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Vou tentar adiantar as categorias de atuação, principais e coadjuvantes.

Tentarei ser breve nos comentários, primeiro porque as categorias estão 90% decididas, segundo porque o tempo é curto.

Vamos aos chutes:

-Ator

Dos cinco indicados, quatro (!) estão certos na categoria, e um está com 70% de chances de ser indicado. Os quatro certeiros são: Jeff Bridges por Coração Louco, George Clooney por Amor Sem Escalas, Colin Firth por Direito de Amar e Morgan Freeman por Invictus (é claro que o primeiro tem 101% de chances de ser indicado). Nem há o que falar dessa categoria, já que tudo está esquematizado, e se houver alguma mudança, será um grande surpresa. Já a última vaga deve (tomara) ficar com Jeremy Renner por Guerra ao Terror. Não descarto, é claro, uma surpresa, mas esta está muito, muito (com muita ênfase no muito) longe. Acho que esta categoria é uma das que acertarei 100%, ao menos eu espero!

Então fica:

-Jeff Bridges por Coração Louco
-George Clooney por Amor Sem Escalas
-Colin Firth por Direito de Amar
-Morgan Freeman por Invictus
-Jeremy Renner por Guerra ao Terror

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-Atriz

Outra categoria que não há o que comentar. Quatro das cinco vagas já estão praticamente preenchidas, resta a última, que assim como na categoria ds Atores, tem 70% de ser indicada. As certas são: Sandra Bullock por The Blind Side (me recuso, por enquanto, usar o ridículo título nacional), Gabourey Sidibe por Preciosa, Carey Mulligan por Educação e Meryl Streep (já virou clichê) por Julie e Julia. A última vaga, muito provavelmente, fica com Helen Mirren por The Last Station. Emily Blunt por The Young Victória pode até ter alguma chance, mas muito, muito poucas.

Então fica:

-Sandra Bullock por The Blind Side
-Gabourey Sidibe por Preciosa
-Carey Mulligan por Educação
-Meryl Streep por Julie e Julia
-Helen Mirren por The Last Station

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-Ator Coadjuvante

Christoph Waltz. Guarde esse nome. Ele vai ser pronunciado provavelmente por Penélope Cruz no teatro Kodak. Mas isto agora não vem ao caso. O nome ali do início é certo entre os indicados. Woody Harrelson também é certo entre os indicados. Stanley Tucci e Christopher Plummer são escolhas óbvias e um tanto certas (o primeiro por ser a melhor coisa do filme, o segundo por ser veterano e adorado da Academia). A última vaga provavelmente ficar com Matt Damon por Invictus. Não por fazer um trabalho digno, mas por ter feito um outro trabalho bom (O Desinformante), o que ajuda e serve como consolação.

Então fica:

-Christoph Waltz por Bastardos Inglórios
-Woody Harrelson por The Messenger
-Christopher Plummer por The Last Station
-Stanley Tucci por Um Olhar do Paraíso
-Matt Damon por Invictus
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-Atriz Coadjuvante

É certa: Mo'Nique por Preciosa. As demais são: Vera Farmiga Amor Sem Escalas, Anna Kendrick por Amor Sem Escalas e Juliane Moore por Direito de Amar. Já a última vaga é disputada entre duas atrizes: Penélope Cruz por Nine e Mélanie Laurent por Bastardos Inglórios. Mas como a primeira já venceu ano passado e seu trabalho é inferior ao da segunda, ela deve ficar de fora. Laurent deve preencher a última vaga, merecidamente. É chato falar sobre essa categoria, pois (assim com a de Ator Coadjuvante) já tem uma favorita, e as outras indicadas parecem não apresentar ameaça alguma, então, parece não importar as outras indicadas, já que já se tem a favorita.

Então fica:

-Mo'Nique por Preciosa
-Vera Farmiga por Amor Sem Escalas
-Anna Kendrick por Amor Sem Escalas
-Juliane Moore por Direito de Amar
-Mélanie Laurent por Bastardos Inglórios

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Obs.: Pessoal, perdoem os erros de ortografia. Erros de português são coisas que abomino, reviso, mas ás vezes sempre passa algo. Mas neste momento não há tempo nem para revisar, então, perdoem os erros de concordância e ortografia. Estou fazendo tudo muito rápido para dar tempo de postar tudo, então, desculpem e continuem aqui!
Abraços!

Minha ideia inicial era fazer um post para cada categoria, mas o tempo está muito curto e os indicados já saem agora, dia 2. Então, tenho que postar, no mínimo, duas categorias por vez. Neste post (como no anterior) falarei de três categorias, que pra mim, são as melhores.

Vamos aos chutes:

-Edição


A categoria de Edição até que está bem fácil de se prever este ano. É sempre bom lembrar, que o prêmio de Edição é (juntamente com os de roteiro) um dos melhores termômetros para adiantar o melhor filme na categoria principal. Geralmente os favoritos ao prêmio principal são indicados, e geralmente o vencedor na categoria é o favorito absoluto a Melhor Filme (mas isso ás vezes não procede, claro). Podemos então afirmar que Avatar e Guerra ao Terror são certíssimo a uma indicação. Primeiro Avatar, pois é um filme movimentado, que mantém o excelente ritmo durante quase três horas, e trás um belo trabalho de edição. A mesma coisa acontece com Guerra ao Terror, que tem uma edição competente e equilibrada. Outros dois que são garantidos são Bastardos Inglórios e Amor Sem Escalas (o primeiro tem uma edição excelente, o segundo parece que será indicado só porque é um dos favoritos a categoria principal). Já a última vaga fica dividida entre (500) Dias com Ela, Distrito 9 e Star Trek (note que todos tem chances enormes de chegar a categoria principal, principalmente o primeiro e o segundo). (500) Dias com Ela tem uma montagem excelente, mas não deve ser indicado, Star Trek também não tem grandes chances, pois por mais que o ano fora beneficiado por ótimas ficções-científicas, Avatar parece que representa tal gênero. Creio que Distrito 9 ficará com a vaga (apesar de ser ficção-científica, mistura drama e ação e tem uma edição superior). Não descartaria Preciosa, mas como foi ignorado pelo Sindicato de Editores e não tem grandes chances na categoria principal, acho muito difícil conseguir uma vaga aqui.

Então fica:

-Avatar
-Guerra ao Terror
-Bastardos Inglórios
-Amor Sem Escalas
-Distrito 9
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-Roteiro Original


Um filme é certo: Bastardos Inglórios. Se há uma categoria que não há dúvidas que o filme de Quentin Tarantino se fará presente, esta é a de Roteiro Original. O roteiro brilhante de Tarantino é certo entre os indicados e larga na frante como favorito. Outro filme certo entre os cinco indicado é Guerra ao Terror, que é o grande rival do filme de Tarantino nesta categoria. Outro que está quase certo é o ótimo (500) Dias com Ela, de Marc Webb. A quarta vaga, fica, é claro, com os magos da Pixar e o bom (não é o melhor da produtora) Up. A última vaga fica dividida entre Um Homem Sério de Joel e Ethan Coen e Avatar de James Cameron. O último fora indicado ao WGA, mas os crítico dizem constantemente que o roteiro de Avatar não é seu ponto forte. Então, como a Academia adora os Coen e o roteiro de seu novo filme é bem original, a última vaga deve ficar com eles. Mas não se surpreenda se o filme de Cameron figurar entre os cinco indicados, já que é o favorito a categoria principal.

Então fica:

-Bastardos Inglórios
-Guerra ao Terror
-(500)Dias com Ela
-Up!
-Um Homem Sério
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-Roteiro Adaptado


É uma categoria difícil. A única certeza entre os indicados é Amor Sem Escalas, de Jason Reitman, principalmente agora que venceu o Globo de Ouro. Outro que provavelmente é indicado é Preciosa. Distrito 9, que deve ser a grande surpresa entre os indicados, é quase certo nesta categoria. O britânico Educação tem grandes chances de ser indicado, e a quarta vaga fica com ele. Ja a última vaga fica entre O Fantástico Sr. Raposo, Direito de Amar, Coração Louco e Onde Vivem os Monstros. Se for para analisar o trabalho mais desafiador, é claro que Onde Vivem os Monstros largaria na frente, mas a animação de Wes Anderson tem grandes chances. Porém, o trabalho de Spike Jonze tem mais chance, já que a Academia gosta de homenagear roteiristas que se baseiam em histórias e contos curtíssimos, e Jonze e Dave Eggar fazem isso com maestria, tornando não só um filme infantil, mas um metafórico filme para adultos. Esta categoria realmente é difícil de prever, mas garanto que uns três dos citados acima consegue chegar lá.

