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Os Melhores da Década
As 10 Melhores Atuações Da Década
(Atores)


Apesar da década ter terminado em 2009 (alguns veem a década de 2001 até 2010, o que não é errado; eu prefiro de 2000 a 2009), as listas dos "Melhores da Década" ainda continua. Depois de apresentar alguns filmes que considero os melhores da década e os melhores personagens, decidi postar a lista com as dez melhores atuações masculinas dos anos 2000. Essa lista já estava pronta há um bom tempo, mas só agora decidi postá-la. A lista com as "dez melhores atuaçoes femininas da década" será divulgada em breve. Meu plano é compilar e postar mais duas listas: "Melhores Direções" e "Melhores Cenas/Momentos"; além disso, continuarei postando os filmes do meu TOP 20 da Década.

01 - Daniel Day-Lewis em "Sangue Negro"

Daniel Day-Lewis é, sem dúvida, um dos maiores/melhores atores que já vi. Ainda que seja conhecido por ser "anti-social" ou excêntrico (a mania mais famosa: ele mergulha de tal maneira na composição dos personagens que mesmo quando não está gravando, está interpretando o personagem. Ele alega que acha muito mais fácil entrar e não sair do personagem do que entrar e sair todo o tempo). Ainda que tenha aparecido pouco na última década, toda vez que apareceu roubou a cena e provou ser um monstro do cinema. Em "Gangues de Nova York", de Martin Scorsese, Lewis dividiu a cena com Leonardo DiCaprio, que, em tese, seria o protagonista da obra. Resultado: Lewis roubou a cena, foi indicado ao Oscar de Melhor Ator e é tido como protagonista por alguns (ainda que fosse o antagonista, era a figura mais carismática e marcante em cena). Até em obras menores Lewis marcava: "Nine", de Rob Marshall, é uma obra fraca, que só não foi um desastre cinematográfico total devido ao ótimo elenco, em especial da persona de Daniel. Mas a atuação que merece todos os louros e eufóricos aplausos é a de "Sangue Negro". Interpretando o magnata do petróleo Daniel Plainview, Day-Lewis venceu vários prêmios da crítica e firmou, de uma vez por todas, todo o seu talento (alguns ainda duvidavam de seu talento devido a escolhas erradas do passado). Com atuação monstruosa onde as palavras são poucas para descrevê-la, Lewis tornou "Sangue Negro" numa obra ainda melhor, e discordo piamente de quem diz que a única coisa que presta em "Sangue Negro" é a atuação de Lewis. A obra dirigida por Paul Thomas Anderson é poderosa, profunda, ácida e um profundo estudo da ganância humana. A atuação perfeita no filme perfeito. O confronto final entre Plainview e o pastor Eli já entrou para a história do cinema recente.

02 - Heath Ledger em "Batman - O Cavaleiro das Trevas"

Uma das estrelas mais brilhantes da década alcançou o ápice e o fim de sua trejetória em menos de dez anos. Depois de interpretar personagens pequenos em filmes igualmente pequenos, Ledger decidiu que não queria ser mais um rostinho bonito, e posteriormente esquecido, da indústria. Subindo degrau após degrau, Ledger alcançou o respeito mundial ao interpretar Ennis Del Mar no superestimado "O Segredo de Brokeback Mountain", recebendo elogios de crítica e público e uma indicação ao Oscar. Mas o sucesso veio mesmo com a interpretação de Coringa no fabuloso "Batman - O Cavaleiro das Trevas", de Christopher Nolan. Roubando a cena até mesmo do herói do título. Os prêmios e elogios não vieram apenas porque o ator falecera, mas sim porque sua atuação é simplesmente, e inquestionavelmente, maravilhosa. Não há como negar um prêmio a ele. Uma das maiores revelações da década. Uma das maiores perdas. Na mesma medida. Resta apenas imaginar o que aquele brilhante ator ainda seria capaz de fazer.

