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Papo Rápido - Em DVD

Se Beber, Não Case - O ano de 2009 foi bom para o gênero da comédia, alguns filmes acima da média fizeram a felicidade dos fãs do gênero. É claro que um tropeço e outro surge (o superestimado Quase Irmãos é péssimo) mas filmes como Segurando as Pontas (com Seth Rogen, direto em DVD), (500) Dias Com Ela (comédia romântica para homens que já se apaixonaram ao menos uma vez na vida)Eu Te Amo, Cara (excelente comédia, uma das melhores do ano passado) e este Se Beber Não Case, são exemplos de que a comédia realmente nunca morre. Sempre tem um ser inteligente que aparece para revitaliza-la. Todd Philips já ressucitou a comédia, já manteve o gênero no topo e já fez um filme que não ficou tão no topo assim. Mas foi em 2009 que o cineasta lançou a sua "obra-prima", ou simplesmente o melhor filme de sua carreira. A história é simples: um quarteto de amigos vai para Las Vegas para a despedida de solteiro de um deles. Depois de uma noite de farra (que não é mostrada) eles acordam na luxosa suíte. Há um tigre no banheiro, uma galinha perambulando pela sala, um bebê no closet, um deles perdeu o dente e o noivo sumiu. Apartir daí eles partem em busca de pistas para descobrir o que aconteceu na noite passada e onde o noivo foi parar. Philips acerta em cheio ao optar não mostrar a noite de farra. O que poderia ser um pretexto para muita nudez e sexo, fica de lado. Aqui o que importa é a ressaca. É o que acontece depois da noite, não a noite em si. É aí que o filme se sobressai. Como toda a ação tem sua consequência, tudo o que os amigos fizeram na noite refletem no dia. O longa é cheio de momentos antológicos, momentos que ficarão na memória, e que sempre quando forem lembrados trarão às nossas feições aquele sorriso legítimo. A maioria desses momentos pertencem ao melhor ator e ao melhor personagem do filme: Zach Galifianakis (Alan, o gorducho barbudo). As melhores falas, as melhores improvisações, os melhores trejeitos são dele. Se eu fosse citar as melhores cenas ficarão horas aqui e faltaria espaço. Só de lembrar dos atos do homem já estou rindo (não há como não citar as palavras sinceras que Alan ao brindar, emocionado, à felicidade do noivo). Ed Helms também está ótimo como o dentista que perdeu o dente. Sempre no ponsto e supreendendo a cada minuto, Helms é dono de algumas das melhores improvisações. Bradley Cooper é o mais sério (nem tanto assim) do grupo, então os risos não são voltados totalmente para ele, embora e ator sempre esteja no ponto, sem exageros e no clima. Com coadjuvantes excepcionais (o chinês, o traficante, os policiais, a prostituta e Mike Tayson), roteiro original e direção correta, Se Beber, Não Case é a melhor comédia de 2009.

Obs.: Os testes policiais de armas de choque e as fotos dos créditos finais não podem passar desapercebidas!

Nota: 9,0
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Tá Rindo do Quê?/Gente Engraçada - Outra comédia que aterrissou nas locadoras é o novo longa de Judd Apatow, cineasta e roteirista superestimado ao extremo. O filme não tem um título nacional oficial ainda, na capa do DVD está impresso Tá Rindo do Quê? mas logo no início do filme o tradutor lê Gente Engraçada (nome muito mais apropriado e que várias pessoas já conhecem). Gente Engraçada não tem nada do que Se Beber, Não Case tem: personagens cativantes e engraçados, roteiro original, inteligente e dinâmico, direção certeira e momentos antológicos. Gente Engraçada é de uma chatice interminável. Tem lá seus momentos de inspiração, mas logo depois tudo cai por terra com cenas extremamente longas e piadas extremamente sem graça. Todas as piadas dos stand-ups são chatas e isentas de humor. As cenas se alongam e se perdem em meio ao roteiro. Apatow se perde no roteiro e na direção esticando as cenas e incluindo erros e continuidade e lógica ao filme. Há um parte do longa, por exemplo, que um personagem fala uma coisa, e minutos depois fala uma completamente diferente. Por mais que seja vendido como uma comédia dramática, o filme custa a engrenar e a arrancar uma risadinha que seja. Na meia hora inicial nada de importante acontece, e cento e quarenta e dois minutos são gastos com momentos constrangedores e pouco inspirados. São poucos os acontecimentos que causam alguma diferença significativa no final das contas. Afinal, qual o motivo do relacionamento idiota e desnecessário entre o personagem de Sandler e outra mulher, não modifica nada no final, só aparece para alongar a história, deixar o filme chato e sem propósito. Falta graça e emoção genuína no filme decepcionante de Apatow, que até hoje não fez grandes coisas como diretor.

Nota: 5,0
Extras: 4,5

Matheus Pereira

1 comentários:

Em relação a Se Beber Não Case, ficou faltando uma explicação fundamental: De onde diabos veio a galinha??? rsrsrsrsrs...

14 de janeiro de 2010 às 18:20  

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