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Melhores Momentos - Anos 2000 - Parte 4

Anos 2000
Por Matheus Pereira

O bom filho, a casa torna. Não adianta, por mais que tentamos provar que o ditado é uma farsa, ele sempre aparece, provando-nos que realmente, sempre voltamos ao lar, ao que nos faz bem. Por isso, depois de quase dois meses volto a escrever em minha seção preferida: Melhores Momentos - Anos 2000. Os compromissos, os estudos, tudo impediu que eu continuasse escrevendo, tanto nesta seção quanto no blog, mas é lógico que não pude ficar longe por muito tempo. Agora que as merecidas férias chegaram, poderei escrever novamente e, quem sabe, terminar esta seção especial. Aos poucos o blog vai voltando ao normal, e eu, que realmente nunca fui embora, estou voltando. É bom estar de volta ao normal, principalmente escrevendo minha melhor seção, a que mais gosto de escrever e todos sabem disso. É bom retornar à casa, é bom retornar aos amigos e leitores, é bom falar de cinema novamente. Esta é a volta do que, realmente, nunca foi.
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"Eu sou Howard Hughes, o aviador"

O Aviador - Em 2004, muito se falou sobre o filme de Martin Scorsese. A maioria dizia que era o favorito nas premiações, as apostas aumentaram quando o longa recebeu onze indicações ao Oscar. Scorsese que nunca levara um Oscar era o favorito na categoria de Melhor Direção. Não tinha pra ninguém aquele ano, o Oscar era mesmo de O Aviador. Ou não. Bastou Clint Eastwood chegar e tirar o doce das mãos do baixinho grisalho. Enquanto Eastwood pronunciava palavras emocionadas de agradecimento no palco do teatro Kodak ao receber o Oscar de Melhor Direção, Scorsese lamentava-se e se perguntava: "O que faltou? Onde foi que errei?" O que faltou ou qual fora o erro ninguém sabe, fãs de Scorsese e do filme ficaram revoltados, os chefões da Miramax soltavam fogo pelas ventas, Eastwood dava gargalhadas. Mas nem tudo estava perdido, ainda tinha a categoria principal, de melhor filme, e Scorsese ainda tinha chances, afinal nenhum dos dois favoritos havia ganhado os prêmios de roteiro, um ganhara até ali cinco Oscar, outro apenas três. O nervosismo aumentava, até que um ator (não lembro se era Nicholson ou Hanks ou nenhum dos dois) surgiu no palco do teatro e bradou "And the Oscar goes to... Milion Dollar Baby. A essas alturas Socrosese e os donos da Miramax chutavam o pau da barraca e davam sorriso amarelos de derrota para os jornalistas. Melhor que o filme de Eastwood? Pra mim não, mas seria bom ver o mestre grisalho subir no palco emocionado e agradecer pelo merecido prêmio, que viera um Oscar depois por outro filme. Técnico e narrativamente excelente, O Aviador tem seus fãs e tem seus detratores, como qualquer outro filme. Cenas memoráveis? Sim claro. Quais? Basta citar o voo desastroso de seu personagem, em que arranca telhados de casas e termina mal, numa aula de direção amparada por belos efeitos visuais.
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"Olá, estranho"