03 - Javier Bardem em "Onde os Fracos Não Têm Vez"

Como muitos ja disseram, Anton Chigurh, interpretado por Javier Bardem no excelente "Onde os Fracos Não Têm Vez", é a personificação do mal. Não se conhece a origem, os reais motivos de sua existência, seus reais objetivos e sua imprevisibilidade é uma de suas maiores características. Ele - assim como a maldade - chega de repente, faz o que deve fazer e vai embora para espalhar dor e sofrimento em outro lugar. O início, o meio e o fim da obra dirigida por Joel e Ethan Coen provam isso. Bardem injetou sadismo, maldade e loucura pura no olhar de Chigurh. Não há olhar mais psicótico que o dele quando pergunta para um pobre senhor num bar qual fora sua maior derrota no cara ou coroa. A explicação que dá ao velho após este vencer e ganhar a moeda é que ele não pode colocar a moeda no bolso pois ela se irá se misturar com as outras e se tornará um moeda comum; isso se aplica a própria realidade. Ele é uma "moeda". Pode não ser a da sorte, mas com certeza não é uma moeda comum. Nem ele, nem o estupendo ator que lhe deu vida.

04 - Sean Penn em "Sobre Meninos e Lobos"

Sean Penn é um dos meus atores favoritos. Dono de uma versatilidade incrível e de uma carisma que as vezes não condiz com sua persona verdadeira, Penn já entregou papeis memoráveis. São tantos que é impossível citar apenas um. É doloroso, por exemplo, listar apenas sua atuação em "Sobre Meninos e Lobos" como uma das melhores da década. Sua atuação em "21 Gramas", magnífico filme de Alejandro Gonzáles Iñárritu, é igualmente fantástica. Sua atuação em "Milk", de Gus Van Sant, é extraordinária. Até em filmes menos conhecidos Penn merece fartos elogios e aplausos, como em "O Assassinato do Presidente". De qualquer forma, é na obra dirigida pelo mestre Clint Eastwood que Penn se sobressai. Interpretando um pai que perde a filha e busca vingança (na mais superficial descrição de seu personagem), Penn emociona e revolta na mesma medida. Faz sentir e pensar. O título dado a obra aqui no Brasil (num raro exemplo de que o título daqui pode ser melhor que o original) é a mais pura descrição do que acontece no longa. É sobre meninos e lobos. Quem são os meninos ou os lobos, e como essa frase vai ser interpretada, depende de cada espectador. Só sei que Penn vai de menino a lobo e vice versa com maestria nata.

05 - Philip Seymour Hoffman em "Capote"

Philip Seymour Hoffman é o típico camaleão. Ator respeitado, Hoffman não é o tipo de ator que move massas para assistir seus filmes (Missão: Impossível 3 tinha Tom Cruise no elenco...). Seu estilo não agrada a todos e seus personagens sempre são os mais humanos. Entre a crítica e a maioria dos cinéfilos, Hoffman faz sucesso. Depois de trabalhar algumas vezes com Paul Thomas Anderson e uma série de outros cineastas ao lado de uma série de atores, Hoffman roubou a atenção de todos ao interpretar Truman Capote, em "Capote" de Bennett Miller. Particularmente, a atuação de Hoffman é a força motriz da obra que não é tão boa como dizem. Atuação tão boa quanto, é a concebida pelo ator em "Dúvida", de John Patrick Shanley.




06 - Johnny Depp em "Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra"

Johnny Depp é um dos atores mais carismáticos e queridos do cinema recente. É estranho constatar que sua melhor atuação, ou a mais inspirada, não venha de um personagem de algum filme de Tim Burton. Dirigido por Gore Verbinski, a trilogia "Piratas do Caribe" tem muitas qualidades. História interessante e bem escrita, efeitos especiais, ação e aventura, romance, piratas e... Jonny Depp. Não há espaço para ninguém quando o Capitão (ênfase no "capitão) Jack Sparrow entra em cena. Com um caminhar esquisito e jeitinho duvidoso, Depp fez um pirata único; um pirata - vejam só! - pop. É a atuação que todos querem ver, que merece elogios de todas as partes. Crítica e público concordam: a atuação de Depp como o pirata Jack é magnífica e divertida.


