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Crítica - Os Mercenários

Enfim, marco minha estreia neste blog. Dois meses após o anúncio feito pelo Matt! Tomei vergonha na cara e coloquei os dedos para funcionar. E o filme escolhido, foi um dos que vi recentemente: Os Mercenários. Não quis entrar no mérito das polêmicas envolvendo as declarações do Sly, mesmo assim, espero que apreciem.

Os Mercenários



Dispensáveis. Até meses atrás, um exército de fortões, carrancudos, briguentos que fez fama nos anos 1980 eram vistos apenas em filmes que chegavam direto em DVD, com produções capengas ou remakes moldados para o público adolescente – vide a infantilização do último Duro de Matar.

Eis, que Sylvester Stallone resolveu dar uma de roteirista, diretor e produtor de uma celebração aos filmes que pipocaram nas sessões de sábado, de 20, 30 anos atrás. Para estrelar essa empreitada vemos ressurgir nomes como Dolph Lundgren, Mickey Rourke, Randy Couture, Terry Crews, Eric Roberts e Steve Austin. Pegue o novo astro do gênero Jason Statham e um mestre de artes marciais que se encontra na ativa desde 1982, Jet Li. Acrescente dois brincalhões para uma pequena participação especial: Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger (sim, o governador da Califórnia) para a conversa mais retrô possível e, pronto! Temos o filme de ação mais violento, divertido e nostálgico das últimas décadas! Assim é Os Mercenários.

Ah, claro e a mocinha, afinal, tem que ter uma, é de praxe. No filme, rodado no Brasil, uma mexicana-brasileira assumiu o posto de heroína: Gisele Itié, empresta suas curvas, sua boca e sua beleza latina para ser a filha rebelde do presidente à La Hugo Chavez, num fictício país sulamericano que é uma ilha – da qual não consigo lembrar o nome de jeito nenhum e não achei na internet, pois é algo que pouco importa. Ela fala espanhol e inglês na película e não se sai tão mal, com frases tão toscas e sua atuação no modo automático de novela da Record. O que vale mesmo é a sensualidade que ela passa. É a bela no meio de um bando de feras, caras loucos prontos para detonar o que estiver pela frente. A cena que ela é torturada ficou bem interessante e sufocante.

A história: um empresário norte-americano negocia com um presidente ditador sulamericano a manutenção de seu governo em troca da submissão do povo e das terras para produção de drogas. Um concorrente nos EUA contrata um grupo de mercenários para ir até a ilha e eliminar o adversário, o ditador e “libertar” a população local. Assim, Stallone e Statham desembarcam neste paraíso tropical como turistas, reconhecem o local, os alvos e encontram uma jovem rebelde, que depois descobrem ser a filha do presidente, que é contrária às atitudes do pai. Então, tudo isso é desculpa para tiros, explosões, socos e muito sangue. Há muito tempo não se via um filme de ação com tanta pancadaria.

Em meio a reviravoltas, explosões, traições, mais explosões, cenas absurdas e divertidas, como Sly e Stat num avião explodindo um cais. E Jet Li provando que é um perito em artes marciais. Temos diálogos surreais, como a conversa entre Stallone, Willis e Schwarzenegger e os devaneios do bandido filósofo vivido por Mickey Rourke, que se mostra muito à vontade no papel e por que foi premiado por sua atuação no filme O Lutador.

No fim, tudo não passa de uma aventura tensa e com altas doses de adrenalina, com um bando de brutamontes que fez sucesso nos anos 80 e agora lutam – literalmente – para reconquistar seu espaço num cinema marcado por personagens andrógenos, com lutas coreografadas e muito CGI, cabos de aço e todo tipo de pirotecnia. Os Mercenários tem em seu realismo das brigas, algo que não era visto há tempos e mostra que com punhos e bombas é possível fazer ação desenfreada – e, descerebrada – com diversão e entretenimento de primeira.




1 comentários:

Parabéns pelo excelente artigo de estreia do Fernando neste blog. O Autor, que tem uma linguagem jovial, dinâmica e direta, levando o leitor a descobrir cada parágrafo. Por fim, após a leitura surge a real vontade de acompanhar o filme para materializar toda ação descrita nas linhas.

O texto é fantátisco, com passagens bem legais, e uma leitura fácil, segura e instigante.

Excelente chegada e que venham mais outras obras brilhantes como esta para os leitores assíduos.

10 de setembro de 2010 às 14:12  

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