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O Melhor da TV - 2014


O Melhor da TV
2014 

 


House of Cards talvez seja a série favorita dos cinéfilos, os amantes do Cinema. Seu formato - com temporadas lançadas inteiras de uma só vez - e seu elenco estão mais para o Cinema do que para a TV. A liberdade criativa, porém, é algo que só se vê ultimamente na televisão. A escalada de Frank Underwood ao poder é um legítimo épico político escrito com precisão e conduzido com maestria. Com a despedida de Bryan Cranston e seu Walter White, Kevin Spacey toma o posto como o melhor ator com o melhor personagem da TV.

 


Refilmagens e readaptações de histórias preestabelecidas em outras mídias geralmente não funcionam. Quando o Cinema tenta adaptar a TV e vice versa às coisas tendem a não dar certo. Com Fargo, porém, o resultado é surpreendente. Baseada no filme homônimo de Joel e Ethan Coen, a série utiliza o nome, a ambientação/clima e os personagens atípicos para contar uma história completamente nova e regada a muito sangue, idas e vindas. A maior diferença, porém, é que a série vai além e consegue ser melhor que a obra original.



Assim como Fargo, True Detective é uma antologia, ou seja, contará uma história diferente com personagens distintos a cada temporada. O novo formato parece estar em moda entre os estúdios televisivos e a criação de Nic Pizzolato é um dos melhores exemplares dessa nova abordagem. Estrelada por Matthew McConaughey e Woody Harrelson (ambos genais), True Detective não se furta de muita filosofia, metáforas e belas paisagens para contar a história de uma investigação que dura anos e cujo impacto não se mostra apenas nas vítimas. 



Assim como a maioria das séries britânicas, Sherlock é curta: três episódios. Nessa rápida caminhada, Sherlock abraça toda a emoção e o impacto que a maior parte das séries alcança apenas com treze ou mais episódios. Com tão poucos capítulos, a série do detetive mais famoso do mundo acaba tendo uma premiere e uma finale quase que consecutivamente, deixando pouco espaço para respirar. Entre roteiros excelentes, um elenco fantástico e técnica impecável, a única ressalva está no fato da série ir ao ar só a cada dois anos.



A comédia sempre foi um ótimo veículo para estudo de personagens e acontecimentos. Louie, mistura de drama e comédia de Louis C.K., busca falar sobre o banal, o corriqueiro, a rotina que, no limiar, é tão importante quanto os fatos inéditos ou raros. Louie fala de relacionamentos, solidão, infância, paternidade, depressão, humor e a indelével passagem do tempo. Nenhuma outra série, de qualquer gênero, foi capaz de dialogar com o público em tão pouco tempo (episódios de aproximadamente 20 minutos), revelando um pouco do personagem principal e do próprio espectador.



Game of Thrones é uma série tão debatida durante sua exibição que pouco resta a ser dito sobre ela. Verborrágica e anticlimática na maioria das vezes, Game of Thrones é daqueles sucessos inexplicáveis. Como uma série tão pesada, complexa (são infinitos os personagens, lugares e acontecimentos) e dramática como ela pode fazer tanto sucesso? São vários os motivos. Entre eles a história, profunda e envolvente; cheia de intrigas e reviravoltas, a trama vai e vem, surpreende e subverte as expectativas do espectador. Outros motivos envolvem o elenco fantástico, os vilões que adoramos odiar, os melhores efeitos especiais da TV, os figurino, a direção de arte, a fotografia, etc. É coisa de primeira linha.



Tiremos o elefante da sala: Orange is the New Black não é uma comédia. Ainda que funcione e agrade quando analisada dessa forma, OITNB está muito mais para o drama do que para os risos. Ainda que a trama escape, aqui e ali, para situações engraçadas e absurdas, grande parte de seu tempo é destinado ao relacionamento entre as personagens e as reviravoltas que acontecem no presídio. OITNB é, na verdade, um dos maiores trunfos do mundo das séries: além de se passar, basicamente, em um só lugar, o show é inteiramente protagonizado por mulheres. Em um mundo machista como o que vivemos, assistir uma história corajosa como esta, inteiramente carregada por mulheres, é um alívio.


 

 Depois de se mostrar como a melhor estreia de 2013, Masters of Sex retorna firme para aquele que é um dos piores momentos para uma série: o segundo ano. Toda série promissora que surpreende na primeira temporada sofre para garantir e provar a qualidade no ano seguinte. Não é à toa, por exemplo, que muitas séries tenham o seu pior momento durante as segundas temporadas. É um momento perigoso, em que a série já não mais novidade, mas também está longe de ser uma veterana. É uma adolescente e, por isso, precisa se reafirmar e provas suas capacidades a cada instante. Nesse jogo de afirmações e comprovações, Masters of Sex se sai maravilhosamente bem.


 

The Newsroom tem certo valor sentimental para mim. Foi a série, aliada a uma série de outros fatores, que me inspiraram a seguir o pelo rumo jornalístico. É claro que o programa está longe de apresentar a realidade de uma redação ou do jornalismo como um todo, mas a série se esforça para abordar temas atuais e relevantes. A licença poética de Aaron Sorkin pode beirar o absurdo, mas os diálogos e os personagens são tão bons que a implausibilidade de alguns acontecimentos ficam de lado. É bem verdade, também, que o humor do show não é dos melhores ou mais sutis, mas no momento que vemos Jeff Daniels em cação, proferindo suas rápidas e cortantes palavras, esse problema também pode ser esquecido. Sim, The Newsroom tem seus problemas, mas ela encanta de uma ótima maneira e é uma pena que não retorne para novas temporadas.

10º


The Affair é um surpreendente exemplo da originalidade e ousadia da televisão. A trama acompanha o relacionamento extraconjugal entre duas pessoas. Pronto. O fio condutor é este. A diferença da série para outras tantas histórias semelhantes é que The Affair divide sua abordagem em dois pontos de vista. Cada episódio é dividido em duas partes iguais; uma mostra o ponto de vista de Noah, a outra a perspectiva de Alison. A diversão está nas diferenças entre o que Noah e Alison viram. Quem tem razão? Quem está mentindo? Os roteiristas tem a incrível habilidade de construir uma trama complexa e envolvente, cheia de camadas, em volta de uma ideia simples. Uma das melhores estreias do ano.

Gravity Falls
Over the Garden Wall
Apenas um Show

Olive Kitteridge
Klondike
The Normal Heart

Matthew McConaughey por True Detective
Kevin Spacey por House of Cards
Clive Owen por The Knick

Robin Wright por House of Cards
Claire Danes por Homeland
Lizzy Caplan por Masters of Sex

Jeffrey Tambor por Transparent
Rick Gervais por Derek
Louis C.K. por Louie

Taylor Schiling por Orange is the New Black
Julia Louis-Dreyfus por Veep
Emmy Rossum por Shameless

Cary J. Fukunaga - Ep. Who Goes There? - True Detective
Neil Marshall - Ep. Watchers on the Wall - Game of Thornes
Steven Soderbergh - Ep. Method and Madness - The Knick

House of Cards
True Detective
Louie

1 comentários:

Não acompanho séries, mas "House Of Cards" em muito me chama

14 de dezembro de 2014 às 17:56  

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