Então fica:

-Amor Sem Escalas
-Preciosa
-Educação
-Distrito 9
-Onde Vivem os Monstros

Talvez estas sejam as categorias técnincas que o povo mais gosta de saber, de ver e de palpitar. Ao menos são as que eu mais gosto (principalmente Fotografia e Arte). Este ano as categorias técnicas estão fáceis e um tanto repetitivas, ou seja, os mesmos filmes são indicados nas categorias.

Mas vamos ao que interessa.

-Fotografia


Até pouco tempo atrás, confesso, achava que Avatar fosse considerado inelegível para a categoria. Mas com as últimas premiações e pelos comentários, o longa de James Cameron é certo na categoria. Outro filme com 90% por cento de chances de ser indicado na categoria é Bastardos Inglórios. Mas sem dúvidas, Guerra ao Terror é o indicado certo. Como você já deve ter notado, a Academia adora o tipo de fotografia de Guerra ao Terror, o que já é um grande ponto a favor. Outro que vem sendo favorito a ser indicado é Nine, mas pode ser prejudicado devido as críticas mornas que o filme recebeu e recebe. A última vaga fica dividida entre quatro filmes com ótimas fotografias:Harry Potter e o Enigma do Príncipe, A Fita Branca, Um Olhar do Paraíso e Um Homem Sério. Destes, torço para Um Olhar do Paraíso e Enigma do Príncipe, porém, a vaga deve ser preenchida por A Fita Branca, mas algo me diz que o longa de Peter Jackson, mesmo sendo duramente criticado, consiguirá uma indicação. É muito difícil escolher, pois um pouco de torcida interefere, mas meu bom senso tem de falar mais alto...

Então fica:

-Avatar
-Bastardos Inglórios
-Guerra ao Terror
-Nine
-A Fita Branca

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-Direção de Arte


É uma categoria que eu gosto bastante. Antes de mais nada, me perdoem os detratores de Avatar, mas o filme de James Cameron é favorito em quase todas as categorias. Nesta não é diferente. Avatar é certo entre os indicados, e provavelmente vai levar a melhor no teatro Kodak (mas isto a gente conversa depois). Avatar é a primeira e óbvia escolha entre os indicados (mas não descarto a ausência, afinal, tudo pode acontecer). Outro longa que tem muitas chances de ser um dos cinco é Bastardos Inglórios. O musical Nine seria uma escolha certa, mas seria surreal um filme tão criticado levar tantas indicações, mas mesmo assim, tem fortes chances de ser indicado. A quarta vaga deve ficar com Harry Potter e o Enigma do Príncipe (e não se surpreenda se o filme receber umas quatro ou cinco indicações, já que a crítica adorou o filme e por se tratar realmente do melhor filme da franquia). Já a última vaga está sendo disputado com unhas e dentes, pois a área está bem disputada esse ano. Veja bem: Inimigos Públicos, Um Olhar do Paraíso, A Fita Branca, Sherlock Holmes, Onde Vivem os Monstros, Distrito 9 e Star Trek tem condições de serem indicado. Todos eles tem capacidade, mas creio que Distrito 9 ficará com a vaga (a crítica amou o filme), porém Um Olhar do Paraíso merece mais, mas como o filme foi muito criticado, dificilmente terá chance. Não descarto The Young Victoria É uma categoria bem difícil!

Então fica:

-Avatar
-Bastardos Inglórios
-Nine
-Harry Potter e o Enigma do Príncipe
-Distrito 9

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-Figurino


É você sabe. Em 100% das premiações são os figurinos de época que dominam a área. Existe um prêmio importante voltado para a área de figurinos. O Sindicato de figurinistas elege os melhores figurinos em três categorias: Filme Fantasia, Época e Contemporâneo. Geralmente, quatro dos cinco indicado são época, ás vezes, um ou outro é contemporâneo ou de fantasia. São certos Coco Antes de Chanel e The Young Victoria. Outros filmes quase certos são Nine e Direito de Amar. A última vaga está sendo disputada por Bastardos Inglórios, Chéri e O Mundo Imaginário do Dr. Pernassus. Apesar do primeiro ter grandes chances, acho que a Academia não irá indicar cinco filmes de época, e acabara indicando um filme de fantasia, no caso, Dr. Pernassus. É justo, tendo em vista que o figurino do filme é impecável. Não descarto Brilho de Uma Paixão

Então fica:

-Coco Antes de Chanel
-The Young Victoria
-Nine
-Direito de Amar
-O Mundo Imaginário do Dr. Pernassus
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Pessoal, gostaria de pedir sinceras desculpas por alguns atrasos. A coluna de Cinéfilo Para Cinéfilo não pôde ser publicada ontem devido aos posts sobre o Oscar, afinal, ás vezes, uma coisa tem de ser sacrificada por outras. Mas prometo que na próxima sexta feira tudo estará normal. Peço desculpas pela demora das postagens sobre o Oscar, é que está fazendo um calor infernal aqui na cidade, e ficar em casa no calor é torturante, mas estou fazendo de tudo para que até o dia 2 (dia em que os indicados serão revelados) tudo esteja pronto.

Abraços!
Matheus Pereira

Papo Rápido - Em DVD


"Há algo errado com Esther". Ah, poupe-me! Há algo errado com este filme!

Depois de ver que "A Órfã" se fazia presente em algumas listas de melhores do ano de algumas pessoas, logo pensei que este fosse um filme diferente dos demais. Assustador, original, inteligente e interessante. Engano. Sinceramente não sei o que algumas pessoas viram neste filme. Sinceramente não sei se viram o mesmo filme, pois o que se vê no novo longa de Jaume Collet-Serra (o diretor de A Casa de Cera) são cenas e diálogos constrangedores. Junte isso a uma das explicações/desfechos mais absurdas do ano e terá o saco de clichês e absurdos que é "A Órfã". A história não tinha que ser mais sem graça e clichê: casal tem dois filhos e perde o terceiro antes de nascer. A mãe era alcoólatra e há pouco tempo se recuperou. A filhinha mais nova é surda e muda (mas age e pensa melhor que muita gente). Para preencher o vazio, o casal resolve adotar uma criança, já crescida. Depois da papelada a criança (...) vai para casa. E adivinhem... Ela é do mal. É impossível pegar uma sinopse tão clichê como esta e transformá-la num roteiro original. Não há saída, não há escapatória, uma hora ou outra o roteirista vai tropeçar e cair num poço enorme. O filme já começa clichê: um pesadelo terrível (poxa, não há outra maneira de começar um filme de terror?). Nos minutos que se sucedem (cansativos 120!) os clichês vão tomando conta da tela e da história. Ás vezes, "A Órfã" até tenta ser o que não é: em um momento, a personagem de Vera Farmiga abre o armário do banheiro. Obviamente, este armário tem um espelho. O diretor faz com que o espectador pense "quando ela fechar o armário alguém vai estar atrás dela". Mas não. Nada aparece. Até uma música da trilha sonora toca para deixar o clima mais tenso. Mas ninguém aparece atrás dela. Isso na primeira vez, porque da segunda alguém já está lá, para dar o devido e repetitivo susto. Até mesmo o artifício "vou fazer você pensar que está lá, mas não está" já virou clichê. A menininha má. A garotinha indefesa e ameaçada (e surda e muda, só pra piorar). O pai "cego" que acredita na menininha má invés da esposa. A esposa que sabe o que está acontecendo, mas que não é ouvida (devido ao seu passado alcoólatra). Os passados infieis. E por aí vai. Estereótipos descarados e situações previsíveis. A única coisa que se salva nesse emaranhado de porcarias é Isabelle Fuhrman, que fez com perfeição exatamente o que tinha que fazer: revoltar. Collet-Serra até tem alguns momentos de inspiração (a cena do acidente de carro causado por Esther é muito bem executada), mas estes são quase imperceptíveis ante a tanta coisa ruim. Quando a tal surpresa é revelada dá vontade de não pagar a locação.

Nota: 3,0

Matheus Pereira

Antes, uma breve explicação:

Até o ano passado, cinco canções originais eram escolhidas para concorrer à estatueta dourada. O único requisito imposto pelos organizadores desde 1934, ano em que a categoria entrou em vigor, era apenas que a canção fosse feita única e exclusivamente para o filme do qual fizesse parte, ou seja, canções que não fossem pensadas originalmente para o filme, não teriam vez na premiação. Antes, as cinco canções indicadas na categoria em questão eram apresentadas ao vivo, no palco, por seus intérpretes. Com as mudanças para a festa que ocorre em março de 2010, os votantes da academia vão ter acesso a clipes das canções inscritas e terão de dar notas entre 6 e 10. Se não estou enganado, uma canção deverá ter média maior que 8,5 para poder ser indicada.

