações do talento ou na idade. Está, sobretudo, em um paradoxo que os ícones dessa área raramente compreendem na juventude, quando ainda há tempo para equacioná-lo: para um astro de ação perdurar, ele tem de ter bem mais que músculos – precisa de inteligência. Do tipo que produz autocrítica, que alerta para a efemeridade do sucesso nesse segmento e analisa alternativas. Os outros três astros que por muito tempo dominaram o gênero ilustram bem o resultado de uma visão lúcida – ou da falta dela. Bruce Willis, o mais versátil e dedicado, estabeleceu uma carreira que, não obstante as irregularidades, vende saúde. Arnold Schwarzenegger percebeu antes mesmo que o público seu deslize rumo à insignificância, e partiu para uma bem-sucedida aventura política. Sylvester Stallone só é viável porque escreve, produz e dirige seus filmes – mas vive do passado. Van Damme está em situação ainda pior: não se desafiou como ator, não cultivou o trânsito junto aos grandes estúdios americanos, preferindo o jogo fácil e rápido dos produtores asiáticos e europeus, e não se preparou para um segundo ato. Este é o que ele tenta iniciar, na marra, com JCVD. De alguma forma, consegue: embora exponha seus fracassos e falhas de maneira calculada, Van Damme às vezes exala um pânico tão genuíno que chega de fato a comover. O que é bem mais do que se pode dizer de qualquer outro dos quase quarenta filmes que ele fez até aqui
NOTA = 9,5
Eu me chamo Rychard Mendonça Neves, mas podem me chamar de Richar Neves, é mais fácil. Com enorme prazer escrevo esse texto para agradecer a, competentíssima, equipe do blog PIPOCA NET, por me convidarem para fazer parte dessa maravilhosa equipe. Eu sou cinéfilo a mais ou menos 16 anos, logo, eu sou apaixonado pela 7ª arte e, adoro conversar a respeito de todos tipos de filmes: filmes PIPOCAS, filmes cults, filmes estrangeiros e até mesmo filmes de animações. Discutir sobre filmes é uma questão principalmente de respeito, e através desse blog estamos aqui para levar informações atuais do cinema mundial, críticas de filmes, curiosidades, nostalgia e etc. Para que você leitor se atualize cada vez mais com esse magnífico mundo paralelo, que é o mundo cinematográfico, e crie a sua própria opinião para discutir aqui conosco, postando os vossos comentários. Eu, Richar, juntamente com Matheus Pereira, Caio e Anabela faremos um trabalho árduo, porém, totalmente prazeroso para trazer a notícia em primeira mão para vocês, os nossos leitores.
Assim como foi escrito aqui pelo nosso, "gran chef", Matheus, coisas novas virão, e com certeza o blog mudou. Para melhor. Podem apostar e continuem com a gente, vocês não se arrependerão.
E sem mais para o momento, eu me despeço com uma frase dita pelo personagem Truman Burbank, representado pelo ator Jim Carrey, no filme O Show de Truman: "Bom Dia! E uma Boa Tarde! E se caso eu não os verem mais hoje uma Boa Noite!"
Nossa equipe agora está completa. Coisas novas virão, e com certeza o blog mudou. Para melhor.
Peço desculpas novamente, e em breve, muito breve, novas surpresas virão, para o melhoramento do blog. Mas isso, você saberá muito em breve. Aguarde!
Matheus Pereira
No último De Cinéfilo Pra Cinéfilo, falei sobre as injustiças do Oscar de 2000 a 2004. Hoje, para terminar, de 2005 a 2009.
2005
2006
Um bom ano. Dos cinco indicados, apenas dois são realmente bons: Munique e Crash. Não gosto de O Segredo de Brokeback Mountain, nem de Capote nem de Boa Noite e Boa Sorte. No lugar destes três colocaria King Kong, Match Point e O Jardineiro Fiel. Colocando ou tirando filmes o melhor do ano fora Munique. Nenhum, conseguiu superar a perfeição da obra-prima de Steven Spielberg. Vangloriaram o filme Ang Lee que perdeu para Paul Haggis e o seu ótimo Crash que por sua vez merecia ficar chupando dedo enquanto o melhor da noite recebia o prêmio. A mesma coisa acontece na categoria de Direção: Spielberg fora o melhor, faria as mesmas trocas feitas na categoria principal. Felicity Huffman merecia o prêmio de Melhor Atriz muito mais que Reese Witherspoon. Munique merecia: Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Trilha Sonora e Edição. Não levou nenhum. É complicado escolher o melhor Roteiro Original entre Match Point e Crash, então, prefiro não opinar nessa categoria, pois adoro os dois filmes. Peter Jackson merecia uma vaga de melhor Direção.