Closer: Perto Demais - Amor. O que seria este sentimento ótimo e traiçoeiro? Traição. O que seria este antônimo de amor. Sexo. O que seria este primo bastardo do amor? Ninguém sabe explicar, mas Mike Nichols soube mostrar com perfeição e inteligência através de diálogos inteligentíssimos e um roteiro bem original. O filme gira em torno de quatro personagens (interpretados por Clive Owen, Julia Roberts, Jude Law e Natalie Portman, todos excelentes), durante quase duas horas conhecemos cada um de perto, não perto demais, mas perto o suficiente para entendermos seus medos, suas angústias e sua respectivas e vidas e problemas. Vemos um anjinho se transformar em uma diabinha mentirosa, vemos um homem aparentemente sério cheio de perversões na cabeça e pronto para se encontrar com uma pessoas que conheceu através de um bate papo na internet, vemos um homem comum, ciumento, misterioso, vemos uma mulher perdida em meio as suas escolhas, em meio aos seus erros e suas atrações. Esses quatro se encontram, se separam, se beijam, vão mais além, brigam, discutem, põem as cartas na mesa e começam a jogar. Princípios? Eles até tem, mas todos caem por terra quando o assunto é amor e fidelidade. Alguns parecem estar juntos apenas pelo prazer físico, pelo sexo e nada mais. Um parece estar preocupado apenas em como a mulher o vê como homem na cama, isso fica claro quando ele descobre que a mulher o traiu e ele pergunta na maior naturalidade se ele era melhor na cama, se ele dava mais prazer a ela e a mais incrível: se ela sentia mais prazer com o amante do que com ele. Ele não fez perguntas do tipo: "E o nosso futuro?" "E o nosso amor?", não, ele não queria saber isso, ele queria era saber o quão o outro era bom na hora "h". Talvez ele queria fazer perguntas envolvendo sexo apenas para fazer com ela se sentisse uma vagabunda, ou talvez ele "só" queria saber se ele era melhor, não como marido ou como homem, mas sim como animal reprodutor. Enquanto umas mentes, outras choram, enquanto umas viram dançarinas em boates outra traem, no meio disso, como sempre, os homens são sempre os imbecis da história. Não há como escolher uma cena, posso citar os inteligentes e provocantes diálogos e os minutos finais ao som de uma bela música.
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"Eu vou proteger você, papai"

Crash: No Limite - Sabe aquela pessoa que você pediu licença na rua? Sabe aquela pessoa que você xingou no trânsito. Sabe aquela pessoa que você conheceu na festa? Sabe aquela pessoa que você olhou de soslaio na rua? Pois é, esta pessoa pôde ter sua vida alterada graças a sua ação. Suas vidas se cruzaram, seus olhares se encontraram, o resultado disso? Só o tempo dirá. As consequências? Bem, faça a coisa certa que as consequências serão boas. É sobre isso que Crash trata. De vidas e pessoas que se cruzam. Seja num acidente de carro, seja através de tragédias e crimes, as pessoas sempre estão se cruzando. Trata de idas e vindas, e o mais importante: do auto conhecimento. Afinal, até que ponto você se conhece? Será que na hora da raiva você seria capaz de disparar uma arma? Será que devido aos problemas pessoais você abusaria do seu poder e abusaria de outra pessoa? Será que você discriminaria uma pessoa só porque ela é negra ou tem tatuagens? Não responda, até porque, você não sabe a resposta. Na hora da raiva, meu amigo, você não quer saber se o pato é macho, você quer é ovo. Não hora da tristeza, companheiro, você não quer saber da cor, da idade ou da procedência da pessoa, você quer é xingar, quer mandar a um lugar bem longe e dar as costas para as consequências. Na hora que a vida te dá um tapa na cara, caro ser irracional, você não quer saber se você mereceu o tapa, você quer procurar outro alguém para retribuir o tapa. Na hora que seus nervos são testados é que você vê que não se conhece. Com um roteiro poderoso, capaz de provocar as mais variadas interpretações, o filme de Paul Haggis é o que poucos conseguem ser e ter: inteligente e com alma. Assista, e por mais que você não goste do resultado final, ao menos pense nas mensagens deixadas no transcorrer da história, pois assim como na vida, um filme é de idas e vindas, de acertos e de erros, de ensinamentos e emoções. Crash é um pouco disso. Talvez você pense sobre seus erros e sobre seu auto conhecimento agora, daqui a pouco ou talvez amanhã...
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"Ouça o sino de alerta, pois eles estão vindo"