Mudou drasticamente? Sim e não, ao mesmo tempo. Afinal, se um canção fosse indicada é sinal que mais que nota 8 ela mereceu (na opinião do votante, claro), então, pouca (ou muita, só daqui a quatro dias saberemos) coisa irá mudar em relação a esta categoria. Creio que este ano, será mais difícil um mesmo filme ser indicado mais de uma vez (Encantada, por exemplo, que teve 3 de suas canções indicadas).

Agora, vamos aos chutes:

-Canção Original


A categoria de Melhor Canção Original, está um tanto mais fácil com relação as outras, tendo em vista que as mesmas canções estão sendo premiadas e comentadas. A mais certa na categoria é "The Weary Kind", de Coração Louco, principalmente agora que venceu o Globo de Ouro e ganhou força. Outra canção que está quase certa é "Cinema Italiano", canção de Nine. A tão criticada canção de Avatar, "I See You" (que eu gosto bastante) também tem grandes chances de ser indicada, porém, muito dificilmente será a vencedora. Como a trilha sonora de Onde Vivem os Monstros foi descartada (os caras consideraram-na inelegível!), os votantes provavelmente acharão um meio de homenagear a área musical do longa indicando a canção "All Is Love". Creio que a última vaga ficara com U2 e a canção do filme Brothers, "Winter". Há ainda Paul McCartney e Clint Eastwood, mas creio que estes não serão lembrados.

Então fica:

-"The Weardy Kind", canção de Coração Louco
-"Cinema Italiano", canção de Nine
-"I See You", canção de Avatar
-"All Is Love", canção de Onde Vivem os Monstros
-"Winter!, canção de Brothers

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-Trilha Sonora


Não tem nem graça de falar sobre esta categoria, tendo em vista, que fortes concorrentes foram descartados devido a capenga avaliação musical da Academia. Trilhas como a de Onde Vivem os Monstros foi considerada inelegível. As novas regras na área musical do Oscar acabaram prejudicando algumas trilhas, tornando-a injusta (nunca foi justa, mas agora apelaram para a ignorância). Duas trilhas são certas: James Horner por Avatar (primeiro porque a trilha realmente merece, e segundo porque Horner é querido da Academia) e Michael Giacchino por Up. As outras três vagas já estão bem mais difíceis de se prever. Chuto Marvin Hamlisch por O Desinformante, Alexandre Desplat por Coco Antes de Chanel e Abel Korzeniowski por Direito de Amar. Hans Zimmer, por Sherlock Holmes, tem grandes chances de ser indicado (só pelo fato de ser Hans Zimmer). Se fosse para tirar alguém e colocar Zimmer, tiraria Desplat, porém acho que o último tem mais chances por ter duas fortes trilhas no gatilho. Correndo por fora está Elliot Goldenthal, por Inimigos Públicos.

Então fica:

-James Horner, por Avatar
-Michael Giacchino, por Up!
-Alexandre Desplat, por Coco Antes de Chanel
-Marvin Hamlisch, por O Desinformante
-Abel Korzeniowski, por Direito de Amar

Acredite se quiser, mas Amor Sem Escalas, o novo trabalho de Jason Reitman, diretor de Juno, é melancólico e emociona; principalmente porque fala da vida e de como, por auto preservação, muitas vezes escolhemos modos bem estranhos de nos relacionar com ela.

George Clooney vive com perfeição Ryan Bingham, um funcionário que ganha a vida viajando pelo país a serviço de empresas que desejam dispensar seus empregados. Bingham é o cara que chega e diz: “Seu cargo não está mais disponível e uma chance de recomeçar sua vida se apresenta a você a partir de agora”, um cínico e planejado eufemismo para o bom e velho “você está despedido”. Essa vida errante propicia a Ryan a desculpa perfeita para que desfrute de um “confortável” auto-isolamento que o impede de se relacionar com a família. O mais perto que chega de um relacionamento amoroso são os encontros eventuais em quartos de hotel que tem com Alex, uma charmosa executiva que também viaja muito (Vera Farmiga).
Isso é colocado em risco quando a novata Natalie (Anna Kendrick) é contratada pela firma e introduz um novo método de demissões on line, que tornaria as constantes viagens de Ryan dispensáveis. De uma hora para outra, seu mundo composto por siglas, hotéis e pequenos mimos ofertados por programas de fidelidade ameaça ruir; até mesmo seu sonho dourado de ser a 7ª pessoa no mundo a conseguir 10 milhões em milhagens obtendo com isso privilégios como ter seu nome batizando um avião e um cartão que lhe concederá regalias exclusivas nos aeroportos, parece lhe ter sido tirado. Forçado por seu chefe a ter a companhia de Natalie em sua última série de viagens, Ryan acaba encarando várias situações inteiramente novas que fazem com que repense sua filosofia de vida, seu relacionamento com Alex e com a própria família.

É nesse ponto, quando acompanhamos a jornada de Ryan rumo à maturidade emocional, que o filme ganha peso. Ao sair de seu casulo e finalmente se relacionar, o personagem, de uma maneira bem realista, tanto ganha quanto perde. Sua perplexidade diante desse fato, se equipara a do espectador. Não espere fórmulas e finais previsíveis. Prepare-se sim, para toda vez que avistar à noite um avião no céu, lembrar-se da frase que encerra o filme.
Nota 10/10

-Som (que também pode ser lido como Mixagem de Som) envolve a gravação do áudio durante as filmagens, o que envolve a operação e o posicionamento dos microfones no set. Já Edição de Som consiste, como o próprio nome diz, em editar o áudio na trilha sonora do filme, incluindo aí não só o som ambiente gravado, mas também os diálogos e os efeitos sonoros criados posteriormente.

Como estas categorias embaralham a cabeça de muita gente, resolvi colocar uma explicação antes de aponstar os supostos indicados. São duas categorias que muita gente ignora, mas que tem um grande valor na premiação e uma considerável diferença entre uma e outra.

Vamos aos chutes:

-Som

Mesmo sendo fã de Avatar, tenho consciência de que não posso deixar o meu amor pelo longa subir a cabeça, mas seria ignorância minha não dizer que Avatar, ao menos nas categorias de Efeitos Visuais e nas de Som, é o favorito. Avatar talvez tenha mais chance na cateogoria de Edição de Som, tendo em vista que grande parte dos efeitos sonoros foram criados e editados ma pós produção. Mas a área de Som do filme também é impecável. Por isso, pode até não ganhar (o que é muito difícil, pois Avatar inova na área), mas com certeza será indicado. Outros longas certos na categoria é Distrito 9 e Star Trek (esse trio promete!) Restam as outras duas vagas, que provavelmente irão para Guerra ao Terror e Transformers - A Vingança dos Derrotados (esse quesito do filme merece destaque, e Transformers deve ser indicado ao menos a uma categoria). Apesar de 2012 e alguns filmes barulhentos que circulam por aí terem alguma chance e outra, dificilmente haverá alguma surpresa nesta categoria. Duvido que Up seja indicado, mas pode surpreender.

Então fica:

-Avatar
-Distrito 9
-Star Trek
-Guerra ao Terror
-Transformers - A Vingança dos Derrotados

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-Edição de Som

Aqui sim, Avatar é favorito absoluto, tendo em vista a criação e edição de sons bem peculiares e criativos em Pandora e nas cenas de ação. Avatar é barulhento e isso ajuda muito. O único filme que pode surpreender na vitória é Distrito 9, mas isso não vem ao caso, já que estamos discutindo os indicados. São certos: Avatar, Distrito 9 e Star Trek (que trio!). Guerra ao Terror tem grandes chances de figurar nessa categoria, mas não que mereça ser indicado, mas sim porque é um ótimo filme. A última vaga fica dividida entre Transformers e Up. Creio que a vaga será preenchida pelo último, afinal, os filmes da Pixar dificilmente são esquecidos nas categorias de som. Dificilmente filmes como Bastardos Inglórios e A Estrada figurem em ambas categorias de som, mas não devemos deixar de lado estes, nem qualquer outro filme que se encaixe nas categorias.