07 - Christoph Waltz em "Bastardos Inglórios"

Atores que aparecem de repente e não deixam espaço algum para outros atores merecem todo o destaque do mundo. Se alguns atores necessitam de apadrinhamento ou uma carreira razoavelmente estruturada para darem um salto maior e conquistarem a crítica, outros surgem sem muito aval dos críticos ou dos colegas de profissão e causam o maior rebuliço. Christoph Waltz foi catapultado para a fama em "Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino. Interpretando o cruel Hans Landa Waltz é a maior qualidade da obra de Tarantino (o que é um feito notável, já que "Bastardos Inglórios" tem muitos méritos). Vencedor de vários prêmios ao redor do globo, Waltz já garantiu projetos para o futuro. Pode ser que ele nunca mais apresente a atuação poderosa como a que concebeu em "Bastardos Inglórios", pode ser que ele nos presenteie com mais e mais atuações fabulosas. De qualquer forma, a atuação de Waltz como Landa já marcou a história da última década.


08 - Tom Hanks em "Náufrago"

Tom Hanks é meu ator favorito. Existem inúmeros atores no mundo. Inúmeros já passaram na frente das mais diversas câmeras, mas Hanks é o ator que mais me cativa. Versátil e com jeitão simpático, Hanks, como todos, já tropeçou no decorrer de sua carreira, mas todos os erros são esquecidos ante as atuações memoráveis que já concebeu. Na última década, Hanks entregou, no mínimo, duas atuações fantásticas: em "O Terminal", de Steven Spielberg e em "Náufrago", de Robert Zemeckis. Para alguns, sua atuação na obra de Spielberg é caricata, para outros é a melhor coisa do filme. Mas é realmente em "Náufrago" que Hanks se sobressai. Ainda que o filme seja criticado por alguns, a força da atuação de Tom é inegável. O ator leva o filme nas costas e torna a experiência memorável. Dono de cenas famosas ("Sr. Wilson! Sr. Wilson!", ou no momento em que ele arranca um dente nas piores condições possíveis), Hanks merece lugar cativo em qualquer lista que conste os melhores atores/atuações.

09 - Russel Crowe em "Uma Mente Brilhante"

Ainda que tenha ganhado o Oscar por sua atuação em "Gladiador", de Ridley Scott, Russel Crowe merecia o prêmio por "Uma Mente Brilhante" de Ron Howard e não pelo filme que lutou com tigres e fez cara de macho. Sem cair no caricato, Crowe é o condutor de toda a emoção do filme (e sem ser piegas). Interpretando um personagem complexo, Crowe prova que é capaz de dar vida a um ser humano com coração, alma e sentimentos. Sua atuação faz rir e chorar. Faz sentir e pensar. O ingrediente mais poderoso da excelente obra de Howard.




10 - Adrien Brody em "O Pianista"

Ele não é galã. Mas tem certo carisma. Ele não é musculoso. Mas sabe segurar um filme como poucos. Adrien Brody não se encaixa nos parâmetros e frescuras da indústria cinematográfica. O cara merece aplausos pelos simples fato de ser esquisito (ou feio; como queiram) e ser reconhecido mundialmente. Para esse fenômeno tem-se uma resposta: ele tem talento de sobra. Em "O Pianista", de Roman Polanski, Brody fez um dos papéis mais verdadeiros desta década. Dor, sofrimento, luta e coragem. Seu personagem pode ser visto como herói. E merece. Não há herói que sobreviva ao que ele sobreviveu. Não há rostinho bonito e barriguinha malhada que substitua a interpretação visceral de Brody. Vencedor do Oscar (e do beijo da Halle Berry), Brody garantiu respeito e espaço. O que veio depois é história...

Matheus Pereira

1 comentários:

Minha lista seria esta 1ª Daniel Day Lewis - Sangue Negro.
2ª Jamie Foxx - Ray.
3ª Tim Robbins - Sobre meninos e lobos. 4ª Chris Cooper - Adaptação.
4ª Kevin Spacey - Beleza Americana.
5ª Philip Seymour Hoffman - Capote.
6º Toommy Lee Jones - Onde os fracos não tem vez.
7ª Javier Barden - Mar adentro.
8ª Javier Bardem - Onde os Fracos Não Têm Vez.
9ª William H. Macy -Submundo. 10ª Chris Cooper - Quebra de confiança.

20 de janeiro de 2012 às 23:07  

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