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Papo Rápido - Em DVD: Os Fantasmas de Scrooge

Robert Zemeckis é um ótimo diretor com ótimos filmes no currículo, mas que pouco é lembrado. Notem em textos, comunidades, chats que seu nome pouco ou nunca aparece. Zemeckis é responsável por filmes como: Forrest Gump, De Volta Pra o Futuro I, II e III, Náufrago, Contato. Mesmo assim, ele não é citado como gênio ou como diretor visionário. Talvez realmente nem seja, mas não podemos negar que foi ele um dos responsáveis da fama da captura de movimentos. Foi com o ótimo O Expresso Polar que Zemeckis agradou o mundo com uma "nova" tecnologia. Ao que parece, desde o filme de natal protagonizado por Tom Hanks, Zemeckis não quer voltar ao terreno dos filmes feitos com pessoas reais, de carne e osso. Parece que, definitivamente, o diretor passou para o terreno da captura de movimento. Área que, como já citei, ajudou a alavancar e aperfeiçoar. Depois do "expresso", o cineasta lançou "A Lenda de Beowulf", um filme não tão bom que contava com as performances de Ray Winstone, Anthony Hopkins e Angelina Jolie. Apesar de ser bem divertido, o filme possui uma considerável parcela de erros. Veio então, "Os Fantasmas de Scrooge", adaptação da clássica história de Charles Dickens. Sabendo do perigo de adaptar uma história tantas vezes filmada e tão conhecida, Zemeckis inovou e não inovou ao mesmo tempo. Quanto ao roteiro, o cineasta resolveu ser extremamente fiel com o texto original. Quanto ao "visual", o diretor usou novamente a técnica de captura e incluiu efeitos em 3D. É uma pena que Zemeckis tenha tropeçado nos dois: no roteiro e na técnica. O roteiro possui alguns furos e absurdos. A técnica parece exatamente a mesma usada em O Expresso Polar. Veja bem, a técnica é a mesma, o que quero explicar, é que parece que tal técnica não foi aperfeiçoada. O passar dos anos e os responsáveis não a melhoraram. Os mesmos problemas de técnica que "Expresso" e "Beowulf" tinham, "Scrooge" tem, e ás vezes, tais erros ficam mais perceptíveis aqui do que nos anteriores. Além da conhecida falta de vivacidade dos olhos dos personagens, os movimentos e alguns efeitos soam absurdos e infantis. Além disso, Zemeckis peca ao tornar sua direção extremamente repetitiva. Perdi a conta de quantas vezes o diretor dá rasantes em cidades e lugares. Perdi a conta de quantas vezes o 3D é usado de maneira superficial e barata. Perdi a conta da repetição de gags, trejeitos e afins. A direção (e o filme em si) não é um desastre, longe disso. Há cenas belíssimas e planos interessantes, diferentes e ousados. Tecnicamente é excelente. Tudo é detalhado, a fotografia é bela e a atuação de Jim Carey é ótima. Outro problema do filme, é que ele é extremamente dependente da época em que se passa, ou seja, o filme depende muito do natal. O longa perde uma boa parte da graça se foi assistido fora da época natalina. Precisamos estar no clima do natal para apreciarmos o filme com mais prazer. Isso é um erro do diretor e dos responsáveis sim, afinal, um filme deve funcionar em todas as época e lugares, e não depender de alguma data para se firmar. Longe de ser desinteressante, Os Fantasmas de Scrooge merece uma conferida naquele dia que você chega na video locadora e as prateleiras estão vazias, e lá está ele, sozinho (ou não) esperando que alguém o alugue, o assista e minutos depois o esqueça.

Nota:
6,5


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