Então fica:

-Avatar
-Distrito 9
-Star Trek
-Guerra ao Terror
-Up

A partir de hoje tentarei acertar os indicados ao Oscar 2010. Lembrando, claro, que se trata de chutes, de opiniões pessoais do que pode ser indicado. Como base, pesquisei bastante sobre os filmes favoritos em cada categoria. É claro, que alguns erros se farão presentes, afinal, um "chutômetro" não é tão fácil assim. Então, peço a ajuda de vocês para apontarem erros e comentarem dizendo quais são seus chutes.

Pra começar, vou comentar sobre os que podem figurar nas categorias de Efeitos Visuais e Maquiagem.

-Efeitos Especiais


A categoria de Efeitos Visuais este ano está muito concorrida. Apesar de já se saber o favorito absoluto (Avatar), os outros dois filmes para preencher as duas últimas vagas ainda são um mistério. Distrito 9, 2012, Star Trek e Transformers - A Vingança dos Derrotados lutam lado a lado pelas duas vagas restantes. Todos comentam que Transformers é garantido, eu acho que não. A Academia já indicou o primeiro filme e o esnobou, creio que este ano não irão indicá-lo só para esnobá-lo de novo, principalmente tendo em vista que há concorrentes melhores. A Acadêmia pode não indicá-lo pelo fato de que é um filme que, no máximo, receberá mais um ou duas indicações. A mesma coisa ocorre com 2012, que apesar de ser um filme de efeitos visuais pode não figurar nesta categoria porque dificilmente concorrerá em outras. Já Distrito 9 é quase certo, já que é um filme que muito provavelmente irá figurar em outras categorias, inclusive na principal, é uma forma de homenageá-lo, já que muito provavelmente não levará algum prêmio. Star Trek tem grandes chances, já que vem sendo bajulado por sindicatos e críticos. É um filme que tem capacidade de figurar em outras categorias, o que ajuda bastante. Avatar tem 98% de chance de ser indicado, se não for, eu corto a língua!

Então fica:

-Avatar
-Distrito 9
-Star Trek
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-Maquiagem


Como você já deve saber, Avatar foi limado (justo) da categoria, afinal, tudo é baseado nos efeitos de computação. Então, essa é uma das poucas categorias técnicas em que o longa de James Cameron não figura. O único que é certo na categoria é Distrito 9. Um filme que eu gostaria de ver entre os indicados é Arraste-me Para o Inferno, de Sam Raimi. A maquiagem do longa é simples e criativa, nada de muito exagerado, mas nem semi-finalista o filme é. Dos semi-finalistas, os filmes mais certos são Star Trek e O Mundo Imaginário de Dr. Pernassus, porém A Estrada pode figurar, já que o filme pode ser esquecido em outras categorias, (ás vezes isso ajuda, ás vezes atrapalha) seria uma boa forma de homenageá-lo. O italiano Il Divo vem sendo bem elogiado nessa área, mas não deve figurar. Uma Noite no Museu 2 e The Young Victoria difcilmente serão finalistas.

Então fica:

-Distrito 9
-Star Trek
-O Mundo Imaginário de Dr. Pernassus

Matheus Pereira

A Semana em Cartaz

A partir de hoje, comentarei sobre os cartazes que surgiram no decorrer da semana, darei minha opinião dos mais bonitos aos mais "cavernosos". O Richar postava alguns cartazes na seção "Pôsters" e continuará postando, não se preocupem, mas aqui eu criticarei, darei nota e debateremos qual é o mais belo e o mais feio na sua opinião. Vamos lá então...

Criativo, assim podemos classificar um dos teaser-pôster de "Repo Men". A trama se passa em um cenário futurístico, onde a humanidade adquiriu a capacidade de viver por mais tempo graças a órgãos ultratecnológicos desenvolvidos pela empresa chamada A União. O grande porém dessa situação é que tais órgãos são excessivamente caros e, caso o usuário não pague, a empresa envia os chamados Repomen para retomar a mercadoria… seja de qualquer forma. O personagem de Jude Law é Remy, um Repomen, um dos melhores da empresa, que, um certo dia sofre um ataque do coração e quando acorda fica sabendo que no seu corpo bate um coração fabricado pela empresa A União, e com isso adiquiriu uma enorme divída. Quando Remy não consegue pagar, a empresa envia seu ex-parceiro, vivido por Forest Whitaker, para pegar o coração de volta. O cartaz é bem interessante e passa muito bem a ideia do filme. De certa forma é e não é ambíguo, o teaser pôster mostra diretamente do que pode ser o filme, e após ler a sinopse tudo fica bem claro. É inteligente e engraçado. A trama parece ótima, e tomara que o filme seja inventivo e interessante como o cartaz. Nota: 8,5

Sabe aquele cartaz, que você tem na parede, ou está guardado e você não se desfaz nem por um decreto? Seja cartaz de um filme ou de uma banda, você o tem como um filho e mesmo estando surrado você o guarda com todo o carinho. Se você não tem, vai ter ou já teve. Cinéfilos geralmente tem, você deve ter um. O teaser-pôster de "The Runaways" passa muito bem essa sensação de "cartaz velho da banda favorita". Mas é aí que está a pegadinha e a melhor parte do cartaz. Se você prestar atenção verá que se trata da capa de um LP. Sim, preste atenção nas bordas e no centro do cartaz. Note as marcas do disco. Detalhista e inteligente o cartaz parece ser o que o filme não é. O filme não deve ser lá grandes coisas, mas é o típico filme: "sei que não é excelente, mas sou curioso e vou assistir". Dakota Fanning tá com pinta que vai entregar um atuação de "cair o queixo". Já Kristen Stewart, apesar de linda, está longe de ser uma boa atriz (sim, eu acho ela muito linda). Um belo e criativo cartaz, sem dúvida. Vende seu produto (no meu ponto de vista, um cartaz tem de ser primeiramente belo, para que chame atenção, afinal, quem pare para ver um cartaz feio? Em seguida, o cartaz deve vender seu produto, de maneira inteligente e criativa) e enche os olhos. O preto com vermelho deu uma boa cominação, e a cereja com alusão à uma bomba ilustra bem a vida tumultuada e atípica das garotas (A banda tem uma música chamada "Cerry Bomb", o cartaz faz alusão da tal música). Nota: 9,0

O grande problema dos pôsters de filmes de ação é que a maioria deles é sem graça e previsível. Poucos são os que inovam na arte dos cartazes. Todos usam a mesma técnica e não colocam alma na propaganda. Eles simplesmente colocam os rostos dos astros, uma cena de ação (para chamar atenção, claro) o nome do filme e só. E é claro, se o diretor, ou produtor, ou roteirista ou faxineiro tiver um campeão de bilheteria no currículo, tudo fica mais fácil, aí eles enfeitam o cartaz com "Do diretor de ....." ou "Dos criadores do pôlemico ......." e por aí vai. Felizmente, nenhuma destas frases aparece no pôster, mas os rostos em foco e em fila estão lá. Falta originalidade nos cartazes de filmes do gênero. Até agora "O Lobisomem" (não venha dizer que é terror, pois duvido...) tinha apresentado cartazes, que se não fossem excelentes, ao menos eram interessantes. Seguindo sempre a mesma cartilha dos outros cartazes já lançados do longa, este novo é preto e a arte já parece ficar repetitiva. Talvez este seja o pior cartaz do filme lançado até agora. Uma pena, pois o cartaz (como eu não canso de dizer) vende seu produto, e qualquer tropeço que a equipe de "O Lobisomem" dê, já é um perigo, pois o longa vem sendo adiado há muito tempo (o que não é sinal de coisas boas), então é preciso tomar cuidado, chamar e desviar atenção do público para longe de tais problemas. O cartaz é tecnicamente bem feito, mas não inova e passa a impressão de "déja vu". Nota: 4,0

Matheus Pereira
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É meus amigos, a única pessoa capaz de bater em James Cameron é... James Cameron. Hoje, o novo longa do diretor ultrapassou a maior bilheteria mundial de todos os tempos: Titanic. Desde 1997 Titanic era a maior bilheteria disparada, mas Cameron não sossegou e lançou outro espetáculo. Até o momento, Avatar passou de Titanic em poucos milhões, mas o valor continua subindo e pode (pode) abrir uma boa vantagem do segundo lugar (antes primeiro: Titanic).

A FOX anunciou hoje oficialmente que em 40 dias AVATAR quebrou o recorde e é a maior bilheteria. Resta pensar: Qual será o próximo filme que passará de Avatar? Quando será? Quem vai ser o diretor responsável por tal façanha? Só o tempo dirá. Por hora, basta ficar de boca aberta ante ao poder de Cameron e Avatar. Há quase quinze anos ninguém imaginava, hoje já sabemos.

Aguarde por mais notícias!

