
Parker, ao descer do trem e caminhar pela estação, encontra um belo filhote de cachorro da raça akita. Parker leva o cãozinho para casa e lá permanece por uns dias. A identificação entre Parker e o cachorro é tanta, que o casal resolve ficar com o cão e não doá-lo como queria a esposa anteriormente (um dos poucos clichês da história: a esposa que não concorda com a permanência do animal). Aos poucos o cão vira um membro da família, e a amizade entre eles é tão bela que a falta de acontecimentos nem é notada. Todos os dias, Hachi acompanhava seu dono até a estação, e depois ia buscá-lo. Como todos devem saber (e aviso aqui que se você ainda não sabe e não quer saber de um momento importante da história, volte a ler a crítica mais adiante), Parker morre dando aula, e não volta. Hachi sente a falta do dono como ninguém, e todo dia no mesmo horário, ele ia até a estação esperar o dono que nunca mais retornaria. Assim Hachi fez por nove anos seguidos.
Serei franco com você: como a história termina, pouco importa. Você pode assistir oa filme, sabendo do desfecho, tranquilamente, pois o que importa não é o fim, e sim, o meio da história. Todo o relacionamento, toda a amizade. O roteiro tem seus tropeços, como a esposa que não admite a adoção do cão, momento cômicos que destoam do clima predominante do longa (o genro de Parker, que é mostrado com o típico "quase-retardado) e o uso desnecessário do ponto de vista do animal, que apesar de ser tecnicamente belo, não serve para a história. Como eu já havia citado, Sempre ao Seu Lado está muito mais para drama do que para uma comédia fofa com cachorros, e dá para constatar isso logo no início com a melancólica trilha sonora. E por falar em trilha, um outro problema do filme reside neste quesito. A trilha é belíssima, mas a forma como é usada no filme é exagerada. A trilha, no meu ponto de vista, tem de acompanhar o filme, e não aparecer mais que o mesmo, e isto acontece em Sempre ao Seu Lado. Além de repetir várias vezes a mesma música, ás vezes ela se destaca do longa e destoa.
Mas são pequenos problemas perto de toda a emoção e profundidade da história. Dirigido com leveza e atuado com simplicidade, Sempre ao Seu Lado pode não ser um dos melhores filmes do ano, mas com certeza é uma das melhores surpresas. Prepare os lenços e se emocione com a simples história de um cão e seu dono.
Nota: 8,5
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