A Vila - Qual a origem do medo? De onde vem este sentimento tão misterioso. Sentimento que causa-nos arrepios, falta de ar, palpitações, nos faz suar frio. Sentimos mais medo do que não vemos. Sentimentos muito mais medo de algo que não enxergamos, não sabemos sua forma física, não sabemos de onde vem, nem pra onde vão. Por que sentimos mais medo quando estamos no escuro? É porque não enxergamos. Temos medo do incerto, do invisível. É essa a "mensagem" que M. Night Shyamalan (ainda em boa forma) nos passa em A Vila. Os moradores de um vilarejo temem seres moradores da floresta. Por quê? Porque pouco se sabe sobre estes seres, poucas vezes foram vistos. Apenas se sabe que a cor dos monstros é a vermelha. O que resta é fugir e temer os tais monstros. Shyamalan constrói seu suspense calmamente, com uma melancólica trilha sonora e uma fotografia perfeita, aos poucos, postas sobre a existências dos monstros vão sendo deixadas pelo caminho. A surpresa surge um pouco antes do necessário e não tem o mesmo impacto que O Sexto Sentido, mas mesmo assim surpreende. Sufoca em algumas cenas, arrepia em outras, tudo no melhor estilo de Shyamalan. Acho exagero de alguns criticá-lo com todas as forças, acho exagero, também, me criticar por gostar do filme. A melhor cena é aquela em câmera lenta em que a personagem de Bryce Dallas Howard está com o braço esticado e aos poucos a criatura se aproxima ao som de uma orquestra.
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"Meu coração está pronto"

A Paixão de Cristo - Por que será que um cineasta resolve filmar apenas as últimas doze horas de vida de Jesus Cristo? Ao invés de mostrar seus milagres e a parte boa da vida do filho de Deus, Mel Gibson resolve mostrar a pior e mais dolorosa parte. Será que é para saciar o egocentrismo? Será que é porque Gibson é fascinado por violência? Ou será porque ninguém, até então, nunca se aventurara por esta fase tão triste da vida de Cristo? A resposta ninguém sabe, creio que nem Gibson saiba. A única coisa que eu, ele, e o mundo inteiro sabemos é que mesmo sendo extremamente violento o filme foi um sucesso de bilheteria. Por quê? Também não sei. Por que será que as pessoas pagaram para ver a imagem de um ser tão bom apanhando e sendo crucificado? Insanidade? Atração por violência? Acho que não. O sucesso do filme deve-se a alma que Gibson depositou sobre ele. Por mais que alguns achem que Gibson se aproveitou da história para mostrar cenas de violência gratuita, eu não vejo assim, Gibson não é sutil ao mostrar que realmente, seu objetivo é chocar, mas esse choque tem objetivo, tem fundamentos, basta tentar enxergá-los, pois estes que reclamam da tal violência é porque só olharam a violência e nada mais. Se odeiam tanto violência, porque não se prenderam a outros artifícios do longa? A história em si, a mensagem, a fotografia, sei lá, é muito mais fácil que criticar um diretor que só quis mostrar algo diferente, que ninguém, até aquele momento teve coragem de mostrar. Gibson quer mostrar mais que violência gráfica ou chocar o público, ele quer deixar uma mensagem, pena que nós, burros seres inferiores, não ouvimos, fechamos nossos olhos e tampamos nossos ouvidos para o que é mostrado na tela: o homem que sempre fez o bem e que veio ao mundo para mudá-lo foi brutalmente assassinado por nós, sim por nós mesmos, que todos os dias com nossa mesquinharia e erros atiramos várias pedras na cruz. Como seria o mundo hoje se Ele chegasse ao menos aos quarenta anos, sem a interferência dos, sempre, homens pobres de espírito. A cena da crucificação é arrepiante, Gibson mantém a técnica e a emoção lado a lado.
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"Pode ficar com o troco"

O Terminal - Critiquem. Podem me criticar. Sei que muitos não gostam deste filme, mas eu sinto algo tão estanho por este longa, eu gosto tanto dele que seria um desrespeito com o filme e comigo mesmo se não o colocasse na lista. Existem filmes, que mesmo conhecendo e vendo seus erros gostamos de assistir. Enxergamos todos os erros, eles estão ali, mas mesmo assim gostamos do filme. Acontece assim com tudo e todos. Quando você conhece alguém, por exemplo, aos poucos você conhece os erros dessa pessoa, vê que seu "roteiro" é clichê e não tem nada de interessante, vê que sua "direção" é insegura, que sua "fotografia" pela manhã é bem assustadora, que seus "figurinos" apresentam alguns erros de escolha, que sua "maquiagem" é um tanto artificial demais e que seu "som" ás vezes o irrita, mas você ama essa pessoa, apesar de todos os erros você a ama, e não sabe como nem porquê. Você apenas sabe que ama. Assim acontece com os filmes, apesar dos vários erros, você inexplicavelmente ama-o. É isso que acontece com O Terminal, tem erros e absurdos, como qualquer um que você conhece por aí...
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"Aprecie o casaco que você roubou de mim"

