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Especial Oscar 2013 #08 - Os Melhores Diretores

Steven Spielberg não dá as caras na categoria de Melhor Direção desde 2005, quando foi indicado por Munique, uma de suas obras-primas. Pois o maior diretor de Hollywood está de volta e promete levar o terceiro Oscar pra casa. Se a vitória irá se concretizar é impossível dizer, mas a indicação é certa. Lincoln tem se mostrado favorito a vários prêmios (inclusive Melhor Filme e Ator) e Spielberg pode ganhar mais uma estatueta com o seu “filme sério” mais rentável. Há alguns anos a Academia não premia um grande filme, de um grande estúdio, com elenco estrelado e comandado por um grande diretor. Lincoln tem todas as ferramentas para fazer bonito no Oscar.

Ben Affleck pode roubar a cena e vencer a disputa. Mas é muito cedo para discutir isso. O fato é que há alguns anos seria impossível imaginar Affleck disputando um Oscar de Melhor Direção ao lado de Steven Spielberg e Ang Lee. Era difícil imaginar o sujeito como diretor! De qualquer forma, Affleck merece respeito, e seu filme, Argo, é Cinema em seu máximo. Lincoln pode até levar o grande prêmio, mas Affleck será indicado não por nada, mas para disputar voto a voto a estatueta.

Kathryn Bigelow é, sem dúvida, uma grande diretora; o problema, porém, é que todo o hype em torno de seu trabalho é um tanto descabido. Não assisti Zero Dark Thirty ainda, mas toda a empolgação e superlativos jogados ao vento antes da estréia do longa eram absurdos. Todo o burburinho se dava, em grande parte, porque era o novo longa de Bigelow, uma mulher corajosa, a primeira vencedora do Oscar. Não é para tanto. Seu trabalho merece ser reconhecido, mas não enaltecido por ser de uma mulher, ou por ser de uma mulher que fala sobre assuntos polêmicos. Teremos uma lista com Bigelow e Tom Hooper, outro artista superestimado, e veremos Paul Thomas Anderson de fora. Uma pena.

Ang Lee é uma das certezas entre os indicados. Constante nas listas dos sindicatos e associações, Lee mais uma vez estará entre os cinco melhores do ano. As Aventuras de Pi é um filme lindo e incrivelmente bem dirigido. É, particularmente, ao lado de Brokeback Mountain, seu melhor filme. Lee conduz sua nova obra com sensibilidade notável, mostrando total domínio da técnica e da narrativa. Lee, acima de tudo, transformou uma história difícil – tida por muitos como infilmável – em algo palatável, abrangente em suas pretensões e tocante em suas investidas mais íntimas. É um belo trabalho de um artista em grande momento.  

Tom Hooper já tem um Oscar. Não vai ganhar novamente – talvez nem seja indicado – mas provavelmente estará lá, roubando o lugar de outro (Paul Thomas Anderson...). Les Misérables tomou força sem precedentes na metade do caminho, mas sua queda foi ainda maior e mais surpreendente. Os críticos se dividiram, mas o público comprou a idéia do musical. Não deve ganhar muita coisa, mas promete ser indicado a uma porção de categorias.

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