2007
Este divide o público e a crítica até hoje. O Oscar o qual todos sabiam o final(Scoresese ganhando o prêmio de mehor direção) não agradou muita gente, inclusive eu. Filhos da Esperança era com certeza o melhor filme do ano, e sequer foi indicado às categorias principais. Merecia além de ser indicado, merecia vencer. No lugar de Pequena Miss Sunshine, colocaria o recém citado, no lugar de A Rainha, colocaria United 93 (em Filme e Direção), manteria Os Infiltrados, Cartas de Iwo Jima e Babel. Alfonso Cuarón merecia o prêmio de melhor direção, mas nem fora indicado. Adriana Bazarra merecia o prêmio de Atriz Coadjuvante por Babel. O excelente O Labirinto do Fauno merecia o prêmio de Roteiro Original e mais espaço. Filhos da Esperança merecia o prêmio de Melhor Fotografia. Os Infiltrados não merecia o prêmio de Roteiro Adapatado, o qual deveria ir para Filhos da Esperança. Um ano bem injusto.
2008
Sangue Negro é um obra-prima. E Onde os Fracos Não Têm Vez, não chega nem aos seus pés. Pena que os membros da Academia não viram isso e deram-lhe quatro Oscars, enquanto a Sangue Negro, apenas dois (muito merecidos: ator e fotografia). P.T. Anderson fora o melhor diretor, e o seu filme possuia o melhor roteiro adaptado e merecia uma indicação a Trilha Sonora. É difícil entender, como A Bússola de Ouro e seus efeitos capengas ganharam dos efeitos espetaculares de Transformers. no lugar de Juno, colocaria Na Natureza Selvagem, em Filme e Direção, e no lugar de Conduta de Risco, colocaria O Gângster. Paul Dano merecia uma vaga como Ator Coadjuvante. Um triste ano, o qual a Academia daqui a uns dez anos, olhará para tras e se arrependerá.
2009
Oito Oscars para um dos piores dos cinco indicados.
-O Curioso Caso de Benjamin Button merecia o prêmio de melhor filme e melhor direção
-Quem Quer Ser Um Milionário?
-O Leitor tiraria e colocaria O Cavaleiro das Trevas
-Frost/Nixon o segundo melhor entre os indicados
-Milk - A Voz da Igualdade tiraria e colocaria O Lutador
Ben Button merecia os prêmios de Roteiro Adaptado, Trilha Sonora, Arte, Maquiagem, Efeitos Especiais(estes últimos três foram conquistados)e Edição. Austrália merecia uma indicação a melhor Fotografia e acho que Frank Langella fora o melhor dos indicados, acho seu trabalho mais desafiador e realmente de um ator, não um ator que interpreta a si mesmo(apesar de muito bem) e um papel que não fora muito difícil para outro. Ao contrário do que alguns pensam, acho este ano bem forte, com muitos filmes bons. Pena que fora tão injusto.
Bem, a próxima edição terá 10 indicados na categoria principal, mas mesmo assim, certamente terá injustiças, as quais provavelmente serão comentadas daqui a dez anos. Por mim, ou por outro cinéfilo.
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Pesso desculpas pelo texto mais curto, mas o tempo que tive também fora curto. Espero que tenham gostado, sexta feira tem mais, e espero, sem atrasos...
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Marcadores: Cinema, De Cinéfilo Para Cinéfilo, Oscar
Outro risco que corro, mas vou ser obrigado a correr, será a comparação que farei a seguir. Talvez nem seja uma comparação, talvez seja só um ponto de vista. Mas tente entender, ver o meu ponto de vista. David Fincher é um dos melhores diretores que surgiram nos últimos anos, depois de Seven e este Clube da Luta, Fincher lançou o excelente Zodíaco, o ótimo O Quarto do Pânico e o sensacional O Curioso Caso de Benjamin Button, dentre outros filmes já lançados. Nesta curta carreira, Fincher mostrou apenas uma parte de sua vasta inteligência, sua excelente e perfeita técnica e o seu poder narrativo. E é agora que Fincher me remete a outro nome: Stanley Kubrick. Sim, Kubrick e Finhcer têm mais em comum do que você imagina: ambos são perfeccionistas, ambos levam um bom tempo para filmar, ambos possuem em suas filmografias filmes secos e violentos, ambos possuem roteiros claramente críticos e subjetivos, ambos adoram adapatar romances, contos, entre outros, ambos rodam várias vezes a mesma cena, ambos ousam em quadros, ângulos e planos até então inimagináveis, ambos já trabalharam no setor de efeitos especiais, entre outras semelhanças. Não quero compará-los, Kubrick é rei, é mestre e tudo o que você possa imaginar, sua carreira já está consolidada e é insubstituível, Finhcer ainda tem muito o que aprender e o que dirigir, mas posso afirmar sem medo: Fincher é o novo Kubrick, e se não for, é o que chegou mais perto. Repito: não quero compará-los, isto é impossível, só acho que os dois são bem parecidos.