Encontros e Desencontros - Quando tudo está desmoronando, quando tudo parece estar perdido, para quem ou para onde você foge ou apela? Você torna-se vulnerável? Toma coragem para fazer o que nunca imaginou que faria? Parte para outra? Abaixa a cabeça e chora, ou fica "aberto" a novas experiências? A vida do astro decadente Bob Harris vem caindo aos poucos. Sua carreira não é mais a mesma. A "meia-idade" chegou. O casamento vai de mal a pior. Harris viaja para o Japão para fazer uma campanha publicitária. Lá conhece uma linda jovem, que apesar de ser bem mais nova passa por problemas parecidos. Os dois se conhecem e notam que um é o espelho do outro. Os dois têm problemas parecidos e podem se ajudar. Aos poucos vão se conhecendo, saindo. A amizade vai tomando outros rumos, ali começa a florescer uma interessante paixão. No decorrer da história nunca ficamos sabendo se os dois realmente se amam. Nunca sabemos se há ali uma paixão verdadeira ou se apenas parece uma paixão. A ambiguidade levada com maestria por Sofia Coppola surpreende. Apenas no final, que obviamente não contarei, é que ficamos sabendo se o amor existe ou não. Atuações magníficas, roteiro inteligente direção segura fazem Encontros e Desencontros surpreendentemente ótimo. A melhor cena é a do sussurro ao pé do ouvido que nós, espectadores, não podemos ouvir, só podemos imaginar o que foi dito.
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"A história: um homem dispara um rifle por muitos anos. E ele vai pra guerra"

Soldado Anônimo - Toda guerra é diferente. Toda guerra é igual. Você entendem essa frase? Imaginem um soldado, que recém saiu da Guerra do Golfo, desiludido, pois não conseguira matar ninguém e sabe de antemão que perderá a namorada. Toda guerra é diferente, tem princípios políticos diferentes, tem líderes diferente, e jovens prontos para o abate diferente. Mas toda a guerra é igual: todas matam, todas aniquilam e nenhuma dá alguma coisa boa. Soldados servem a sua pátria, lutam pela sua pátria, mas a pátria luta por ele. Quando este pobre soldado voltar perturbado, sem um braço ou sem uma perna, ou sem os olhos, a única porcaria que a pátria lhe dá é uma medalha e boas-vindas. No outro dia, aquele valente soldado que matou e quase morreu é esquecido. Ninguém lembra dele, fica jogado em sua casa pensando nos tiros que disparou e no pedaço do corpo de perdeu. Gratificações não trarão as partes físicas de volta, gratificações não trarão a estabilidade emocional de antes, gratificações não trarão aquele amigo morto na guerra de volta. O longa de Sam Mendes mostra o que os jovens pensam da guerra, todos eles pensam que serão herois, que matarão pessoas más, que a pátria o idolatrará, que serão parentes próximos do Rambo com metralhadoras em punho. Aos poucos, a guerra vai mostrando a estes jovens que as coisas não funcionam desta maneira. Eles não são herois, são apenas brinquedos do governo e assassinos. Na guerra eles perdem a sanidade, a felicidade, a alegria de viver, a saúde, as namoradas, ou seja, tudo. Matando ou não matando, os jovens voltarão para casa sem rumo, prova disso, é a cena em que uma repórter pergunta se há alguém esperando por eles quando saírem da guerra. Uns dizem que sim, outros demoram a responder, mas todos têm esperança. No final, quando voltam para seus lares, eles têm a certeza que ninguém os esperava. Uma prova de que os jovens soldados acham a guerra um jogo ou um filme é que em certo momento os soldados ouvem uma música que remete diretamente a guerra do Vietnã: "Nós devemos ter a nossa própria música, a música da nossa guerra" diz um dos soldados. Eles querem reconhecimento, eles querem algo que lembre seus esforços. Irem para guerra única e exclusivamente para matar, para saber a sensação que é matar um homem, é outra prova de que os jovens tem uma imagem errônea da guerra. No final, todos querem ser herois.
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"Nós não temos uma escolha"

