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Em DVD - Crítica - Garota Infernal

Ok. Todo mundo superestima Juno, e o filme nem é grande coisa. Tem lá suas tiradas "ácidas" e suas referências pop, mas não é nada de muito novo. Nunca achei que diria isso, mas Garota Infernal é sim melhor que Juno. Podem me criticar, se surpreender, mas eu nunca achei Juno fenomenal, apenas um original e divertido filme. O talento de Diablo Cody, ex streper, na verdade, é usar algo clichê e convencional em uma história original. O que há de original em uma adolescente que fica grávida? Nada. Mas Cody sabe construir afluentes interessantes em um rio não tão interessante assim. Juno tinha o grande problema de forçar a graça e até mesmo a originalidade. Originalidade sem naturalidade não é lucro. É prejuízo. Juno exagerava em seu ponto de vista e fugia muito da realidade. Logo, Garota Infernal é o terreno perfeito para Cody trabalhar, já que tem uma argumentação mais fantasiosa, e se fugir da realidade não haverá problemas, afinal de contas, é uma fantasia.

Garota Infernal fala sobre garotas e garotos normais, com problemas e hormônios, mas Cody dá pitadas de terror na realidade. Jennifer (Megan Fox) é a garota mais bela e popular de uma escola de uma cidadezinha no interior dos EUA. Mesmos sendo tão popular, Jennifer não se separa da feinha e "nerd" Neddy. Até aí parece clichê, mas as coisas mudam quando as duas vão a um bar em que uma banda irá tocar. Lá, o bar pega fogo, as garotas fogem. Os integrantes da banda também. Fora do bar, Jennifer está atordoada, e o vocalista leva a pobre garota pra um lugar mais reservado, e lá faz um ritual que não dá muito certo, pois eles precisavam de uma garota virgem, e de virgem Jennifer não tinha nada. O ritual feito para conseguir sucesso sai errado e quem mais se dá mal são os garotos em busca de muito sexo e peitos de fora.

Cody talvez se dê bem devido a isso: pegar pessoas normais e dar tons absurdos a estas. Cody capricha no texto e concebe uma história deliciosa. Afiado e repleto de referências pop (há uma bebida em tributo ao 11 de setembro. São dois copos finos, um ao lado do outro, o líquido é uma mistura de azul, branco e vermelho, cores da bandeira americana, e os copos são as "torres", tirada corajosa de Cody), Garota Infernal jamais soa desinteressante. É engraçado, original, inteligente e com muito sangue e Fox com roupas curtíssimas. Há clichês, afinal, trata-se de colegiais, e mesmo se esforçando o baile de primavera e os estereótipos são inevitáveis. Cody é feliz em suas escolhas e na narrativa. Toma rumos interessantes e não deixa a peteca cair, e o melhor, ao invés de deixar uma ponta para uma continuação, Cody resolve tudo num mesmo filme. Na última cena pensamos: "Certo que haverá continuação", mas quando os créditos finais começam, somos apresentados aos rumos de uma personagem, e o assunto para tal seqüência é resolvido só nos créditos.

A parte técnica é excelente. Desde a própria direção, que mesmo falhando, é interessante, passando pela ótima direção de arte e pela competente fotografia, e terminando na trilha sonora perfeita, Garota Infernal é um bom pacote, mesmo que falte uma coisinha e outra. Garota Infernal tropeça, mas nunca quebra a cara. Uma boa mistura de comédia, terror e Megan Fox...

Nota: 7,5

Matheus Pereira

4 comentários:

Vc conseguiu me deixar com vontade de assistir ao filme (seus argumentos são muito convincentes...rsrsrsrsr). Também acho Juno superestimado.

23 de janeiro de 2010 às 17:08  

haushaushaushausha O Filme é bem legal Ana, acho que vc vai gostar. E foi com Juno que peguei nojo de Jason Reitman!

24 de janeiro de 2010 às 12:20  

eu gostei do filme garota infernal achei legal podia ter continuaçao.

18 de agosto de 2010 às 19:00  

eu adorei o filme fiquei cm gostinho de quero mais .show garota infernal ta de parabens

18 de agosto de 2010 às 19:02  

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