Vencedores do SAG Awards 2010

Foram anunciados ontem, numa cerimônia extremamente organizada e bela, os vencedores da 16ª edição do SAG (Screen Actors Guild) Awards, prêmios destinado as atuações do cinema e da TV. Segue abaixo os vencedores:

Melhor Elenco

Bastardos Inglórios

Melhor Elenco de Dublês

Star Trek

Melhor Ator

Jeff Bridges por Coração Louco

Melhor Atriz

Sandra Bullock por The Blind Side

Melhor Ator Coadjuvante

Christoph Waltz por Bastardos Inglórios

Melhor Atriz Coadjuvante

Mo'Nique por Preciosa
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No mais, foi uma premiação bem previsível, porém justa. Os vencedores do Globo de Ouro se firmaram, e os vencedores estão casa vez mais perto da mais cobiçada estatueta...

De Cinéfilo Pra Cinéfilo

_____Os Melhores Pôsters de 2009_____
Por Matheus Pereira

Melhor Pôster - Drama ou Romance

Trata-se, na verdade, de um teaser-poster de "Um Olhar do Paraíso", e não um poster como pede a regra, mas é que o cartaz é tão belo que seria uma afronta não elegê-lo como o melhor pôster para um drama. O filme vem sendo criticado, mas não tem cabimento criticar o pôster, que junta em uma única imagem beleza e simplicidade. Se quiser ir mais a fundo, poderá achar até algumas metáforas, mas aí deixo para cada um achar o que quiser. Basta dizer que tudo é perfeito no cartaz. Fonte, cores, contrastes. Trabalho competente da divulgação. Você deve lembrar se um teaser-pôster azul lançado há um tempo atrás, pois é, aquele teaser foi duramente criticado, e para compensar o erro, eles lançaram este belo pôster. Vamos ver se o filme se compara ao cartaz!





Melhor Pôster - Comédia

Quando um pôster de uma comédia te faz rir, é sinal que o filme lhe reserva, pelo menos, algumas risadinhas. O trabalho do pôster, afinal, é vender o produto, promover o que vai ser comprado. É por isso que muitos filmes medíocres tem belos cartazes. É só olhar pro bebê de óculos, um tigre e uma galinha que você já tem uma base do que está por vir. Muitas das vezes os cartazes brasileiros ficam melhores que os cartazes estrangeiros, parece, que os feitos aqui são mais vivos, tem mais cor, e este pôster de "Se Beber, Não Case" é a prova disso. Além de ser mais vivo é o melhor pôster lançado da comédia. Enquanto os outros focavam mais nos rostos dos atores, este mostra mais o "ambiente" e os "achados e perdidos". Quem já assistiu o filme e gostou, é só dar uma olhada em Zach Galifianakis (o barbudo), é impossível não rir.




Melhor Pôster - Terror/Suspense

"Anticristo" é, sem dúvidas, o filme mais metafórico do ano de 2009. Seu pôster mais belo não podia deixar de ser também. Note os rostos, um de frente pro outro. Imagine quando a tesoura se fechar, os rostos irão se colidir e algo irá ser cortado. Ou seja, toda ação, tem uma reação. O cartaz é belo, matafórico e arte pura. Os outros cartazes de "Anticristo" não são grandes coisas. O mais conhecido é aquele do casal transando aos pés da árvore, outro é o teaser-pôster preto, com letras brancas e vermelhas e nada mais, outro consiste na focalização dos rostos do casal, adivinhe fazendo o quê. Mas sem dúvida o mais bonito e bem feito é este. Lars von Trier com certeza concebeu o mais perturbador filme do ano, tal qual o cartaz.








Melhor Pôster - Ficção Científica

Infelizmente ainda não assisti ao elogiadíssimo filme de Duncan Jones e com Sam Rockwell, mas posso falar de seu cartaz: brilhante! Os dois cartazes de "Lunar" são excelentes, mas este tem algo mais. O "desenho" da suposta Lua parece uma ilusão de ótica e nos passa com perfeição as alucinações que o personagem tem durante o filme. Pouco tenho a falar, apenas veja o pôster e tire suas conclusões.










Melhor Pôster - Animação

Ok, ok, o pôster de "Up!" é lindo, mas o de "Coraline" é mais que lindo. O pôster é exatamente o que o filme é: uma mistura de muitas cores com escuridão. O grande trunfo do cartaz e do próprio filme é flertar com as cores vivas e as mais "mortas" (no sentido mais popular) sem confundir, mas sim criando um clima incrível. O cartaz, como eu já havia comentado, tem de vender seu produto. E o pôster de "Coraline" faz isso com perfeição, dizendo de cara do que se trata e qual seu estilo. Não esconde de ninguém que trata-se de um stop-motion e que o clima é bem Tim Burton. Não deixe de conferir o longa, por enquanto aprecie o belo pôster!





Melhor Pôster - Fantasia

O longa de Terry Gilliam ainda não foi lançado aqui no Brasil, mas pelo trailer dá para notar o grau de insanidade da história, mas como em todos os filmes de Gilliam, é uma insanidade sadia. Os loucos de Gilliam são felizes e legais, não psicopatas. Ao menos eu acho. O cartaz de seu último longa ilustra bem o estilo do diretor. Trata-se de "O Imaginário Mundo do Dr. Pernassus", último filme com Heath Ledger. No elenco: Jude Law, Colin Farrel, Christopher Plummer e Johnny Depp. O filme promete. O cartaz já prometeu...









Melhor Pôster - Ação/Aventura


O filme não é grande coisa, mas o pôster consegue unir duas coisas: o típico cartaz de ação (homem armado defendendo uma mulher) e arte (a arquitetura do museu onde se passa a cena do cartaz). Juntando as duas coisas, resultou no belo cartaz de "Trama Internacional". O pessoal responsável pela divulgação foi inteligente: usou a melhor cena (e única coisa "quase-memorável do filme inteiro) para vender o produto. Enganou direitinho e vendeu o que devia. O outro cartaz que mostra um pequeno mosaico de imagens do filme também é muito bonito. Pena que o filme não é como o cartaz...







Melhor Teaser-Pôster


Na verdade, todos os pôsters e teaser-pôster de "Watchmen" são sensacionais. Todos, sem exceções, são obras de arte puras. Os teaser parece ter saído de HQ's tamanha fidelidade. Cada detalhe, cada fonte, cada imagem. Watchmen não apenas se baseia, Watchmen faz uma fiel homenagem. Deixar de citar os belos pôsters seria ignorância e falta de com senso. É só olhar a imagem ao lado e ter uma base dos outros. É claro que escolhi o melhor vigilante do grupo: Rorschach. O cartaz vendeu perfeitamente seu peixe, e não enganou ninguém, pois o filme também é excelente! Aprecie sem moderação.




Destaques:

Cartaz mais sexy
Cartaz mais assustador



















Cartaz mais "cuti cuti"


Todos os cartazes de "Garota Infernal" são belos e sexy. Todos os cartazes de "Onde Vivem os Monstros" são lindos. Todos os pôsters e teaser-pôsters de "The Crazies" são estilosos e assustadores!

Espero que tenham gostado! Comentem!

O aclamado diretor Spike Jonze ('Onde Vivem os Monstros') criou um curta-metragem de 30 minutos intitulado 'I’m Here'. O trailer acaba de ser liberado no site oficial.

A história se passa em Los Angeles. Atualmente, a vida corrida de todos continuam no mesmo ritmo, com exceção dos habitantes robôs capazes de amar.

Um solitário e metódico robô bibliotecário sem criatividade encontra uma robô aventureira e com espírito livre.

O trailer emociona e até mesmo já faz pensar, imagine o curta na íntegra!

O Curta será apresentado no Festival de Sundance, este ano.

Indicados ao BAFTA 2010

Foram anunciados os indicados ao BAFTA, o Oscar britânico. A premiação vem se firamando como a mais confiável prévia do Oscar (ao menos para prever os indicados), por ser uma das mais justas premiações. Este ano, como o esperado, "Avatar" de James Cameron, "Guerra ao Terror" de Kathryn Bigelow e "Educação" de Lone Scherfig lideram a premiação com 8 indicações cada. Os dois primeiros firmam o favoritismo ao Oscar e o último se fortalece. A surpresa foi a ausência de Bastardos Inglórios na categoria principal, mas isto não é difícil de entender, já que o BAFTA é uma premiação britânica, logo eles preferem "homenagear" os filmes britânicos. Uma grande surpresa foi a presença de "Se Beber, Não Case" na categoria de Roteiro Original. Outras surpresas são: Andy Serkins na categoria de Melhor Ator, Saoirse Ronan, Melhor Atriz e Neil Blomkamp, Melhor Direção.