Edward Norton é um ator inteligente e extremamente talentoso. Até hoje, o ator nunca me decepcionou. Aqui, a sua insônia assusta, e a sua loucura surpreende. Norton rouba a cena. Brad Pitt também está ótimo, e faz um bom trabalho e um dos maiores feitos de sua carreira: não ser ofuscado por Norton. Helena Bonham Carter interpreta a si mesma, e faz um ótimo trabalho. Elenco na medida com completo domínio sobre o texto. Os efeitos especiais são de primeira e surpreendem pela perfeição. Mas esta parte técnica da crítica (elenco, direção, roteiro, efeitos especiais, trilha sonora e etc.) é tão chata de ser comentada em um filme como esse (cheio de interpretações e análises) que resumirei em poucas palavras:
Clube da Luta é indispensável. É perfeito. É aquela velha história de "tecnicamente perfeito e narrativamente excelente". É polêmico. É importante. Poderia ficar horas aqui escrevendo sobre cada palavra dita (direta e indiretamente), mas farei uma coisa melhor: assista ao filme o quanto antes e se você não gostar, é porque: ou não viu o mesmo filme que eu, ou não entendeu ou não quis entender esta obra-prima de David Fincher.
Clube da Luta é, e provavelmente continuará sendo, o filme mais FODA dos últimos anos, ao lado de gigantes como O Senhor dos Anéis e Sangue Negro. É pagar, ou apanhar, pra ver!
Por Matheus Pereira
Nesta matéria especial, não escreverei sobre os melhores filmes da década, pois isto eu deixarei para o final, bem pro final da década. Aqui, falarei sobre os melhores momentos. Os momentos que mais me marcaram. A cena, a fala, o diálogo, até porque, o filme pode possuir uma cena marcante, mas não ser um dos melhores da década. Sinceramente, não sei até onde esta matéria vai. São tantas cenas e momentos, que não sei se me lembrarei, não sei em quantas partes esta matéria será dividida. Não sei quantos momentos colocarei. Depois de que ela estiver completa, eu volto e edito-a corretamente, dividindo-a em partes (Parte 1, 2, 3...). Não sei até onde vai, deixarei meu coração falar...
Beleza Americana - Esqueça o tal "sonho americano". Aqui, tudo é desmascarado e somos apresentados ao verdadeiro cotidiano de uma família norte-americana. De que adianta a fachada bonita se por dentro está tudo ruindo? De que adianta o bom trabalho se a única recompensa é a financeira? Aqui, a metáfora fala alto. A flor que dá nome ao filme "American Beauty" é o verdadeiro retrato da vida norte americana. Bonita por fora, feita de pétalas de um vermelho bem vivo, mas que não possui aroma, não passa de uma flor bonita para os olhos, feia para o interior. Assim é o ser humano, bonitinho por fora, mas podre em seu âmago. Suas atuações dedicadas e excelentes andam lado a lado com a direção concisa de Sam Mendes e com um dos roteiros mais originais, ousados e inteligentes da década.
Náufrago - Sim, o coadjuvante mais lembrado da década não é um ser humano, e sim uma bola de vôlei. Isso mesmo, uma bola chamada Wilson. Nesta mistura de drama com toques de aventura, Tom Hanks dá uma aula de atuação e de como carregar um filme inteiro nas costas. Um dos filmes, em minha opinião, mas completos desta década. Com um início que mostra o que tem que mostrar, um desenvolvimento excelente e um desfecho perfeito. O filme não se limita apenas ao resgate do personagem principal, e sim a todo o seu retorno, mostra como o personagem se reabilita a tudo aquilo que não tinha na ilha onde ficou (em certa cena, Hanks pega um isqueiro e o acende apenas apertando um botão, enquanto na ilha, ele machucava as mãos para conseguir uma pífia chama). A construção/desconstrução do personagem principal é perfeita. Sua única companhia era uma bola, a qual ele conversava a todo o momento. A cena em que Hanks está em alto mar e perde o Sr. Wilson e começa a gritar o nome do amigo é um dos mais marcantes momentos da década!






Bem, por enquanto é só. Esta é apenas a primeira parte de muitas e muitas. São tantos filmes que nem sei quando a matéria terminará. Estou muito entusiasmado com essa matéria. Além de escrevê-la para você, leitor, escrevo para mim mesmo, para meu próprio coração. Sinto que tenho que liberar estas palavras, que tenho que torná-las públicas. Amo escrever sobre cinema, amo que as pessoas leiam os textos. Gosto de pensar que pessoas dividem comigo mesmas opiniões e que divergem em algumas delas. Esta é com certeza a matéria que mais estou gostando de escrever. Espero que esta seja a que você mais está gostando de ler. Ainda esta semana posto a segunda parte. Espero que gostem e que acompanhem...
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