A Supremacia Bourne - Paul Greengrass mudou a forma de fazer filmes de ação. Quando o gênero já estava enxergando o fundo do poço e a beirada o abismo já era passado, Greengrass ressuscitou não só a trilogia Bourne como ressuscitou um gênero todo. Alguns bons filmes do gênero volta e meia apareciam, mas nenhum inventivo, nenhum capaz de entrar para "Top 10 do ano". A Supremacia Bourne, inovou na direção, no roteiro e na edição. Arrebanhou uma quantia considerável de fãs e hoje e louvado por vários críticos. O gênero "ação" até pode ser dividido em "pré-Bourne" e "pós-Bourne", e isso não é exagero ao lembrar da franquia 007, que começou do zero e com um estilo bem diferente, bem parecido com o de Bourne. Mas as influências e mudanças não são apenas nesses quesitos, a câmera movimentada de Greengrass dava-nos outro clima, outro movimento, outro prisma. O roteiro inventivo e inteligente fez com que outros gêneros do cinema apostassem mais alto. A edição, reconhecida apenas no terceiro filme, inspirou de filmes de ação até dramas. Matt Damon virou astro de filmes de ação, e Bourne, seu personagem, tornou-se icônico. Adjetivos não faltam, a única coisa que há de ser repetida é que "Supremacia" reanimou do cineasta Greengrass até um gênero inteiro.
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"Se há magia no boxe, é a magia de batalhas além da resistência, além de costelas quebradas, rins rompidos e retinas independentes. É a magia de arriscar tudo por um sonho que ninguém vê, só você"

Menina de Ouro - Conhecido como "o filme que derrotou O Aviador" ou "o renascimento de Eastwood no Oscar", Menina de Ouro surpreende por se mostrar bem diferente do que aparenta. Trazendo, principalmente em sua hora final, assuntos como polêmicos como eutanásia, o longa de Eastwood emociona até os de coração de pedra. Sonhos, talvez existem apenas para serem sonhados. Talvez não existam para serem postos em prática. Ou, quem sabe, existem para isso mesmo, para serem praticados. Talvez para nos fazer felizes ou talvez para nos testar. Maggie Fitzegerald tem um sonho: lutar boxe. E ela corre arás desse sonho. Nem que pra isso ela tenha que treinar no meio de vários homens, tendo como treinador um velho rabugento, tenha que treinar horas a fio e ser criticada pela péssima família. Maggie corre atrás e não desiste, junto com as vitórias surge entre treinador e lutadora não um romance absurdo ou uma melosidade sem tamanho, mas sim uma bela relação de pai e filha. Ele sem filha, ela sem pai. A relação entre os dois é tão bela, é tão sincera que quando coisas ruins acontecem nosso coração parece pesar, lágrimas lutam contra nossa vontade para escorrerem desbravadas pela superfície de nosso rosto. Tentamos falar, tentamos ajudar, mas é claro, eles não podem escutar. Decisões. Estas decididamente não existem para serem sonhadas, e sim, tomadas. E é no momento das decisões que nossa vontade sucumbe e alguma lágrima surge em nossos olhos. Eastwood é como Spielberg: ele não quer provocar emoções baratas ou sem sentido, eles não apelam para o sentimentalismo, eles apenas contam uma boa história, eles apenas mostram a verdade e deixam a emoção nos levar. E é de maneira magistral que Eastwood consegue nos emocionar. Sem perceber estamos mergulhados na trama, sem perceber notamos que ás vezes já é tarde demais, e o filme por ser tão bom, parece ter passado num piscar de olhos.
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Agora escreverei com mais frequência, portanto, em breve a quinta parte deste especial será postada.

Espero que gostem...

...e comentem...

1 comentários:

Muito boas escolhas Matt!!! Agora, o Jesus by Mel Gibson não me passa, não tem jeito. Prá mim a abordagem definitiva foi a de A Última Tentação De Cristo, do baixinho indomável Scorcese; diga-se de passagem, apesar de ser fã do Eastwood,lamentei quando O Aviador perdeu... Sou fã do baixinho...Não tem jeito!

25 de dezembro de 2009 às 18:49  

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