Segue abaixo a lista completa. Tire suas conclusões!

MELHOR FILME
Avatar
Educação
Guerra ao Terror
Preciosa
Amor Sem Escalas

MELHOR DIRETOR
James Cameron, por Avatar
Neill Blomkamp, por Distrito 9
Lone Scherfig, por Educação
Kathryn Bigelow, por Guerra ao Terror
Quentin Tarantino, por Bastardos Inglórios

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Jon Lucas e Scott Moore, por Se Beber, Não Case
Mark Boal, por Guerra ao Terror
Joel e Ethan Coen, por Um Homem Sério
Quentin Tarantino, por Bastardos Inglórios
Bob Peterson e Pete Docter, por Up - Altas Aventuras

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Neill Blomkamp e Terri Tatchell, por Distrito 9
Nick Hornby, por Educação
Jesse Armstrong, Simon Blackwell, Armando Iannucci e Tony Roche, por In the Loop
Geoffrey Fletcher, por Preciosa
Jason Reitman e Sheldon Turner, por Amor sem Escalas"

MELHOR ATOR
Jeff Bridges – Coração Louco
George Clooney – Amor Sem Escalas
Colin Firth – Direito de Amar
Jeremy Renner – Guerra ao Terror
Andy Serkis - Sex & Drugs & Rock & Roll

MELHOR ATRIZ
Carey Mulligan – Educação
Saoirse Ronan – Um Olhar do Paraíso
Gabourey Sidibe – Preciosa
Meryl Streep – Julie & Julia
Audrey Tautou – Coco Antes de Chanel

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Alec Baldwin – Simplesmente Complicado
Christian McKay – Me and Orson Welles
Alfred Molina – Educação
Stanley Tucci – Um Olhar do Paraíso
Christoph Waltz – Bastardos Inglórios

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Anne-Marie Duff – Nowhere Boy
Vera Farmiga – Amor Sem Escalas
Anna Kendrick – Amor Sem Escalas
Mo’nique – Preciosa
Kristin Scott Thomas – Nowhere Boy

MELHOR FILME BRITÂNICO
Educação
Fish Tank
In the Loop
Lunar
Nowhere Boy

MELHOR ESTREIA BRITÂNICA
Lucy Bailey, Andrew Thompson, Elizabeth Morgan Hemlock, David Pearson, diretores, produtores de Mugabe and the White African
Eran Creevy, roteirista/diretor de Shifty
Stuart Hazeldine, roteirista/diretor de Exam
Duncan Jones, diretor de Lunar
Sam Taylor-Wood, diretor de Nowhere Boy

MELHOR FILME DE LÍNGUA NÃO-INGLESA
Abraços Partidos
Coco Antes de Chanel
Deixa ela Entrar
Profeta
A Fita Branca

MELHOR ANIMAÇÃO
Coraline
O Fantástico Sr. Raposo
Up – Altas Aventuras

MELHOR TRILHA SONORA
Avatar – James Horner
Coração Louco – T-Bone Burnett, Stephen Bruton
O Fantástico Sr. Raposo – Alexandre Desplat
Sex & Drugs & Rock & Roll – Chaz Jankel
Up – Altas Aventuras – Michael Giacchino

MELHOR FOTOGRAFIA
Avatar
Distrito 9
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
A Estrada

MELHOR EDIÇÃO
Avatar
Distrito 9
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Amor Sem Escalas

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Avatar
Distrito 9
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus
Bastardos Inglórios

MELHOR FIGURINO
Brilho de Uma Paixão
Coco Antes de Chanel
Educação
Direito de Amar
The Young Victoria

MELHOR SOM
Avatar
Distrito 9
Guerra ao Terror
Star Trek
Up – Altas Aventuras

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Avatar
Distrito 9
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
Guerra ao Terror
Star Trek

MELHOR MAQUIAGEM
Coco Antes de Chanel
Educação
O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus
Nine
The Young Victoria

Ok. Todo mundo superestima Juno, e o filme nem é grande coisa. Tem lá suas tiradas "ácidas" e suas referências pop, mas não é nada de muito novo. Nunca achei que diria isso, mas Garota Infernal é sim melhor que Juno. Podem me criticar, se surpreender, mas eu nunca achei Juno fenomenal, apenas um original e divertido filme. O talento de Diablo Cody, ex streper, na verdade, é usar algo clichê e convencional em uma história original. O que há de original em uma adolescente que fica grávida? Nada. Mas Cody sabe construir afluentes interessantes em um rio não tão interessante assim. Juno tinha o grande problema de forçar a graça e até mesmo a originalidade. Originalidade sem naturalidade não é lucro. É prejuízo. Juno exagerava em seu ponto de vista e fugia muito da realidade. Logo, Garota Infernal é o terreno perfeito para Cody trabalhar, já que tem uma argumentação mais fantasiosa, e se fugir da realidade não haverá problemas, afinal de contas, é uma fantasia.

Garota Infernal fala sobre garotas e garotos normais, com problemas e hormônios, mas Cody dá pitadas de terror na realidade. Jennifer (Megan Fox) é a garota mais bela e popular de uma escola de uma cidadezinha no interior dos EUA. Mesmos sendo tão popular, Jennifer não se separa da feinha e "nerd" Neddy. Até aí parece clichê, mas as coisas mudam quando as duas vão a um bar em que uma banda irá tocar. Lá, o bar pega fogo, as garotas fogem. Os integrantes da banda também. Fora do bar, Jennifer está atordoada, e o vocalista leva a pobre garota pra um lugar mais reservado, e lá faz um ritual que não dá muito certo, pois eles precisavam de uma garota virgem, e de virgem Jennifer não tinha nada. O ritual feito para conseguir sucesso sai errado e quem mais se dá mal são os garotos em busca de muito sexo e peitos de fora.

Cody talvez se dê bem devido a isso: pegar pessoas normais e dar tons absurdos a estas. Cody capricha no texto e concebe uma história deliciosa. Afiado e repleto de referências pop (há uma bebida em tributo ao 11 de setembro. São dois copos finos, um ao lado do outro, o líquido é uma mistura de azul, branco e vermelho, cores da bandeira americana, e os copos são as "torres", tirada corajosa de Cody), Garota Infernal jamais soa desinteressante. É engraçado, original, inteligente e com muito sangue e Fox com roupas curtíssimas. Há clichês, afinal, trata-se de colegiais, e mesmo se esforçando o baile de primavera e os estereótipos são inevitáveis. Cody é feliz em suas escolhas e na narrativa. Toma rumos interessantes e não deixa a peteca cair, e o melhor, ao invés de deixar uma ponta para uma continuação, Cody resolve tudo num mesmo filme. Na última cena pensamos: "Certo que haverá continuação", mas quando os créditos finais começam, somos apresentados aos rumos de uma personagem, e o assunto para tal seqüência é resolvido só nos créditos.

A parte técnica é excelente. Desde a própria direção, que mesmo falhando, é interessante, passando pela ótima direção de arte e pela competente fotografia, e terminando na trilha sonora perfeita, Garota Infernal é um bom pacote, mesmo que falte uma coisinha e outra. Garota Infernal tropeça, mas nunca quebra a cara. Uma boa mistura de comédia, terror e Megan Fox...

Nota: 7,5

Matheus Pereira

Anos 2000
Por Matheus Pereira

Quando começamos a construir algo não temos certeza se chegaremos ao fim da construção. Lá pela metade da obra o cansaço vai chegando, a dificuldade exala em dobro e não temos certeza se vamos continuar. Quando comecei a escrever esta matéria não imaginava onde iria chegar, quando iria parar, se chegaria até o fim ou não. Já pensei em desistir, confesso, mas sempre acabo voltando, pois o prazer que esta matéria me proporciona ainda não tem uma palavra certa para descrevê-lo. Olhando para trás vejo a quantidade de filmes que passaram pelos cinemas, parece que não vai acabar, já se foram quatro partes de matéria, quarenta filmes, e a fonte parece estar longe de secar. Vontade? Ainda tenho. Difícil? Com certeza, é a matéria que mais me toma tempo e paciência. Prazer e alegria? É o que sinto ao escrever cada linha desta matéria. Na minha lembrança brotam os mais variados filmes, parece faltar lugar para tantos longas. Sei que infelizmente muitos filmes ficarão de fora, mas tenho certeza que muitos passarão por aqui, fazendo-nos lembrar o quão bom é o cinema, o quão é importante em nossas vidas e como exerce um certo poder sobre nós, pois nestes dez anos, sofremos, choramos, rimos e gritamos tudo por causa do bom e velho cinema...

