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Crítica - Juízo Final


Quando assisti Dog Soldiers do até então desconhecido Neil Marshall, achei o filme bem divertido, não era nenhuma obra-prima do cinema ou do terror, mas era divertido. Algum tempo depois, Marshall levou ás telas o terror Abismo do Medo, que é em minha opinião, um dos melhores e mais tensos filmes de suspense dos últimos anos. Com um ótimo clima, uma direção segura e um roteiro com conteúdo, Marshall passou a ser conhecido ao redor do mundo. Deste filme em diante, qualquer projeto em que o nome do cineasta estivesse envolvido, já merecia uma certa ansiedade e atenção. Eis que surgem boatos sobre o novo filme de Marshall: Juízo Final. Apenas sabia-se que se trtava de um filme sobre um vírus mortal, e que o governo estava em busca da cura. Com o tempo, cartazes apareceram, fotos surgiram e um trailer (bem comum) foi mostrado. Quem olhava o cartaz achava que seria um grande filme, ou até mesmo, uma superprodução.

Estavam enganados.

Quem via os belos cartazes, bem trabalhados, dando a impressão de uma superprodução ou de um novo Mad Max, achava que Marshall realmente tinha um futuro, e que seus primeiro filmes não foram meros golpes de sorte. E eu lhes digo: creio que "Abismo..." fora um golpe de sorte. Infelizmente, pois Marshall tem potencial.

Começando pelo roteiro, escrito pelo próprio Marshall: fraco, clichê e absurdo. O roteiro conta com passagens absurdas, dês de uma gangue enorme de marginais sobreviventes (sim, isso é um absurdo, tudo bem qua algumas pessoas sobrevivessem ao vírus, mas várias e várias sobrevivem, o que impossível) a uma tribo medieval. É isso mesmo que você leu: uma tribo medieval, com direito a um rei, gladiadores, castelos e mais um monte de bobagens e clichês. Em uma cena que se passa nessa tribo, a personagem principal (interpretada péssimamente por Rhona Mitra) sai no braço com um gladiador três vezes maior e mais forte que ela. É dificil acreditar! Além de todas esses absurdos, essa passagem e completamente descartável, pois além de não mostrar nada de importante e constranger quem assiste, só serve para deixar uma dúvida infeliz no final.

A direção nem parece ser do mesmo diretor que fez "Abismo...". Fraca e pouco inventiva, a direção cai em clichês enormes e nunca convence, passando sempre a imagem de filme amador. E por falar em filme amador, o filme todos em si parece ter sido feito ás pressas e sem o menor cuidado. As cenas de ação são péssimas, nunca convincente e pouco inventivas. Aí que a direção e a montagem extremamente falha do filme se tornam algo pior ainda: as cenas são confusas e feias, como eu havia dito, tudo é feito sem cuidado, tudo culpa, também, da péssima fotografia.

É triste ver Malcom McDowell de Laranja Mecânica e Bob Hoskins (que ultimamente só tem feito porcarias) afundando-se nesse emaranhado de erros grotescos.

Achei que Marshall tinha potencial. Talvez ele até tenha. Mas este, creio eu, já está lá em baixo. Achei que era meu dever, vir aqui e falar sobre o quão ruim é o filme. Pegue o seu dinheiro, vá na locadora mais próxima e alugue uns filmes! Tenho certeza que você vai sair ganhando!

Nota: 2/10

Matheus Pereira

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