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A versão estendida de O Hobbit – Uma Jornada Inesperada tem 13 minutos de cenas novas, estendidas e/ou reeditadas. Diferente do que acontecia nas versões estendidas da Trilogia O Senhor dos Anéis, os minutos adicionais aqui inseridos não causam grande diferença. Não acontece aqui, por exemplo, o que aconteceu com a versão estendida de As Duas Torres, onde o ritmo do filme era amplamente beneficiado pelos 42 minutos extras. Não há, portanto, em O Hobbit uma grande alteração; a narrativa não fica mais ou menos fluida e o ritmo não é alterado. Em resumo, se você não gostou da versão original de Uma Jornada Inesperada, não assista a versão nova, pois ela não conserta nenhum erro considerável. Caso você tenha gostado, assim como eu, deste primeiro filme, a versão estendia pode ser uma boa opção, já que trás alguns detalhes interessantes para os fãs de O Senhor dos Anéis e de todo o Universo da Terra Média.

E é esta a graça dessa nova versão: detalhes, diálogos e pequenas cenas que agradam aqueles que são fãs. Pode ser encarada, também, como a versão definitiva de Peter Jackson, já que trás reedições em cenas que não funcionavam na primeira versão, e que puderam ser mais bem trabalhadas para este lançamento em DVD e Blu-Ray. Além disso, trás pequenas ligações com a trilogia original e alguns breves segundos que ligam sutilmente este primeiro capítulo ao segundo, A Desolação de Smaug. De todo modo, volto a frisar que esta versão estendida não se compara aos 48 minutos inseridos em O Retorno do Rei, por exemplo, que tornam o desfecho da trilogia original praticamente em um novo filme. Pode-se dizer que esta versão estendida de Uma Jornada Inesperada trás três ou quatro cenas muito interessantes, sendo duas delas realmente importantes ou, no mínimo, mais esclarecedoras.

A primeira cena adicional – e esta é uma das importantes – está inserida no prólogo em Erebor. O prólogo tem uma interessante nova cena envolvendo o antigo rei dos anões e Thranduil, onde Bilbo, através da narração em off, esclarece com mais detalhes o motivo da briga, da quebra da aliança entre elfos e anões. Bilbo diz que a fissura da parceria pode ter começado, segundo os elfos, pelo roubo de um tesouro pelos anões. Já na versão dos anões, os elfos não teriam oferecido o preço adequado por uma espécie de presente ou tesouro. A cena é importante – e deveria estar na versão original – por deixar mais claro o motivo que levou a omissão dos elfos durante o ataque de Smaug. Com essa pequena cena, toda a rixa que vem depois e a negação dos elfos ficam mais bem entendidas. O final da cena trás também um pequeno momento de Bilbo, expressando sua opinião negativa acerca das brigas entre anões e elfos.


Outra das cenas interessantes envolve Girion tentando acertar Smaug com as lanças que são mostradas em detalhes – e ganham importância – no segundo filme, A Desolação de Smaug. A cena é interessante por ligar sutilmente o primeiro ao segundo capítulo. É quase como um plano detalhe que se transforma em recompensa posteriormente na narrativa.

Uma cena também interessante, e que deveria constar na versão original, envolve Bifur e Bilbo durante o jantar logo no primeiro ato. Bifur é o anão que, basicamente, não fala inglês. Na cena nós podemos entender porque o sujeito não fala durante o filme, e quando emite algum som, trata-se de alguma palavra na antiga língua dos anões. São pequenos segundos que consertam um pequeno problema da versão original.

 

Outras duas pequenas cenas merecem atenção: a primeira, trás Bilbo fitando o Um Anel em uma pintura em Valfenda. A mesma pintura que aparece na trilogia original e trás Isildur lutando contra Sauron, que tem em um dos dedos o brilhante e chamativo Anel. A outra cena se passa durante o Conselho que conta com Gandalf, Galadriel, Elrond e Saruman. Nessa sequência, Gandalf comenta sobre o desaparecimento do último Anel mágico dos anões, e levanta a questão de Sauron e todo o perigo que ele representa. É uma boa adição, já que liga essa nova história à O Senhor dos Anéis e aproveita para lembrar um antigo e conhecido personagem, além de prever o que acontece nas aventuras posteriores.

Além disso, as demais cenas são adições divertidas, mas funcionam apenas como curiosidades. Em uma, podemos ver Bilbo quando criança, encontrando Gandalf pela primeira vez durante uma festa no Condado. Há uma cena adicional em Valfenda, onde Kili confunde um elfo com uma elfa; todos brincam insinuando que os elfos são todos iguais e possuem uma música muito melancólica. Isso leva Bofur a cantar. O detalhe da cena é que o anão sobe em uma espécie de bancada de pedra. Essa bancada é a mesma vista durante a formação da Sociedade em A Sociedade do Anel, e é nela que o Anel é colocado durante a reunião. Outra nova cena envolvendo uma nova música é inserida durante a sequência na cidade dos Goblins e trás o rei dos Goblins cantando uma estranha canção. É a inserção mais inútil de todas: a cena não funciona e a música é péssima.


Outras cenas adicionais envolvem Bilbo andando por Valfenda e conversando com Elrond; breves momentos inseridos na cidade dos Goblins – em um deles os anões tentam explicar porque foram parar ali –; Gandalf conversando com Elrond sobre Thorin; Bilbo fugindo de Gandalf enquanto faz compras na feira do Condado; os anões tomando banho em uma das fontes de Valfenda e algumas reedições em certas cenas. Essas novas edições são interessantes, pois trazem concertos técnicos nas sequências. Peter Jackson e sua equipe, com mais tempo para trabalhar, provavelmente resolverão ajustar algumas coisas. Algumas cenas trazem frames diferentes ou deletados; ou então pequenas cenas vistas de ângulos diferentes. Tudo isso feito para melhorar pequenos problemas de continuidade. Alguns pequenos momentos são colocados no lugar de outras cenas apenas para dar uma pequena fluidez visual. Coisas pequenas que talvez passem despercebidas pela maioria. 


Em resumo, essa versão estendida vale a pena para aqueles que são fãs do universo e gostaram da versão original do filme. Além disso, os boxes em DVD e Blu-Ray vêm cheios de extras. São várias horas de documentários e entrevistas que não devem em nada para os apêndices da trilogia original. O box é menor e mais discreto que os estojos individuais em DVD de O Senhor dos Anéis – Versão Estendida, mas é de um bom material e bem bonito. Caso não esteja interessado nos treze minutos adicionais do filme, vale pelos extras.

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