Eis a quinta parte dos Melhores Momentos: Anos 2000!
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"Um homem morre no metrô de L.A., será que alguém vai notar?"

Colateral - Michael Mann é um cineasta que vai contra a maré. Enquanto outros cineastas criam outras tecnologias, as aperfeiçoam e depois criam outras (James Cameron que o diga), Mann há tempos está aperfeiçoando a mesma técnica. Levemente testada em filmes anteriores (Ali) e constantemente usada em Colateral, Mann aperfeiçoou a técnica digital em Inimigos Públicos. Mas foi mesmo em Colateral que o cineasta mostrou ao mundo como se usa uma câmera digital com maestria. Mann trás seu filme grande parte da metragem dentro de uma táxi, o que poderia trazer dores de cabeça infindáveis ao diretor trouxe o status de "mago das câmeras digitais". Mann soube como ninguém manusear sua câmera dentro de um carro, pondo um clima claustrofóbico nas cenas (nos últimos anos o único que soube manusear uma câmera dentro de um carro com perfeição foi Alfonso Cuarón em Filhos da Esperança e Steven Spielber gem Guerra dos Mundos, mas este último também realizou a sequência fora do carro). Roteiro inteligente, que dá sinais de tropeços, mas na verdade nunca cai. O filme mostra, principalmente, as escolhas pequenas que fazemos todos os dias, mas que causam um efeito enorme depois. Em um teste, por exemplo, se você marcar rapidamente a alternativa "D", esta é uma pequena escolha que pode acarretar no seu sucesso ou na sua desgraça. Aqui, quando Vincent (personagem de Tom Cruise) chega na janela do táxi de Max (Jamie Foxx) e este não escuta, Vincent vai embora à busca de um outro táxi, ao notar que Vincent está indo embora, Max o chama. Vincent entra no carro e dali em diante a noite é turbulenta. E se Max não visse Vincent e deixasse ele procurar outro táxi? E se Vincent embarcasse em outro táxi? Os rumos seriam diferentes? Um simples ato de chamar Vincent para o táxi fez da noite de um simples taxista a mais alucinante de todas. A parte final é tensa e mostra um jogo de sombras em vidraças que faz de Vincent um assassino serial no estilo de Jason Voorhees.
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"Nós temos que sobreviver! Alguém tem que sobreviver!"

Madrugada dos Mortos - Alguém teria que representar os eternos zumbis, afinal, estes tomaram boa parte dos cinemas na década passada. Uns feitos diretos para TV e sem grandes pretensões, outros dignos de nota, mas pouquíssimos, talvez uns dois, ou ainda mais dramático: um apenas. E este é Madrugada dos Mortos de Zack Snyder. Aqui não vemos apenas mortes e muito sangue, e sim algum propósito, alguma ação. É um filme que incrivelmente tem conteúdo. O primeiro filme da curta e já brilhante carreira que inclui 300 e Watchmen, ambos dignos de nota, e que com certeza terão espaço nesta lista. Snyder cria algumas cenas marcantes e bem feitas(uma das cenas iniciais em que uma câmera está presa na parte traseira do carro filmando todo o caminho percorrido e mostrando toda a catástrofe) e extremamente gráficas (a cena da mulher obesa e infectada e nojenta e muito bem feita). Tenso, trash, movimentado e cheio de referências pop, "Madrugada" tem tudo o que um fã de filmes de zumbis quer. Znyder honra os filmes de outrora de Romero, cria um novo estilo e chama novos fãs ao gênero. Depois deste veio o mediano, mas divertido, Terra dos Mortos de Romero. "Terra" não teve a mesma sorte e a mesma mistura de "Madrugada", mais recentemente chegou diretamente em DVD o mediano Diário dos Mortos, também de Romero, este nem é digno de uma nota importante, segue os mesmos estilos de vários outros filmes do gênero, que com certeza não está desgastado, pois se estivesse Snyder não tinha concebido uma obra tão boa. Destaque para as cenas inicias em que a personagem principal vai descobrindo das piores formar o que está acontecendo. Mas nada se compara ao final, que de um ponto de vista, é revoltante...
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"Será que são terroristas?"

Guerra dos Mundos - Não sei se você notou, mas em cada edição desta matéria sempre consta um filme duramente criticado pelo público e pelos "especializados". Já passaram por aqui A Vila (tem seus defensores, mas estes são minúsculos perto dos inúmeros detratores), O Terminal e A.I. Inteligência Artificial (está entre os cinco melhores filmes da década, na minha opinião), mas como esta é uma lista pessoal, e todos os filmes que constam aqui é porque me marcaram de alguma maneira, seja ela pequena ou enorme, muitos destes filmes criticados passarão por aqui, seja representado por um filme em cada edição, ou por mais. O maior representante de tais filmes nesta edição é Guerra dos Mundos de Steven Spielberg. Muitos e muitos criticam este divertido filme, mas eu adoro, Há algo nele, assim como em muitos outros filmes, que bloqueiam os tais erros que todos comentam, parece que só tenho olhos para as qualidades do filme, que convenhamos, não são poucas. Tem furos de roteiro? Tem sim, mas os filmes mais vistos e elogiados e vistos dos últimos anos também (hã... err... bem... huummm... Titanic... hummm... Avatar... hãããã...). Já perdi as contas de quantas vezes assisti. Divertido e com uma levada sedutora, "Guerra dos Mundos" te pega de leve, te prende aos poucos, te sacode e te diverte. Não é só efeitos, tem lá sua histórinha, pode até ter seus clichês ou derrapadas, mas a diversão paga tudo. É como montanha-russa, no final você vomita ou passa mal, mas a diversão é impagável. Destaque: para o plano seqüência dentro e fora de uma carro em movimento, a direção de Spielberg, como sempre, se destaca.
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"Nesta família, não resolvem os problemas batendo as pessoas!" "Não, se resolve atirando nas pessoas"

Marcas da Violência - O que te marca? Não, não fisicamente, mas sentimentalmente, moralmente? A mentira? A violência? A violência marca as pessoas para sempre. Seja o agressor, seja o agredido. Ambos são marcados. Aquela velha história de quem bate esquece e quem apanha não, cai por terra. Se você bate, e a pessoa agredida ou algum conhecido volta para a vingança, ah meu caro, podes ter certeza que você também foi marcado pela violência. A violência envolve muito mais do que você imagina. Não é só o físico. Só o soco. Só o chute. Violência envolve princípios, atitudes, moralidades. Se você bate em alguém é porque algo diverge. Alguma opinião, algum princípio. Se você tiver um pingo de bom senso e inteligência não vai sair batendo em qualquer um que vê pela frente, você pode partir para a violência física se a violência verbal e moral o afetou em primeiro lugar. Enfim, a violência envolve sentimentos: a raiva, o ódio, os requisitos básicos de defesa humana. É lógico que nesta pequena obra-prima de David Cronenberg muito mais é explorado, mas a violência vem em primeiro lugar. Ambos os lados são marcados, não temporariamente, mas para sempre, é como os dilemas: um gay nunca vira um ex-gay, um viciado nunca vira um ex-viciado (muito poucas vezes isto acontece), ou seja, tudo volta, seu passado reflete em seu futuro, a violência vai, vem, dá uma volta e para na sua frente de novo, volta pra você como um boomerang, no final todos envolvidos são marcados, resta saber se você vai encará-la novamente ou não. Destaque para as fortes cenas de violência e sexo, extremamente bem dirigidas por Cronenberg.
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"Teatralidade e ilusão são agentes poderosos."

Batman Begins - Depois de ser revelado ás telonas pelo gênio Tim Burton em Batman e Batman: O Retorno, a saga do homem morcego já teve seus altos e seus baixos até ser reinventada com maestria por Christopher Nolan. Já ficou sombria com Burton, virou um carnaval indo contra a ordem correta da coisa nas mãos de um perdido Joel Shumacher e chegou ao ápice com o roteiro dos Nolan Brothers. Nolan, juntou um tom sombrio, um roteiro inteligente, vilões realistas, realidade e a origem do morcegão. O resultado, foi um profundo filme de superherois que até então não se vira no cinema. Nolan foi até o limite a aproximou Batman e Wayne o máximo que podia da realidade. Aqui, os heróis e seus antagonistas não voam, não atiram teias ou são destrutíveis diante uma pedra verde, aqui heróis e antagonistas são pessoas normais, com problemas normais que veem na violência ou na proteção uma forma de pôr para fora seus sentimentos mais profundos. Bruce Wayne, por exemplo, veste uma "fantasia" de morcego porque acha que a "fantasia" irá assustar seus adversários, assim como os morcegos normais os assustavam. Os antagonistas não são simples vilãezinhos de fazem o mal e dão risadas malévolas, aqui os vilões têm princípios, opiniões, lados e atitudes deveras humanas. Nolan, como sempre, concebe uma direção perfeita, na técnica e na narrativa, Nolan tem um poder sobre seus projetos que impressiona. Nolan sabe onde está pisando, conhece o terreno e concebe cenas tecnicamente perfeitas e emocionalmente profundas. Amparado é claro, pela excelente fotografia indicada ao Oscar. O melhor momento é o do treinamento com Liam Nesson. Nolan preparou o terreno para a obra prima absoluta do heroi.
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"A fera olhou para o rosto da beleza. E a beleza estendeu sua mão, e a partir desse momento ele estava morto."

