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Crítica - Harry Potter e o Enigma do Príncipe


Antes de começar gostaria de avisar que sou fã da série, acompanho-a desde o inicio, li alguns livros e que este zelo que tenho pela série não interfere na minha crítica. Avalio-o como todos os outros, e mesmo adorando os livros e os filmes, sempre digo que a serie não esta isenta de erros.

Logo em seguida ao sair do cinema, eu ainda não tinha uma opinião certa, eu não sabia ao certo o que eu havia achado do sexto filme da série Harry Potter. Diferente dos filmes anteriores em que eu tinha uma opinião concreta ao final de cada um. Sai do cinema quieto, pensativo. Eu tinha gostado do filme, não vi muitos pontos negativos, mas alguma coisa de diferente no filme me deixou pensativo . Pensei por algumas horas e depois de assimilar tudo corretamente vi que o a série mudou. E mudou muito. Pra melhor, felizmente.

Confesso que quando eu soube que David Yates iria dirigir o sexto e as duas partes do sétimo filme fiquei muito chateado, eu era daqueles que ainda acreditava na volta de Alfonso Cuarón ou na contratação de um novo diretor, mas não foi o que aconteceu. Yates foi confirmado e dirigiu o sexto filme. Seu trabalho em Ordem da Fênix não foi desastroso, o filme não foi ruim, mas ao invés de seguir a ordem óbvia da coisa, que é ser melhor que o antecessor, ele deu um passo atrás, ficando atrás de O Cálice de Fogo na minha preferência de filmes da série. Mas muito felizmente, aqui ele surpreendeu, talvez porque desta vez fora amparado pela volta de Steve Kloves(ótimo) como roteirista dos filmes, ou porque simplesmente o pano de fundo desta historia é mais objetiva e mais interessante. Mas ele, por si só, fez um excelente trabalho, dando á série um tom sufocante, obscuro, realista, com planos lindos e muito bem elaborando, tudo, é claro, com ajuda da fotografia perfeita de Bruno Delbonnel e da direção de arte e dos figurinos sempre belos é bem feitos, mas que aqui merecem mais atenção, principalmente os cenários(Beco Diagonal vazio, assustador e perfeito).

Tudo esta melhor. Feito com mais apreço, com maior cuidado. A direção salta aos olhos, e se concorrentes mais fortes não aparecerem até a temporada de prêmio, a direção de arte do filme pode ter uma vaga no Oscar.

Já li o livro. E posso lhes dizer que muita coisa boa e importante foi cortada. Cenas de ação saíram e os romances adolescentes aparecem. Não que isso seja ruim, mas tornou-se um pouco frustrante pra quem esperava algo mais acelerado. As (poucas) cenas de ação são muito bem feitas, com quadros inventivos e com imagens belas e perfeitas. O roteiro é bom, é correto, mas erra no seguinte fato: optar por contar a história apenas pra quem já conhece a saga, apenas para pessoas que já viram os outros filmes e leram os livros, pois nada é explicado e os leigos no termo “Potter” se sentirão perdidos.

Mudando um pouco de assunto e falando das atuações: logicamente (e como já era esperado) Jim Broadbent rouba a cena, podendo também, garantir uma vaga em alguns prêmios na categoria de Ator Coadjuvante. O trio principal continua cumprindo seu papel sem mostrar algo novo ou excepcional, a grande mudança nas atuações pertence á bela Emma Watson, que só melhorou dês de “e a Ordem da Fênix”. O elenco de coadjuvante está em perfeita harmonia, com destaque para Alan Rickman, perfeito no papel de Snape e para Helena B. Carter, sempre perfeita. E é claro, não podia deixar de citar Michael Gambon, que pra mim, sempre foi o melhor ator da série, interpretando o melhor personagem. Um nasceu para o outro.

Enfim, “e o Enigma do Príncipe” é o melhor da saga. Mais sério, tecnicamente melhor e narrativamente melhor. Ou seja, melhor em todos os aspectos. Yates acerta a mão e mostra que tem potencial para comandar as duas partes finais. Um filme que não decepciona e que pertence a uma série que nunca decepcionou. O melhor da série. Para fãs e não fãs.

Nota: 8,5 / 10

Matheus Pereira

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