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Clássicos - Poltergeist


Antes de assistir Poltergeist você tem que abrir a mente e tentar voltar no tempo. Imaginar que você ainda vive nos anos 80, e que nessa época os efeitos de computação e as trucagens eram mais antigas e não tinham o mesmo realismo que há hoje. Digo isso, pois se você assistir o filme pensando nos filmes de hoje em dia e nos anos de hoje, você vai achar os efeitos especiais absurdos e ridículos, mas se você assistir o filme sem preocupação e imaginando que esta vivendo nos nostálgicos anos 80, você não encontrará problemas, e sim efeitos especiais nostálgicos e uma trilha sonora arrepiante.

Obviamente, os efeitos especiais e algumas trucagens são antigas e as vezes são extremamente falsos, mas uma coisa há de ser dita: as trucagens utilizadas no filmes, apesar de batidas, são geniais. Um exemplo dessas trucagens excelentes é a cena em que o corredor da casa se alonga, parecendo nunca ter fim. Outra cena que merece destaque é a em que um espírito atormenta a matriarca da família fazendo-a andar pelas paredes e pelo teto, caindo por fim, no chão, em uma trucagem muito bem gravada e montada. Para época, os efeitos apresentados em Poltergeist equivalem o que os efeitos de Transformers(por exemplo) valem pra nós hoje.

O roteiro, idealizado e escrito por Steven Spielberg, hoje parece clichê, mas na época, nada parecido fora feito. O filme conta a história de uma família que compra uma casa, e logo descobre que a casa é mal assombrada, e que a filha mais nova se comunica com estes espíritos através da TV. Não demora muito e a caçula é capturada e levada para o mundo dos espíritos. Os pais desesperados chamam um grupo de médiuns para “limpar” a casa e trazer a menininha de volta. E é aí que o filme melhora, com cenas tensas e arrepiantes, em que uma médium quase anã começa a limpar a casa e descobre que o perigo é muito maior. É nessa parte do filme, também, que as trucagens e os efeitos aparecem, provocando risos nos mais bobos e nostalgia em um bom cinéfilo. O roteiro é tratado com certo cuidado e tudo é contado com calma, sem atropelar todas as “fases” de um bom filme de horror.

O elenco tem uma boa química, mas nada de extraordinário é apresentado na tela, com exceção de Heather O’Rourke, que dá arrepios ao conversar com uma televisão sem sinal. É uma pena que a jovem e linda Dominique Dunne (a filha mais velha) tenha falecido perto do lançamento do filme, pois além de se muito bonita, tinha um grande potencial. E vocês sabiam que Tobe Hooper não dirigiu o filme sozinho? Steven Spielberg foi responsável por todas as decisões artísticas do filme. Hooper apenas ficou com a parte mecânica das cenas, ou seja, Spielberg criava, e Hooper apenas filmava. Podemos, então, dizer que Spielberg também é diretor de Poltergeist. E falando na direção do filme, esta é muito boa e inventiva, apresentando, como já citado, cenas incríveis.

Tenso, e recheado de (verdadeiros) sustos (a cena do boneco-palhaço arrepia e assuta!), Poltergeist é uma das maiores obras de suspense/terror do cinema, trazendo pro gênero várias técnicas e idéias que são copiadas á exaustão até hoje. Assista o filme que mudou o conceito do gênero e que afastou as crianças da frente da TV e dos palhaços...

Nota: 8 / 10

Estréia hoje, a nova seção do blog Pipoca Net: Clássicos.

Nessa seção, os grandes clássicos do cinema serão relembrados e ganharão resenhas completas. Todas as sextas e segundas-feiras um clássico será relembrado e criticado aqui no blog.

Espero que gostem...

...e comentem...

Matheus Pereira

1 comentários:

Revi na semana passada na TV. Esse filme não é menos que perfeito! Quer aprender a fazer um filme de terror? Assiste Poltergeist!

3 de setembro de 2009 às 13:53  

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