King Kong - Peter Jackson sabe como comandar um espetáculo grandioso. Sabe unir cérebro e ação desenfreada sem perder a mão. Foi assim na trilogia O Senhor dos Anéis (mantive o acento agudo pois se trata de um título criado antes da mudança ortográfica) e é assim em King Kong. Jackson cria cenas inimagináveis, amparado por efeitos especiais que quebram qualquer paradigma e surpreende até os mais "acostumados". Cenas antológicas como a briga com enormes dinossauros e a batalha final na cidade já fazem parte da memória humana e cinematográfica. Certa vez, passava por uma loja daqui do centro da cidade, e estava passando em uma TV King Kong, era na época em que o DVD acabara de sair. Era uma tela plana de umas 32 polegadas ou mais, curiosamente passava no momento a cena de luta de Kong contra os dinossauros. Consegui constatar que era tal cena quando me esgueirei no meio de uma incrível aglomeração na frente da loja. Várias pessoas pararam na frente da loja apenas para assistir a movimentada e bem feita cena. Ninguém queria o DVD, muito menos a cara TV, todos queriam era assistir a cena, prestigiar o espetáculo de Jackson. Isso, é a tão falada magia do cinema, com efeitos ou sem efeitos especiais, garanto que as pessoas chegariam perto e acompanhariam as imagens de Jackson, por quê? Porque Jackson sabe conduzir um espetáculo como ninguém, seja ele pequeno, seja ele grandioso.
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"Eu estou de volta!"

Homem Aranha 2 - Há filmes que só podem ser vistos em um lugar. O cinema. São legais e excelentes na telinha também, mas no cinema a experiência é indescritível. Ontem, quando estava dando uma "passeada" básica pelos canais para ver se encontrava algo legal e merecedor de atenção, achei Homem Aranha 2, e pensei: "Esse é o típico filme pro cinema", ele foi feito pra ser apreciado dessa forma e quem não assistiu-o dessa forma perdeu um grande espetáculo. Conheci o trabalho de Alfred Molina aqui. Já tinha visto ele em outros trabalhos, claro, mas ele me chamou atenção de verdade neste aqui. Molina entrega um vilão profundo, nunca superficial ou unidimensional. Tobey Maguire está normal. No ponto. Sem exageros, mas ainda sim é o Peter Parker perfeito. Sam Raimi aperfeiçoa a direção com o cabeça de teia e concebe uma obra muito superior a anterior, mas ação, mais efeitos, mais barulho e o melhor: cérebro! As dúvidas de Parker são melhor exploradas, os dilemas de um homem normal com alguns problemas bem atípicos. A história de "grandes poderem trazem grandes responsabilidade" grita e esperneia aqui. Parker precisa abrir mão de certas coisas para poder continuar salvando as pessoas,e é impossível não se imaginar no lugar do sujeito. A melhor cena é luta sobre o metrô. Sucesso nas bilheterias, deixou o terreno pronto para uma sequência, não tão boa quanto as duas primeiras, mas ainda divertida.
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"Ela treme ao vento como a última folha de uma árvore moribunda. Deixei-a ouvir meus passos. Ela só vai durar por um momento."

Sin City - Nunca gostei de Robert Rodrigues. Confesso. Aprendi a gostar de Quentin Tarantino com a Anabela e os amigos da comunidade. Sin City tinha tudo para dar errado pra mim. E deu. Na primeira vez que o assisti achei péssimo. Péssimo mesmo, com "p" maiúsculo. Não gostei do estilo, da história, da direção, de tudo. Mas parece que Deus sabia que eu se eu assistisse de novo, eu ía gostar. Dito e feito. Mesmo não gostando da primeira vez, parei e assisti de novo. A surpresa? Gostei. Inexplicavelmente, aquele filme que havia odiado, tinha me convencido. O estilo parece que tinha mudado de "sem graça" para revolucionário, ou não, já que ninguém conseguiu repetir tal estilo com tanta sorte e perfeição, nem mesmo o criador Frank Miller no péssimo (esse nem com três visitas posteriores se torna bom) The Spirit conseguiu repetir tal estilo. Sin City parece uma HQ em movimento. A melhor cena, é claro, é aquela dirigida por Quentin Tarantino em que Benício Del Toro conversa com Clive Owen dentro de um carro, só que Del Toro está numa situação, digamos, absurda...
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"Claro que tenho uma identidade secreta. Não conheço um único super-herói que não. Quem quer a pressão de ser super todo o tempo?"

Os Incríveis - A Pixar parece estar em outro mundo. Parece ser uma organização criada por alienígenas que pretendam dominar o mundo. É incrível o poder exercido não só nas crianças, mas nos mais velhos também. É incrível, por exemplo, como os caras da Pixar conseguem fazer com que bonecos e peixinhos emocionem tanto quanto (ou mais) um ator de carne e osso. É incrível, como personagens feitos digitalmente sejam tão reais, tão viscerais, tão... humanos. Os personagens da Pixar são espelhos do que realmente somos. Em Os Incríveis, uma família de superherois tenta viver como uma família normal. Não é a melhor obra da Pixar, mas com certeza uma das melhores. Com a técnica indiscutivelmente perfeita da Pixar e o roteiro muito original, Os Incríveis foi muito bem nas bilheterias e conquistou a crítica. A trilha sonora excelente de Michael Giacchino fora indicada ao Oscar, tal qual o roteiro, não venceu nestas duas, mas abocanhou, merecidamente, o prêmio de Melhor Animação. Para os aliens da Pixar, fazer animações parecem um passeio no parque, tal qual é para nós assisti-los. As melhores cenas são os depoimentos iniciais.
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"Esta não é uma história de façanhas extraordinárias"

Diários de Motocicleta - Esta não é uma história de façanhas extraordinárias. Algo parecido é dito logo nos segundos iniciais de Diários de Motocicleta. Não são as façanhas de Guevara e Granado que importam no longa de Walter Salles, e sim o aprendizado com tais façanhas ou as consequências de tais façanhas. Atravessar a América Latina em uma moto já é um façanha louca e admirável, agora, cruzar a América Latina, numa moto caindo aos pedaços, é um façanha digna de Nobel. Sob a "Poderosa" Guevara e seu fiel parceiro resolvem cruzar a Amércia Latina. Granado, um bioquímico, Guevara, um estudante no final da faculdade de medicina. Dois loucos que partem em busca de sonhos: conhecer outros lugares e pessoas, se divertir, aprender e tudo mais, mas o destino dos loucos argentinos é chegar no Peru, em um local onde as pessoas com lepra ficam, lá eles irão se aprofundar no assunto e aprender os mais sublimes sentidos da vida. Walter Salles alia técnica, emoção, alma e realidade ao filme. Diários é um road movie, não podemos negar, mas seu roteiro não cai na pieguisse, as atuações são excelentes, com destaque, claro, para Gael García Bernal e Rodrigo De la Serna (primo em segundo grau de Che Guevara), este último, rende as cenas mais cômicas e inesquecíveis, desbocado e bom de papo, De la Serna injeta uma humanidade inacreditável a Granando, o que poderia ser apenas um personagem para alívio cômico, torna-se um homem real, com erros, mas eternamente fiel ao amigo Guevara. Dirigido com maestria pelo brasileiro Salles, "Diários" pode não ser uma história de façanhas extraordinárias, mas é, ao todos, uma façanha mais que extraordinária.
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Peço desculpas pela demora da quinta parte, mas estes textos estão sendo difíceis de escrever, mas aos poucos fica pronto! Agradeço de coração a todos pela força e pelos elogios, sem vocês essa empreitada não continuaria! Abraços deste apaixonado cinéfilo!

E comentem!

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