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Tudo, realmente tudo, apresenta problemas em Transformers 2. Da direção repetitiva de Michael Bay até a montagem irresponsável. Do roteiro capenga até as péssimas e irritantes atuações. Até mesmo os efeitos especiais, que eram para ser os grandes atrativos do filme, pecam.


Michael Bay, diretor de filmes apenas divertidos, como Armageddon, o primeiro Transformers e Pearl Harbor, não está dando a mínima para o roteiro. Ele só está preocupado com a bilheteria e em dar dor de cabeça nos espectadores, devido às constantes explosões. Travellings usados em exaustão e pouquíssima criatividade irritam. Várias vezes, um reflexo de cor azul aparece no meio da tela, devido à fotografia capenga, que deixou passar vários erros de iluminação, deixando reflexos aparecerem em vários momentos. Bay não se preocupa com detalhes de roteiro nem de direção, apenas coloca todas suas forças nas cenas de ação. Uma coisa que o crítico Pablo Villaça escreveu em sua crítica e que eu também havia notado, foi no momento em que cinco Decepticons (robôs do mal) descem no fundo do mar para salvar seu líder que lá estavam. Enquanto estes cinco robôs descem, um homem vê no radar do navio, cinco pontos desconhecidos descendo rapidamente ao fundo. E logo após estes cinco robôs salvarem o líder e subirem, todos juntos, o homem diz que agora seis pontos estão subindo. Bem, até tudo está certo, não é mesmo? Não, não está, porque um dos cinco robôs que desceram foi sacrificado para que o líder pudesse ressuscitar, logo, cinco robôs desceram e cinco subiram, um deles ficara no fundo. Um erro tão, mas tão grande que dá vontade de levantar e parar de assistir o filme. Outra parte de uma burrice enorme, é na cena em que um dos personagens leva um choque para ficar quieto, e uns trinta segundos depois está em pé, conversando e rindo como se nada tivesse acontecido.

A montagem usada de maneira errônea, entrecortada, chega a assustar por ser tão, digamos, amadora. Por incrível que pareça, o filme torna-se chato devido a montagem ruim e a uma duração maior do que deveria. Os atores que interpretam os pais do personagem principal pagam mico em cenas que forçam ser engraçadas e acabam apenas irritando. Megan Fox só está no filme para mostrar o corpo e correr em câmera lenta. O que se sai é Shia LaBeouf, que consegue salvar algumas cenas devido ao carisma. John Turturro é esnobado. O pobre coitado passa vergonha, por situações ridículas.

Até mesmo os efeitos especiais, que deveriam ser o grande atrativo do filme, apresentam falhas. Por mais que os robôs do bem sejam diferentes dos robôs mal, nas cenas de luta é muito difícil saber quem é quem, pois além da direção abusar dos cortes rápidos e da montagem capenga, várias vezes confundimos os amontoados de lata e parafusos. Muitas vezes nem sabemos que está apanhando em quem está ganhando. A transformação acontece (um erro herdado do primeiro) de maneira muito rápida, não é possível ver onde as portas do carro normal ficam no corpo do robô já transformado, por exemplo. A única parte do carro que percebemos claramente, são as rodas, de resto, tudo são latas, ferros, parafusos e peças que eu nem sabia que existia em um carro, e afinal, como um carro normal transforma-se num robô daquele tamanho? E por que quando eles voltam ao normal (forma de carro) os carros nunca estão sujos ou danificados, e sim limpos e perfeitos? São detalhes pequenos, que juntos, formam uma enorme bola de neve. Tudo acontece rápido com muitos cortes. O espectador não tem tempo de apreciar nada, não consegue fixar-se em nada, e talvez por isso que os efeitos apresentem problemas.

O roteiro dispensa críticas ou análises. Cheio de furos e um emaranhado de clichês, o roteiro de Transformers 2 nos faz sentir vergonha por eles. Com explicações absurdas e uma falta de profissionalismo, por vezes, o filme lembra Indiana Jones ou O Código da Vinci, pelo fato do personagem principal viajar para outro país em busca de artefatos e tudo mais.

O filme é tudo o que um adolescente sem nada na cabeça quer: ação, explosões, robôs, faculdade e suas aventuras, cenas engraçadas para quebrar o clima de "opressão" (Nossa!!), Megan Fox sendo usada como material erótico, garotas lindas arrebitando o traseiro enquanto um rabo metálico sai de suas costas com uma língua (!!!!!!) na ponta. Enfim, o filme fora um estrondosa bilheteria, o que mostra que o povo está cada vez mais preocupado em deixar o cérebro fritar com explosões do que colocar o mesmo para pensar. E enquanto as pessoas derem dinheiro para pessoas como Bay, e companhia ilimitada, mais filmes como esse serão lançados, infelizmente.

Nota: 4/10

Matheus Pereira

3 comentários:

Issa! Concordo plenamente! Vc não deixou passar nada! O filme é HORROROSO, IRRITANTE e uma verdadeira tortura prá quem tem o mínimo de juízo! Ainda mais pq eu gostei do 1º(seria isso uma vergonha escondida? rsrsrsr), e fui assistir esse achando que tbm ía ser legal.

30 de outubro de 2009 às 12:03  

E vcs ainda vão ver esse lixo? eu nem o primeiro vi, quanto mais o dois...espero um filme bom pra comentar...passo.

30 de outubro de 2009 às 12:06  

Pois é Ana, eu também gostei do primeiro, é bem divertido...
Aldeia, você pode comentar nos outros posts, escrevi críticas para Clube da Luta e Cães de Aluguel, pode comentar lá, esses sim são filmes bons...

30 de outubro de 2009 às 12:28  

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